Poder e Controle [revisão] escrita por Anne


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Voltei cedinho com o capítulo doze! Eu particularmente gosto muito dele, espero que vocês também!!
Boa leitura!



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Annelise parecia ter sido a última a chegar.
Assim que abrira a porta da Sala Precisa, todos os olhos se voltaram nela. Procurou não usar as vestes negras da escola e foi com o uniforme de baixo, para poder se movimentar melhor. Prendera o cabelo num coque, ainda que alguns fios de cabelo se soltassem, emoldurando seu rosto. Ela fechou a porta e ficou parada, olhando os rostos chocados voltados para ela.
— O que ela está fazendo aqui? — Perguntou uma menina usando roupas da Corvinal.
— Ela é minha convidada, Marietta. — Disse Harry, que estava parado à frente dos alunos. — Annelise é da minha confiança. Já faz tempo que a convidei para vir, mas só hoje apareceu.
— Hum, não quero incomodar vocês... — Sorriu falsamente, os dedos formigando para pegar na varinha e mandar a garota na parede.
— Eu acho melhor ela sair. — Um garoto que ela reconheceu como Zacarias parecia irritado com a possibilidade de Annelise permanecer. — É amiga do Malfoy, vai contar tudo pra ele!
— Não, não vou. — Revirou os olhos. — Eu sei desse clubinho há tempos, seu idiota. Se eu quisesse armar para vocês eu poderia ter feito isso bem antes. — Ela estreitou os olhos com azedume.
— Acho que não devemos julgá-la pela casa, não é? — Disse Gina Weasley. — Se ela está aqui é porque Harry a acha digna de confiança. Não cabe a ninguém querer mandá-la sair. Combinamos que Harry é o líder e assim vai ser.
— É. — Hermione concordou, dando um passo à frente. — Seja bem-vinda à Armada de Dumbledore, Annelise.
Ela andou de queixo erguido, ignorando os olhares atravessados que estava recebendo de alguns presentes. Parou ao lado de Hermione, virando o corpo orgulhosa, abriu um sorriso largo para Zacarias Smith, fuzilando-o com os olhos e prometendo a si mesma que iria azará-lo na primeira oportunidade.
Harry então chamou a atenção dos alunos e começou a explicar passo-a-passo do feitiço do patrono. Parecia ser um pouco complicado no início, mas devagar, alguns alunos começaram a lançar faíscas prateadas da varinha. Harry exibiu seu patrono de veado numa demonstração e então, quatro horas depois, Hermione, Gina e Luna Lovegood conseguiram produzir os seus próprios patronos corpóreos.
Annelise se afastou um pouco, procurando momentos de extrema felicidade em sua mente, sem conseguir escolher nenhuma lembrança de sua infância. Estava cansada de soltar fiapos sem graça da varinha e aquilo começara a incomodá-la. Sempre havia sido uma aluna perfeccionista e não seria na frente daqueles imbecis que ela se deixaria fracassar. Decidiu, então, pelas férias de verão na Califórnia com Krystal, várias lembranças seguidas preenchendo sua mente, a fazendo sorrir. Quase podia sentir o sol americano em seu rosto.
— Expecto Patronum! — Ela apontou a varinha e deixou as palavras saírem. Sentiu uma pressão em seu braço, passando pela mão e os dedos, chegando em sua varinha. Continuou recordando tudo o que podia, e uma luz prateada saiu da ponta da varinha. Finalmente, a névoa que se formara começou a tomar forma.
— Está conseguindo! — Ouviu Potter dizer atrás dela e se virou para sorrir para ele, animada.
Quando tornou a olhar, um lindo lobo a observava de volta, os olhos atenciosos presos nos seus. Ele se virou e começou a correr pela sala, atraindo olhares pela graciosidade e pela beleza extrema que tinha. Annelise sorria tanto que as bochechas doíam e ela pulava, animada, sem conseguir parar de olhá-lo.
— Meu patrono é um lobo! É lindo!
Harry riu.
— É lindo mesmo, Anne. Mas mais do que isso, ele precisa te proteger. Lembrem-se que estamos numa sala de aula, sem nenhum perigo por perto! Assim é muito fácil de produzi-lo!
