Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão
Notas iniciais do capítulo
Olá, o capítulo de hoje.
Passaram-se alguns dias e Percy/Nina já estava se adaptando a rotina do acampamento.
Ela era sempre solicitada para buscar água. As filhas de Deméter já haviam se acostumado com o modo de Nina agir. Ela já interagia coma as outras garotas. Ela e Thalia estavam treinando com adagas quando Ártemis chama Nina.
— Pois não senhora.
— Venha comigo.
Nina acompanha a deusa até perto do lago. Ela vira numa parte que fica fora da vista das outras.
— Vamos aguardar um pouco – diz a deusa misteriosa.
Nina estava se mordendo de curiosidade, mas resolveu não perguntar nada. De repente, um cheiro de brisa marinha se fez presente. Nina olhou na direção do lago e viu a água calma se agitar e de lá sair um homem de pele bronzeada, cabelos escuros, olhos verde mar, com seus trinta anos, vestido com uma bermuda cáqui e camisa havaiana e chapéu de pescador.
Nina reconheceu seu pai que se aproximava de onde estava seu coração bateu mais forte. Fazia algum tempo que não via seu pai, a última vez foi quando lutaram lado a lado contra Polibotes na guerra contra Gaia depois disso não o viu mais. Agora ele aparecia ali do mesmo jeito de sempre.
Nina sorriu e seus olhos lagrimaram.
— Pai!
— Olá filha.
Nina corre até o pai e o abraça. Poseidon fica emocionado e abraça o filho que agora era uma menina.
— Ah Percy. Eu sinto muito que aconteceu com você – disse o deus. – Eu não pude fazer aquela cabeça dura mudar de ideia. Como você está?
— Eu estou bem, aqui é bem legal – disse ela.
— Você ficou muito bem - disse ele olhando para o filho. – E a sua mãe, o que ela achou?
— Ela aceitou bem – disse Nina.
— Sally é uma mulher maravilhosa! – disse o deus sorrindo. – Eu não tenho muito tempo, vim te trazer um presente – ele enfia a mão no bolso da bermuda e retira de lá uma joia. Era uma gargantilha de prata com um tridente azul como pingente. – Pegue.
— Obrigado pai.
— Essa não é uma joia qualquer, é uma arma disfarçada – disse o deus. – Quando quiser usá-la é só apertar o tridente e ele se transformará numa espada de prata celestial parecida com Contracorrente. Experimente.
Nina aperta o pingente e ele se transformou numa bela espada prateada que ficou bem adaptada a sua mão agora feminina.
— É perfeita! – disse pegando o punho e fazendo movimentos de ataque. – Adorei pai. Obrigada.
— Que bom que gostou. Assim você não precisará usar Contracorrente – disse o deus.
— Ela tem nome? – perguntou rodopiando a espada na mão.
— Correnteza – disse o deus. – É a irmã gêmea de Contracorrente.
— Demais! – disse deslumbrada.
— Tem mais – disse o deus retirando do outro bolso uma pulseira prateado com uma pedra de água marinha em forma oval. – Este é um presente de Tyson. Ele disse que você ia gostar.
— Ah Tyson, sinto saudades do Grandão – disse sorrindo. – O que ele faz?
— É só bater na pedra e ela se transformará num escudo, foi o que ele disse.
Nina bateu na pedra e a pulseira se transformou num escudo prateado com o olho de um ciclope.
— Uau! O Tyson se superou! Diga a ele que eu gostei muito – disse sorrindo.
— Eu direi. Bem, eu já vou. Fique bem, eu virei quando puder – disse o deus abraçando a filha e lhe dando um beijo na testa. Ele se afasta e vai direto para o lago desaparecendo.
Ártemis que se manteve longe se aproxima.
— Então, parece que você ganhou novos brinquedos.
— Sim. São lindos! – disse admirada.
— Correnteza – disse a deusa. – Sabia que ele mandou forjar essa espada achando que um dia teria uma filha?
— Sério?
— Pois é, agora que ele tem, a espada terá sua serventia.
— Ah, me esqueci de perguntar como elas encolhem – disse sem graça.
