Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 5
Cap. 5 - Correnteza


Notas iniciais do capítulo

Olá, o capítulo de hoje.



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Passaram-se alguns dias e Percy/Nina já estava se adaptando a rotina do acampamento.

Ela era sempre solicitada para buscar água. As filhas de Deméter já haviam se acostumado com o modo de Nina agir. Ela já interagia coma as outras garotas. Ela e Thalia estavam treinando com adagas quando Ártemis chama Nina.

— Pois não senhora.

— Venha comigo.

Nina acompanha a deusa até perto do lago. Ela vira numa parte que fica fora da vista das outras.

— Vamos aguardar um pouco – diz a deusa misteriosa.

Nina estava se mordendo de curiosidade, mas resolveu não perguntar nada. De repente, um cheiro de brisa marinha se fez presente. Nina olhou na direção do lago e viu a água calma se agitar e de lá sair um homem de pele bronzeada, cabelos escuros, olhos verde mar, com seus trinta anos, vestido com uma bermuda cáqui e camisa havaiana e chapéu de pescador.

Nina reconheceu seu pai que se aproximava de onde estava seu coração bateu mais forte. Fazia algum tempo que não via seu pai, a última vez foi quando lutaram lado a lado contra Polibotes na guerra contra Gaia depois disso não o viu mais. Agora ele aparecia ali do mesmo jeito de sempre.

Nina sorriu e seus olhos lagrimaram.

— Pai!

— Olá filha.

Nina corre até o pai e o abraça. Poseidon fica emocionado e abraça o filho que agora era uma menina.

— Ah Percy. Eu sinto muito que aconteceu com você – disse o deus. – Eu não pude fazer aquela cabeça dura mudar de ideia. Como você está?

— Eu estou bem, aqui é bem legal – disse ela.

— Você ficou muito bem - disse ele olhando para o filho. – E a sua mãe, o que ela achou?

— Ela aceitou bem – disse Nina.

— Sally é uma mulher maravilhosa! – disse o deus sorrindo. – Eu não tenho muito tempo, vim te trazer um presente – ele enfia a mão no bolso da bermuda e retira de lá uma joia. Era uma gargantilha de prata com um tridente azul como pingente. – Pegue.

— Obrigado pai.

— Essa não é uma joia qualquer, é uma arma disfarçada – disse o deus. – Quando quiser usá-la é só apertar o tridente e ele se transformará numa espada de prata celestial parecida com Contracorrente. Experimente.

Nina aperta o pingente e ele se transformou numa bela espada prateada que ficou bem adaptada a sua mão agora feminina.

— É perfeita! – disse pegando o punho e fazendo movimentos de ataque. – Adorei pai. Obrigada.

— Que bom que gostou. Assim você não precisará usar Contracorrente – disse o deus.

— Ela tem nome? – perguntou rodopiando a espada na mão.

— Correnteza – disse o deus. – É a irmã gêmea de Contracorrente.

— Demais! – disse deslumbrada.

— Tem mais – disse o deus retirando do outro bolso uma pulseira prateado com uma pedra de água marinha em forma oval. – Este é um presente de Tyson. Ele disse que você ia gostar.

— Ah Tyson, sinto saudades do Grandão – disse sorrindo. – O que ele faz?

— É só bater na pedra e ela se transformará num escudo, foi o que ele disse.

Nina bateu na pedra e a pulseira se transformou num escudo prateado com o olho de um ciclope.

— Uau! O Tyson se superou! Diga a ele que eu gostei muito – disse sorrindo.

— Eu direi. Bem, eu já vou. Fique bem, eu virei quando puder – disse o deus abraçando a filha e lhe dando um beijo na testa. Ele se afasta e vai direto para o lago desaparecendo.

Ártemis que se manteve longe se aproxima.

— Então, parece que você ganhou novos brinquedos.

— Sim. São lindos! – disse admirada.

— Correnteza – disse a deusa. – Sabia que ele mandou forjar essa espada achando que um dia teria uma filha?

— Sério?

— Pois é, agora que ele tem, a espada terá sua serventia.

