Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 74
Cap.74 - O Fim de Nero




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Depois que terminou a festa no acampamento, Netuno e Juno, se despediram dos semideuses e voltaram para o Olimpo. A essa altura os deuses já haviam se recolhido.

Hera se encaminhava para seu templo quando Afrodite a abordou.

— Hera querida como foi a festa?

— Foi ótima, me diverti muito – disse a deusa sorrindo. – Pelo menos os romanos já sabem da minha volta, só falta avisar o Acampamento Meio-Sangue.

— Dioniso já cuidou disso – disse a deusa. – Poseidon te contou alguma coisa? – ela pergunta curiosa.

— Além de ter sido transformado em mortal? Sim, ele me contou que foi capturado pelos imperadores e morto por um gladiador.

— Mais alguma coisa?

— Se tinha algo mais a me contar ele não teve tempo, pois Percy o puxou para o meio da multidão e os dois ficaram dançando com os campistas.

— Oh, então eu terei que te contar um detalhe muito importante – disse Afrodite sorrindo – Venha vamos tomar um chá.

A deusa do amor puxa Hera para o seu templo, onde uma mesa com chá e bolinhos estava posta. As duas ficaram conversando até tarde, Hera ficou de cara fechada quando Afrodite contou o que Zeus aprontou na sua ausência.

— Ele fez mesmo isso Afrodite, você não está inventando? – Hera pergunta muito séria.

— De jeito nenhum, pode perguntar para qualquer um – disse a deusa – Poseidon nos contou tudo o que Percy lembrava antes de apagar e veio pedir a nossa ajuda, mas não podíamos fazer nada, afinal, Zeus é o rei. Daí, Ártemis se prontificou a ajudar, pois Nina era sua responsabilidade e foi o que ela fez. Exigiu que Zeus retirasse a acusação do menino e o deixasse em paz, até ameaçou sair do conselho caso ele se recusasse.

— Pois ela fez muito bem, era um direito dela, Nina era sua serva – disse ela séria. - Mais alguma coisa?

— Oh sim, nós descobrimos de quem Percy herdou os poderes da fúria – disse – foi do próprio Poseidon que nem lembra que tem esse poder. Alguns minutos antes de você chegar Poseidon paralisou Zeus e quase o matou, mas Hestia conseguiu acalmá-lo. Depois que acordou não se lembrava de nada.

— Então, Poseidon tem poder para matar qualquer um de nós? – ela perguntou preocupada.

— Sim, segundo Hades e Hestia que sabiam desse poder, nos explicaram que presenciaram Poseidon usá-lo em um curete e que Reia o selou para que não mais o usasse.

— Mas então, como ele...

— Atena acha que quando ele se tornou mortal o selo foi quebrado e quando voltou a ser um deus, o selo já não mais existia e por isso, sem que ele consiga controlar o poder vem à tona.

— Isso é mesmo preocupante – disse ela. – Pelo o que eu entendi esse poder só se manifesta quando a pessoa se sente ameaçada.

— Isso no caso do Percy, mas Poseidon quando está muito zangado com alguém – disse Afrodite.

— Percy se defendeu porque sua integridade física foi ameaçada e Poseidon para defender o filho – disse Hera pensativa.

— Isso mesmo, se Percy não for ameaçado por nenhum de nós Poseidon ficará calmo.

— Espero que Zeus tenha aprendido a lição – disse Hera se levantando. – Obrigada pelo chá, Afrodite.

— O que vai fazer em relação a Zeus?

— Vou ter que ter uma conversa muito séria com ele – disse ela -, mas não hoje. Não tô a fim de me aborrecer, não quero estragar o meu sono, amanhã eu resolvo isso.

— Depois você me conta? – perguntou Afrodite sorrindo.

— Conto, até amanhã – disse Hera se retirando.

Quando ela sai do templo de Afrodite, o sorriso que tinha nos lábios se desfez. Ela ia sim, ter uma conversa muito séria com o marido. Já estava na hora de baixar a crista de Zeus.

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Na manhã seguinte, os deuses se reuniam para o café da manhã. Hera deu bom dia e se sentou muito séria. Os outros perceberam, mas não fizeram comentários. Afrodite parecia agitada, eles concluíram que Hera já estava a par dos acontecimentos. Zeus mantinha-se quieto em seu lugar de destaque. Todos tomaram seus cafés, calados. Então, o senhor dos mares entrou no recinto assobiando e vestido com roupas joviais, cabelos despenteados e barba feita, ele parecia um adolescente.

