Poder e Controle [revisão] escrita por Anne


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Estou meio desanimada. Não recebi nenhum comentário no segundo capítulo, apesar de boas visualizações. O que está acontecendo? Podem me contar se não estiverem gostando ou se tiverem alguma crítica construtiva para fazer.
Estou realmente me empenhando nessa história.
Obrigada ♥



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No dia seguinte, à noite depois do jantar, Annelise se arrastou para a sala de Filch e encontrou com Hermione. Ela parecia ter chorado, mas Annelise decidiu não dizer nada. O zelador as levou até a sala de troféus e as instruiu a limpar tudo sem magia, o que irritou bastante Annelise.

— Como se limpa sem magia? Eu não faço a mínima ideia. – Reclamou, puxando um pano velho da caixa e o olhando sem entender.

— Vou te explicar. – Disse Hermione, indo até perto dela. – Você pega esse pano, molha aqui e torce, pra sair o excesso... Aí você passa no troféu e no próximo, até notar que ele está seco ou com muita sujeira.

Cada uma foi para uma prateleira e começaram a limpar. A quantidade de troféus era impressionante, fazendo o trabalho demorar ainda mais pois ambas paravam para ler as placas. Enquanto esfregava o pano em ’’Tom Marvolo Riddle – serviços prestados à escola’’, Annelise pensava que aquela detenção havia caído feito uma luva para ela. Já notara que tinha conquistado certa simpatia de Potter e agora podia fazer isso com sua melhor amiga.

— Então, os boatos são verdadeiros? – Perguntou Annelise, esfregando uma enorme taça das casas. Hermione permaneceu quieta por um instante.

— Quais?

— Que o cargo de Defesa Contra as Artes das Trevas está amaldiçoado.

— Ah, isso! – Ela sorriu. – É o que dizem.

O silêncio pairou entre as duas por alguns minutos, mas Annelise o quebrou.

— Deve estar, se uma mulher dessas ficou nesse cargo.

Hermione riu alto e concordou.

— Você é bem legal para alguém da Sonserina. – Comentou, se virando para Annelise.

— Mas nós não somos chatos.

— A maioria são... e cruéis também. – Acrescentou ela.

— Isso aí é história, Hermione. A linha que difere Sonserina de Grifinória é muito tênue.

Hermione ficou pensativa, tentada a não concordar. As duas continuaram limpando vagarosamente, olhando cada placa de cada troféu, imaginando os acontecimentos e pensando em outras coisas. Quando acabaram, enquanto Annelise arrumava o material de limpeza dentro da caixa, viu Hermione esconder o que pareciam ser gorros de lã em pontos estrategicamente escondidos na sala, mas decidiu não perguntar.

Dez minutos depois, Filch voltou e decidiu inspecionar cada troféu com seu olho grande, fazendo as duas ficarem mais uma hora por ali. Quando se despediram, cansadas, passava da meia noite. Annelise caminhou vagarosamente pelo corredor até descer às masmorras. Disse a senha e passou pelo buraco na parede, chegando à sala da Sonserina. No sofá que ficava encostado na janela, estavam Pansy e Draco. Ele não parecia ligar muito para o que ela dizia e ela falava bastante. Ele olhou Annelise, mas ela passou reto e foi para os quartos, sedenta por sua cama.

O dia seguinte amanheceu chuvoso e escuro. Depois do café da manhã, a turma de quintanistas da Sonserina se dirigiu para a aula de Transfiguração. A Prof. McGonagall passou pelo menos quinze minutos falando sobre a importância dos exames.

— Vocês não podem passar nos exames sem se aplicarem seriamente ao estudo e à prática. — Disse ela muito séria. — Não vejo possível explicação para alguém nesta classe deixar de passar no N.O.M de Transfiguração, se trabalhar como deve. — Ela deu uma boa encarada para Crabbe e Goyle. — Hoje vamos começar a estudar os Feitiços de Desaparição. São mais fáceis do que os Conjuratórios, que normalmente vocês não experimentariam até os N.I.E.Ms, mas estão incluídos entre as mágicas mais difíceis que serão exigidas nos N.O.Ms.