— Ah, me esqueci de perguntar como elas encolhem – disse sem graça.

— A espada você bate com a ponta do cabo na mão e ela volta para pingente, o escudo você vai ter que descobrir.

Nina examina o escudo então lembrou de que ele talvez tenha o mesmo mecanismo do anterior. Foi o que fez, achou um pequeno botão no pulso, quando apertou o escudo voltou a forma de pulseira.

Ela olha para a deusa e sorri.

— Vamos – disse a deusa sorrindo.

As duas voltam para o acampamento.

Thalia se aproxima das duas e vai logo perguntando:

— Está tudo bem?

— Sim, não se preocupe – disse a deusa. – Vou para minha barraca – ela diz se retirando.

Thalia olha para Nina que olha pra ela e então sorri.

— Vem comigo – ela diz puxando Thalia para um lugar afastado.

— O que foi? – perguntou a filha de Zeus.

— Meu pai veio me visitar e me trouxe uns presentes – disse sorrindo. – Veja – ela aperta a pedra azul de sua pulseira e ela vira um escudo.

— Oh! – disse Thalia deslumbrada. – É lindo!

— Foi o Tyson quem fez – disse sorrindo. – Tem mais – ela aperta o tridente e ele se transforma na espada mais linda que já se viu.

— É magnífica! – disse Thalia admirada.

— Ela se chama Correnteza é irmã gêmea de Contracorrente – disse Nina admirando a espada.

— É prata celestial não é? – perguntou Thalia.

— Sim. É linda não é? – perguntou.

— Muito linda! – disse Thalia. – Agora temos dois escudos, duas espadas e uma lança.

— É verdade, você também tem um escudo, Aegis.

— Exato. Você não vai dá nome ao seu escudo?

— Eu ainda não pensei nisso.

— Que tal Ciclope – sugeriu Thalia.

— Taí, um nome apropriado, já que foi Tyson quem fez.

— E tem o olho de um ciclope em relevo.

— Bem pensado – disse Nina sorrindo.

— Vamos continuar o treino?

— Vamos lá – disse fazendo a espada e o escudo encolher.

Depois desse dia passaram-se semanas e meses e Percy/Nina se engajava cada vez mais na caçada. Acordava cedo, tomava seu banho, ela ainda não se sentia à vontade em tomar banho junto com as outras garotas, por isso preferia fazer isso logo cedo em que todas elas ainda dormiam. Depois disso fazia a sua tarefa, deixando os jarros sempre cheios. E só então se afastava para treinar com sua espada. Quando as meninas acordavam encontravam Nina treinando arco e flecha, pois já havia melhorado bastante.

— Você melhorou bastante – disse Thalia se aproximando. – Está treinando muito tempo?

— Desde cedo – disse atirando uma flecha que acertou bem no alvo. – Eu tive um sonho estranho.

— Estranho como?

— Eu sonhei com Leo Valdez – disse pensativa. - Sonhei que ele voava em seu dragão, mas não estava sozinho. Havia mais alguém com ele, mas eu não consegui ver quem era.

Ela voltou a mirar e soltou outra flecha que mais uma vez acertou o alvo.

— Leo Valdez – disse Thalia pensativa. – Ele e Jason estavam numa missão para libertar Hera, foi assim que eu me encontrei com meu irmão, me lembro dele. Baixinho, magro, moreno, piadista.

— Esse é o Leo – disse Nina. – Não consigo entender por que sonhei com ele – disse pensativa. – Ele desapareceu quando ele e Gaia foram atingidos pelo míssil de Octavian. Nico disse que sentiu a sua morte, mas que depois já não sentia mais.

— Humm, e se ele não tiver morrido? – disse Thalia. – Há uma possibilidade de ele ter sobrevivido por isso você sonhou com ele.

— Pode ser – disse. – Tomara que você tenha razão. O Leo faz muita falta, Hazel e Piper ficarão superfelizes.

— Agora resta saber quem é a pessoa que está com ele – disse Thalia.

— Pois é – disse atirando outra flecha.

— Você já comeu alguma coisa?

— Ainda não.

— Então vamos, hoje temos muita coisa pra fazer.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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