— A espada você bate com a ponta do cabo na mão e ela volta para pingente, o escudo você vai ter que descobrir.
Nina examina o escudo então lembrou de que ele talvez tenha o mesmo mecanismo do anterior. Foi o que fez, achou um pequeno botão no pulso, quando apertou o escudo voltou a forma de pulseira.
Ela olha para a deusa e sorri.
— Vamos – disse a deusa sorrindo.
As duas voltam para o acampamento.
Thalia se aproxima das duas e vai logo perguntando:
— Está tudo bem?
— Sim, não se preocupe – disse a deusa. – Vou para minha barraca – ela diz se retirando.
Thalia olha para Nina que olha pra ela e então sorri.
— Vem comigo – ela diz puxando Thalia para um lugar afastado.
— O que foi? – perguntou a filha de Zeus.
— Meu pai veio me visitar e me trouxe uns presentes – disse sorrindo. – Veja – ela aperta a pedra azul de sua pulseira e ela vira um escudo.
— Oh! – disse Thalia deslumbrada. – É lindo!
— Foi o Tyson quem fez – disse sorrindo. – Tem mais – ela aperta o tridente e ele se transforma na espada mais linda que já se viu.
— É magnífica! – disse Thalia admirada.
— Ela se chama Correnteza é irmã gêmea de Contracorrente – disse Nina admirando a espada.
— É prata celestial não é? – perguntou Thalia.
— Sim. É linda não é? – perguntou.
— Muito linda! – disse Thalia. – Agora temos dois escudos, duas espadas e uma lança.
— É verdade, você também tem um escudo, Aegis.
— Exato. Você não vai dá nome ao seu escudo?
— Eu ainda não pensei nisso.
— Que tal Ciclope – sugeriu Thalia.
— Taí, um nome apropriado, já que foi Tyson quem fez.
— E tem o olho de um ciclope em relevo.
— Bem pensado – disse Nina sorrindo.
— Vamos continuar o treino?
— Vamos lá – disse fazendo a espada e o escudo encolher.
Depois desse dia passaram-se semanas e meses e Percy/Nina se engajava cada vez mais na caçada. Acordava cedo, tomava seu banho, ela ainda não se sentia à vontade em tomar banho junto com as outras garotas, por isso preferia fazer isso logo cedo em que todas elas ainda dormiam. Depois disso fazia a sua tarefa, deixando os jarros sempre cheios. E só então se afastava para treinar com sua espada. Quando as meninas acordavam encontravam Nina treinando arco e flecha, pois já havia melhorado bastante.
— Você melhorou bastante – disse Thalia se aproximando. – Está treinando muito tempo?
— Desde cedo – disse atirando uma flecha que acertou bem no alvo. – Eu tive um sonho estranho.
— Estranho como?
— Eu sonhei com Leo Valdez – disse pensativa. - Sonhei que ele voava em seu dragão, mas não estava sozinho. Havia mais alguém com ele, mas eu não consegui ver quem era.
Ela voltou a mirar e soltou outra flecha que mais uma vez acertou o alvo.
— Leo Valdez – disse Thalia pensativa. – Ele e Jason estavam numa missão para libertar Hera, foi assim que eu me encontrei com meu irmão, me lembro dele. Baixinho, magro, moreno, piadista.
— Esse é o Leo – disse Nina. – Não consigo entender por que sonhei com ele – disse pensativa. – Ele desapareceu quando ele e Gaia foram atingidos pelo míssil de Octavian. Nico disse que sentiu a sua morte, mas que depois já não sentia mais.
— Humm, e se ele não tiver morrido? – disse Thalia. – Há uma possibilidade de ele ter sobrevivido por isso você sonhou com ele.
— Pode ser – disse. – Tomara que você tenha razão. O Leo faz muita falta, Hazel e Piper ficarão superfelizes.
— Agora resta saber quem é a pessoa que está com ele – disse Thalia.
— Pois é – disse atirando outra flecha.
— Você já comeu alguma coisa?
— Ainda não.
— Então vamos, hoje temos muita coisa pra fazer.
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Até o próximo.