Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 55
Cap.55 - Correnteza vs Contracorrente




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Durante o almoço, Poseidon se reuniu com Ártemis, Thalia e Nina. Héstia havia voltado para o Olimpo. Ártemis contava aos três o que aconteceu por lá.

— Quer dizer que o Lorde Caveira te salvou é? – disse Poseidon surpreso. – Geralmente Hades não se mete nas tretas do Olimpo, ele é sempre neutro.

— Pelo menos ele evitou que mais um olimpiano se tornasse mortal por causa dos chiliques do meu pai – comentou Thalia e um trovão ecoou ao longe.

— Cuidado com as palavras Thalia – avisou Ártemis. – Zeus anda muito irritado, é melhor não provocá-lo.

Ela dá de ombros e continua comendo.

— Mas fique sabendo que Zeus não vai deixar passar – disse Poseidon. – Ele recuou por enquanto, mas quando tiver uma oportunidade, ele vai te punir.

— Eu sei – disse a deusa. – Por isso, pedi a Atena que tomasse conta das meninas, não quero deixá-las desamparadas.

— Eu fiz a mesma coisa em Atlântida – disse Poseidon. – Anfitrite e Tritão estão tomando conta de tudo. Também dei ordens aos meus generais pra ficarem vigilantes.

— Eu tracei um plano, precisamos nos mover se quisermos ter informações – disse a deusa. – É provável que passemos no Acampamento Júpiter.

— E quando vamos partir? – perguntou Nina.

— Amanhã – disse a deusa. – Portanto Thalia avise as meninas. Depois do café da manhã partiremos.

— Sim senhora.

— Você vem conosco Poseidon?

— Vou, acho que viajar vai me fazer bem – disse ele.

— Que bom, eu quero ficar de olho em você – disse Nina olhando para o pai. – Não quero que te aconteça nada de mau.

— Aqueles manés me pegaram por causa da garota – disse ele. – Eu até que estava me saindo muito bem na luta até ela aparecer. Eu me distraí e eles me derrubaram, a menina tentou me ajudar gritando por socorro. Então, eles me largaram e foram atrás dela e quando eu ouvi os gritos dela eu fiz um esforço pra me levantar e mandei que a soltasse, um deles ia me esfaquear, foi quando vocês apareceram.

— Ainda bem, né pai – disse Nina. – Eu ia me senti muito mal se você morresse por minha causa.

— Eu sou seu pai Percy e você é meu único filho semideus – disse o ex deus. – Eu tive poucos filhos semideuses durante os milênios. Alguns me deram orgulho, outros deram desgosto, mas você é o que me deu mais orgulho. Por isso, eu faço qualquer coisa por você filho.

Percy/Nina emocionado deixa rolar uma lágrima e abraça o pai que retribui.

— Eu te amo pai – disse ele/ela.

— Eu também te amo meu filho – disse Poseidon.

Thalia e Ártemis sorriam ao ver pai e filho abraçados. Ao longe as meninas olhavam aquela demonstração de afeto e pensavam em o quanto aqueles dois se amavam.

Poseidon e Nina se separam e o pai lhe beija na testa.

— Obrigado filho – disse Poseidon.

— Pelo o quê?

— Por me salvar.

— Essa é a obrigação de um herói – disse Nina. – E estou feliz que você está bem.

— Nesse caso, vou aproveitar a minha mortalidade para ficar ao seu lado – disse ele. – Zeus nunca deixa nós interagirmos com nossos filhos, e graças a ele isso será possível.

— Sem querer ele acabou colaborando – disse Thalia sorrindo.

— Com Apolo aconteceu a mesma coisa – disse Nina. – Ele conheceu melhor seus filhos e eles adoraram ter o pai junto deles.

— Então, podemos fazer algumas coisas juntos, já que eu estou sem meus poderes – disse ele.

— Será pai? – disse Nina. – Apolo conseguiu recuperar algumas habilidades, como por exemplo, o arco e flecha. Depois podemos testar a sua habilidade com a espada, que tal?

— Ótima ideia, mas eu estou sem nenhuma arma – disse ele.

— Espera – disse Nina tirando do bolso uma esferográfica. – Reconhece essa caneta?

— Contracorrente! – disse Poseidon.

— Fique com ela, nunca se sabe quando monstros vão aparecer – disse Nina.

— Ok – Poseidon pega a caneta e guarda no bolso da calça. – Me tire uma dúvida Nina como soube que eu estava em apuros?

