Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 81
Cap.81 - O Julgamento de Zeus




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Passados algumas semanas finalmente chegou o dia do aniversário de Percy. Poseidon e Afrodite organizaram tudo, desde a decoração até a roupa.

A festa ia ser numa casa de eventos, pois Poseidon queria que a mãe e o padrasto de Percy estivessem presentes. Hermes se encarregou de distribuir os convites para os campistas de ambos os acampamentos e as caçadoras.

Apolo cumpriu a sua promessa a Percy e o levou para dá um passeio no carro solar.

— Uhuuuu! – Percy gritou alegre. – Isso é demais!

Apolo ria da alegria do primo.

— Muito bem, agora é a sua vez de dirigir – disse o deus.

— Tem certeza, não quero botar fogo em nada – disse o semideus com receio.

— Você sabe dirigir não sabe? – o garoto assente. – Então, é como dirigir um carro comum, faça de conta que está em uma autoestrada.

— Tudo bem – disse o semideus.

Os dois trocam de lado e Percy pega no volante.

— Siga sempre em frente e mantenha essa velocidade – disse o deus.

— OK.

Percy fez como ele disse e sorriu. Era como Apolo disse igual a um carro comum. Depois disso, o deus o leva de volta à terra no lugar em que havia combinado com Poseidon.

— Chegamos! – disse o deus.

— Que lugar é esse? – pergunta Percy estranhando.

— Uma casa de eventos. Em breve farei um show aqui e eu quero ver como estão os preparativos – disse o deus. – Vem ver.

Percy sai do carro e acompanha o deus até o local que parecia deserto. Quando ambos entram todos aparecem gritando SURPRESA!! Percy arregala os olhos e sorri ao ver seu pai e sua mãe segurando um enorme bolo com uma vela de 18 anos.

— Pai, mãe!

— Faça um pedido e sopre a vela – disse a mãe.

Percy fecha os olhos e sopra, todos batem palmas.

— Feliz aniversário primo – diz Apolo o abraçando.

— Obrigado – diz Percy retribuindo.

Todos vêm cumprimentar o aniversariante que distribuía sorrisos.

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No Olimpo, Zeus observava a festa do parapeito de seu templo, ele via o sorriso do garoto que ousou lhe desafiar. Torceu a cara, sua vontade era fulminá-lo, mas isso lhe renderia muitos inimigos, ou seja, o Olimpo inteiro.

Bufou e quando se virou uma figura vestida de hippie estava olhando sério para ele.

— Mãe? – ele pergunta surpreso.

— Que bom que me reconheceu – disse a titã retirando os óculos escuros.

— A que devo a honra da sua presença minha mãe? – disse o deus educadamente.

— Vim ver o meu filho que há muito não vejo – disse ela – e também vim comprovar uma história que me contaram.

— Er... história, que história? – ele pergunta sem graça.

— Não me venha com essa, Zeus – disse a mulher séria. – Que você tenha punido seu irmão com a mortalidade, eu até compreendo, mas querer abusar da filha dele, nem mesmo você sendo o rei tem esse direito. Não meu filho, isso não foi legal.

— Ele já foi bater com a língua nos dentes, aquele fofoqueiro – disse o deus zangado.

— Poseidon apenas respondeu as minhas perguntas – disse ela. – Você não é o único que tem olhos por todo lugar.

— Eu sei que o que eu fiz foi errado, eu até já pedi desculpas porque Hera me obrigou – disse ele pra deixar bem claro. – Por causa disso, todos se voltaram contra mim. Por isso, prometi deixá-lo em paz.

— Isso é uma boa notícia – disse ela sorrindo. – Por isso quero te fazer uma proposta.

Zeus olha para a mãe.

— Que proposta?

— Que tal passar uma temporada comigo, longe do Olimpo e de confusão?

— Eu não posso deixar o Olimpo, sem mim esse lugar vai virar uma bagunça.

— Ora, deve haver alguém que tenha pulso forte para comandar o Olimpo na sua ausência.

— Eu não confio em ninguém. Hera, Poseidon, Apolo e até Atena já tentaram me tirar do trono. Quando eu voltar não terei mais lugar aqui.

— Bobagem. Tenho certeza que alguém poderá levar avante o seu legado.

— Mãe....

— Já sei – disse a mulher – Têmis!

— O quê?

— Sim, Têmis já foi rainha do Olimpo, ela é a juíza que julga sem parcialidade. Sim, ela poderá comandar o Olimpo.

— Mas mãe....

— Eu já volto – ela diz e desaparece.

Zeus suspira. Sua mãe quando colocava uma ideia na cabeça era difícil de tirar. Mal terminou de pensar, ela aparece novamente, mas não estava só.

— Voltei!

— Reia, por que me trouxe aqui, eu estava no meio de um julgamento.

— Desculpe irmã, mas isso também é urgente.

— Está bem, espero que valha a pena.

— Zeus quer te fazer uma proposta.

— Eu, mas era voc.... – ia dizer.

— Conte a ela o que você fez – disse a titã sorrindo.

Zeus a olhou zangado.

— Então Zeus, comece a falar – disse a titã da justiça de cenho franzido.

Zeus narra para a ex esposa o seu crime. Têmis o ouvia com atenção, quando ele termina, ela levanta sua balança e pesa sua pena.

— Humm. Sua culpa é muito grande – disse a deusa quando um lado da balança pesou mais do que o outro, mas depois voltou a se equilibrar. – Entretanto, seu arrependimento é genuíno. Por causa disso, não vou bani-lo do seu reinado, mas vou sentenciá-lo à mortalidade, assim como fez com seu irmão para compensar o seu erro.

Quando termina de falar, ela levanta sua espada e executa a sentença por enfiar a espada em Zeus.

