Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 25
Cap.25 - Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas leitores, eu pensei que hoje fosse domingo e acabei esquecendo de postar. Aí está o capítulo.



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No Labirinto, o grupo de exploradores se dividiu. As meninas e um sátiro de um lado e os meninos e um sátiro do outro.

Antes, Annabeth advertiu:

— Não devemos esquecer que dentro do Labirinto o tempo passa devagar, enquanto que lá fora o tempo passa rápido. Sugiro que não fiquemos aqui mais de trinta minutos.

Todos concordam e cada grupo vai para o seu lado.

Nina andava na frente junto com o sátiro Millard. Ela iluminava o caminho com Correnteza, pois em alguns trechos estava muito escuro. Annabeth vinha em seguida e Clarisse na retaguarda.

— Não mudou muita coisa por aqui – comentou Clarisse. – Pra mim parece tudo igual.

— Talvez o que tenha mudado aqui é o ar – disse Annabeth. – Não tem aquele ar maligno de antes.

— Verdade – disse Clarisse.

— Mas não significa que devemos relaxar – disse Nina. – Millard alguma coisa?

— Não, nada – disse ele.

Elas continuam mais um pouco e de repente o sátiro para.

— O que foi? – perguntou Clarisse.

— Alguém se aproxima – disse ele.

As meninas param e se preparam para atacar.

— Esperem, pode ser os meninos – disse Nina. – Millard?

— São eles mesmos – disse ele cheirando o ar. – To sentindo o cheiro do Herbert.

Elas relaxam.

— Vamos continuar – disse Nina.

Do outro lado os meninos faziam a mesma coisa. Nico que já esteve no Labirinto durante a guerra de Cronos comentou:

— O Labirinto está sempre em movimento. Quando Dédalo era vivo o Labirinto movia-se conforme a sua vontade e o ar aqui dentro era pesado.

— Você conhece bem esse lugar? – pergunta Jason que estava na frente com o sátiro Herbert.

— Eu o usava para viajar a vários lugares – disse Nico.

Herbert para e fareja o ar.

— As meninas estão perto – disse ele.

— Posso ouvi-las daqui – disse Nico. – Acho que estamos andando em círculos.

— Você acha? – pergunta Jason.

— Acabamos de ouvir as meninas não foi? – ele pergunta e Jason assente. – Vamos por outro caminho.

Dessa vez Nico vai na frente e pegam outra direção.

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Na Casa Grande, Quiron conversava com Apolo.

— Então foi isso que aconteceu, Zeus me puniu – disse ele – só porque eu quis ajudar a salvar minha irmã.

— Você violou as Leis Antigas de que um deus não pode interferir na missão dos semideuses – explicou Quiron. – Zeus aplicou a punição segundo o que ele julgava ser certo.

— Mas por que um mortal? – ele pergunta. – Olhe para essa aparência, um garoto sem eira nem beira, pele pálida, rosto com espinhas e banhas por todo lado. Isso não é nada atraente.

Quiron ficou consternado, mas sabia que Apolo estava sendo dramático. Se tem uma coisa que ele valorizava era a sua aparência e Zeus o atingiu exatamente aí.

— Bem, isso pode ser temporário – disse Quiron tentando animá-lo.

— Zeus te ouça – disse Apolo. – Mudando de assunto, você acha mesmo que a aparição do bosque e do Labirinto tem a ver comigo?

— Creio que sim, amigo – disse o centauro.

— E se acontecer alguma coisa de ruim e, eu for o culpado, como aquela menina disse? – perguntou ele preocupado.

— Não sofra por antecipação, ainda não sabemos se tanto o Labirinto como o bosque oferece algum perigo – disse Quiron. – Vamos esperar o grupo de exploração.

— Me sinto um pouco cansado – disse Apolo.

— Vá para o seu chalé descansar, quando o grupo de exploração voltar eu mando lhe chamar.

— Tudo bem – disse Apolo se retirando.

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Apolo assim que adormeceu sonhou.

Sonho on

Apolo estava feliz voando na carruagem do sol, na forma de um Maserati. A capota abaixada, vento nos cabelos, buzinava para os aviões saírem da frente, curtia sua música preferida “Rise to the Sun”, do Alabama Shakes quando de repente uma mulher vestida como uma rainha líbia apareceu no banco do carona. O susto foi tão grande que ele quase pulou da carruagem. Olhando direito para ela achava que a conhecia, lembrava a alguém, mas não se recordava quem. Ela usava um símbolo da paz pendurada no pescoço.

