Poder e Controle [revisão] escrita por Anne


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI!

Eu sei, eu sei! Sumi por meses, né?
Para os que não sabem, minha casa foi assaltada e nessa levaram meu notebook com pelo menos 105 histórias, umas 60 finalizadas! :( Trabalho de anos que dói meu coração cada vez que penso nisso. Eu não confiava em nuvens e drives, então não salvei nadinha. Depois, veio a faculdade tentando me matar, mas eu matei antes! Consegui acabar tudo (ou quase) que tinha e corri pra cá!!
Maaaaas, se vocês já observaram, eu sou muito perfeccionista com Poder & Controle pois é minha primeira história publicada. Então, se eu deixasse meu processo criativo obcecado me levar como antes, eu demoraria mais ainda pra atualizar!
Então vamos para o que interessa!!



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Ao chegar na porta do dormitório da Grifinória, Annelise soltou um suspiro audível. Como conseguiria falar com Potter se não podia entrar?
Quase como resposta, um menino que ela já vira antes apareceu. Usava o uniforme da casa do leão e carregava um sapo nas mãos. Ele a olhou, ficando com as bochechas vermelhas. Com uma careta de nojo, Annelise perguntou:
— Sabe me dizer se Harry Potter está aí?
— Eu..Ah...Vou-Vou olhar. — Gaguejou nervosamente, virando-se para o retrato. O garoto falou a senha sem parecer se lembrar de que ali estava uma aluna da casa inimiga, mas mesmo dizendo alto o suficiente Annelise não conseguiu entender. Enquanto o via desaparecer por trás do quadro, ela se encostou na parede e esperou. Minutos depois, Potter saiu.
— Oi, Potter. — Disse ela, sorrindo levemente.
— Oi. Queria falar comigo? — Perguntou. Seus cabelos estavam bagunçados e os óculos levemente tortos. Tinha o dorso de uma das mãos manchada de tinta preta.
— Bom, a Umbridge veio falar comigo. Fez umas perguntas bem diretas sobre seu clubinho.
— Armada de Dumbledore. — Corrigiu ele, sem parecer se irritar ou algo do tipo.
— Ela colocou Veritaserum no meu chá. — Falou com a voz mais baixa, sem rodeios.
As sobrancelhas de Harry se ergueram e os olhos espantosamente verdes se arregalaram diante da ousadia de Umbridge.
— E você contou algo? Você não bebeu, não é?
— Claro que não! Falei que era a primeira reunião e que não havíamos tido tempo de falar nada. Foi bizarro, ela ficou me incentivando a beber aquela porcaria de chá. Foi meio óbvio. E é claro que se ela fez comigo, fará com você.
— Obrigado por me avisar, Annelise. Eu n-
— O que está fazendo aqui?
A voz fria de Draco alta no corredor os fizeram se sobressaltar de susto. Ele vinha caminhando iluminado pela luz da lua, que deixava seus cabelos brancos e reluzia o broche de monitor no peito. Assim que chegou perto o suficiente, Annelise pôde ver a reprovação em seus olhos cinzas.
— Eu estudo aqui. — Respondeu ela, se arrependendo em seguida. Considerou uma resposta fraca demais para o tamanho do deboche que sabia vir de Malfoy.
— Já passou o toque de recolher. Veio dar um beijo de boa noite em seu namoradinho?
— Cala a boca, Malfoy. — Harry deu um passo para a frente, mas Annelise se meteu entre os dois.
— Quer perder mais pontos, Potter? Não me provoque.
— Tire quantos quiser!
— É mesmo?
— Chega! — Annelise segurou a manga do uniforme de Draco e começou a puxá-lo escada a baixo. — Harry, desculpe o incômodo. Nos vemos amanhã.