A espada não lhe fere, mas retira seu poder o deixando fraco. Zeus vai perdendo o brilho divino e diminui de tamanho transformando-se em um adolescente de quinze anos.

— Está feito – disse a deusa da justiça. – Sua sentença vai durar enquanto Perseu Jackson viver. Depois que ele deixar esse mundo, você retornará.

— Obrigada irmã, eu vou cuidar do meu filho – disse Reia.

— Quem vai assumir o Olimpo? – perguntou a justiça.

— Você – disse Reia. – Eu não trouxe você aqui apenas para julgar Zeus, mas também para assumir o seu lugar.

— Está bem, garantirei que o lugar de Zeus permaneça dele – disse a dusa.

— Confio em você irmã – disse Reia. – Vamos querido, temos muito que fazer.

Reia desaparece levando Zeus com ela.

Têmis vai para a sala do trono e convoca todos os deuses, tanto os conselheiros quanto os menores. Uma a um, foram aparecendo e tomando os seus lugares. Todos estranharam a personagem diante do trono de Zeus.

— Obrigada por virem – disse a deusa. – Eu convoquei todos vocês para dizer-lhe que de hoje em diante eu assumirei o comando do Olimpo enquanto Zeus estiver fora.

Os deuses surpresos a princípo ficaram mudos, mas de repente todos falavam ao mesmo tempo, parecia uma feira.

Hera se levantou e gritou:

— SILÊNCIO!

Imediatamente todos se calaram.

— Para onde Zeus foi? – ela pergunta.

— Reia o levou – disse a deusa da justiça impassível. – Ele foi julgado e condenado à mortalidade por atentar contra Perseu Jackson em sua forma feminina.

Todos ficaram mudos, mas então Apolo se levantou num salto.

— Espere um pouco, como assim ele atentou contra Nina? O que ele fez?

— Você é o único que ainda não sabe – disse Afrodite. – Zeus tentou abusar dela.

— O quê? – ele pergunta incrédulo.

— Ele não conseguiu o que queria Apolo – disse Hermes acalmando o irmão.

— É. A menina deu uma surra nele – disse Ares rindo.

— É tudo verdade Apolo, depois eu conto pra você – disse Ártemis. – Agora, fique quieto.

Apolo se sentou novamente ainda incrédulo.

— Quanto tempo vai durar essa sentença? – pergunta Poseidon estranhando a atitude do sobrinho.

— Enquanto Perseu Jackson viver – disse Têmis. – Até lá eu assumirei o lugar de Zeus.

Mais murmúrios.

— Vocês terão liberdade para fazerem o que quiserem, desde que não prejudiquem o Olimpo e os mortais – disse – àqueles que fizeram juramentos pelo Estige, advirto para não quebrá-los, quanto àqueles que fizeram juramentos perante Zeus estão livres a não ser que queiram renová-los perante mim.

As deusas virgens se remexeram em seus tronos.

— Não precisa ser agora, mas advirto, quem jurar perante mim terá um julgamento mais pesado se violar o juramento – disse a deusa muito séria. – Quanto aos deuses menores, espero que continuem leais ao Olimpo, assim como tem sido desde a Titanomaquia.

Os deuses menores murmuraram entre si.

— Alguém tem algum questionamento? – perguntou.

— Eu tenho – disse Hera.

Todos olharam para a rainha.

— Como é que eu fico, já que agora meu marido está ausente?

— Continuarás sendo a rainha, mas como teu marido passará uma temporada longe, estás livre para ir aonde quiser – disse Têmis -, mas quando ele retornar deverás tomar novamente, o teu lugar.

Ela assente.

— Bem, é só. Espero a cooperação de todos para que a ordem permaneça – disse a deusa da justiça encerrando a reunião.

Os deuses se dispersam.

Hera vai para seu templo exultante, ela podia ir aonde quisesse, pois bem, ela iria para o Alasca e ficar perto do Doutor Bronson.

— Roy – ela diz o nome e sorri. – Estou indo meu amor.

Ela corre para a sua cômoda e tira a pulseira que Hefesto lhe fez. Coloca no pulso e desaparece.

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Apolo ficou irado quando ouviu da irmã o que Zeus fez com Nina.

— Aquele pervertido, miserável! – ele disse de punhos fechados.

— Felizmente ele não conseguiu nada, Nina se defendeu mudando a personalidade – disse a caçadora.

— Como assim? – ele pergunta confuso.

— Lembra quando Annabeth narrou sobre os acontecimentos no Tártaro? – ele assente. – Percy matou Akhylis porque mudou de personalidade. Isso também aconteceu com Nina. Quando Zeus a atacou ela revidou trasformando-se totalmente, ela fez com Zeus o que fez com Akhylis, se não fosse Poseidon interrompê-la, Zeus teria o mesmo fim que a deusa da miséria.

— Caramba!

— Agora me diga, por que ficou tão trastornado?

— Eu me apaixonei pela Nina – Ártemis o olha, incrédula. – Eu sei, a Nina não existe, já me disseram isso, mas eu não pude evitar. Não é toda vez que eu me apaixono de verdade, Ártemis, você sabe disso.

— É. Eu sei, mas é melhor esquecê-la. Tão cedo a Nina não voltará – disse a caçadora se levantando. – Bem, eu já vou, deixei minhas meninas sozinhas. Quanto a você irmão, não se esqueça das suas obrigações, pare de sonhar acordado e trabalhe como se deve.

— OK. Eu já entendi, eu prometi não negligenciar meu trabalho – disse ele sorrindo.

— Ótimo – ela diz desaparecendo.

Apolo fica pensativo e pega a sua lira.

— Meninas, vamos festejar a vida – ele disse para as musas que o rodearam.

Ele começa a cantar e as mulheres o acompanham.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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