Poder e Controle [revisão] escrita por Anne


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Chegamos no ÚLTIMO capítulo de Poder e Controle! Sei que tivemos poucos, mas acho que o número de palavras é alto né? hihihi

Bom, to muito emocionada pq eu sou aquela pessoa que começa e definitivamente não termina as coisas, mas dessa vez foi diferente! E foi diferente pq apesar de vocês nunca falarem comigo, com exceção de alguns cheirosos que sempre vêm, vocês estavam aí mesmo que quietinhos e fantasminhas e isso me motivou a continuar!

NUNCA na minha vida eu imaginei que eu teria 55 acompanhamentos e 12 favoritos! Ás vezes eu ficava imaginando que isso era quase o número total de alunos da minha classe e me emocionava! Nunca pensei que gostariam de algo que eu escrevesse, mas acho que vocês gostam né? MUITO OBRIGADA! De coração gente, vou chorar!

MAAAAAS, esse capítulo todinho é dedicado à EsterNW! Minha leitora fiel, sei que sempre posso contar com você me dando feedbacks lindos, quando você demora pra comentar eu fico ''cadê a Ester, gente?'' e logo você aparece! Obrigada de coração por isso, você nem imagina o quanto já sorri com seus comentários!

Deixa eu liberar vocês pro capítulo e já conversamos mais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/730739/chapter/16

Annelise aguardou por quase duas horas sentada no sofá da sala de estar. Os braços cruzados e o pé balançando sem parar entregavam seu nervosismo.
Loki, com os olhos cheios de lágrimas, viera com uma xícara fumegante de seu chá favorito e o colocara na mesa de centro, enquanto a menina observava o elfo em silêncio. Ele saiu da sala, choramingando o nome de Madeleine em direção à cozinha.
Quando ela decidiu se levantar e terminar de organizar seu malão, duas leves batidas na porta da frente a fizeram ficar em alerta. Puxando a varinha das vestes, ela cruzou o cômodo e foi direto para o corredor, se preparando para um duelo.
— Deixa comigo, Loki, vai pra cozinha! — Murmurou para o elfo, que voltava para abrir a porta. Obediente, ele fez o que ela mandou.
Annelise girou a maçaneta e pulou para trás, a varinha no alto.
Do outro lado do batente, Alvo Dumbledore tinha as duas mãos juntas e um sorriso bondoso estampado no rosto. Parecia calmo e tranquilo, como se ainda fosse diretor de Hogwarts e nada tivesse acontecido. Annelise, por outro lado, estava numa batalha interna tentando decidir se mantinha a varinha posicionada ou se deveria baixá-la.
— Boa noite, Annelise. — A voz serena acompanhava a linguagem corporal de tranquilidade do diretor.
— Boa noite, professor. — Respondeu ela, depois de alguns minutos. Enfiou a varinha no bolso da calça e deu espaço para que ele entrasse.
— Obrigado. — Agradeceu, os olhos azuis observando cada detalhe da mansão por trás dos óculos meia-lua. — Uma bela casa, sem dúvida.
Annelise não respondeu nada, se encaminhando de volta para a sala de estar e indicando uma poltrona para Dumbledore enquanto se sentava onde estava antes. O professor se acomodou e sorriu, pegando a xícara quente de chá nas mãos enrugadas.