— Zeus apareceu pra mim na floresta enquanto eu treinava – disse -, ele se fez passar por você pai, mas eu logo descobri a farsa pela conversa dele. Então, ele me falou o que fez com você.

— Ele te ameaçou? – ele pergunta.

— Não, mas eu estava preparada pra me defender – disse -, se ele viesse pra cima de mim eu não hesitaria em cortá-lo como fiz com Ares.

— Foi só isso mesmo? – ele perguntou desconfiado.

— Foi pai. Depois ele foi embora rindo da minha cara – disse ela.

— Certo – disse ele abraçando a filha e olhou Ártemis.

A deusa retribuiu o olhar.

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Depois do almoço pai e filha se afastaram para treinar. Ambos foram para perto do lago.

— Vamos lá pai em guarda! – disse Nina se colocando em posição.

Poseidon também se posiciona com Contracorrente pronta.

— Agora! – gritou Nina avançando ao mesmo tempo, que o pai. Ambos combatiam como dois guerreiros experientes, as duas espadas soltavam faíscas quando se encontravam. Bronze versus prata, ambas espadas forjadas no mar.

Os dois ainda permaneceram treinando até que se cansaram.

— Vamos parar – disse Poseidon arfando.

— Você está bem? – pergunta Nina também arfando.

— Estou. Ser mortal é cansativo – disse ele se sentando no chão.

Nina sorriu e se sentou ao seu lado.

— Para um mortal você se saiu bem – disse ela. – Parece que não perdeu sua habilidade.

— Pelo menos alguma coisa tinha que sobrar – disse ele. – Eu já fui mortal uma vez, mas minha força e habilidades permaneceram.

— Você vai ver que a mortalidade não é tão ruim – disse Nina. – Eu disse isso a Apolo e ele entendeu, está na pele de um mortal o ensinou a ser mais responsável.

— Apolo sempre foi mimado – comentou. – Aposto que choramingava por causa da nova aparência e pela falta de força.

— No começo foi assim mesmo – disse Nina rindo -, mas ele teve que se conformar, pois foi como mortal que ele salvou o Bosque de Dodona e o acampamento.

— Por falar em Dodona, você teve contato com minha mãe, você a viu?

— Sim, ela se vestia de hippie – disse Nina sorrindo -, achava que ainda estava nos anos 60. Ela falava engraçado.

— Ela disse onde estava todo esse tempo?

— Ela disse ao norte, provavelmente o mesmo lugar onde aconteceu o festival de Woodstock, já que ela o mencionou.

— Bethel – disse Poseidon pensativo. – Então é lá que ela está todo esse tempo.

— Ela disse que tem um estúdio de cerâmica.

— Reia, eu não a vejo há éons – disse Poseidon – desde a primeira Titanomaquia. Depois que Zeus ascendeu ao trono ela foi embora e nunca mais a vi.

— Quem sabe a gente não passe por Bethel e você possa vê-la – disse Nina.

— Seria o maior barato, cara – disse Poseidon imitando a linguagem da época.

— Pode crer – retribuiu Nina.

Os dois riram e depois se levantaram e voltaram para o acampamento.

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Na manhã seguinte, as caçadoras se preparavam para partir, estavam desarrumando as suas barracas e guardando as suas coisas. Nina e Poseidon, que ganhou uma mochila de Ártemis, estavam guardando os últimos itens.

— Caramba como isso é prático! – disse Poseidon desarmando a sua barraca. – É como apertar um botão e puf, está arrumado.

— Eu também fiquei surpresa – disse Nina. – Tudo o que precisamos tem dentro da mochila.

— É. Eu até consegui roupas novas – disse ele se olhando.

— Ficaram muito bem em você – disse ela sorrindo. – Agora sim está parecendo comigo.

— Pois é – disse o ex deus. – É bem provável que me confundam com o Percy.

— Agora que tem Contracorrente é possível – disse ela.

Os dois terminam de arrumar tudo e se juntam à deusa que aguardava.

— Para onde iremos? – perguntou Poseidon.

— Vamos seguir em direção a Oeste – disse a deusa.

— Oeste? – pergunta Nina. – Será que vamos nos encontrar com Apolo?

— É possível, mas não vamos interferir na sua missão – disse a deusa. - Zeus deixou bem claro que não quer interferência.  

— Estamos prontas senhora – disse Thalia.

— Muito bem, vamos andando – disse ela indo à frente seguida de Nina, Thalia e Poseidon. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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