— Você tem que se apressar, cara – disse ela.

— Quem é você? – ele pergunta.

Seus olhos brilharam como as de um predador.

— Siga as vozes – disse ela. – Encontre o portão – ela segurou seu pulso. – Você tem que encontrar primeiro, sacou?

— Mas...

A mulher explodiu em chamas. O pulso dele ficou queimado, o Maserati deu um mergulho, Apolo pegou o volante e tentou trazê-lo ao curso, foi quando o carro transformou-se em um ônibus. Apolo achou estranho, pois ele costumava usar esse tipo de veículo quando transportava muita gente, o que não era o caso.

— Não deixe de encontrar o portão.

Apolo olhou pelo retrovisor e um homem corpulento, vestido de terno roxo estava sentado no fundo, lugar preferido dos bagunceiros.

— Quem é você? – ele pergunta tentando evitar a todo custo o mergulho. - Por que está no meu ônibus?

— Meu próprio ancestral não me reconhece? – disse o homem sorrindo. – Estou magoado.

Apolo fez um esforço para se lembrar, mas o seu cérebro mortal não ajudava.

— Eu... não – falou. – Lamento.

Ainda não, mas logo vai lamentar – disse o homem enquanto as chamas lambiam seu terno - Encontre o portão para mim. Me leve até o oráculo, vou gostar de queimá-lo.

As chamas consumiam o ônibus e Apolo queimava, o ônibus despencava e então via seu próprio rosto e começou a gritar.

Sonho off

— Calma – disse uma voz conhecida. Apolo suava e tremia. – Você teve um pesadelo.

Apolo respirava de boca aberta tentando se acalmar.

— Tá melhor? – pergunta Will.

Apolo assente.

— Tome, beba um pouco de água – Will lhe entrega um copo com água que ele bebe de uma vez. – O que aconteceu?

— Não quero falar sobre isso – disse ele entregando o copo.

— Todo semideus que chega ao acampamento tem pesadelos – disse Will. – Geralmente esses pesadelos são avisos que não se pode ignorar.

— Não sou um semideus – disse Apolo.

— Mas não quer dizer que você está isento de ter pesadelos – disse Will argumentando. – Se esse pesadelo for algo relacionado com os acontecimentos recentes não esconda nada.

Apolo ponderou esse argumento, Will tinha razão. Talvez se compartilhasse com alguém tiraria o peso sobre si. Resolveu contar.

— Está bem eu vou contar – disse ele. – Eu estava na carruagem do sol quando uma mulher surgiu de repente me dizendo pra me apressar, seguir as vozes e encontrar um portão e que eu precisava encontrar primeiro. Depois um homem de terno roxo disse a mesma coisa que precisava encontrar o portão, que o levasse até o oráculo para que ele pudesse queimá-lo. Então, a carruagem começou e despencar, eu não conseguia mantê-lo no ar e foi quando eu acordei.

— Hummm – resmungou Will. – Tanto a mulher como o homem, disseram para encontrar o portão. Você tem alguma ideia que portão é esse?

— Não – disse -, quer dizer, eu acho que não.

— O homem quer queimar o oráculo que provavelmente está atrás desse portão – disse Will. – Por isso, a mulher disse para se apressar.

— Foi assustador – disse ele ainda assustado.

— Você tem que contar a Quiron, talvez ele possa lhe esclarecer esse sonho – disse Will. – Se vier a ter outro pesadelo como esse não deixe de relatar.

— Prevenir é melhor do que remediar, certo? – disse Apolo sorrindo.

— Certo – disse Will retribuindo o sorriso.

Apolo olhou para a janela e notou um vaso de flores amarelas. Ele se levanta e se aproxima do vaso.

— Essas flores – disse ele – são jacintos. Elas só crescem na minha ilha sagrada, Delos.

— Isso mesmo – disse Will se aproximando -, e também ao redor de seu chalé. Você lembrou. Isso é bom – disse ele sorrindo.

Nesse momento Austin abre a porta assustando os dois.

— Will, o pessoal do Labirinto já voltou – disse ele olhando para os dois.

— Obrigado – disse ele saindo apressado.

— Por que ele está tão ansioso? – perguntou Apolo.

— É por causa do namorado – disse Austin.

— Namorado?

— Uhum. Você vai ver – disse o garoto acompanhando o pai.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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