'Brotheragem', entre outras coisas de amigos escrita por Aislyn


Capítulo 1
Ohoho? Oho ho ho?


Notas iniciais do capítulo

Kalininha, minha uke fofa, ficou pequeno e está simples, mas foi de coração. Espero que goste!

Se gostar, quem sabe não sai mais alguma coisa com eles...



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Bokuto Koutarou podia se considerar um cara de sorte. Mesmo com toda a rivalidade entre os times durante os jogos, fora deles a convivência era outra. Não era qualquer um que podia dizer que tinha amigos em outras escolas, ou melhor, amigos nos times oponentes.

 

Durante as partidas, toda aquela amizade era colocada de lado e que vencesse o melhor, sem piedade ou pensar duas vezes na hora do ataque. Depois que tudo acabasse, ele poderia ir até o outro lado da quadra e dar um tapinha nas costas dos colegas e desejar mais sorte na próxima. Ou poderia ser ele a receber o apoio.

 

A questão é que, até um tempo atrás, ele nunca havia se imaginado tendo amigos como oponentes ou vice-e-versa. Mas ali estava ele, ajudando e sendo ajudado. Tendo alguém além dos colegas de time para conversar. Havia ajudado Hinata durante um treinamento, também deu alguns conselhos para Kageyama, e tinha o Kenma, que mesmo sendo mais novo e de uma série anterior, conseguia ajudá-lo com alguns exercícios de casa.

 

Em se tratando de amizade, é bom levar em consideração que existem algumas coisas que qualquer amigo pode fazer por você, até mesmo um mero conhecido. Contudo, há outras que só aquele ‘brother’, seu irmão camarada e amigo do peito pode fazer por você. E era por uma dessas coisas que Bokuto estava na rua àquela hora. Seu primeiro pensamento foi procurar Akaashi, que sempre o livrava dos piores problemas, mas sabia também que aparecer na casa do amigo tão tarde da noite poderia lhe trazer alguns inconvenientes com os pais. Por isso, foi atrás da sua segunda opção. Tetsurou Kuroo, o líder da Nekoma.

 

Kuroo era aquele tipo de pessoa pronta para qualquer situação, principalmente se ela envolvesse aprontar com alguém. E o melhor de tudo: na resposta da mensagem que recebeu, confirmando que poderia ir até a casa do amigo, ficou sabendo que os pais dele estavam fora da cidade. Era tudo que precisava.

 

Tocou a campainha, levando poucos segundos para ser atendido. Segundo suficientes para Kuroo fingir que não estava sentado em frente à porta, aguardando-o chegar.

 

— E eu pensando que você traria pelo menos as bebidas ou algumas garotas… – Kuroo negou com um aceno dramático, dando passagem para o amigo – Eu separei alguns filmes pra gente ver.

 

— Acho que hoje não vai rolar filme, Kuroo. Estou com um problema muito sério. – Bokuto encarou-o fixamente, como se com aquele simples gesto o amigo pudesse ler sua mente.

 

— Aham… problema? – Tetsurou cruzou os braços, apoiando as costas na parede enquanto retribuía o olhar, pensando em quanto deveria levá-lo sério – Que tipo de problema, cara?

 

— Um muito grave. Extremamente urgente! – aproximou um passo, sem se importar se estava invadindo seu espaço pessoal.

 

— Que seria…?

 

— Eu preciso de uma mãozinha.

 

— Para o que exatamente?

 

Tetsurou repassou em sua mente todas as possibilidades, descartando que fosse algo realmente sério, caso contrário, Bokuto procuraria Akaashi, que era um cara mais centrado, responsável e que sempre os ajudava na hora da encrenca. Claro que ele também participava de quase tudo que faziam, mas Akaashi era discreto e não fazia o tipo. Era o que chamavam de ‘não ter cara de quem apronta’. Ele poderia se passar por um santo para os outros, porque os amigos sabiam bem do que ele era capaz. E se suas atitudes não eram suspeitas, suas companhias eram mais do que suficiente.

 

— Como para o quê? Onde mais você poderia me dar uma mão?! – Bokuto mexeu as sobrancelhas sugestivamente, subindo e descendo-as num gesto que sempre o fazia se assemelhar a uma coruja. Pena que ele não era tão inteligente quanto as ditas aves, exceto quando se tratava de vôlei.

 

— E eu tenho que saber? Já te ajudei em tanta coisa! – Kuroo revirou os olhos, mas no fundo estava se divertindo. Bokuto se mostrava desesperado, mas ao mesmo tempo, não parecia ser algo tão sério quanto ele insinuava.

 

— Às vezes você é tão lerdinho! – e aquela foi a vez de Bokuto zombar do amigo, estendendo o braço e puxando a mão de Tetsurou consigo, colocando-a em seu baixo-ventre – Eu preciso de uma mãozinha aqui. – soletrou as palavras pausadamente, articulando cada sílaba com muita calma para não correr o risco de ser mal compreendido.

 

— Ah! Esse tipo de mãozinha! Por que não me disse antes? – e o sorriso que surgiu na face de Tetsurou era tão ou mais zombeteiro que o de Bokuto, assim como também era malicioso. Adorava aqueles joguinhos.

 

— Mas eu disse, Kuroo-chan. – Bokuto tentou se fazer de sério, mas teve que morder o lábio inferior para conter um gemido.

 

— Vamos.

 

Kuroo não precisou dar uma segunda ordem, apenas acenando com a cabeça na direção que tomariam, deixando Bokuto ir à frente, colando o corpo às suas costas, a cabeça apoiada em seu ombro, não para ver o caminho, mas para ter mais acesso para dar aquela mãozinha.


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Notas finais do capítulo

Continua?
Talvez sim, talvez não...



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