Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 72
Cap.72 - Mea Culpa*


Notas iniciais do capítulo

Olá, o capítulo de hoje.



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INDIANA

Na caverna de Trofônio, Apolo continuava gritando e chorando. Leo e Calipso não conseguiam acordá-lo. Hermes na escuridão observava aflito o sofrimento do irmão, seja qual for a visão que estava tendo estava deixando em estado lastimável.

A sacerdotisa parada ao lado do altar olhava para seu antigo senhor indiferente. Por ser ligada a Apolo, podia sentir a presença do deus em todo lugar. No entanto, quando Apolo se tornou mortal ela não sentia mais a sua presença, assim o poder do oráculo enfraqueceu.

Isso a deixara preocupada, isso significava que algo acontecera ao deus. Embora Apolo não frequentasse mais a caverna, a pítia continuava o seu trabalho por acompanhar os acontecimentos envolvendo os deuses.

De seu lugar solitário, ela acompanhou as duas guerras, cujo resultado foi a derrota dos titãs. Ela sabia que ambas as guerras eram apenas uma distração para algo ainda maior. Sabia também quem estava por trás das guerras. Ela poderia ter alertado o deus, mas por alguma razão se calou. No entanto, pagou por isso, pois enquanto os deuses se distraíam com Gaia, Píton conquistava Delfos impedindo o oráculo de alertar a sacerdotisa sobre isso.

Antes de tomar Delfos, a serpente lhe fez uma visita inesperada. Antes que pudesse se defender, a cobra usou sua magia aprisionando o espírito, obrigando a sacerdotisa a fazer a sua vontade. Como ela se recusara, Píton cuspiu ácido em seu rosto causando-lhe uma queimadura terrível o que a fez gritar de dor. Ela não teve alternativa a não ser fazer o que a cobra ordenara, matar Apolo.

No momento, era o que acontecia. Sua tarefa era fazer Apolo ter visões que o levasse à loucura e por fim a morte. Píton queria se vingar do deus que o matou por ter perseguido sua mãe.

No fundo de seu ser, a pítia desejava que o ex deus conseguisse superar os obstáculos e recuperasse o espírito de Trofônio. Mas para isso, ele precisava passar por todos os testes. Nesse momento, Apolo estava vivenciando uma experiência nada agradável.

Visão on

O lugar era uma ilha pequena, coberta com uma exuberante floresta, uma praia que se estendia de ponta a ponta com águas azuis cristalinas. Uma mulher muito bela de cabelos compridos e castanhos estava sentada sobre uma pedra de frente ao mar, enquanto acariciava sua enorme barriga. Ela era uma titânide, filha de um casal de titãs: Ceos e Febe. A bela mulher se chamava Leto.

Leto despertou a paixão do rei do Olimpo, Zeus, ela era uma das muitas amantes dele. E para escondê-la da fúria da esposa a mandou para a ilha de Delos. Ela estava grávida de gêmeos e já estava quase para dá a luz. No entanto, a rainha descobriu a infidelidade do marido e estava à procura de Leto. Ela descobriu onde estava, e passou a persegui-la.

Numa dessas fugas, Leto sentiu dores de parto, mas a deusa ciumenta tentou impedir que ela desse a luz, mandando vários monstros atrás da titânide. Por isso, a sua gravidez foi além dos nove meses. Por último, ela mandou uma cobra gigante, a Píton, atrás da mulher. Esta a perseguiu de modo implacável, Leto não tinha sossego, ela já não aguentava mais, pois sua barriga já estava tão grande que não podia mais correr.

Apolo, como expectador observava o sofrimento de sua mãe com angústia. Ele queria gritar e chamá-la, mas a sua voz não saía. Ficou horrorizado quando a serpente aproximou-se sorrateiramente, enquanto Leto descansava, ela se enrolou nas pernas da mulher, mas a mesma começou a lutar para sair da situação. Ela alcançou uma pedra e bateu na cabeça da serpente, mas não surtiu efeito, pois isso só contribuiu para irritar o monstro. A serpente a atacou por mordê-la, arrancando pedaços de carne de seu braço. Numa última tentativa desesperada para se soltar, a mulher bate com toda a força que lhe resta e então a cobra a solta. Vendo-se livre ela se arrasta para o mar, pensando que a cobra não a perseguiria ali, mas se enganou. A serpente se esticou para mordê-la, Leto desesperada nada para longe até ficar fora do alcance do monstro.