— Bom dia pessoal – ele cumprimenta e se senta ao lado de Zeus.

— Uau, você ficou muito bem nessa roupa! – disse Afrodite sorrindo. – Ficou mais jovem.

— Obrigado. Resolvi mudar um pouco – disse ele alegre. – Acho que a mortalidade me motivou.

— Você gostou de ser mortal? – ela pergunta curiosa.

— Mais ou menos – disse ele pensativo. – Tirando as partes dolorosas, até que não foi ruim. Foi cansativo, mas até que compensou.

— É mesmo, o que você gostou de fazer?

— Bem, vejamos. Enquanto eu estava com as caçadoras, eu pedi a Ártemis que me desse uma tarefa porque eu não queria ficar só olhando sem fazer nada. Afinal, ela e as meninas me ajudaram quando eu estava ferido. Então, ela me encarregou de procurar gravetos para a fogueira e foi o que eu fiz. Além disso, eu também ajudei na cozinha cortando legumes ou outra coisa que as meninas precisassem.

— Uau, você fez tudo isso? – ela pergunta admirada. – O que mais?

— Treinamento – disse ele sorrindo. – Nina e eu, treinávamos com espadas quase todos os dias quando não tínhamos tarefas. Posso dizer que foi divertido. Por falar em treinamento, Ares, gostaria de voltar ao treino de boxe, pode ser?

— Claro, quando quiser – disse o deus da guerra.

— Vocês estão treinando boxe? – ela pergunta.

— Sim, começamos há alguns meses – disse Poseidon. – Depois da surra que eu levei dos delinquentes e do gladiador, eu preciso mesmo de treino de luta.

— Oh, deve ter doído a beça – disse Afrodite com pesar.

— E muito, mas depois que você apanha muito, seu corpo se acostuma e você já não sente mais nada. Isso significa que você está morrendo. Eu aguentei o quanto pude até a chegada dos campistas, mas quando eu parei de me mexer eles me mataram.

Na mesa todos ficaram em silêncio petrificados, todos pararam de comer para prestarem atenção no relato de Poseidon.

— Isso foi muita coragem irmão – comentou Hera. – Você passou por tudo isso e ainda assim fala com tranquilidade.

— Sacrifícios são necessários, não é Zeus? – ele pergunta irônico.

Zeus o olha de lado, mas não diz nada.

— Ainda bem que você está de volta Hera, o Triunvirato já sabia da sua localização.

— Bom, se eles quiserem me pegar, vão ter vir até aqui.

— Eu quero que eles fiquem pensando que eu estou morto. Assim, eles ficarão com a guarda baixa, e quanto menos eles esperarem....

— O que pretende fazer? – pergunta Zeus.

— Acabar com eles, principalmente Calígula – disse Poseidon com raiva. – Esse vai pagar pelo o que me fez.

Todos imaginavam o castigo que Poseidon planejava para Calígula.

— Se me dão licença, vou para Atlântida – disse ele se levantando. – Preciso saber como estão as coisas por lá e depois vou visitar a mamãe, fui – disse ele sumindo.

— Eu não queria está na pele de Calígula – comentou Deméter tomando uma golada de café.

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Enquanto isso, Nero e Meg, seguiam para Indiana, pois o germânico mandou informá-lo de que a encomenda já está com ele junto com um brinde extra.

— Excelente, já estou a caminho – disse ele desligando o celular.

— Quem era? – Meg pergunta.

— Um amigo – disse ele. – Ele acaba de me informar que a pessoa que vamos buscar está a nossa espera e parece que trouxe mais alguém com ele.

— Você tá muito misterioso Nero – ela disse desconfiada. – Não pode me dizer de quem se trata?

— Se eu disser não será surpresa – disse ele sorrindo. – Você vai gostar você vai ver.

Meg olha para o padrasto com suspeita, mas logo tirou a ideia da mente. Queria muito acreditar que Nero voltaria a ser o homem bondoso que cuidou dela durante anos; por isso, esperava não se arrepender de tê-lo procurado.

Finalmente os dois chegam ao seu destino, um depósito de materiais de construção. O carro entra pelo portão aberto e estaciona. Nero e Meg saltam e entram no depósito.

Apolo, que já tinha despertado, estava amarrado e amordaçado em uma cadeira, enquanto Hermes continuava preso na rede. O deus parou de se mexer, pois já estava quase sem respirar.

