Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 47
Cap.47 - Revelando Sentimentos




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ALASCA

No dia seguinte, Hera e Despina voltam para o acampamento dos cientistas. Desta vez ela acompanhará a expedição que iria trabalhar em terra. O Dr. Bronson também iria, já que ele ficou da última vez.

Danielle, filha do senhor Beaumont iria ficar no acampamento e Despina resolveu fazer-lhe companhia.

— Hoje nós irremos verrificar os alces, sabemos que algumas fêmeas estão parra dá à luz – disse o senhor Beaumont. – Portanto, vamos fazerr o que semprre fazemos agir com cautela.

— Temos que ter cuidado com os ursos, eles estão começando a acordar – avisou um zoólogo. – Algumas fêmeas estão com filhotes e por isso elas sairão de suas tocas à procura de comida.

— Bem lembrrado – disse o senhor Beaumont. – Muito bem, vamos andando.

Eles começam a caminhar em direção à floresta, Hera estava na companhia do Dr. Bronson.

— Será bom ver os alces – disse ela -, quero saber como está uma fêmea que eu tirei de uma armadilha. Espero que ela esteja bem.

— Os alces são animais resistentes. Tenho certeza de que ela está bem – disse ele.

Depois de andarem algum tempo eles encontram o rebanho que estava pastando. As fêmeas prenhes estavam juntas enquanto o macho alfa olhava ao redor.

Eles param a uma distância segura observando os animais. Os zoólogos e os biólogos faziam anotações enquanto Hera e o doutor observavam com binóculos.

— Acho que localizei a sua fêmea – disse o doutor. – Ela tem a marca de um ferimento numa das patas traseiras.

— É ela mesma – disse Hera. – A barriga está mais inchada que da última vez.

— Ela e as outras logo darão à luz – disse ele.

— Seria interessante assistir – disse ela.

— Se você quiser podemos vir, o que acha? – ele pergunta com um sorriso galante.

Hera ficava cada vez mais encantada por esse homem. Seu coração batia acelerado cada vez que ele a olhava intensamente.

— Cl...Claro – gaguejou -, será um prazer.

— Podemos perguntar aos biólogos o tempo do nascimento dos bebês – disse ele sorrindo -, assim, não ficaremos esperando à toa.

— É – disse ela olhando para o nada.

— Está tudo bem?

— Está – disse ela sorrindo.

O médico suspira.

— Irene, o que está havendo? – ele pergunta preocupado.

— Não é nada é sério – disse ela sorrindo. – Eu estava pensando o quanto a vida se renova a cada inverno, a cada primavera. A vida é algo tão precioso!

— Concordo com você – disse ele. – Vivemos tão pouco e é por isso que devemos fazer a nossa parte em deixar algo de bom para as futuras gerações.

— É por isso que você se dedicava aos pobres?

— Eu queria poder fazer mais por eles – disse – foi por isso que eu fiz medicina, queria levar saúde para aquelas pessoas, mas eu não estava preparado emocionalmente pra isso.

— Você é muito sensível, Roy – disse ela -, pessoas como você sofrem ao ver tanto sofrimento, isso pode não ser bom para a saúde.

— Você falou igual ao Dr. Monroe – disse ele rindo -, ele me disse a mesma coisa. Por isso que eu vim pra cá. Aqui eu só faço curativos.

— Pelo menos seu coração não corre riscos – disse ela rindo.

— Será? – disse ele sério olhando pra ela. – Meu coração anda acelerado ultimamente.

Hera o olha nos olhos, ela ficava perdida naqueles belos olhos cristalinos. Sem querer ela morde o lábio inferior e o Dr. Bronson acaricia seu rosto e o coração de Hera acelera.

— Roy...

— Gosto de você Irene, desde o dia em que eu te vi – disse ele. – Me perdoe se estou sendo impertinente, mas não consigo mais guardar esse sentimento.

— Eu também gosto de você Roy – disse ela -, mas você sabe que eu sou...

— Casada – ele completa -, é, eu sei. Desculpe, mas eu precisava falar. Por favor, não me leve a mal, espero que isso não afete a nossa amizade.

— De modo algum – disse ela -, o problema não é você Roy, sou eu. Tenho muito medo que você acabe se machucando por minha causa. Eu nunca me perdoaria por isso.

— Está tudo bem, Irene, não precisava ficar assim – disse ele -, eu é que não deveria ter falado isso, não tenho esse direito.

Nisso o walkie talk chia.

— Dr. Bronson estamos nos retirando— disse uma voz masculina do outro lado.

— Ciente – respondeu o médico. – Vamos?

Hera assente. O grupo volta para o acampamento.

Depois que os biólogos disseram o tempo do nascimento dos bebês, Hera prometeu voltar para novamente observar os alces ao lado do doutor.

As duas deusas se despedem do acampamento e voltam para casa.

