Poder e Controle [revisão] escrita por Anne


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Agora que minha meta de comentários foi alcançada, bem-vindos ao capítulo 2! Ele também é grandinho, mas definitivamente menor do que o 1!
Pessoal, por favor quem estiver lendo, deixe um comentário me dizendo do que estão gostando e do que não estão, isso me motiva!!

Esse capítulo é dedicado às lindas Isabella e Alê, obrigada por acompanharem ♥



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Annelise mal se sentou para o almoço e Pansy Parkinson se sentou na frente dela, a encarando com avidez. Sem se importar, Annelise se serviu com um pedaço de bolo de carne e tomates. Quando começou a comer, Pansy finalmente abriu a boca.

— Draco e eu somos namorados desde o primeiro ano. – Anunciou, com as mãos fechadas na mesa. Annelise a olhou, mastigando vagarosamente, mas não respondeu. — Ele não gosta de admitir o que sente, é isso. Mas, você sabe, não vou julgar mal essa aproximação repentina com você. Eu sei que a elite fica com a elite.

Pansy Parkinson e sua família não tinham ligação com o círculo de Voldemort, aparentemente, mas parecia ter certeza que esse era o motivo de Draco dar atenção à Annelise naquele primeiro dia de aula. Na cabeça dela, Comensais eram amigos de Comensais, e mais ninguém. Exceto que, ela não podia provar de jeito algum que Annelise fazia parte daquilo, ela ou seus pais. Os Morgerstern eram uma das famílias mais antigas e tradicionais do mundo bruxo. Rezava a lenda que Rufus Morgerstern havia ajudado Salazar Slytherin na construção da Câmara Secreta, mas nada confirmado. A família de Annelise se envolvia com as artes das trevas há muito tempo, mas sempre de maneira excepcionalmente discreta.

— Parkinson, eu não faço ideia do que você está falando. — Annelise fez cara de confusão e continuou comendo. Pansy pareceu ter acreditado nela, pois deu de ombros e começou a se servir.

— Acho que entendi errado.

— Não sei o que entendeu, mas Draco e eu nos víamos quando éramos crianças. É isso.

A menina assentiu, um tanto corada. Nos minutos seguintes, enquanto almoçava, contou todo tipo de fofoca dos últimos quatro anos em Hogwarts, Annelise ocasionalmente fazendo perguntas rápidas. Draco e sua trupe de mongoloides musculosos estavam sentados um pouco longe, mas olhavam de vez em quando. Quando o sinal bateu, Pansy seguiu Annelise, para a infelicidade dela. O próximo tempo era de História da Magia e ela estava ansiosa, era uma de suas matérias favoritas. Ao chegar na sala, se sentou nos lugares que sobraram, atrás de Draco e Goyle. Pansy, que estava sentada na frente com outra menina, pegou suas coisas e ocupou o lugar ao lado de Annelise, que desconfiou que a razão daquilo era a presença de Malfoy.

O professor Binns apareceu atravessando o quadro negro e Annelise ficou bastante surpresa. O homem parecia não ter ideia de que estava morto e dando aula como fantasma, até porque não estava preocupado com a atenção dos alunos na classe. Malfoy se virou de lado e se encostou na parede, fitando o teto, enquanto Crabbe se sentava na mesa da frente à deles e começava a brincar de forca com Goyle. Pansy escrevia uma espécie de diário e muitos alunos dormiam.

— ...E, de fato a Guerra dos Gigantes ocasionou muita confusão no mundo trouxa...

A voz do Prof. Binns era etérea e melancólica, o que fez os olhos de Annelise pesarem de sono. Encostou-se na parede e ficou brava, pensando que a matéria que Binns transformava em uma chatice completa podia ser muito interessante trabalhada pelo Prof. Oswald em Ilvermorny.

— Minha nossa, porque Dumbledore não impede esse fantasma de dar aula? – Resmungou Annelise.

— Porque Dumbledore é um velho caduco e sem noção. — Respondeu Draco, a voz afiada como uma navalha.

Annelise revirou os olhos. Era patético desprezar a grandeza evidente de Dumbledore como Malfoy estava fazendo simplesmente pelo ’’conflito de interesses’’ causados pela sua família, portanto nem o respondeu.

Pansy acordou Annelise com alguns tapinhas no braço enquanto os alunos saíam se arrastando de preguiça da sala.

— Anotei a tarefa, pegue comigo depois.

— Ah, obrigada Pansy. – Annelise sorriu e puxou sua bolsa, pendurando a alça no ombro. – Mas Dumbledore realmente devia dar um jeito nisso.

— Ele não vai. – A morena deu de ombros. – Até mais!