Hermes consegue me ouvir? — perguntou Apolo em pensamento.

Sim.

Você está bem?

Mal posso me mexer.

Essa rede é parecida com a que Hefesto prendeu Afrodite e Ares.

Eu sei, por isso parei de me mexer.

Onde será que eles conseguiram isso?

Provavelmente é a mesma rede.

Duvido, Leo Valdez prendeu Nike com uma igual. Talvez um filho de Hefesto tenha construído.

Isso não importa, o problema é que ela impossibilita meus movimentos.

Nisso, Nero chega com Meg.

Meg?

— Apolo! – disse Meg surpresa. – Então, era essa a surpresa? – ela pergunta olhando para Nero.

— Gostou querida? – ele pergunta cínico. – Eu não disse que você ia gostar?

— Veja, meu senhor temos outro olimpiano – disse o germânico puxando Hermes.

— Oh, Mercúrio! – disse Nero admirado.

Assim que Nero pronunciou o nome, a forma de Hermes tremeluziu e se transformou na sua forma romana.

— Excelente trabalho Vince – disse Nero satisfeito. – E então papai, nos encontramos de novo – disse ele se virando para Apolo. - Soube que você salvou o Bosque fofoqueiro e destruiu a minha estátua. Tsc, que lástima, mas eu vou compensar isso, vou dá a você o mesmo trato que demos a Netuno.

Apolo engoliu em seco, aquele doido ia torturá-lo até a morte. Pelo sorriso dos gladiadores, Poseidon deve ter sofrido muito antes de morrer. E agora chegou a sua vez.

— Nero, o que pretende fazer com Apolo? – pergunta Meg.

— Ora querida, ele vai nos divertir - disse ele. – Você já viu uma luta de gladiadores? – ela nega. – Então, você vai presenciar uma ao vivo. Montem a arena.

Meg olhou para Apolo, com tristeza, como que dizendo: você tinha razão. Apolo, por sua vez, retribuiu o olhar como que dizendo: eu te avisei. Depois se virou para Hermes que estava imóvel na rede, ela precisava fazer alguma coisa, mas no momento não podia, pois o germânico não saía de perto do deus e Apolo estava amarrado na cadeira. Ela pensou em chamar Pêssego, mas o Karpo não poderia lutar com todos ao mesmo tempo, precisava de ajuda.

De repente, Meg ouve uma voz em sua mente.

Filha de Deméter.

Meg olha para o deus que a olhava. Era ele quem falava com ela.

Diga Lorde Hermes.

Não faça nada precipitado, a ajuda já está a caminho.

Quem está vindo?

O filho de Hefesto, montado num dragão de bronze.

O cuspidor de fogo.

Exatamente, Leo Valdez dará um jeito de chegar até aqui.

Apolo não vai aguentar muito tempo na arena.

Nesse caso, você terá que intervir.

Como?

Você saberá como.

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 No ínterim, Leo e Calipso voavam sobre uma floresta. Leo usava o GPS para localizar Apolo. Ele havia dado ao garoto um pingente com o formato do sol onde colocou um dispositivo de localização.

— Nada Leo? – pergunta Calipso pela terceira vez.

— Estamos acima da floresta e árvores bloqueiam qualquer sinal – disse ele.

— Então vamos pra outro lugar, eu duvido que eles tenham entrado na floresta – ela argumenta.

— Se eles pegaram a estrada é provável que tenham seguido para o norte – disse ele. – Mudança de direção Festus.

O dragão vira em sentido norte e de repente, o aparelho começa a apitar.

— Deu certo! – disse ele entusiasmado. – Continue seguindo nessa direção.

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Nesse mesmo instante, a arena já estava pronta e Apolo foi colocado dentro, um gladiador foi selecionado para “lutar” com ele. Hermes ainda dentro da rede estava pendurado num andaime observando impotente o meio-irmão tentando se proteger dos ataques do guerreiro. Ele estava com uma espada e um escudo, mas como ele não era bom com esses instrumentos, só se defendia.

Nero observava, divertido a tentativa de Apolo em se defender. Ele sabia que a especialidade do pai era o arco e flecha; por isso, deu-lhe armas diferentes.

