OLIMPO

Ártemis, depois de deixar o acampamento, voltou ao Olimpo para fazer seu relatório. Zeus estava sentado em seu trono, os outros deuses estavam presentes.

— Trago boas notícias, o Triunvirato deixou de existir – disse ela. – Os imperadores estão mortos e suas forças militares destruídas.

— Oh, então não há mais ameaças? – perguntou Afrodite.

— Pelo menos não por parte deles – disse a caçadora.

— Conte-nos como tudo ocorreu – pediu Zeus.

Ártemis passa a relatar todos os acontecimentos, desde o sequestro de Apolo até a batalha no Acampamento Meio-Sangue. Todos ouviam atentamente, principalmente Ares que ficou interessado nas batalhas.

— Ah eu queria ter visto isso – disse ele entusiasmado.

— Você ia gostar com certeza – disse ela. – Todo o exército de Calígula foi derrotado pelas meninas.

Ele sorriu.

— Agora que os imperadores foram derrotados, isso significa que as comunicações voltarão? – pergunta Deméter.

— Hefesto?

— Um momento – disse o deus ferreiro dedilhando alguns botões.

De repente, o telão da TV Hefesto aparece e uma imagem se forma. Era o Acampamento Meio-Sangue que estava todo enfeitado para uma comemoração. Os campistas estavam todos arrumados e alegres pela vitória da batalha. De repente, do chalé 10 sai uma morena vestida de azul marinho, com uma sandália de salto baixo. O vestido era curto franzido na cintura e saia godê, cabelos soltos e brilhantes, uma leve maquiagem para valorizar sua pele bronzeada, um brilho nos lábios e um lápis preto nos olhos realçando seus olhos verdes. Em suma, ela estava deslumbrante.

— É o Percy, hahaha! – riu Ares.

— Por que ele voltou ser a Nina? – perguntou Hermes que ainda não tinha visto o primo como menina.

— Porque eu disse que ia levar só meninas para a batalha e quando ele soube que Poseidon ia participar ele quis ir também. Por isso, ele pediu pra voltar a ser a Nina – disse Ártemis.

— Então, essa é a Nina – disse Hera olhando para a imagem da menina na tela. – Até que ela é muito bonita – Zeus a olhou de lado. - Você caprichou Ártemis.

— Eu não fiz nada – disse. – Apenas transformei um garoto numa menina o resto foi natural.

— É muito simples – disse Afrodite. – O Percy é um garoto bonito por natureza por ser filho de Poseidon que é muito lindo. Portanto, se ele fosse realmente uma menina seria desse jeito.

Poseidon aparece vestido com uma camisa azul marinho e calça jeans preta, cabelos despenteados e o pingente de tridente pendurado no pescoço, ele vai até a filha que estava parada na entrada do chalé 10.

— Eu não disse? Tal pai tal filha – disse Afrodite.

Todos assentem.

— Eu vou ver a Meg – disse Ártemis se retirando.

Os deuses continuaram olhando para os dois, até que a imagem mudou. Dessa vez os deuses ficaram na expectativa.

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Depois que saiu do chalé 10, Nina ficou parada com medo de cair do salto. Antes as meninas de Afrodite a ensinaram a andar com saltos, lhe deram vários tamanhos, mas acharam melhor ela usar o salto baixo. Assim, não corria o risco de cair, mas ela ainda não se sentia segura.

Poseidon aparece e vem em seu socorro.

— Uau, minha filha está uma beleza! – disse ele sorrindo.

— Obrigada, você também caprichou no visual – disse ela olhando o pai.

— Obrigado, você está esperando alguém?

— Alguém que me ajude a andar – disse ela.

— Não seja por isso, vamos senhorita – disse ele gracejando.

Nina suspira e entrelaça o braço no do pai. Os dois vão andando e param em frente o chalé 6. Annabeth aparece vestida com um vestido curto azul claro, os cabelos soltos caíam pelos ombros. Nina ficou deslumbrada.

— Você tá linda!

Annabeth sorriu e corou.

— Você também está – ela disse olhando para o namorado.

— E eu sou o cara mais sortudo desse acampamento – disse Poseidon. – Tenho duas lindas mulheres do meu lado. Senhoritas.

Annabeth entrelaça seu braço no de Poseidon, o trio sorridente segue até a arena onde a festa já estava rolando.

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Em Indiana, Apolo e companhia voltaram para a caverna de Trofônio, ele destruiu a magia da Píton que obrigava a pítia a fazer o que ele quisesse. Curou o rosto da mulher e prometeu não mais negligenciá-la. Agora eles voavam de volta para Manhattan para confrontarem Píton.

Apolo estava ansioso por isso, prometeu a si mesmo nunca mais deixar suas obrigações de lado. Depois de ter quase perdido seus filhos, de ser o responsável pela quase destruição do acampamento e de ter vivenciado novamente a morte de sua mãe, o ódio por aquela serpente aumentou. Ele definitivamente estava determinado a destruí-lo.

— Vão direto para o acampamento, eu vou enfrentar essa cobra sozinho – disse Apolo.

— Tem certeza, a profecia dizia que... – Calipso foi interrompida.

— A profecia era para um mortal, portanto, não há mais necessidade de me acompanharem – disse ele. – Eu não quero mais arriscar a vida de ninguém.

— Arriscar a vida faz parte da nossa missão – disse Leo.

— Vocês mal chegaram ao acampamento e já saíram em missão comigo – argumentou. – Essa missão é mais arriscada do que vocês pensam, é arriscada até para mim.

— Não é melhor levar mais alguém com você, um deus, por exemplo? – Calipso sugeriu.

— Pode ser – disse ele.

— Estamos chegando – Leo anuncia. – Está acontecendo um alvoroço por lá.