Durante todo o caminho, Hera ficou calada, pensativa. Será que estava sentindo mais que amizade pelo doutor? Por que toda vez que ele sorria para ela seu coração acelerava? Isso só podia significar que estava gostando do dele.

Sem querer ela suspira alto chamando a atenção da sobrinha que a olha de lado.

— Por que está tão pensativa tia?

— O Roy.

— O que tem ele?

— Ele disse que gosta de mim.

— Isso eu já sabia, mas não é isso que está te incomodando.

— É que... – Despina a incentiva falar. – É que eu também estou gostando dele.

Despina abre um sorriso enorme.

— Que demais!

— Demais coisa nenhuma – disse Hera – isso não está certo.

— Ah tia, o que é que tem? Você finalmente reconheceu que gosta do doutor. Qual o problema?

— Despina, eu não posso me envolver com ninguém, você sabe disso.

— Tia, você está longe do Olimpo, Zeus não teve nenhuma pena em te mandar pra cá – argumentou. – Além do mais, minha magia impede que qualquer um veja o que se passa aqui, estamos isoladas.

— Acontece que agora eu voltei a ser uma deusa, esqueceu? – disse ela mostrando a pulseira.

— Então tire a pulseira por um tempo – disse Despina -, seja Irene e não Hera. Assim, você não se sentirá culpada.

— Você faz parecer tudo tão fácil – disse Hera. – Mesmo que volte a ser mortal, eu sei quem eu sou.

— Então continue a ser a esposa traída do rei do Olimpo, a rainha má, a madrasta malvada dos filhos de Zeus.

— Também não precisa exagerar – disse Hera surpresa com o rompante da sobrinha. – Você tem razão, mas eu tenho medo, não só por mim, mas também pelo doutor. Não quero magoá-lo, entende.

— Uma coisa de cada vez, tia – disse Despina. – Não antecipe as coisas antes de acontecer.

— Vou pensar nisso – prometeu.

— É melhor pensar rápido. Danielle me disse que eles vão levantar acampamento em breve.

— Eles vão embora? – Hera sentiu seu coração apertar.

— Vão para outro lugar. Só estão esperando o nascimento dos filhotes de alce.

Hera suspira e nesse momento elas ouvem um trotar vindo em sua direção. Um cavalo castanho para perto delas.

— Árion! – disse Despina abraçando o cavalo. – Veio me visitar?

Na verdade eu vim ver a ela — disse ele olhando para Hera.

— A mim, por quê?

Porque Nina me pediu.

— Quem é Nina? – pergunta Despina.

Nossa irmã.

— O quê? – ela pergunta surpresa.

Ela é a nova filha do papai.

Despina fecha a cara e Hera pergunta:

— Por que ela pediu pra você vir me ver?

Porque ela acha que você está com problemas agora que é mortal e me pediu pra levar você para o acampamento, onde é mais seguro.

— Então ela está preocupada comigo?

É por causa do Triunvirato.

— Triunvirato? – perguntou Despina.

São eles que estão bloqueando as comunicações. Além disso, o Labirinto e o Bosque de Dodona voltaram. A vovó apareceu a Apolo e disse que os imperadores não morreram e que ele os impedisse de conquistar os oráculos.

— É por isso que o rádio do acampamento só dá estática – disse Hera. – Sabem quem são esses imperadores?

Um deles é Nero, ele tentou matar Apolo e destruir o acampamento.

— Nero, o que queimou aquelas pessoas – disse Despina. – O que vai fazer tia?

— Diga a Nina que eu já recuperei meus poderes graças a Hefesto, mas que vou ficar por aqui mesmo para não prejudicá-lo – disse ela. – Diga também que hoje à noite irei ao acampamento. Eu quero saber mais sobre esse Triunvirato.

Ok, eu direi.

— Você já vai? – perguntou Despina.

Preciso me abastecer. Você tem ouro?

— Não, não tenho. Vai ter que se contentar com capim.

Você tá mal humorada?

— Estou muito bem – disse ela seguindo para a cabana.

Hera suspirou. Ás vezes Despina parecia uma criança birrenta.

— Não fique surpreso com a atitude dela. Você sabe o quanto ela fica chateada no que se refere a Poseidon.

Eu não me importo com ele, mas eu gostei da Nina e do Percy.

— Então, finalmente Poseidon conseguiu uma filha semideusa – disse ela -, isso vai dá confusão.

Nina é caçadora. Zeus não poder fazer nada contra ela.

— Poseidon foi esperto – disse ela. – É melhor eu ver como ela está.

Hera se retira e Árion vai procurar comida.

Quando entra em casa encontra Despina sentada no sofá emburrada.

— O que houve?

— Nada – disse ela – Você vai mesmo ao acampamento?

— Vou – disse Hera. – Eu quero saber o que está acontecendo.

— Não há perigo de Zeus te detectar?

— Com o Olimpo fechado não, mas não pretendo demorar.

— Está bem, esperarei por você.

— Eu faço o jantar – disse Hera.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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