No fim da aula, somente Draco e Annelise conseguiram fazer desaparecer suas lesmas, ganhando assim vinte pontos para a Sonserina. Depois, os alunos tiveram aula de Feitiços, com o Prof. Flitwick, que passara muito tempo também falando sobre N.O.Ms.

— O que vocês precisam lembrar é que esses exames podem influenciar o seu futuro durante muitos anos! — O pequeno professor estava encarrapitado em cima de uma pilha de livros pra conseguir enxergar cada aluno. — Se vocês ainda não pensaram seriamente em suas carreiras, agora é o momento de o fazerem. Entrementes, receio que iremos trabalhar com mais afinco que nunca, para garantir que vocês possam provar o que valem!

Passaram mais de uma hora recordando Feitiços Convocatórios, com o Prof. Flitwick sempre avisando que com certeza eles cairiam nos exames. No fim da aula, passou uma enorme quantidade de dever de casa para os alunos, que saíram reclamando.

No almoço, Annelise fez um calendário para conseguir dividir tempo e dia para cada tarefa que precisava fazer. Além da tarefa escolar, ela tinha uma missão importante para cumprir e que se não cumprisse, talvez nem precisasse decidir uma carreira, já que muito provavelmente morreria. Afastando o pensamento mórbido, ela se serviu de carne de forno, suco de uva e tomates. A comida de Hogwarts era excepcional. Alguns minutos depois, Pansy se sentou com ela e começou a comer num silêncio inquietante.

— Onde está Malfoy? — Perguntou Annelise, analisando a feição da menina.

— Está na biblioteca. Tem algumas tarefas atrasadas — E voltou a ficar em silêncio.

Depois do almoço, Annelise se sentiu pesada e sonolenta, mas mesmo assim seguiu os alunos para o lado de fora do castelo para a aula de Trato de Criaturas Mágicas. Quando chegou lá em baixo, sentindo pingos de chuva no rosto e colocando a toca verde da Sonserina no cabelo para abafar o vento frio, notou Draco e seus amigos rindo alto de algo que ele havia dito. Annelise se aproximou e ficou perto deles. A professora Grubbly-Plank estava parada na frente da cabana na orla da floresta.

— Todos presentes? – Perguntou em um tom seco, quando todos os alunos haviam chegado. — Vamos começar logo, então. Quem é capaz de me dizer o nome dessas coisas?

A professora indicou um montinho de gravetos sobre uma mesa. A mão de Hermione Granger se ergueu no mesmo minuto e ao seu lado, Draco fez uma imitação exagerada dela, erguendo o braço e dando pulinhos de ansiedade. Pansy começou a gargalhar, mas a risada se transformou num grito: os gravetos saltaram no ar e revelaram parecer com minúsculos diabretes de madeira, cada um com nodosos bracos e pernas marrons, dois dedos de graveto na ponta das mãos e uma cara gaiata e achatada que lembrava cortiça, em que brilhavam dois olhinhos de besouro.

Alguns alunos exclamaram de surpresa.

— Por favor, falem baixo, meninas! — Disse a professora, espalhando um punhado de algo entre os bichos-gravetos, que atacaram a comida imediatamente. — Então, alguém sabe o nome desses bichos? Senhorita Granger?

— Tronquilhos. – Respondeu ela. — São guardiões de árvores, em geral vivem em árvores próprias para varinhas.

— Cinco pontos para a Grifinória. — Disse a Prof. Grubbly-Plank. — São tronquilhos, como disse corretamente a senhorita Granger. Alguém sabe o que eles comem?

Annelise abriu a boca para responder, mas Granger foi mais rápida.

— Bichos-de-conta. E também ovos de fada, quando conseguem encontrá-los.

— Muito bem, fique com mais cinco pontos. Portanto, sempre que precisarem da madeira de uma árvore em que há um tronquilho alojado, é bom levar um presente de bichos-de-conta à mão para distrair ou aplacar seu guardião. Eles podem não parecer perigosos, mas, se forem irritados, tentarão arrancar os olhos da pessoa com os dedos que, como vocês podem ver, são muito afiados e nem um pouco desejáveis perto dos olhos. Então, se vocês quiserem se aproximar um pouco mais, apanhem uns bichos-de-conta e um tronquilho. Tenho aqui o suficiente para dividi-los em grupos de três, vocês podem estuda-los com mais atenção. Quero que individualmente façam um esboço de todas as partes do corpo identificadas, até o final da aula.