— Ah, chá preto com leite! Meu favorito! — Dumbledore mexeu a pequena colherinha dentro do chá e se esticou para colocar duas pedrinhas de açúcar dentro. — Agora sim, perfeito!
— Professor. — Annelise chamou, sem paciência de esperar que ele decidisse falar de uma vez sobre a mensagem de seu patrono e o motivo por trás dela.
Dumbledore a olhou, dando um gole na xícara.
— Senhorita, pode por favor me contar o que houve essa noite?
Annelise ficou quieta por uns instantes.
— Como assim?
— O que houve na Mansão Malfoy, senhorita. E não poupe detalhes.
— Eu... você.... como? — Gaguejou.
Não tinha certeza sobre como Dumbledore parecia saber de tudo e nada ao mesmo tempo, a forma com a qual ele falava e se comportava a faziam imaginar que o professor fosse uma espécie de Deus e não um bruxo. É claro, não um bruxo qualquer.
— Está tudo bem, Annelise. Não estou aqui para julgá-la. Sei que tomou decisões distantes de suas vontades. Quero lhe ajudar, mas só poderei se você me disser o que aconteceu.
Passado alguns minutos em que ela se manteve em silêncio e Dumbledore pareceu não ter pressa alguma, tomando seu chá e olhando os retratos na sala, finalmente seus lábios se partiram e uma torrente de palavras saíram de sua boca. Sem nem mesmo notar, Annelise detalhou tudo o que podia, até mesmo começara a chorar em determinado momento, em que Dumbledore conjurou um lencinho que flutuou até ela, fazendo a menina se sentir patética e envergonhada.
— Lúcio fez isso comigo. O senhor não pode tentar tirar? — Ela estendeu o braço, exibindo a Marca Negra para o diretor. Dumbledore não pareceu se abalar, mas seus olhos ficaram mais escuros. Ele olhou para Annelise, um rápido lampejo de pena em seus olhos.
— Receio que seja uma magia que só Voldemort pode desfazer.
— Preciso ir embora daqui. — Declarou ela, escondendo o braço outra vez. Sua voz voltara a ficar instável.
— Sei que quer voltar para Ilvermorny, Annelise, e entendo suas razões. A apoiarei se for sua decisão final, mas precisa saber que Voldemort tem planos para Draco.
— Que planos? — Perguntou quase imediatamente. Um medo a atingiu em cheio e seus pensamentos ficaram confusos.
— Eu não sei. — Dumbledore pareceu sincero, com uma honestidade que quase doeu. — Voldemort está sendo cauteloso.
Ela estremeceu ao som do nome dele, o professor parecendo ou fingindo não notar.
— O senhor não imagina o que pode ser?
— Talvez algo difícil, como foi pedido de você. Temo que esteja perdendo a paciência com os Malfoy assim como foi com seus pais. — Dumbledore se levantou, juntando as mãos novamente. — Infelizmente estou atrasado para um lugar onde eu já deveria estar, mas não se esqueça que Draco precisará de você, Annelise. — Ele se encaminhou até a porta da sala e se virou outra vez. — Mandarei uma chave de portal para você voltar para Hogwarts perto das onze da manhã.
— Como eu...
— Você saberá. — Dumbledore piscou e sumiu pelo corredor.


