'Brotheragem', entre outras coisas de amigos escrita por Aislyn


Capítulo 4
Oya? Oya oya. Oya oya oya!


Notas iniciais do capítulo

Eu vi a frase do título em uma tirinha de Haikyuu, depois fui procurar de novo e achei isso: www.youtube.com/watch?v=UZvXA1hNQbc

Ah, leiam até o final! Tem uma cena extra perdido! >3



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Bokuto remexeu-se incomodado na cama, resmungando alguma coisa ininteligível durante o sono. Piscou lentamente, ainda sem entender o que o fizera acordar, até sentir algo vibrar debaixo de si. Mais precisamente embaixo do seu travesseiro.

 

— Alô… – as palavras saíram arrastadas enquanto ele esfregava os olhos, tentando espantar o sono, mas suas pálpebras insistiam em fechar.

 

— Bokuto! S.O.S! Mayday! Mayday! – Koutarou precisou afastar o celular do ouvido para não ficar surdo com os gritos de Tetsurou. Aproveitou a distância para olhar as horas, bufando irritado.

 

— O que houve? – conseguiu questionar quando os gritos diminuíram, voltando a se jogar contra os travesseiros, puxando a coberta sobre si e se encolhendo no colchão. Ali estava tão quentinho. Por que aquele louco estava tão desesperado àquela hora?

 

— Eu preciso de uma mãozinha! – Kuroo pediu em tom esganiçado, talvez numa tentativa de baixar o tom de voz, mas sem conseguir diminuir a histeria no processo.

 

— Ahm? Mãozinha? A essa hora? – questionou incrédulo, os olhos quase se fechando, trazendo junto um bocejo longo – Tetsu… não é nem meio-dia ainda. Não tá meio cedo pra isso?

 

— Não! Eu preciso agora! Já! Neste exato instante!

 

Bokuto quase conseguia imaginar o amigo batendo o pé e apontando em sua direção, para depois apontar para o lugar ao seu lado, como se estivesse chamando-o. E ele, é claro, iria em seu socorro. É pra isso que servem os amigos, não é?

 

— Ok, ok… chego aí em quarenta minutos.

 

— Rápido! Por favor!

 

Bokuto riu enquanto encerrava a ligação, finalmente saindo da cama. Precisava de um lanche bem reforçado se queria aguentar o amigo. Ele conhecia Kuroo muito bem para saber do que o capitão da Nekoma era capaz em determinadas ocasiões.

 

* * *

 

— Estou aqui para salvá-la, minha donzela em perigo! – Koutarou anunciou quando a porta foi aberta, fazendo sua melhor pose de príncipe no cavalo branco, uma mão pousada no peito enquanto a outra era estendida à frente, para que sua princesa a segurasse – Seu príncipe encantado ouviu suas preces e veio socorrê-la!

 

— Achei que não chegaria nunca! – Tetsurou puxou-o pela frente da camisa até que seus corpos estivessem bem próximos, a outra mão indo até seu pulso, segurando-o com firmeza.

 

Bokuto moveu a mão em direção à frente do corpo, mas o capitão da Nekoma parou seu movimento, recebendo um olhar indagador.

 

E então ali estava, aquele sorriso enorme e sacana que só Tetsurou sabia mostrar, junto com o olhar afiado de felino. Bokuto engoliu em seco, sabendo que havia sido capturado nas garras do bichano, sem chances de escapar ileso.

 

* * *

 

Bokuto tinha a respiração descompassada e suor escorria por sua face, descendo por seu pescoço, ombros e tórax nu. Suas mãos e braços doíam pelo esforço, mas ele não podia parar, não naquele ponto. Já era a terceira vez que ele e Kuroo faziam aquilo, só naquele dia e praticamente sem descanso. Ergueu o olhar, encarando o amigo fixamente, esperando que ele entendesse seu pedido desespero. Precisava parar, pelo menos um pouco para respirar e tomar água, e o amigo parecia tão ou mais esgotado que ele. Contudo, Tetsurou conseguia manter aquele sorriso sacana pregado naquela cara de pau.

 

— Vamos lá, bro… você não vai parar agora, vai? – Tetsurou mal conseguiu proferir aquelas palavras, a risada entrecortada mostrando que seria bem possível ele desistir antes, mas era orgulhoso demais para assumir.

 

— Claro que não… eu aguento mais uma, se quiser! – não, ele não aguentava. Nenhum dos dois, na verdade.

 

Koutarou suspirou fundo, movendo o corpo à frente, arrancando um gemido dolorido de Kuroo, que foi pego desprevenido, mas logo se recompôs, conseguindo acompanhá-lo.

 

Antes que pegasse novamente o ritmo, sentiu uma presença atrás de si, obrigando-o a se virar, um sorriso amarelo surgindo em seus lábios.

 

— Kou-chan, fico tão feliz que tenha vindo ajudar! Não sei o que o Tetsu e eu faríamos sozinhos!

 

Bokuto quase soltou o móvel que carregava, pronto para fazer uma pose de invencível, mas lembrou que se fizesse isso iriam se machucar feio. Então apenas acenou agradecido pelo elogio, o sorriso aumentando mais ainda.

 

— Pode contar comigo, tia! Sempre que precisarem de ajuda, é só chamar!

 

Tetsurou escondeu o rosto, tentando abafar a gargalhada. Ele sabia que Bokuto só estava ali porque foi praticamente obrigado e chantageado a participar. Sua mãe inventou que queria mudar os móveis de lugar e como só estavam os dois em casa, precisavam de mais alguém com força para ajudar. Se fosse qualquer outra coisa, talvez tivesse chamado Kenma, mas aquilo precisava de músculos e não cérebro.

 

— Quando colocarem esse no lugar, desçam para a cozinha, eu assei uns biscoitos pra vocês.

 

E assim a senhora se afastou, dando a Kuroo a liberdade de rir escandalosamente, arrancando um olhar carrancudo de Bokuto, que não gostou nada de fazer parte daquela artimanha do gatuno.

 

— Você me paga, ouviu?

 

— Ah, é? Não foi você quem disse agora a pouco que aguentava mais uma? – e Kuroo teria saído correndo se soubesse que Bokuto estava com as mãos livres para pegá-lo, porque o seu olhar dizia com todas as letras que ele queria pegá-lo pelo pescoço e esganar.


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Notas finais do capítulo

CENA PERDIDA:

— Estou aqui para salvá-la, minha donzela em perigo! – Koutarou anunciou quando a porta foi aberta, fazendo sua melhor pose de príncipe no cavalo branco, uma mão pousada no peito enquanto a outra era estendida à frente, para que sua princesa a segurasse – Seu príncipe encantado ouviu suas preces e veio socorrê-la!

— Kou-chan!!! Ela queria me obrigar a fazer tudo sozinho! – Kuroo se jogou contra o amigo, abraçando-o pela cintura e encarando pedinte. E também por ser uma forma bem eficaz de evitar que o capitão da Fukurodani fugisse.

— Ela? Ela quem? Eu pensei que você queria…

E então ali estava, aquele sorriso enorme e sacana que só Tetsurou sabia mostrar, junto com o olhar afiado de felino. Bokuto engoliu em seco, sabendo que havia sido capturado nas garras do bichano, sem chances de escapar ileso.

* * *

Continua... >3



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