Annelise se aproximou da mesa da professora com Draco logo atrás. Ela apanhou alguns bichos-de-conta e Draco pegou um tronquilho grande. Enquanto ela se afastava, viu ele ficar com Harry Potter na mesa. Os dois pareciam conversar sobre algo, mas então Draco se virou rindo e veio para perto dela.

— Quero você no meu grupo. — Murmurou ele, perto dela. — Zabini, vem com a gente. — Um menino alto e negro, muito bonito, se aproximou deles e cumprimentou Annelise com um aceno de cabeça e um sorriso.

— Draco, pensei que ia ficar no meu grupo. — Pansy disse, com o rosto fechado. Ela olhou para Annelise de cima a baixo.

— Dá um tempo, Parkinson.  — Respondeu ele rispidamente. Puxou Annelise pela manga da capa e se sentou na grama. Zabini e ela se sentaram junto. — Dá o bicho pra ele, Blásio. Eu seguro.

Annelise puxou um pergaminho e uma pena e começou a desenhar o tronquilho. Estava indo bem já que se lembrava das descrições que leu em Animais Fantásticos e Onde Habitam, de Newt Scamander.

— Pelo menos estamos fazendo realmente algo aqui. — Comentou Blásio, enfiando outro bicho na cara do tronquilho.

— O que? Não gosta da Umbridge? — Perguntou Draco, olhando o amigo.

— Cara... — Começou o menino, mas Malfoy o interrompeu.

— É, papai esteve conversando com o ministro há uns dois dias, sabe, e parece que o Ministério está realmente decidido a agir com rigor para acabar com o ensino de segunda classe desta escola. Por isso, mesmo que aquele retardado supernutrido reapareça, ele provavelmente será despedido na hora!

— AI! — Harry gritou, o dedo cheio de sangue. O tronquilho que ele segurava pulou de sua mão e correu para a floresta. Draco e Zabini riram alto.

A sineta tocou ao longe e Annelise revirou os olhos, enrolando o pergaminho com seu desenho semi pronto. Ela se levantou e andou até a professora, entregando a tarefa e voltando para perto de Draco para pegar sua mochila.

— Esperava mais de você, Malfoy. — Alfinetou ela, pendurando uma alça da mochila no ombro e puxando a capa, com frio.

— O que quer dizer com isso?

— Você tem umas maneiras muito infantis de alfinetar Potter. — Comentou ela, passando por ele com os braços fechados para se proteger do vento. Draco segurou o cotovelo dela e encostou a boca em sua orelha.

— Não se esqueça que sou monitor, Morgerstern. — Murmurou ele. Ela se arrepiou, fazendo com que ele soltasse um risinho.

— Me solte, Malfoy. Estou com frio e quero voltar para o castelo. — Respondeu irritada, puxando seu braço.

— Frio! — Exclamou sorrindo.

Annelise se virou para frente, marchando para subir para o castelo, mas o olhar cortante de Pansy para ela chamou sua atenção. Sabia que não ia demorar muito para que aquela menina puxasse uma briga com ela. Não tinha paciência para aquele tipo de situação.

Ao chegar lá em cima, notou uma movimentação ao redor de Potter. Viu uma menina dizer que acreditava nele e em seguida um menino também. Era o momento certo. Annelise se aproximou e parou na frente dele.

— Também acredito em você. — Afirmou, dando um pequeno sorriso. Rony Weasley a olhou como se não existisse.

— Você não é amiga do Malfoy?

— Ser amiga dele não quer dizer que concordo com suas atitudes, Rony. — Disse ela, puxando delicadamente a mão de Harry. Tirou a varinha do bolso interno da capa e apontou para os dois rasgos que os dentes do tronquilho fizeram na mão dele, ainda escorrendo sangue. — Asclépio. — Os cortes se fecharam. Ela guardou a varinha novamente e sorriu. — Afinal, não tem sentido você mentir sobre algo assim.

Annelise virou as costas e passou pelas enormes portas do castelo, indo em direção às escadas sabendo que havia surpreendido o trio naquele momento. Agora só faltava uma aula de Aritmância e estava livre.