Annelise acordou com um feixe de luz batendo em seu rosto. Se esticou preguiçosamente na cama, seu cérebro procurando pelo barulho do fundo do lago negro batendo nas janelas e o canto das sereias ao longe, mas não ouviu nada. Como um soco, a realidade lhe atingiu duramente e ela se sentou, observando seu quarto. Engolindo o bolo que se formou instantaneamente em sua garganta, ela se levantou e foi checar o relógio cuco na sala de estar, no andar de baixo. Era por volta das 09:30 da manhã.
Um cheiro de panquecas flutuava pela casa e ela sabia que era Loki na cozinha. Sem vontade de conversar ou encarar os olhos chorosos do elfo doméstico, ela voltou para o segundo andar e foi direto para o banheiro, enchendo a banheira com água quente. Se deixou escorregar para dentro, tentando traçar um plano sobre sua vida a partir dali. Tentava não pensar em Madeleine ou mesmo em Joseph pois não queria se permitir chorar. Sabia que a culpa era sua, ainda que fosse da inteira vontade do Lorde das Trevas de que desse errado. Pensar em sua mãe machucava. Madeleine era brilhante, extremamente bonita e charmosa. Pensar que a vida de sua mãe fora interrompida por sua causa era como se mil facas perfurassem seu coração. Cada vez que pensava que não pudera dizer nem uma palavra de despedida, nem dizer para a mãe como queria que as coisas fossem diferentes entre elas, que gostaria que tivessem sido mais amigas....
Os olhos dela se fecharam com força e Annelise encostou a cabeça na ponta da banheira, lutando contra as lágrimas. Krystal sempre lhe dizia que evitar o choro fazia com que seu coração virasse pedra, mas naquele momento, ela já não se importava. Que virasse! Sua vontade era empacotar suas coisas, libertar Loki e voltar correndo para Ilvermorny, para Krystal, para os Estados Unidos. Mas Draco precisava dela. Ele nem sabia ainda, mas precisaria dela. Os pensamentos de Annelise estavam trabalhando desde a madrugada, tentando adivinhar o próximo passo do Lorde das Trevas e para que ele precisaria de Draco. Que tipo de missão exigiria mais dele do que exigira dela? Voltar para Hogwarts e permanecer ao lado de Draco implicava que ela teria que retornar para a Mansão Malfoy e se declarar uma seguidora do Lorde das Trevas.
Uma Comensal da Morte.
O braço esquerdo escorregou para dentro da banheira. A Marca Negra reluzia em baixo da água, numa visão que fazia seu coração acelerar. Esfregou o dedo indicador em cima da tatuagem, que estava levemente inchada em sua pele, talvez por ser recente.
Draco precisará de você.
Ela ia ficar. Precisava ficar. Draco era um idiota arrogante, mas não era mau. Ela vira algumas vezes quando alunos do primeiro ano choravam por terem sido selecionados para a Sonserina, recebendo dos colegas de outras casas xingamentos como ''você é ruim!'' e Draco estava lá, consolando os novatos e os dizendo que ser da Sonserina era legal também. Também se lembrava de ter visto Draco levar um grupo de primeiranistas perdidos para a sala de Transfiguração. Ele sabia o nome de cada um dos alunos da casa e já o vira ajudando alguns com a lição de casa.
Narcisa e Lúcio não iriam se opor às vontades de Voldemort, mesmo que isso significasse sacrificar seu filho. Quem Draco teria ao seu lado quando ficasse apavorado? Quem o lembraria de que ele era uma boa pessoa? Seus pais não fariam isso. Conseguia enxergar, antes mesmo daquela situação acontecer, que os Malfoy ficariam tão perdidos quanto Joseph ficou.
E Draco precisaria dela.