Annelise acenou para a menina e continuou seu caminho, procurando afobada o horário em sua mochila. Descobriu que tinha um tempo livre, então decidiu ir descansar nas poltronas macias da sala comunal da Sonserina. Ao chegar, se deparou com Malfoy flertando descaradamente com uma menina do sétimo ano. Annelise se esparramou em uma das poltronas e tentou não encarar demais, mas infelizmente era um tanto altruísta e só conseguia pensar nos olhos apaixonados de Pansy Parkinson no almoço. Malfoy se virou no exato momento em que ela mexia a cabeça negativamente e a encarou. Segundos depois, dispensou a menina e se sentou na poltrona ao lado dela.

— Observando, Morgerstern? – Draco semicerrou os olhos.

— Sempre, Malfoy. – Ela deu um sorriso sarcástico. – Pansy me disse hoje que vocês são namorados há muito tempo.

Draco revirou os olhos e bufando, puxou sua poltrona até encostar na dela e se sentou, inclinando-se para a frente, a poucos centímetros do rosto dela.

— Você fica me fazendo perder tempo com esse papinho de Pansy quando o que eu quero saber é qual é seu objetivo aqui. – Sussurrou, quase tornando impossível para que a própria Annelise o ouvisse. Ela abaixou o rosto na altura do dele e sussurrou de volta:

— Meu objetivo é me formar, como o de todos.

Malfoy bufou outra vez.

— Para de piada, Morgerstern. Você sabe muito bem o que eu quero dizer.

— O que, não te deram nenhuma missão ainda? – Perguntou Annelise, abrindo um sorriso meigo e mexendo nos cabelos da nuca de Malfoy ao notar um grupo de alunos do primeiro ano particularmente curiosos com a conversa.

— Ainda não. – Respondeu ele, tentando parecer mais amigável.

Annelise soltou um suspiro, ainda mexendo nos cabelos dele, e com um olhar muito sincero de tristeza declarou:

— Sorte a sua.

**

Quando os alunos da Sonserina e Grifinória entraram na sala de Defesa Contra As Artes das Trevas, encontraram a Prof. Umbridge sentada em sua escrivaninha, usando o casaquinho peludo cor-de-rosa da noite anterior e um laço de veludo preto na cabeça. Annelise se sentou o mais distante possível, a olhando com desconfiança. Aquela cara de sapo não a enganava nem um pouco. Os alunos estavam em silêncio e permaneceram assim até estarem todos sentados.

— Bom, boa tarde! – Disse ela. Alguns alunos murmuraram uma resposta baixa. – Tss—tss. Assim não vai dar, concordam? Eu gostaria que os senhores, por favor, respondessem: ’’Boa tarde, Prof. Umbridge’’. Mais uma vez, por favor. Boa tarde, classe!

— Boa tarde, Prof. Umbridge. – Responderam em um tom monótono. Annelise viu alguns alunos fazendo uma careta descontente.

— Agora sim! – Disse ela com uma meiguice exagerada. – Não foi muito difícil, foi? Agora, guardem suas varinhas e apanhem as penas.

Aquele comando causou uma falação rápida na sala. Os alunos não pareciam muito felizes em estar numa aula que exigia o porte de varinha sendo obrigados a pegar as penas.

— Vamos derrotar as trevas jogando penas neles. – Murmurou Annelise, irritada. Os alunos de ambas as casas que estavam perto dela deram risadinhas, mas mesmo assim, todos guardaram as varinhas nas bolsas e pegaram tinteiro, pena e pergaminho. A Prof. Umbridge abriu a própria bolsa e pegou sua varinha, que era extremamente curta, e com ela deu uma pancada forte no quadro negro.

Defesa Contra As Artes das Trevas

Um retorno aos Princípios Básicos

 

— Bem, o ensino que receberam desta disciplina foi um tanto interrompido e fragmentário, não é mesmo? — Afirmou Umbridge, virando-se para encarar os alunos com as mãos perfeitamente cruzadas diante do corpo. — Exceto, talvez, a senhorita Morgerstern, transferida de Ilvermorny. — Os olhares dos alunos se voltaram para Annelise, que não demonstrou reação alguma.

— Onde fica Ilvermorny? — Perguntou Simas Finnigan, num sussurro que deveria ter sido baixo.