Meg olhava para a arena com pesar, Apolo tinha razão, todos tinham razão. Nero nunca mudaria, ele não passava de um assassino mesmo. Estava determinado a matar Apolo, seu próprio pai e depois Hermes seria o próximo. Tinha que fazer alguma coisa, mas o quê?

Apolo armado com espada e escudo fazia de tudo para se defender, o guerreiro armado com uma espada investia com muita força sobre o seu escudo. O braço de Apolo já estava dolorido ele tentou uma investida que aprendeu no acampamento, mas o guerreiro prevendo o movimento o bloqueou, Apolo não desistiu, continuou a investir usando o que havia aprendido com Sherman, filho de Ares.

O guerreiro cansado daquilo resolveu acabar com a luta dando um golpe violento na espada de Apolo que voou para longe da arena. Apolo desprovido de sua espada teve apenas o escudo para se defender, já estava ficando cansado, o braço ficando adormecido. O guerreiro joga fora a sua espada e o escudo e vai para cima de Apolo somente com os punhos, ele dá um soco no escudo e Apolo sem forças larga-o e dá um passo para trás. O guerreiro aproveita e acerta um soco em seu rosto o deixando tonto, não dando chance para se defender, ele dá outro e Apolo fica encurralado entre a grade e o guerreiro que lhe dá vários socos ao mesmo tempo.

Do andaime, Hermes fechou os olhos ao ver que o irmão apanhava do guerreiro, sentiu a raiva lhe subir a cabeça, tentou se mexer, mas a rede lhe apertava cada vez mais. Sentiu-se um inútil, falhou em sua missão, seu pai lhe confiou a vida de seu irmão e o que fez, se deixou capturar e agora estava assitindo um grandalhão massacrá-lo.

Meg estava apavorada vendo Apolo ser socado sem parar, ela sabia que ele não ia durar muito, sem perceber ela começou a rezar a Ártemis, sua senhora.

Nero ria pra valer da surra que seu guerreiro dava no pobre garoto indefeso.

— Vamos, quebre todos os ossos dele – incentivava.

Meg chorava baixinho, e fechando os olhos pedia ajuda a sua senhora.

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Na floresta, Ártemis estava em sua barraca quando ouve alguém rezar para si. A pessoa parecia apavorada e lhe pedia ajuda com tanta intensidade que a deusa sentiu o seu medo, ela concentrou-se e teletransportou-se até o local.

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No ar, Leo seguia o sinal do pingente de Apolo.

— Está ficando mais forte – disse ele. – Estamos perto.

— Espero que ele esteja bem – disse Calipso preocupada.

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Na arena, Apolo continuava apanhando. Depois que levou um soco em seu estômago ele cai e não se mexe mais, o guerreiro olha para seu senhor esperando o veredicto. De seu lugar, Nero sorri satisfeito e olha para Meg que continuava chorando.

— O que acha de acabar com o sofrimento dele Meg?

Ela não diz nada.

— Ah querida não fique triste, vamos logo acabar com isso – disse ele olhando para o guerreiro que esperava.

Nero aponta o polegar para baixo selando o destino de Apolo. O guerreiro sorri e pega a sua espada, aproxima-se do garoto apontando a ponta da lâmina para o seu peito. Quando fez mensão de enfiar a espada em Apolo, uma flecha de prata acerta em cheio o peito do guerreiro que dá um passo para trás e cai de costas, morto.

O sorriso de Nero desaparece de seus lábios, ele se levanta e olha para um lado e outro.

— Quem fez isso, apareça – ele grita.

Uma flecha acerta seu ombro direito, ele cai sentado com muita dor. Meg sai correndo e entra na arena, ela se aproxima de Apolo que estava imóvel.

— Apolo – ela o chama, mas ele não reage.

Enquanto isso, Ártemis lutava com o germânico que guardava Hermes, mas quando viu seu senhor ser flechado correu em seu socorro, mas a caçadora o impediu que chegasse perto. Os dois lutavam ferozmente, Ártemis estava decidida a matar qualquer um que atravessasse seu caminho. Ela estava com muita raiva ao ver o irmão muito ferido e quase morto.

Quando chegou ao local, ela viu uma arena montada e duas pessoas lutando. Reconheceu seu irmão que na tentativa de se defender teve o escudo arrancado e apanhava feito um condenado. Viu Nero sentado rindo da desgraça alheia, ao seu lado estava Meg que chorava e num andaime, pendurado em uma rede de bronze celestial, estava Hermes que mal podia se mexer.