A cobra desistiu e foi embora, mas a mulher flutuando na água, exausta, pensava que era melhor morrer afogada do que ser devorada viva. Ela já estava se conformando com o seu destino quando uma coisa enorme vinha flutuando em sua direção. Leto que estava quase desmaiando, achou que fosse outro monstro, mas quando pôde ver melhor era um pedaço de terra, ela nadou de encontro ao pequeno barranco e subiu. Ao fazer isso teve outra dor, dessa vez sentiu o líquido amniótico escorrer e ela deu a luz a uma menina e logo depois um menino, que ela chamou de Ártemis e Apolo respectivamente, ambos já nascidos adultos.

Apolo sorriu aliviado ao ver que a mãe estava a salvo e que ele e sua irmã estavam bem. Leto abraçava os filhos, feliz da vida por ter conseguido trazê-los à luz sem a interferência de Hera e daquele monstro reptiliano. No entanto, a alegria durou pouco, pois antes que os gêmeos pudessem fazer algo Leto foi enrolada pela serpente e arrastada. Ártemis foi a primeira a reagir, ela pulou na cobra e tentou puxá-la, a fim de livrar a mãe, mas a serpente usou a calda lançando Ártemis para o mar. Apolo ficou sem reação, não sabia se acudia a mãe ou a irmã que se debatia na água.

— O que eu faço o que eu faço – disse desesperado.

— Escolha Apolo, sua irmã ou sua mãe – disse a serpente.

E para enfatizar, ela apertou Leto mais ainda tirando-lhe um gemido de agonia. Enquanto Ártemis se afogava no mar. Apolo se viu num dilema, não sabia o que fazer se escolhesse a mãe iria perder a única irmã e se escolhesse a irmã tanto ele como ela, perderia a mãe que acabaram de conhecer e que lutou para que eles vivessem.

“Apolo, meu filho, escolha sua irmã, você e ela serão grandes. Apresentem-se ao seu pai, Zeus no Olimpo. Não se importe comigo, amo a vocês dois. Vá, meu filho.”

Apolo chorava, pois sua mãe já havia lhe dado escolha, ele deu um último olhar para a mãe que já estava ficando roxa.

— Você vai pagar por isso, cobra maldita – dito isso, Apolo se joga no mar e mergulha em busca da irmã.

Ele a encontra desacordada, no fundo e a puxa de volta para cima. Nada até o barranco e a arrasta, faz massagem cardíaca e respiração boca a boca. Ártemis vomita toda a água que engoliu e começa a tossir.

— Você está bem, irmã?

Ela assente, Apolo corre até a mãe que estava caída, a cobra já tinha ido embora. Apolo verifica a pulsação da mãe, mas não sente nada. Então tenta fazer respiração boca a boca e massagem cardíaca, mas Leto não reage. Ela já estava morta.

Apolo chora desesperado e grita.

— Ahhhhhhhhh!

Ártemis abraça o irmão e também chora.

Visão off

De volta à caverna, Apolo finalmente para de chorar e gritar, ele fica calado por algum tempo, lembrando do dia em que perdeu a mãe. E depois do dia em que foi atrás da serpente e a matou.

— Apolo – chamou Calipso. – Apolo, você está bem?

— Essa cobra maldita não quer apenas conquistar os oráculos, ela quer vingança – ele diz. – Eu não vou dá esse gostinho pra ela, não vou deixar que ela faça o que bem entende. Está me ouvindo pítia?

A sacerdotisa o olha sem expressão.

— Eu admito que deixei meu trabalho de lado. Se eu tivesse ficado vigilante, não estaria nessa posição agora – disse se lamentando. – Eu mandei muita gente inocente para a morte, tudo para que eu me sentisse bem. Inventei histórias de feitos que eu nunca realizei, roubei a glória dos heróis que morreram ao meu serviço e nunca chorei a morte dos meus filhos que morreram nas guerras.

Ele olha para os outros.

— Nina tinha razão – disse -, nós deuses não nos importamos se nossos filhos morrem em nome do Olimpo. Não fazemos nada por eles, os deixamos a própria sorte para que se virem. Ficamos sentados em nossos tronos apreciando o desenrolar das coisas enquanto os semideuses lutam para sobreviver.

Ele sorri.

