Depois da conversa com Belona, Annabeth saiu em disparada à procura de Poseidon, correu até o local do prédio residencial.

Encontrou-se com Hazel.

— Hazel – chamou a loira ofegante.

— Annabeth, o que foi, aconteceu alguma coisa com o Frank? – ela perguntou assustada.

— Ele foi ferido, mas está bem – disse a loira. – Onde está Poseidon?

— Ele disse que ia procurar o Percy – disse ela -, está tudo bem?

— Não, esse ataque foi só uma distração – disse ela -, o alvo deles é Poseidon, precisamos procurá-lo.

— Tá, mas quem são eles? – ela pergunta correndo ao lado da loira.

— O Triunvirato – disse Annabeth enfática.

As duas semideusas passaram a perguntar a todos se viram Netuno/Poseidon. Encontram com Percy e Frank.

— Percy! – grita a loira.

— Annabeth o que houve? – ele pergunta preocupado.

— Seu pai, você o viu? – ela pergunta com urgência.

— Não, eu ia encontrar-me com ele.

— Temos que achá-lo Percy, ele pode está correndo perigo – disse ela agitada. – Esse ataque foi uma distração para capturá-lo.

— O quê?

— O Triunvirato, eles sabem que o seu pai é mortal. Por isso, temos que encontrá-lo.

Os quatro saem à procura de Poseidon por todo o acampamento, mas não o encontram.

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Na floresta, um fauno se espreguiçava e bocejava. Ele havia tirado uma soneca depois do almoço, estava deitado sobre uma árvore quando ouviu vozes. Olhou para baixo e viu dois garotos que se aproximavam, um deles era conhecido o outro ele já tinha visto, mas não se lembrava onde. O garoto desconhecido agachou-se e examinava um objeto cilíndrico.

— O que acha que é senhor? – perguntou George.

— Parece um cilindro, pode ser um dos projéteis daquele tanque. É melhor recolhê-lo e levá-lo aos filhos de Vulcano para exames.

Foi quando George atacou o garoto desconhecido por trás com uma arma de choque. O mesmo deu um grito e desmaiou e então apareceram mais dois que estavam escondidos.

— Rápido, levem-no para a van – disse George para os dois que pegaram o garoto desconhecido e o carregaram até o carro estacionado fora do acampamento.

Daí quando George foi embora o fauno desceu da árvore e foi em busca de Hazel.

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Percy e os outros continuavam à procura de seu pai, mas ninguém o tinha visto. Até que um dos operários que estava no templo de Júpiter disse que Netuno saiu com o novato para a floresta.

— Para a floresta? – pergunta Percy.

— Quem é o novato? – pergunta Frank.

— O George, ele disse que encontrou algo estranho na floresta e Netuno foi verificar.

— Vamos até lá – disse Frank.

— Os quatro partem apressadamente para a floresta e no caminho se encontram com o fauno que ficou alegre quando viu Hazel.

— Hazel – ele chama a atenção da menina.

— Oi Don, agora não posso falar com você – disse ela.

O fauno olha para Percy e arregala os olhos surpreso.

— Como conseguiu escapar?

— Escapar?

— É. Eu acabei de ver você sendo atacado pelo George com uma arma de choque e dois caras apareceram e levaram você e colocaram num carro.

— Onde você viu isso? – perguntou Percy quase em cima do fauno que se assustou e se encolheu.

— Calma Percy – disse Annabeth o segurando.

— Don, por favor, pode nos mostrar onde? – perguntou Hazel.

— S..sim – disse a criatura assustada.

O fauno os levou até o local onde Poseidon foi atacado.

— Eles estavam aqui – disse o fauno. – Enquanto você estava agachado examinando um cilindro, George o atacou com a arma de choque e você desmaiou. Daí, os dois caras, que estavam escondidos levaram você e o puseram na van e foram embora.

— Não há nada aqui, nenhuma pista – disse Percy.

— O George apagou tudo – disse o fauno.

— Sabe o que era esse cilindro? – perguntou Frank.

— Ele disse – apontou para Percy - que era um projétil de um tanque.

— Um projétil perdido – disse Hazel.

— Ou implantado – disse Annabeth. – Esse projétil pode ter sido a isca para trazer Poseidon pra cá.

— Temos que informar Reyna imediatamente – disse Frank.

— Espere Frank – disse Annabeth. – Não tem muito tempo que o levaram. Você poderia procurar a van e segui-los e então nos informar.

— Boa ideia – disse Percy. – Por favor, Frank, apresse-se.

— Tudo bem – disse Frank se afastando e se transformando em uma águia.

Quando ele sai voando os três correm para informar Reyna.