Ela continuou puxando Malfoy, que começara a rir. Só parou no quinto andar, finalmente irritada com as gargalhadas.
— Está rindo de que?!
— Você está sendo patética. — Declarou Draco, finalmente parando de rir e mantendo um sorriso sarcástico no rosto. Um grupo de garotas da Corvinal passaram por eles rumo à sua sala comunal, dando espiadinhas nos dois.
— Eu? — Dessa vez, quem riu foi ela. — Olhe para si mesmo, Draco! Você parece uma criança birrenta! Ah, espere um momento! Você é!
— Essa história sua de missão só pode ser desculpa! Você gosta deles!
Annelise o encarou, sem acreditar.
— Isso é problema meu! Inteiramente meu! Olha, eu não entendo o que se passa na sua cabeça. Você realmente acha que devo algum tipo de satisfação à você!
Draco bufou, cruzando os braços.
— Não sabe o que diz.
— Então me fala! O que é tudo isso? Nós não somos amigos! Você me leva para a floresta e me beija, faz joguinhos entre eu e Pansy!
— Pansy sabe que não temos nada sério.
— Isso não impede que ela sinta algo por você! — Acusou Annelise, vibrando de raiva. — Eu não aceitei ser parte disso!
— E eu nunca quis que fosse!
Os dois ficaram em silêncio, se observando. O tempo pareceu se arrastar, até que ele finalmente falou outra vez.
— Eu sinto muito. — Murmurou, se aproximando. Antes que ela o afastasse, Draco a abraçou. Era mais alto que ela, o que criava o encaixe perfeito para que ela descansasse a cabeça em seu ombro. Annelise não conseguia entender a loucura que era sua relação com Malfoy, mas quando ele a olhava daquela maneira intensa ou demonstrava fazer questão de estar por perto, mexia com ela. E enquanto ele a abraçava com todo o cuidado do mundo, como se segurasse um globo de vidro, Annelise engoliu as lágrimas que lutavam para subir. Erguendo os braços, o segurou pela nuca e o apertou ainda mais no abraço. Não era por causa dele.
Ela ia falhar e sabia disso.
Não enxergava saída e o tempo corria, lhe apertando cada vez mais. E suas esperanças estavam se esvaindo, dia após dia, enquanto cada vez mais se sentia sozinha e deslocada. Sentia que estava fingindo absolutamente tudo naquele lugar: a amizade com os grifinórios era falsa. Pansy decidida à infernizá-la. Blásio tinha outros amigos.
Ela não tinha um lar e a Califórnia parecia distante demais naquele momento, quase como se tivesse sido um sonho. Estava perdendo a cabeça.
Naquele turbilhão de emoções e sentimentos, Draco surgia desafiadoramente. Ora encrencando com ela, ora protegendo. E naquele momento, ela só queria morar naquele abraço e não sair nunca mais. Dentre todas as coisas em sua vida, Draco Malfoy era o único caminho que lhe parecia mais alcançável e capaz de lhe devolver a sanidade.
— Está chorando. — Sussurrou ele, a voz abafada pelo cabelo dela. Agora que não estava imersa em pensamentos, percebia os dedos dele acariciarem seu cabelo.
— Desculpe.
— Não tem problema. — Ele encostou sua cabeça na dela e eles continuaram se abraçando por uns minutos, até Annelise decidir que já passara dos limites. Aos poucos foi se soltando, ainda que com uma certa relutância da parte dele. Ela passou as mãos no rosto para se livrar dos vestígios de lágrimas e deu um sorriso fechado.
— Por favor, esqueça que me viu chorando. Eu não choro nunca.
— Vai ser nosso segredinho.