— Será um ataque? – pergunta Calipso.

— Não, estou ouvindo música – disse Apolo. – É uma festa!

Festus sobrevoa o acampamento e os campistas que dançavam pararam quando o dragão aterrissou.

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A festa estava bem animada, Nina e Poseidon se misturaram com os campistas que os rodearam. Os garotos quando viram Nina de vestido, assobiaram deixando a menina sem graça.

— Palhaços! – disse ela.

Os garotos riram.

— Já vi que eu vou ser marcado pelo resto da vida – disse ela suspirando. – Tomara que Ártemis não demore em me trazer de volta.

— Não se preocupe, ela me disse que a sua transformação acabará ao amanhecer – disse Poseidon sorrindo.

— Ainda bem, só em pensar que eu voltaria a usar absorvente me deixa arrepiado – disse ela com cara de medo.

— Você ficava incomodada? – pergunta Annabeth.

— Não pelo processo em si, mas pelas cólicas – disse ele. – Vocês mulheres são umas heroínas em aguentar essas coisas.

— É só tomar néctar que passa – disse Annabeth.

— Era o que eu tomava – disse Nina.

— Vamos deixar esse papo feminino e vamos dançar – disse Poseidon puxando as meninas para o meio da arena onde vários campistas já estavam.

As caçadoras ficaram apenas observando os dançarinos e bebericando seus refrigerantes. As romanas conversavam animadamente com suas irmãs de chalé. Reyna observava a festa ao lado de Quiron e do Senhor D que bebia sua Coca diet. Visto que a comunicação foi restabelecida, logo após a batalha, ela mandou uma MI para Frank avisando do resultado do confronto.

Hazel estava na enfermaria ao lado do irmão que estava desacordado. Ela e Will não saíram de perto dele.

— Será que ele vai demorar a acordar Will?

— Não sei, ele usou muito do seu poder para invocar os esqueletos.

— Se é assim, então ele vai demorar. Só nosso pai pode restabelecê-lo mais rápido.

— Você poderia invocá-lo?

— Eu vou tentar.

Hazel se concentrou e fechou os olhos chamando por seu pai. Na verdade, ela invocava o lado grego dele. Passado algum tempo, uma sombra apareceu e um homem alto de pele pálida e cabelos negros, vestido com roupas escuras saiu dela.

— Hazel!

— Lorde Hades – disse ela com uma reverência.

— Por que invocou meu lado grego?

— Por causa do Nico – disse ela apontando para o irmão desacordado. Will estava ao seu lado. – Poderia ajudá-lo?

— O que houve? – disse ele se aproximando do filho.

— Ele usou muito do seu poder para proteger o acampamento – disse Will. – Ele ainda não estava cem por cento, senhor.

— Meu filho é um bocado teimoso – disse o deus. – Muito bem, hora de acordar garoto.

O deus passa para o filho sua energia divina. Nico é rodeado por uma aura negro/roxa, lhe devolvendo o vigor.

— Pronto.

Nico abre os olhos e a primeira coisa que vê é o seu pai.

— Pai?

— Olá filho.

— O que aconteceu, já terminou a batalha?

— Já e você está perdendo a festa lá fora – disse o deus. – Eu lhe dei um pouco do meu poder, isso vai ajudá-lo a não fraquejar mais.

— Obrigado pai.

— Passe bem.

Dizendo isso, ele desaparece.

— Hazel?

— Que bom que acordou. Você me deixou preocupada.

— Desculpe.

— Eu vou para a festa, você vai não é?

— Não sei.

— É claro que você vai, não vai querer perder ver o Percy de vestido, não é?

— O quê?

— Ele voltou a ser a Nina e as filhas de Afrodite o embonecaram.

— Não quero perder essa.

— Então vamos.

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Foi então que durante a festa o dragão Festus pousou.

— Oi pessoal! – gritou Leo acenando.

— Leo! – gritou Harley acenando para o irmão.

Leo ajudou Calipso a descer e logo em seguida Apolo pulou do dragão.

— Leo, Calipso, sejam bem-vindos – disse Quiron. – Lorde Apolo – disse o centauro fazendo uma reverência e todos o imitaram.

— Obrigado Quiron – disse o deus.

— Pai, você recuperou seus poderes! – disse Kayla alegre.

— Quer dizer que você já recuperou todos os oráculos? – perguntou Austin.

— Ainda não filho. Falta acabar com aquela cobra que assassinou a sua avó – disse o deus. – Depois que ela for derrotada todos os oráculos estarão livres.

— Então, como recuperou seus poderes? – perguntou Kayla.

— Acho que Zeus ficou com medo de me perder depois da surra que eu levei de um gladiador – disse o deus. – Eu conto mais tarde, não quero estragar a alegria de vocês.

— Você vai sozinho Apolo? – perguta Poseidon.

— Sim, essa é uma guerra particular tio – disse o deus. – Não quero arriscar a vida de ninguém, por isso, irei só.

— Tome cuidado Apolo – disse Nina.

Apolo se virou para a menina e ficou boquiaberto.

— Nina! – disse ele deslumbrado. – Você está linda! – disse ele a olhando de cima a baixo.

— Er... o...obrigada – disse ela corada.

— Pai?

Will aparece e quebra o clima constrangedor.

— Ah, oi filho.

— Já acabou a missão?

— Não, mas como eu disse aos seus irmãos, contarei mais tarde.

Nico olha para o lado e se depara com Nina de vestido e salto alto e maquiada. Ele sorri e Nina aperta os olhos, zangada.

— Bem, preciso ir, tenho uma cobra pra matar – disse o deus. – Até mais.

Dizendo isso, ele desaparece num brilho amarelo.