Draco e Goyle jogavam uma partida de xadrez de bruxo perto da janela, em que Malfoy levava a melhor. Em uma das mesinhas, Annelise havia terminado a tarefa de Poções sobre as propriedades da pedra da lua. Estava sem sono, então puxou uma folha de pergaminho nova e molhou sua pena.

Madeleine,

Hogwarts não me surpreendeu como pensei que faria. Algumas aulas são muito fracas comparadas à Ilvermorny. No entanto, temos professores realmente bons, como o de Poções, Feitiços e Transfiguração. Sinto que posso aprender muito com eles.

Quanto a mim, estou bem. As pessoas são muito receptivas na Sonserina, então me sinto bem-vinda. Minha relação com Draco Malfoy tem evoluído para algo próximo da amizade.

Falando nisso, meus objetivos estão se cumprindo. Lentamente, sim, mas se cumprindo. Espero que informe Joseph.

Atenciosamente,

Annelise Rosier Morgerstern.

 

Ela enrolou o pergaminho e colocou na bolsa, fazendo uma anotação mental para ir até o corujal na manhã seguinte. Não sabia onde ficava, mas procuraria mesmo assim, já que não tinha uma coruja. Guardou suas coisas e pendurou a mochila no ombro outra vez, se levantando da cadeira.

— Morgerstern! — Chamou Draco, dando um xeque-mate em Goyle. O menino gemeu, frustrado, enquanto Malfoy ria. — Venha aqui.

— O que você quer? — Perguntou ela com azedume.

— Pra que isso? — Perguntou Draco, parecendo ofendido. — Então, você joga quadribol?

Annelise estreitou os olhos, desconfiada.

— Era do time da minha casa em Ilvermorny. Por que?

— Abrimos teste para artilheiros. Só queria saber se você tem interesse. — Draco acenou com a cabeça mandando Goyle sair e Annelise se sentou onde ele estava antes.

— Hum, eu tenho sim, na verdade. Mas não sei se vai ser possível. A Prof. McGonagall disse que iam cobrar mais de mim por ter sido transferida. Então, infelizmente acho que não vou ter tempo para isso. — Disse ela, jogando o cabelo para cima do ombro e olhando o menino. Draco parecia meio perdido olhando para seu rosto, mas logo voltou ao normal. Ele se inclinou para a frente.

— Certo. Posso fazer uma pergunta? — Perguntou. Crabbe chegou até eles com um bilhete nas mãos, mas Draco fez sinal para que ele esperasse.

— Claro. — Autorizou ela, mais uma vez desconfiada.

— Queria entender porque me sinto tão atraído por você. — Soltou ele, ainda a olhando com atenção. Tanto Crabbe quanto Annelise pareciam chocados com a forma direta de Malfoy falar. O menino olhava de Draco para ela, enquanto Annelise sentia as bochechas esquentarem.

— Só porque sou metade veela, Malfoy. Não tenho nada de interessante além disso.

— Tem sim. — Retrucou ele, a voz arrastada levemente rouca.

— O que é uma veela? — Perguntou Crabbe. Draco virou-se impaciente.

— Deixa de ser idiota, Crabbe. — Malfoy arrancou o bilhete das suas mãos e o rapaz se afastou, parecendo não se importar com a grosseria. Ele se virou para ela, mas antes que abrisse a boca, Annelise se levantou outra vez.

— Se me der licença, Draco, vou me deitar. Boa noite.