— Nos Estados Unidos da América, querido. Agora, no caso de vocês, a mudança constante de professores, muitos dos quais não parecem ter seguido nenhum currículo aprovado pelo Ministério da Magia, infelizmente teve como consequência os senhores estarem muito abaixo dos padrões que esperaríamos ver no ano dos N.O.M.s. Os senhores ficarão satisfeitos de saber, porém, que tais problemas agora serão corrigidos. Este ano iremos seguir um curso de magia defensiva, aprovado pelo Ministério e cuidadosamente estruturado em torno da teoria. – Discursou Umbridge, mal dando uma pausa para respirar. A mão de Annelise se ergueu no ar quase instantaneamente no fim da frase da professora. – Sim, senhorita Morgerstern?

— Com ’’estruturado em torno da teoria’’ você quer dizer que não teremos aulas práticas hoje? – Questionou, recebendo murmúrios de apoio dos alunos.

O rosto de sapa da Prof. Umbridge se retorceu um pouco numa careta contida, e quando ela tornou a falar, sua voz estava muito fina e ela tinha um sorriso duro e forçado nos lábios.

— Se a senhorita não está propensa a aceitar as mudanças positivas propostas pelo nosso Ministério, senhorita Morgerstern, talvez tivesse sido melhor que permanecesse em Ilvermorny.

— Certamente, professora. – Respondeu Annelise, sentindo o sangue ferver. No entanto, decidiu esperar o momento certo para começar a infernizar aquela mulher.

— Ótimo! Agora, copiem o seguinte, por favor.

Umbridge tornou a bater no quadro, a primeira mensagem desapareceu e foi substituída por ’’objetivos do curso’’.

1 – Compreender os princípios que fundamentam a magia defensiva

2 – Aprender a reconhecer as situações em que a magia defensiva pode legalmente ser usada.

3 – Inserir o uso da magia defensiva em contexto de uso.

Os alunos apenas escreveram por um tempo, o som das penas arranhando os pergaminhos enchendo a sala. Quando terminaram de copiar os três objetivos de Umbridge, ela tornou a falar.

— Todos têm um exemplar de Teoria da Magia Defensiva de Wilbert Slinkhard? – Ouviu-se murmúrios baixos em concordância. — Acho que vou tentar outra vez. Quando eu fizer uma pergunta, gostaria que os senhores respondessem ’’Sim, senhora, Prof. Umbridge’’ ou ’’Não, senhora, Prof. Umbridge.’’ Então, todos tem um exemplar de Teoria Da Magia Defensiva de Wilbert Slinkhard?

— Sim, senhora, Prof. Umbridge. – A resposta ecoou pela sala. Annelise revirou os olhos.

— Ótimo. Eu gostaria que os senhores abrissem a página cinco e lessem o capítulo um, ’’Elementos Básicos para Principiantes’’. Não precisarão falar. – Umbridge se sentou na escrivaninha e cruzou as mãos em cima dela, analisando os alunos com os olhos empapuçados de sapo e um sorrisinho irritante na boca.

Na metade do segundo parágrafo, Annelise se deu conta que aquilo era quase tão entediante quanto a aula com o Prof. Binns, que desconfiava ela, podia ser até mais legal pelo fato de não exigir respostas decoradas e entoadas de todos os alunos. Quando seus olhos se cansaram de ler a mesma coisa várias vezes, decidiu olhar ao redor. Draco mexia na ponta da página, distraidamente. Pansy Parkinson estava parada como uma estátua, movendo os olhos preguiçosamente pela página mas não lendo de verdade. Harry Potter também observava a classe. Foi Hermione Granger que chamou sua atenção. Ela nem mesmo havia aberto e livro e estava encostada na cadeira olhando fixamente a Prof. Umbridge com sua mão levantada.

Ela permaneceu assim por vários minutos enquanto a professora a ignorava. Quando mais da metade da sala preferiu ficar olhando para Hermione, a sapa decidiu dar atenção a ela.

— Queria me perguntar alguma coisa sobre o capítulo, querida? – Perguntou ela a Hermione, como se tivesse acabado de reparar nela.

— Não, não é sobre o capítulo. – Respondeu Granger.

— Bem, é o que estamos lendo agora. – Disse Umbridge, mostrando seus dentinhos pontiagudos. – Se a senhorita tem outras perguntas, podemos tratar delas no final da aula.

— Tenho uma pergunta sobre os objetivos do curso. – Disse Hermione.

A sapa ergueu as sobrancelhas.

— E como é seu nome?

— Hermione Granger.

— Muito bem, senhorita Granger. Acho que os objetivos do curso são perfeitamente claros se lidos com atenção. – Respondeu em um tom de meiguice.

— Bom, não acho que estejam. – Devolveu Hermione secamente. – Não há nada escrito no quadro sobre o uso de feitiços defensivos.

No silêncio que se seguiu, vários alunos se viraram para ler o quadro novamente. Annelise se sentiu feliz por não ser a única a ter coragem de dizer alguma coisa à Umbridge.