— Loki. — Annelise entrou na cozinha, vendo o elfo esfregar o chão com um pano úmido. Cheirava à lavanda. Ela estava pronta e aguardando a chave de portal de Dumbledore, mas antes precisava lidar com seu elfo.
— Sim, senhora? — O elfo ergueu os olhos chorosos para ela. Annelise suspirou.
— Tenho uma ordem para você. Quero que vá para Hogwarts e trabalhe com os elfos de lá.
— A senhora está me mandando embora? — A voz embargada do elfo preencheu a casa, tão alta ficou.
— Não, Loki, não estou. — Ela se abaixou, ficando na altura dele. — Só acho que você seria de grande ajuda em Hogwarts, não? Quando as aulas terminarem, você pode retornar para casa. Mas não terá ninguém aqui enquanto eu estiver na escola, você não terá muito o que fazer.
— A casa ficará suja. Senhora Madeleine não ficaria feliz. — Lágrimas grossas corriam dos enormes olhos verdes do elfo. Ele havia largado o pano no chão e enrolava os dedos no trapo que usava.
— Tudo bem, Loki, você pode voltar quando quiser para arrumar a casa.
— B-bom. — Gaguejou, soluçando entre as lágrimas.
— Vá, Loki. Estarei indo em seguida.
O elfo aparatou num piscar de olhos. O pano molhado no chão parecia a única coisa viva daquela casa além dela e aquele silêncio mortal era aterrorizante. Dando uma última olhada na cozinha, Annelise foi para hall de entrada e esperou. Quando eram dez para as onze, um chapéu cuco roxo berrante apareceu no chão, perto da porta principal. Annelise segurou a ponta dele e aguardou. Quando a hora chegou, um puxão em direção ao chapéu sacudiu seu corpo e logo ela estava rodopiando com a sensação de um gancho a segurando pelo umbigo e sem conseguir distinguir nada ao seu redor. Pouco tempo depois, sentiu o solo firme bater em seus pés e ela largou o chapéu no chão, vendo os portões de Hogwarts em sua frente. Filch, com uma cara azeda, começou a abri-los.
— Tudo era melhor quando a senhorita Umbridge estava aqui. — Resmungou. — Alunos entrando e saindo quando bem entendem...
Annelise passou pelos portões usando só a roupa do corpo, já que seu malão permanecia no dormitório feminino da Sonserina. Suas sobrancelhas se franziram, tentando entender o que significaria aquilo. Onde Umbridge estava?
Não demorou muito para chegar no hall de Hogwarts, apinhado de alunos andando de um lado para outro, conversando e rindo. Aquela atmosfera alegre não combinava em nada com Dolores Umbridge.
— Anne! — Blásio veio correndo de dentro do Grande Salão, sorrindo largamente para ela. — Como foi? Como está sua mãe?
A boca dela abriu e fechou, sem dizer nada. Blásio, assim como os outros, não usava a capa preta da escola, somente a camisa branca com as mangas enroladas e alguns botões abertos. Estava calor. Annelise passou a mão pelo seu braço esquerdo, coberto por uma camiseta de mangas longas. Ela não podia mais dobrar suas mangas.
— Minha mãe? Ela... ela morreu. — Mordeu o lábio inferior, mais uma em incontáveis vezes em que engoliu o choro. Sentiu seus olhos arderem em lágrimas mas piscou fortemente, afastando-as.
— Morreu? — Blásio arregalou os olhos, a abraçando no mesmo segundo. — Eu sinto muito, muito mesmo! Que loucura! O pai de Draco, sua mãe...
— O pai de Draco? O que tem o pai de Draco? — Annelise continuou abrançando o amigo, sentindo-se confortável demais para sair dali, mas afastou a cabeça para olhá-lo no rosto.
— Ele foi preso ontem. — Murmurou Blásio, passando a mão em seu cabelo. — Pegaram-no em flagrante no Ministério. Ele e mais um monte de Comensais da Morte. Você-Sabe-Quem também estava lá.
— O que? — Os olhos de Annelise se arregalaram e ela finalmente o soltou, olhando em volta.
— Dumbledore mandou o Ministro tirar Umbridge da diretoria imediatamente. Potter estava lá com alguns amigos e eles lutaram com os Comensais, mas ninguém sabe como e nem o motivo.
Só podia ser a profecia. Deviam ter ido para o Ministério assim que ela saiu da casa dos Malfoy. E Lúcio estava em Azkaban!
— Onde Draco está?
— Não faço ideia. Ele está furioso. — Blásio a olhava, preocupado. — Você está bem?