A sexta-feira amanheceu como os outros dias daquela semana, chuvosa e acinzentada. Annelise trocou o pijama pelas vestes de Hogwarts e pendurou a mochila no ombro, saindo do quarto e passando com rapidez pelo salão comunal. Estava com fome e acordara mais cedo do que de costume para ter tempo de adiantar alguma tarefa, então subiu as escadas da masmorra quase correndo e se sentou na mesa da Sonserina sentindo o estômago roncar. Comeu duas panquecas de maçã e duas torradas com manteiga antes de beber suco de abóbora. Então, limpou as migalhas na mesa e começou a fazer o dever de História da Magia. Ela cumpriu o número de linhas exigidas e escreveu coerentemente tudo o que sabia sobre o assunto. Quando enrolou o pergaminho e guardou na mochila, a mesa da Sonserina estava parcialmente cheia, assim como as outras. Decidiu comer um pequeno pedaço de bolo de chocolate enquanto subia as escadas até o sétimo andar, para a aula de Adivinhação. O dia passou sem grandes acontecimentos, pois o clima chuvoso pareceu contagiar os alunos de forma negativa, deixando-os preguiçosos. Lá pro fim da tarde, resolveu ir para o campo de Quadribol assistir a seleção da Sonserina. O time da Grifinória e alguns alunos da casa acabavam de sair de lá e estavam em festa com a escolha do novo goleiro, que era Weasley. Annelise se sentou na arquibancada e cruzou as pernas e os braços, procurando se proteger do vento frio. Os artilheiros que faziam teste não pareciam tão bons, então ela resolveu observar Malfoy voando preguiçosamente por cima do time. Ele parecia ficar ainda mais bonito com aquele uniforme, mas Annelise preferiu fingir que aquele pensamento não era dela. Alguns minutos depois, quando escolheram um novo artilheiro, Draco voou até estar perto o suficiente para que Annelise o ouvisse.

— Ei, não quer subir?

— Estou legal aqui.

— Qual é, Morgerstern! Tem medo de altura? — Zombou, o sorriso de deboche estampado no rosto.

— Está de brincadeira, Malfoy? — Annnelise bufou. Draco a analisou.

— Parece nervosa. — Ela revirou os olhos, impaciente. O vento bagunçou os cabelos loiros, jogando-os para trás. Draco sorriu. — Qual é! Fica aí, eu já volto.

Ele voou com a vassoura até o gramado e sumiu pela porta do vestiário com alguns outros jogadores. Vinte minutos mais tarde, quando ela se encontrava já sozinha e a lua subia no céu, Malfoy retornou.

Annelise se juntou a ele e ambos começaram a caminhar em direção ao castelo em silêncio. A alça da mochila dela estava pendurada em um ombro, a luz da lua iluminando timidamente o gramado do castelo.

— Você me evitou hoje. — Comentou Draco, as mãos no bolso da calça preta do uniforme.

— Não evitei. — Rebateu, já na defensiva. — Eu achei inesperado, sim, mas não tentei te evitar.

Draco sorriu de lado e arqueou as sobrancelhas.

— Sobre Pansy...

Annelise se virou quase no mesmo instante, parando na frente dele. Alguns fios loiros caiam na testa do rapaz.

— Não preciso saber, sério. — Ela o olhou nos olhos e Draco ficou em silêncio. — Me acompanha até o corujal? Nunca fui lá e preciso despachar essa carta. Não tive tempo essa manhã. — Ela tirou sua carta do bolso da capa de Hogwarts e balançou nos dedos. Draco olhou o envelope e assentiu, tomando outra direção pelos terrenos do castelo. Por um tempo, os dois ficaram em silêncio, apenas caminhando. A lua já estava alta no céu e as nuvens estavam escuras, fazendo-a ter certeza que a tempestade cairia durante a madrugada.

O corujal era uma torre de pedra com escadas tortas que subiam até uma pesada porta de madeira. Os dois subiram os degraus juntos e entraram. Havia muitas corujas ali, já que era início de ano e não havia muita necessidade de enviar correio tão cedo para as famílias, mas é claro, Annelise era uma exceção.

— Use essa. — Indicou Malfoy. Era uma coruja-da-igreja grande e forte, que os olhava com atenção. — É a que costumo pegar. — Ela se aproximou e amarrou a carta na perna da coruja.

— Madeleine Morgerstern. — Murmurou. A coruja levantou voo quase no mesmo instante e sumiu por uma janela larga que tinha na torre.

Draco a esperou na porta e os dois desceram outra vez, caminhando mais rápido por conta dos chuviscos que começara a cair. Ao chegarem no saguão quente do castelo, se viraram um para o outro. Malfoy abriu a boca para dizer alguma coisa, mas Crabble e Goyle chegaram rindo alto ao lado deles.

— Draco, onde se meteu? Não vai acreditar no que vimos! — Exclamou Goyle com empolgação.

— Te vejo mais tarde. — Annelise murmurou, acenando com a cabeça. Antes que ele respondesse, ela virou de costas e foi para o grande salão.


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Notas finais do capítulo

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