— O uso de feitiços defensivos? – Repetiu a Prof. Umbridge, dando uma risadinha. – Ora, não consigo imaginar nenhuma situação que possa surgir nessa sala de aula que exija o uso de feitiços defensivos, senhorita Granger. Com certeza não está esperando ser atacada durante a aula, está?

— Não vamos usar magia? – Perguntou o amigo ruivo de Harry e Hermione.

— Os alunos levantam a mão quando querem falar na minha aula, senhor...?

— Weasley. – Respondeu ele, erguendo a mão no ar.

A Prof. Umbridge ignorou sua mão levantada e virou as costas para ele. Harry e Hermione imediatamente ergueram as mãos também. A professora encarou primeiro Potter, e depois se dirigiu à Hermione.

— Sim, Srta Granger? Quer me perguntar mais alguma coisa?

— Quero. Certamente a questão central na Defesa Contra As Artes das Trevas é a prática de feitiços defensivos.

— A senhorita é uma especialista educacional do Ministério da Magia, Srta. Granger?

— Não, mas...

— Bem, então, receio que não esteja qualificada para decidir qual é a ’’questão central’’ em nenhuma disciplina. Bruxos mais velhos e mais inteligentes que a senhorita prepararam o nosso novo programa de estudos. A senhorita irá aprender a respeito dos feitiços defensivos de um modo seguro e livre de riscos...

— Mas a escola não é feita para aprendermos coisas que vamos utilizar na vida? – Perguntou Annelise, com a mão levantada.

A professora se virou para ela com um rosto muito irritado.

— Senhorita Morgerstern, eu lhe aconselho a não me interromper...

— Para que servirá isso? – Perguntou Harry em voz alta. – Se formos atacados, não será em um...

— Mão, senhor Potter! – Respondeu Umbridge, o tom de voz alto.

Ele ergueu sua mão, mas mais uma vez vários alunos, inclusive da Sonserina, ergueram suas mãos também.

— E seu nome é? – Perguntou a professora à um aluno.

— Dino Thomas.

— Diga, senhor Thomas.

— Bem, é como disse o Harry, não é? Se vamos ser atacados, então não será livre de riscos.

— Repito. – Disse a professora. – O senhor espera ser atacado durante as minhas aulas?

— Não, mas...

Ela o interrompeu.

— Não quero criticar o modo como as coisas têm sido conduzidas nesta escola. – Disse ela, com um sorriso forçadamente amigável que pareceu pouco convincente. – Mas os senhores foram expostos a alguns bruxos muito irresponsáveis nesta disciplina, de fato muito irresponsáveis, isto para não falar – Ela deu uma risadinha  aguda — em mestiços extremamente perigosos.

— Se a senhora está se referindo ao Prof. Lupin – Disse Dino, zangado. – Ele foi o melhor que já...

— Mão, senhor Thomas! Como eu ia dizendo: os senhores foram apresentados a feitiços muito complexos, impróprios para a sua faixa etária e potencialmente letais. Alguém os amedrontou, fazendo-os acreditar na possibilidade de depararem com ataques das trevas com frequência...

— Não, isto não aconteceu. – Protestou Hermione. – Só que...

— A sua mão não está erguida, Srta. Granger!

Hermione ergueu a mão e Umbridge virou as costas.

— Pelo que entendi, o meu antecessor não somente realizou maldições imperdoáveis em sua presença, como chegou a aplica-las nos senhores.

— Ora, no fim ficou provado que ele era um maníaco, certo? – Respondeu Dino, acalorado. – E veja bem, ainda assim aprendemos um bocado.

— Sua mão não está erguida, Sr. Thomas! – A Prof. Umbridge parecia estar perdendo a paciência. – Agora o Ministério acredita que um estudo teórico será mais do que suficiente para prepara-los para enfrentar os exames, que, afinal, é para o que existe a escola. E seu nome é? – Acrescentou ela, fixando os olhos em Pansy que havia erguido a mão.

— Pansy Parkinson. Não tem uma pequena parte prática no nosso N.O.M de Defesa Contra As Artes das Trevas? Não temos que demonstrar que somos capazes de realizar contrafeitiços e coisas assim?

— Desde que tenham estudado a teoria com muita atenção, não há razão para não serem capazes de realizar feitiços sob condições de exame cuidadosamente controlados. – Respondeu a professora, encerrando o assunto.

— Mas sem nunca ter praticado os feitiços antes? – Perguntou Pansy, incrédula. – A senhora está nos dizendo que a primeira vez que poderemos realizar feitiços será durante o exame?

— Repito, desde que tenham estudado a teoria com muita atenção...