— Agora que estou na pele de um mortal, sei o quanto é dura a vida de vocês – disse ele olhando para os companheiros.

— Então você sentirá o quanto a vida de um semideus é dura – disse a sacerdotisa.

De repente, Apolo se empertiga, outra visão do passado invade sua mente.   

Acampamento Meio-Sangue

 Estava o maior alvoroço, os campistas pegos de surpresa, estavam em batalha com monstros e semideuses traidores, aliados de Cronos. Eles invadiram o acampamento através do Labirinto, vieram aos montes. Campe estava no comanado do ataque, a carcereira do Tártaro vinha com toda a sua fúria pra cima dos campistas. Seu alvo era o filho de Poseidon, Percy Jackson, que o havia enfrentado antes.

 Por todo lado, havia lutas, dentre os semideuses traidores havia aqueles que lutavam contra seus próprios irmãos, Apolo na pele de um campista lutava com um garoto que logo reconheceu ser um filho seu, filho esse que ele se esqueceu de reconhecer. O garoto o olhava com fúria, como se o reconhecesse e quisesse matá-lo. Embora, os filhos de Apolo fossem arqueiros por natureza, esse manejava muito bem uma espada, como se fosse um verdadeiro espadachim. Ele deve ter sido muito bem treinado, pois o campista no qual Apolo encorporava estava tendo muito trabalho em se defender. A luta estava bem equilibrada, até que o garoto o fere com um corte no braço.

 — O que foi Apolo, vai desistir? – pergunta o menino.

 — Você sabe quem eu sou? – ele pergunta surpreso.

 — É claro, você é o tipo do pai que não reconhece seu próprio filho – disse o garoto com raiva. – Você é o culpado de tudo o que está acontecendo, você negligenciou suas obrigações como deus, você é um deus fraco e medíocre, você causará a ruína do Olimpo.

 — Não, não é verdade – disse ele negando.

 — Você nunca deveria ter nascido – disse o semideus enfiando a espada no peito do campista em que Apolo incorporava.

 Apolo cai lentamente no chão enquanto o outro semideus sorri com o resultado. Então ele se afasta para o meio da batalha. No chão, “Apolo” agonizava e lutava para respirar, mas quanto mais se esforçava mais dor sentia, ele deu seu último suspiro e fechando os olhos, morreu.

 Na cavena, Apolo se agitava, ele falava e negava ao mesmo.

— Não, não é verdade – o som da sua voz enchia o silêncio da caverna.

De repente ele para de falar e fica quieto.

Calipso e Leo se entreolham.

— Apolo – chama Calipso. – Apolo – ela dá tapinhas em seu rosto. Então decide tomar seu pulso. – Não estou sentindo o seu pulso.

— Quer dizer que.... – ia dizer Leo.

— Não, ele não pode – disse Calipso. – Deite-o no chão.

Leo obedeceu e deitou Apolo que estava desacordado.

Calipso fez massagem cardíaca e respiração boca a boca. Leo observava um pouco enciumado, mas não fez nenhum comentário, pois a situação era preocupante e Calipso tinha conhecimentos médicos.

— Vamos, homem não desista – disse ela continuando com o socorro.

De repente, Apolo dá um suspiro, ele tinha retornado, mas não abrira os olhos.

— Ufa, pensei que ele tivesse ido para o reino de Hades – disse ela aliviada.

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 Ainda no acampamento, Apolo fora do corpo do campista morto olhava ao redor, a batalha já tinha terminado. Por todos os lugares campistas choravam, outros carregavam corpos de campistas e inimigos mortos. Viu seus filhos correndo de um lado para o outro a fim de ajudar os feridos. Apolo lembrou-se do campista no qual incorporava, quando se virou para o rapaz, teve um choque. O garoto caído era um de seus filhos, Lee Fletcher, conselheiro de seu chalé. Ele fechou os olhos, lamentou a morte do filho morto pelas mãos de seu próprio irmão.

 Apolo se afastou quando dois campistas vieram recolher o corpo de Lee. Ele resolveu andar pelo acampamento à procura de outros de seus filhos que pudessem ter perdido a vida. Esperava que não encontrasse nenhum, mas como nada é do jeito que queremos, ele encontrou mais dois. Um menino e uma menina ainda bem novos, estavam sendo deitados ao lado de Lee, com eles eram três de seus filhos mortos. Os outros estavam ocupados atendendo os feridos.