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Nisso, a van comia estrada até o quartel general do Triunvirato. George olha para o garoto desacordado e sorri, mal podia acreditar que tinha capturado o deus dos mares, agora um mortal. Esperava ser bem recompensado pelo seu senhor, já que depois do que fez não poderia mais voltar para o acampamento. Mas ele nem desconfiava que estava sendo seguido por uma ave muito astuta.

Depois que saiu do acampamento, Frank na forma de águia, localizou a van que ia em direção a um pequeno aeroporto abandonado. Lá chegando entrou num galpão e parou. O semideus pousou e transformado num rato entrou no galpão e se escondeu.

Nisso três figuras aparecem e um deles se aproxima da van.

— Conseguiram?

— Sim senhor – disse George abrindo a porta do carro e mostrando um adolescente adormecido.

— Excelente – disse a figura misteriosa. – Tragam-no para dentro.

Os rapazes pegam o adolescente e o carregam para dentro de uma sala, os três homens os seguem. Frank espera que eles se afastem e então corre para perto da porta que é fechada não dando tempo para ele entrar. Então, transforma-se em lagartixa e escala a parede até o duto de ventilação, ele entra e se transforma num gato e se aproxima da abertura e escuta a conversa dos homens.

— Então esse é o grande deus dos mares – disse Nero sorrindo. – Não parece grande agora – comentou rindo.

— Ora quem diria que um dos Três Grandes cairia tão baixo – comentou o primeiro. – Como pretende matá-lo?

— Bem devagar – disse o segundo. – Quero torturá-lo primeiro, depois sim lhe darei o alívio que merece.

— Você é muito bonzinho Calígula – disse Nero – queimá-lo vivo seria mais espetacular.

— Seria uma morte agonizante sem dúvida – disse Calígula -, mas eu prefiro os meus métodos. Gosto de ver o medo estampado nos olhos dos meus inimigos.

— Isso vai ser divertido – disse o outro que estava calado.

— Vocês fizeram um bom trabalho rapazes – disse Calígula se virando para os três. – Aqui está – ele entrega um pacote para cada um. – Agora, por favor, desapareçam.

Os três rapazes saem da sala e entram na van e vão embora.

— Agora vamos trancá-lo e esperá-lo acordar – disse Calígula se retirando da sala com os dois e trancando a porta. – Vamos comemorar.

Os três homens saem do galpão e Frank que estava na forma de gato volta a se transformar em lagartixa e sai pela brecha do duto e desce pela parede até o chão e volta à forma humana. Ele corre até Poseidon que ainda estava desacordado.

— Lorde Netuno – disse Frank o sacudindo. – Por favor, acorde.

Poseidon não reage.

— Droga, eles devem ter usado uma descaga forte – disse Frank para si mesmo.

Ele olha ao redor, a sala não tinha nada. Só tinha o duto de ventilação e a porta.

— Lorde Netuno – Frank tenta mais uma vez até que Poseidon dá um gemido e abre os olhos. – Graças aos deuses.

A primeira coisa que Poseidon vê é um par de olhos amendoados que o olhava ansioso.

— Quem é você? – ele pergunta confuso.

— Frank, filho de Marte. O senhor levou um choque.

— Sim, agora lembro – disse se levantando. – Um garoto me levou até a floresta e me atacou por trás.

— A sorte é que um fauno viu tudo e nos contou – disse Frank. – O senhor consegue andar?

— Acho que sim – disse ele. – Onde estamos?

— Em um galpão abandonado um pouco longe do acampamento – disse. – Foram os imperadores, senhor. O garoto era espião deles.

— Então eles sabem sobre mim – disse o ex deus.

— Sim, e provavelmente de Juno também – disse Frank. – Temos que sair daqui senhor. Calígula pretende matá-lo.

— Calígula?

— Sim. O Triunvirato é formado por Nero, Calígula e Cláudio.

— Espera, se os três estão aqui, podemos capturá-los e acabar com essa guerra antes que comece – disse Netuno.

— Sim, mas...

— Ouça, volte para o acampamento e informe o local do esconderijo e traga reforços – disse. – Se conheço bem essas três doses, eles vão querer brincar comigo primeiro antes de me matar.

— O senhor agora é mortal, pode ser que não aguente a tortura – disse Frank tentando fazê-lo mudar de ideia. – O Percy vai ficar muito preocupado.

— Agradeço sua preocupação pretor, mas não podemos perder essa oportunidade e Percy sabe muito bem que sacrifícios são necessários – disse decidido. – Agora vá, não perca tempo.

Frank acatou a ordem e voltou rapidamente para o acampamento onde um Percy ansioso esperava a sua volta.