— E para que vai servir a teoria no mundo real? – Perguntou Harry em voz alta, seu punho mais uma vez no ar.

A Prof. Umbridge ergueu a cabeça e suspirou impaciente.

— Isto é uma escola, Sr. Potter, não é o mundo real.

— Como Annelise disse, não devemos nos preparar para o que estará nos aguardando lá fora?

— Não há nada aguardando lá fora, Sr. Potter.

— Ah, é? – Annelise observou uma mudança na feição de Harry. Ele estava com raiva.

— Quem é que o senhor imagina que queira atacar crianças da sua idade? – Perguntou a professora, numa risadinha de deboche.

— Hum, vejamos... – Harry pensou teatralmente. – Talvez Lord Voldemort?

Alguns alunos se afobaram diante do nome, mas Annelise sentiu um arrepio dos pés à cabeça, que a fez tremer levemente. Sentiu os olhos de Malfoy pousarem nela. Era impossível ouvir o nome e não liga-lo ao rosto que a segurou pelo braço....

— Dez pontos perdidos para a Grifinória, Sr. Potter.

A sala ficou quieta, observando os dois.

— E detenção para a Srta. Granger e Srta. Morgerstern, que deram início a essas perguntas sem fundamento! – Annelise se ajeitou na cadeira e abriu a boca, pronta para atirar ofensas para a mulher. No entanto, Draco Malfoy a chutou por baixo da cadeira. – Agora gostaria de deixar algumas coisas muito claras. Os senhores foram informados que um certo bruxo das trevas retornou do além...

— Ele não estava morto, mas sim, senhora, ele retornou! – Protestou Harry.

— Sr. Potter, o senhor já fez sua casa perder dez pontos, não piore as coisas para si mesmo! – Disse ela rapidamente. – Como eu ia dizendo, os senhores foram informados que um certo bruxo das trevas está novamente solto. Isso. É. Mentira.

— Não é mentira! Eu o vi, lutei com ele.

— Detenção, Sr. Potter! – Disse a Prof. Umbridge. – Amanhã à tarde, as cinco horas na minha sala. Quanto vocês duas, o Sr. Filch cuidará de vocês. E repito, isso é uma mentira! O Ministério da Magia garante que não estamos ameaçados por nenhum bruxo das trevas. Se os senhores continuam preocupados, não se acanhem, venham me ver quando estiverem livres. Se alguém está alarmando os senhores com lorotas sobre bruxos das trevas renascidos, eu gostaria de ser informada. Estou aqui para ajudar. Sou sua amiga. E agora, por favor, continuem a leitura. Página cinco.

Ela se sentou outra vez na escrivaninha, mas Harry ficou em pé. Todos o olhavam. Simas Finnigan parecia meio apavorado, meio fascinado. Hermione murmurou alguma coisa e puxou-o pela manga, mas ele se desvencilhou.

— Então, segundo a senhora, Cedrico Diggory caiu morto porque quis? – Perguntou ele, com a voz tremendo.

Os alunos prenderam a respiração, até mesmo Annelise. Ouvira os boatos do ano anterior e sabia que Potter nunca havia dado nenhuma declaração e nunca havia conversado com ninguém sobre o que houvera. Os olhos de todos iam de Harry à professora, que erguera os olhos e encarava o garoto sem nenhum sorriso falso dessa vez.

— A morte de Cedrico Diggory foi um trágico acidente. – Disse ela, com frieza.

— Foi assassinato. – Respondeu ele, o corpo tremendo. – Voldemort o matou e a senhora sabe disso.

O rosto da Prof. Umbridge estava sombriamente inexpressivo. Annelise achou que ela teria um ataque de raiva, mas quando ela falou outra vez, sua voz veio macia, muito meiga e infantil:

— Venha cá, Sr. Potter, querido.

Harry chutou sua cadeira e contornou as carteiras, parou em frente à escrivaninha da professora. Ninguém ousava nem respirar naquele momento. Umbridge se curvou sob a mesa, escrevendo algo num pergaminho cor-de-rosa. Ao terminar, o enrolou e deu um toque com a varinha.

— Leve isso à Prof. McGonagall, querido.

Harry pegou o pergaminho sem dizer uma palavra e saiu da sala, sem sequer olhar para os lados.


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Notas finais do capítulo

E aí, quem leu os livros sabe a emoção dessa discussão, né? Procurei inserir Annelise o máximo que pude nela!
No capítulo 3 temos a detenção de Mione e Anne, referência à Newt Scamander e nossa Annelise dando o primeiro passo para conquistar o Trio de Ouro! Curiosos?
Dois comentários para o Cap 3!
Beijo ♥



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