 Ao andar mais um pouco, localizou um dos gêmeos de Dioniso que chorava a morte de seu irmão, o rapaz tinha a garganta cortada e alguém amarrou-lhe o pescoço para que a ferida não ficasse exposta. Mais ao longe, ele viu Percy um adolescente de 15 anos, ao lado de Quiron, ele parecia muito abatido.

 Apolo fechou os olhos e respirou profundamente, ele não queria mais ver aquilo.

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Ele retorna da visão e abre os olhos. Calipso e Leo o ajudam a se sentar.

— Como se sente? – perguntou Leo.

— Um lixo – disse -, mas eu não vou desistir.

— Assim que se fala, não esqueça que estamos com você – disse Leo.

— Ter a visão dos meus filhos mortos foi horrível – disse ele.

— E de quem foi a culpa? – pergunta a sacerdotisa.

— Em parte foi minha, eu devia ter previsto que Luke usaria o Labirinto para invadir o acampamento – admitiu -, mas o que eu podia fazer, estávamos ocupados com as ameaças de Cronos.

— Você sempre dava um jeito de violar a lei – disse a pítia -, mas se acomodou e seus filhos e muitos campistas pagaram por isso.

— É eu sei – disse ele triste.

— Não deixe isso te abater – disse Calipso. – O objetivo é justamente isso, deixar você se sentir culpado. Não esqueça de que o Triunvirado está por trás de toda a desgraça dos últimos anos.

— Me admira muito, filha de Atlas – começou a pítia -, você também tem algo contra Apolo. Ele também a abandonou, não foi? Você ainda guarda mágoa dele.

— Como assim, vocês dois.... – disse Leo.

— Sim filho de Hefesto – disse a pítia – Apolo é um dos muitos casos de Calipso.

— Pare com isso – disse Apolo -, isso ficou no passado – disse ele para Leo.

Mas Leo não olhava para ele.

— Calipso?

— Sim, Apolo e eu tivemos um caso – disse -, mas não durou muito.

— É claro que não – disse a pítia rindo.

— Eu fiquei com muita raiva dele por ter me enganado – disse a garota. – Depois dele vieram outros, entre deuses e semideuses, mas essa era a minha maldição. Até que viesse alguém para me libertar. Alguém que realmente cumprisse a promessa.

— E eu prometi que a libertaria se se tornasse minha – disse Apolo -, mas no fim eu fui embora e nunca mais voltei.

— Você foi o único que cumpriu a promessa Leo – disse Calipso. – Todos os outros tinham alguém esperando por eles, você voltou e me tirou do meu castigo.

— Mas a que preço – disse ele. – Você perdeu seus poderes.

— Isso não tem importância Leo – disse ela sorrindo. – Os deuses não iriam facilitar a minha vida. Eles nunca permitiriam que uma filha dos titãs poderosa andasse por aí.

— Zeus sempre teve medo de seres poderosos – disse Apolo. – É por isso, que ele os elimina.

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Do seu esconderijo, Hermes observava o desenrolar dos acontecimentos, ele ouvia todas as confissões do meio-irmão, parece que finalmente Apolo se deu conta dos seus erros. Hermes, por ser o mais observador dos deuses, já havia notado que as atitudes do meio-irmão trariam consequências a longo prazo. Por vezes tentou alertar Apolo do seu comportamento, mas o mesmo apenas ria e fazia disso uma poesia. Agora, via de primeira mão que o ex deus admitia que as suas atitudes trouxeram tristeza, revolta, mágoa e também ódio.

Esperava sinceramente que ele continuasse assim, depois que retornasse ao seu cargo divino.

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No Acampamento Júpiter, o baile estava a todo vapor. Netuno, na sua forma adolescente dançava com sua irmã Juno. Foi uma grande surpresa quando ele aparece de braços dados com a rainha que antes era mortal. Para os romanos foi motivo de alegria e a festa foi bem mais animada.

Antes disso, houve um grande alvoroço quando de repente, um cão infernal enorme surgiu do nada bem no meio da praça. Os campistas assustados gritavam e corriam para se esconder.

Reyna, que estava supervisionando o palco reconheceu a cadela. Ela já a havia visto durante a batalha contra Polibotes quando Percy a montava carregando a águia dourada. Viu também que a cadela não estava sozinha, um garoto a montava. Era Nico Di Angelo, filho de Hades, o lado grego de Plutão.