— Estou, Blaze. Não se preocupe. — Ela o abraçou rapidamente. — Te vejo mais tarde, tá bem? Vou procurá-lo.
Annelise correu para as masmorras para se trocar e colocar a camisa branca, gravata verde e saia preta da escola. Deixou as mangas até os pulsos e os primeiros botões abertos por causa do calor e logo procurou Draco por todo o Salão Comunal, pedindo para alguns garotos verem o dormitório masculino para ela. Ele não estava lá. Ela andou por todos os andares e locais em que podia entrar procurando por ele naquela manhã, mas não o encontrava. Passou reto por Potter quando cruzou com ele no corredor do sétimo andar, sem conseguir encará-lo. Quando estava perto de desistir, viu Draco sentado com Crabbe e Goyle no gramado perto do lago, ao longe. Caminhou quase correndo até eles e parou em frente.
— Draco! — Exclamou ela. — Sumam daqui vocês dois! — Disparou para Crabbe e Goyle com um tom grosseiro. Os dois, já acostumados, se levantaram sem esperar uma confirmação de Draco e subiram de volta para o castelo, olhando para trás ocasionalmente.
Annelise se ajoelhou em frente à Draco, que estava com as pernas dobradas e os braços apoiados nos joelhos, a olhando sem expressão.
— Draco, você está bem?
— Você está bem? — Repetiu ele, segurando as mãos dela. — Soube dos seus pais.
— É, bem... — Ela gaguejou, mordendo o lábio e olhando para o lago por alguns segundos. — Seu pai...
— Foi burro. Devia ter saído de lá assim que o imbecil do Dumbledore chegou. — Resmungou, soltando a mão direita dela e arrancando a grama do chão. — Potter vai me pagar. A culpa é dele.
Annelise suspirou e se sentou ao seu lado, segurando a mão dele que cutucava o gramado furiosamente. Draco, assim como quase todos os outros alunos, havia enrolado a manga da camisa branca. Sua pele lisa e sem marca alguma no antebraço esquerdo parecia muito macia e limpa, diferente dela, que se sentia imunda. Draco entrelaçou seus dedos nos dela.
— Fique calmo, tá? Sua mãe precisa que você fique bem.
Draco engoliu em seco, os olhos azuis cinzentos encarando o horizonte.
— Onde você estava ontem?
Annelise o olhou, soltando um suspiro. Não sabia se deveria contar à ele o que Lúcio havia feito com ela, não parecia ser o momento certo.
— Fui... para a sua casa. — Disse, baixinho. — Depois que... que tudo aconteceu... fui embora para a minha. Peguei o Noitibus e... — Ela ficou quieta, tentando decidir se deveria lhe contar que Dumbledore fora até lá.
— E? — Perguntou, no mesmo tom de voz. Draco estava preocupado e com raiva na mesma medida. Preocupado com ela, com raiva por seu pai. Era como se estivesse prestes a entrar em colapso.
— E fiquei por lá tentando por a cabeça em ordem. — Disse ela, por fim. Achava melhor manter segredo.
Ele não respondeu nada por alguns minutos, olhando para ela tão intensamente que Annelise desviou o olhar, observando o Salgueiro Lutador balançando ao longe por causa de um pássaro que pousou em seu galho.
— Você vai voltar para Ilvermorny, não vai?
— Não, Draco. — Murmurou. — Não vou. Vou ficar aqui.
Ele assentiu com a cabeça, ainda a olhando. Annelise sentiu seu coração dar um pulo e se sentiu uma tola. Esse era o motivo pelo qual havia falhado: havia se distraído com Draco, com a vida acadêmica, com as amizades... E ainda que tivesse perdido seus pais, uma parte dela não se arrependia de nada. Olhando para aqueles olhos, não conseguia se arrepender de ter se distraído com ele. Se arrependia de não ter tentado mais, pois talvez assim seus pais estariam ali. Mas com Voldemort no meio, jamais poderia ter tudo.
Draco encostou a testa na dela, sua respiração entrecortada e fitando-a. Annelise fechou os olhos, querendo apenas sentir aquele momento. Percebeu ele inclinar sua cabeça e sentiu seus lábios beijarem lentamente os dela.
— Fico feliz por ficar. — Sussurrou ele, tão perto dela que Annelise sentiu seus lábios movendo-se enquanto ele falava.
— Eu também. — Ela sorriu e o beijou rapidamente, se afastando em seguida. — O que me lembra que preciso fazer uma coisa. Te vejo depois. — Sorriu mais uma vez e se levantou, limpando a grama da saia e voltando para o castelo.