Olhou novamente para a arena e viu o guerreiro socar Apolo no estômago e o mesmo cair desmaiado. O guerreiro olha para Nero que aponta o polegar para baixo, e quando o guerreiro ia empalar Apolo, ela lhe dá uma flechada certeira em seu peito, depois acerta o ombro de Nero que cai sentado e Meg corre para a arena. O germânico tenta chegar até ele, mas Ártemis se põe em seu caminho, o guerreiro não se faz de rogado e ataca a deusa e os dois lutam de igual pra igual.

Outros guerreiros correm para ajudar Nero, mas um dragão de bronze cospe fogo bloqueando a passagem deles. Nero consegue arrancar a flecha de seu ombro e corre para dentro da arena onde Meg estava.

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Leo e Calipso finalmente chegam ao local de onde vinha o sinal. Do alto eles puderam perceber o caos, a deusa da caça lutava com um cara bem alto armado de escudo e espada. Um cara sentado com uma flecha prateada no ombro, e uma caçadora dentro de uma espécie de arena de luta, onde jazia um garoto todo machucado e um gladiador com uma flecha de prata no peito.

— É Apolo – disse Leo. – Espero não termos chegado tarde.

— Veja, aquele é o imperador Nero – apontou Calipso. – Não podemos deixa-lo fugir.

— Deixa comigo, Festus fogo! – disse Leo e o dragão lançou uma labareda impedindo os gladiadores de chegarem perto de Nero.

— Me ponha no chão Leo – disse Calipso.

Leo aterrissa o dragão e Calipso pula para o chão, ela corre atrás de Nero.

— ME TIREM DAQUIIII! – gritou Hermes.

Leo corre até o andaime e tira o deus enrolado que aliviado vai atrás dos guerreiros restantes. Ele usa sua velocidade para confundir os guerreiros que acabam empalando um ao outro, esse foi o fim deles. Depois ele corre para a arena e reaparece diante de Meg.

— Você tomou a decisão certa filha de Deméter – disse o deus. – Livre-se do seu fardo, peça perdão a sua senhora e seja feliz ao lado de suas amigas.

Ao dizer isso, ele pega Apolo e se teletransporta para o Olimpo.

Meg enxuga as lágrimas e se levanta. Nisso ela ouve a voz de Nero.

— Meg, Meg, mais uma vez você me traiu – disse. – Filha ingrata, eu terei que te punir, ou melhor, o Besta vai puni-la.

Meg se vira para ele e enfrenta seu olhar.

— Eu não tenho mais medo de você ou do Besta – disse ela -, você mentiu pra mim pela última vez.

— E o que você vai fazer menina tola? – ele pergunta com um meio sorriso. – Vai me matar? Sabe que eu não vou morrer, não é?

— Será mesmo? – ela pergunta. – Só tem um jeito de saber. Pêssego!

Nero franze o cenho.

Nisso um ser grotesco, baixinho e esverdeado usando fraldas aparece ao lado de Meg.

— Pêssego!— diz a criatura.

— Essa fruta monstro novamente?

— Ele é um Karpo, um espírito do grão – disse Meg. – Vamos ver se você é tão divino como diz ser. O que eu duvido muito, já que o seu sangue é tão vermelho quanto o meu.

— Que atrevimento, você está diante do futuro deus do sol, Nero César – disse ele.

— Ataque Pêssego! – disse Meg para o Karpo.

— Pêssego!— diz o Karpo e pula em Nero.

Nero tenta se defender com o braço, mas o Karpo lhe dá uma mordida tirando um pedaço de carne. Nero grita de dor e tenta correr, mas a criatura se agarra em seu pescoço enterrando as garras com força.

— AHHHHHH! – ele grita ao ser mordido novamente. – Meg, me ajude!

A menina vira a cara para não ver, pois o Karpo arranca-lhe uma orelha e enfia as garras no peito de Nero perfurando seu coração. O imperador cai no chão ensanguentado e agonizando. O Karpo para o ataque e fica aguardando, Meg se aproxima e olha para o homem que já foi um pai para si um dia, mas que na verdade não passava de um assassino frio e malvado.

Nero olha para a menina que estava triste, mas ao mesmo tempo determinada. Ele estende o braço e sem dizer nada pede para acabar logo com aquilo.

Meg pega um de seus anéis e o transforma numa espada romana e com um só golpe enfia a espada no peito de seu padrasto. Nero expira e morre.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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