Nico reapareceu no acampamento onde havia muitos campistas vestidos para festa. Ele olhou de um lado para o outro não entendendo nada. Foi então que a cadela deu um latido e correu para um canto da praça, onde um garoto vestido com uma túnica grega olhava de olhos arregalados.

A cadela pulou no rapaz jogando-o ao chão e começou a lambê-lo.

— Ahahahahaha! – ria. – Para, hahahaha!

— Senhora O’Leary! – chamou Nico que ainda não tinha descido.

A cadela saiu de cima de Percy que ficou todo babado. Seu pai o ajudou a se levantar.

— Você está cheirando a baba de cachorro – disse ele estalando os dedos deixando Percy como estava anteriormente.

— Valeu pai – ele agradeceu. – Nico, aconteceu alguma coisa?

— Eu é que pergunto – disse ele descendo da cadela. – O acampamento tremeu e o seu chalé rachou. Queiron disse que Poseidon está morto, mas você não me parece muito abalado.

— Meu pai realmente morreu – disse Percy -, mas seu pai o trouxe de volta.

— Olá! – disse Netuno acenando.

— O Triunvirato nos atacou com um tanque de guerra destruindo alguns prédios, mas ninguém morreu – disse ele. – O ataque foi uma distração para sequestrar meu pai e foi isso o que aconteceu. Quando fomos resgatá-lo, ele já estava morto.

— Então foi por isso que houve o tremor e o chalé rachou – disse Nico.

— Ah, quanto a isso, a culpa foi minha – disse Percy sem graça. – quando vi meu pai morto eu fiz a terra tremer. Espero que ninguém tenha se machucado por lá.

— Saímos a tempo, mas o seu chalé tá todo rachado. Por isso, imaginei que vocês tinham sido atacados e resolvi vir aqui. Fiquei preocupado com Hazel.

— Quanto a isso, logo, logo vou resolver esse problema – disse Netuno. – Agora, estamos em festa, fique conosco um pouco, estamos realizando um baile.

— Obrigado, mas eu não sei dançar – disse Nico.

— Mas hoje você vai aprender – disse Percy. – Vamos procurar um par pra você.

Percy arrastou Nico até o meio da praça onde os campistas aliviados voltaram.

— Nico! – uma voz o chamou.

— Hazel! – ele abraça a irmã que retribui. – Graças aos deuses você está bem.

— Estamos todos bem, que bom que você veio – disse ela olhando para os lados. – Seu namorado não veio com você?

— Não, eu não sabia que estava tendo um baile, se não eu o teria trazido.

— Que pena, eu tenho certeza que ele gostaria de tocar com os irmãos.

— Fica pra próxima.

Nisso, Netuno já tinha ido ao Olimpo, ele aparece de repente assustando a todos.

— E aí – disse ele cumprimentando. – Que caras são essas?

— Poseidon? – chamou alguém.

O deus vira na direção da voz e sorri.

— Hera! – disse ele. – Que bom que voltou.

— Obrigada, você está vindo do acampamento, como está o Percy?

— Está muito bem, obrigado – disse ele olhando para Zeus de senho franzido. – Já que está de volta, seria bom os campistas saberem disso, não acha? Por isso, eu gostaria de convidá-la para ir comigo.

— Mas é claro que eu vou – disse ela se levantando do trono.

— Tudo bem Zeus? – disse Poseidon.

— Tudo bem – disse ele.

Poseidon achou estranho ele não impor empecilhos.

— Vamos?

Hera entrelaça seu braço no do irmão e ambos desaparecem. Todos os deuses suspiram.

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Netuno reaparece trazendo a irmã com ele. Os dois deuses sobem ao palco e Netuno anuncia.

— Romanos – disse –, eu quero agradecer a todos por estarem presentes, desejo que se divirtam – aplausos. – Antes de começarmos o baile eu quero que todos saibam que Juno finalmente está de volta – ela se aproxima e os campistas batem palmas – agora sim eu tenho meu par pra dançar. Que comece o baile.

Os filhos de Febo começaram a tocar e os pares começaram a dançar.


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Notas finais do capítulo

*Mea-Culpa (em latim)– substantivo masculino de dois números; ato de pedir perdão; confissão da própria culpa.
Até o próximo.



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