****

A noite anterior pareceu ter sido o que precisava para selar, finalmente, a paz entre os dois. Sentados lado a lado no almoço e recebendo um olhar frio de Pansy, ninguém quis perguntar o que fizera com que eles estivessem contando piadinhas e rindo juntos como se nada no mundo pudesse abalar aquele momento. Os olhos bonitos de Blásio vagavam de um para o outro, mas parecia não se importar o suficiente para perguntar.
— Está com inveja pois sou a melhor do nosso ano. Finalmente alguém chegou para te desbancar, não é Malfoy? — Annelise sorriu desafiadora, cortando um pedaço do seu frango empanado. Draco riu e o pegou, colocando em sua boca. — Ei!
BUUUUUUUM!
Um barulho estrondoso de tremer as paredes fez com que todos os presentes no Salão Principal se calassem. Pelas portas de entrada, um enorme dragão formado por centelhas brilhantes amarelas, laranjas e vermelhas entrou rugindo, acompanhado de rojões que explodiam, centelhas que estouravam formando rodas coloridas e muito mais.
— Que merda é essa? — Indagou Blásio, dividido entre o choque e a diversão.
— Aparentemente, acharam interessante colocar um feitiço de duplicação em fogos mágicos e estourá-los aqui dentro. — Respondeu Annelise, se levantando do banco junto com os outros. Cada vez mais os fogos tomavam conta do Salão, e voltando-se para a mesa dos professores, Minerva McGonagall parecia pregada no chão, de boca aberta.
Draco, Crabbe e Goyle sumiram pela confusão, e o coração dela pareceu murchar: sabia que estava indo obedecer às ordens de Umbridge.
Blásio pegou em sua mão e a puxou entre os alunos, os dois observando aquilo virar um verdadeiro pandemônio. Não parecia ser capaz de caber ainda mais fogos ali dentro, mas eles continuavam a se multiplicar loucamente, arrancando gritos assustados e de comemoração dos alunos. Annelise e Blásio se espremeram contra a parede para assistir, e olhando para a escada, começaram a rir da cara de absoluto choque de Filch e Umbridge. Ela, por sua vez, tentava dar um jeito nos fogos lançando feitiços contra eles, o que parecia piorar ainda mais a situação, fazendo-os aumentar de tamanho e energia.
A confusão dos fogos não cessou, mas os alunos seguiram para seus afazeres procurando ignorar os rojões que explodiam em cima de suas cabeças nas salas de aula. Os outros professores não pareciam se importar, mas McGonagall em particular adotou uma postura sarcástica que pareceu combinar muito com ela.
— Ah, senhorita Bulstrode, pode ir chamar a professora Umbridge e avisá-la que temos um dragão dentro da sala de aula? — Pediu, durante uma aula de Transfiguração naquela tarde. No geral, os professores não demonstravam o menor interesse de se livrarem dos fogos sozinhos, então Umbridge passou o dia correndo pelo castelo para retirá-los ela mesma. Draco, Blásio e os outros alunos que participavam da Brigada Inquisitorial ficaram ocupados trabalhando com a nova diretora e tentando estabelecer a ordem no castelo, mas alguns alunos mais engraçadinhos às vezes passavam pelos fogos e os estuporavam apenas para que se multiplicassem outra vez.
Annelise permaneceu na Bibilioteca depois do jantar para terminar algumas tarefas e quando por fim conseguiu, ficou encostada na janela encarando os jardins lá fora e tentando pensar na maneira mais fácil de cumprir sua missão. Fez um mapa conceitual num pergaminho e tópicos com todas as informações que havia descoberto até o momento, mas não parecia muito. Encarando sua letra caprichosa, chegou à conclusão de que Potter estava perdido e que não fazia ideia do que o Lorde das Trevas queria. E se Potter não podia dar à ela o que ele queria, Annelise não teria nada para entregar.
Era um beco sem saída.
Ficou em silêncio por alguns minutos, mordendo o lábio inferior. Decidiu então reorganizar as informações em um novo pergaminho e adicionou em baixo:

Caro Joseph Morgerstern,
Infelizmente precisei reunir tudo o que sei e consegui nesses meses nesse pergaminho. Cheguei à conclusão (e creio que vocês também) de que ele não sabe o que o Senhor quer.
E se ele não faz ideia, como eu poderia conseguir pegar? Não está com ele e Dumbledore está o ignorando.
Vou continuar fazendo o meu possível para adquirir sua confiança, o que já consegui consideravelmente, e estarei observando cada movimento dele na escola, mas por enquanto é só o que posso fazer.
Com a nova diretora, vai ser difícil ser tão clara nas cartas pois desconfio que ela comece a ver os conteúdos que entram e saem pelo correio-coruja, então estarei anexando as datas de visita ao povoado de Hogsmeade e espero que mandem alguém me encontrar nesses dias para que eu possa ir atualizando as novidades.
Por favor, tenha paciência. Estou trabalhando com o pouco que tenho.
Annelise Rosier Morgestern.

Annelise selou a carta com magia e juntou todos os seus pertences em sua mochila, levantou-se e saiu da Biblioteca. Esperta que era, manteria aquela carta muito bem escondida nos bolsos internos do robe preto do uniforme, assim não teria o risco de que mãozinhas curiosas encontrassem - e ela pensava em Pansy. Estando com ela o tempo todo, ninguém pegaria, e na próxima visita à Hogsmeade ela despacharia uma coruja. Era o que podia fazer.
Só esperava não ser punida de qualquer forma, mas algo começava a lhe dizer que Voldemort tinha perfeito conhecimento da missão impossível que lhe dera: e decidira mandar mesmo assim.
O motivo ela não conseguia imaginar.


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Notas finais do capítulo

É claro que não tá igual ao capítulo original que foi roubado, mas me esforcei bastante (gente vocês não tem ideia do quanto uma faculdade de humanas é cansativa e exige demaissss, então fiz o que pude com o pouco tempo que tive!)
Esse capítulo foi curtinho só pra vocês saberem QUE BITCH I'M BACK BY POPULAR DEMAND e a próxima atualização vai ser no máximo até quarta-feira!!!!!

BEIJOSSSSSS E COMENTEM, POR FAVOR! Não me abandonemmmm!



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