Estava sentada em sua cama macia no dormitório feminino. Podia ver os raios de sol atravessando a água do lago negro e estava sozinha. Um pedaço de pergaminho estava apoiado em cima de um livro de capa dura para que ela pudesse ter uma superfície firme para escrever. Molhou a pena no tinteiro, suspirando pesadamente.

Krystal,
Eu sinto muito por ter escrito tão pouco para você. Sinto tanto sua falta que me dá falta de ar.
Não sei como dizer isso da maneira certa, não consigo enrolar para dar essa notícia, então lá vai: Joseph e Madeleine estão mortos.
É uma longa história e eu acho que prefiro te contar pessoalmente, mas não sei quando vai ser. Não vou mais voltar para Ilvermorny e espero que você me perdoe por isso, sei que prometi voltar.
Queria que você estivesse aqui.
Amo você!
A.R Morgerstern.

Sabia que Krystal surtaria com ela pelas poucas palavras, mas não sabia o que dizer. Não conseguiria escrever que a culpa era sua. Suspirando, ela dobrou o pergaminho e se levantou, caminhando devagar para o corujal. Despacharia a carta e iria atrás do professor Snape para se certificar que estava tudo certo com a entrega de seus N.O.M.s, mas o que ela queria, na verdade, era sumir por alguns dias. Por sorte, as aulas estavam quase no fim.

TRÊS DIAS DEPOIS - Napa, Califórnia, Estados Unidos.

Os cabelos dela balançavam conforme caminhava apressadamente. Suspirava nervosa, as sobrancelhas se juntando numa careta. Espalmou a mão na porta da madeira e, sem pedir licença, a abriu. Adentrou o escritório e viu o homem sentado na cadeira macia, um monte de pergaminhos espalhados pela mesa enquanto ele deslizava uma pena sob um deles. A coruja de estimação, encarrapitada no encosto da cadeira, a encarou em silêncio.
— Papai. — Krystal parou na frente de seu pai, de braços cruzados. Batia o pé no chão.
— Querida, papai não pode falar agora. Estou me planejando para ir à Nova York. O Congresso está um caos!
— Papai, você vai me ouvir! — A voz da menina ficou fina e ela cerrou os punhos. Quase que imediatamente, o homem largou tudo o que estava fazendo. — Obrigada. Papai, você precisa entrar em contato com Alvo Dumbledore o mais rápido possível.
— Por qual motivo? — O pai a olhou, sem entender.
— Eu quero uma vaga para o ano que vem. Em Hogwarts.
— Em Hogwarts? — Os olhos pretos do Sr. Villewick se arregalaram. — Querida! Minha filha, eu sei que sente saudades de Annelise, mas logo vocês terminarão a escola e poderão se ver...
— Papai, o senhor não está entendendo. Os pais de Annelise morreram. Eu preciso estar ao lado dela! Ela está sozinha!
— Morreram? Como morreram? — Ele se levantou, seu cérebro tentando raciocinar.
— Não sei, papai. Por favor, fale com o senhor Dumbledore. Preciso de uma transferência imediatamente.
— Querida, não sei se é uma boa ideia. As coisas estão perigosas por lá e....
— Papai. Preste atenção. — Krystal deu a volta na mesa e parou em frente ao pai. — Eu não me importo de cair morta no instante em que pisar na Inglaterra desde que eu esteja lá para minha melhor amiga. E nem tente me impedir!
E ele sabia que seria inútil impedi-la.
Suspirando, o Sr. Villewick assistiu os cachinhos de sua filha balançando enquanto ela saia de seu escritório. Empurrando o pergaminho que escrevia para o Presidente para o lado, molhou a pena e começou um novo.

Caro Alvo Dumbledore...

 

spoilers poder e controle II


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora a Krystal vai entrar em ação! Já tenho alguns capítulos escritos de Poder e Controle II e estou adorando dar vida pra ela! Acho que vocês vão conhecer um novo jeito da Annelise tendo a melhor amiga dela por perto!

> Esse link que coloquei no final tem alguns spoilers, então se você é como eu e não resiste, vem!

> Ainda vamos ter um epílogo por aqui que também não pretendo demorar pra postar, MAS, oficialmente é isso gente.

> Não tenho data pra começar a postar Poder e Controle II, isso depende de vocês comentarem muito aqui sobre tudo e mais um pouco! Muitas vezes os comentários me fazer prestar atenção em contradições que cometi sem querer e volto pra corrigir, como por exemplo, minha prima começou a ler a fic e me perguntou como uma puro-sangue podia ser descendente de veela (isso está no capítulo 1 e eu não lembrava, mas se mais alguém lembra disso e tb está se perguntando, Annelise vai esclarecer essa conexão com as veelas no capítulo 3 da P&C II)

> Por favor, comentem sobre o que acharam do capítulo e da história no geral, quero conhecer vocês e saber se estão comigo para Poder e Controle II !!!!

Um beijooo e até o epílogo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Poder e Controle [revisão]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.