— Ah, não seja estraga prazeres! — Exclamou Cho, animada, olhando seu patrono em forma de cisne voar pela sala. Annelise a olhou friamente.
— Parabéns, Annelise! — Disse Hermione.
— Obrigada. — Ela sorriu e voltou a olhar seu lobo. — Estou realmente orgulhosa dele!
— Eles são tão bonitinhos! — Disse Hermione, olhando sua reluzente lontra prateada brincando ao redor dela.
O barulho da porta se abrindo e fechando fez com que os alunos olhassem para ela assustados. Um elfo doméstico usando pelo menos oito gorros de lã atravessou a sala dando pequenas olhadas aos alunos e finalmente parou, puxando as vestes de Potter para conseguir sua atenção.
— Que aconteceu, Dobby?
— Harry Potter...ela...ela...
O elfo virou o próprio punho e se acertou em cheio no nariz. Harry o segurou.
— Quem é ''ela'', Dobby? — O elfo não o respondeu. Annelise começou a sentir seu coração palpitar. Alguns alunos tornaram a olhá-la acusadoramente. — Umbridge? — Dobby confirmou com a cabeça e soltou um uivo. — O que tem ela, Dobby? Ela não descobriu isso... nós...?
— Sim, Harry Potter, sim! Está vindo!
Harry olhou os alunos em pânico, que estavam com os olhos arregalados. O elfo começou a se debater.
— QUE É QUE ESTÃO ESPERANDO? CORRAM! — Berrou ele.
No mesmo instante todos dispararam correndo para a porta, saindo embolados de uma vez só. Annelise passou junto com os alunos e parou estática na porta, sentindo um suor frio escorrer pela sua testa. Seu cérebro começou a pensar onde poderia se esconder, já que seria impossível descer correndo até as masmorras e fingir que estava lá o tempo todo. Na porta, sozinha, pôde ouvir Potter ordenando ao elfo que não se machucasse mais, mas um barulho vindo da direita a vez girar o pescoço, assustada.
Draco olhava para ela com uma expressão surpresa no rosto, a varinha apontada em sua direção. Annelise mexeu a boca, procurando algo para dizer, mas ele havia a pegado no pulo. Não tinha desculpas.
— Corra. — Ele murmurou, para a surpresa dela. Ela ouviu mais passos e uma correria, que deviam ser dos alunos da Armada. E também saltos batendo no chão. — Vai!
Annelise correu para o corredor esquerdo sem olhar para trás, colocando toda a energia de seu corpo nos pés para que atingisse maior velocidade. O coração pulsava de adrenalina e sentiu as bochechas esquentarem. Felizmente, não foi vista pelos alunos da Sonserina, que ela viu pegando alunos do grupo. Desceu as escadas correndo, por pouco não tropeçando, e chegou no terceiro andar com os pulmões queimando, implorando por ar. Andou pelo corredor com as pernas tremendo e enxugando o suor da testa com as costas da mão, entrou na Biblioteca e se enfiou entre as prateleiras, se sentando num banco perto da janela e fazendo exercícios de respiração para se recuperar mais rápido. Poucos minutos depois, ouviu Draco na porta da Biblioteca.
— Se esconda, Crabbe, caso alguém esteja tentando vir aqui. Eu olho dentro. Se alguém estiver ofegando, imobilize e leve para Umbridge.
— Tá bem.
Annelise voltou a tremer de nervoso, ainda que Draco houvesse a poupado uma vez, cada passo que ele dava mais para dentro da biblioteca ecoava alto em seus ouvidos. Ela segurou nas beiradas do banco, sentindo o peito subir e descer com a respiração ofegante. Finalmente, ele parou na frente dela, os fios louros caindo sob a testa e os olhos cinzas brilhando. Draco abriu um sorrisinho.
— Você é tão previsível! Sorte a sua que era Crabbe comigo. Se mais alguém viesse, não poderia impedir de levarem você.
— Não tenho medo da sapa. E eu sei que ela vai descobrir que eu estou envolvida.
— Como pode ter tanta certeza?
— Isso não é da sua conta!
— Você é louca. Louca! Como foi se envolver com grifinórios? Com Potter?! — Draco se aproximou, falando baixo. Annelise suspirou e ficou em pé, estendendo os pulsos.
— Pode me levar se quiser. — Disse, de queixo erguido.
— Não vou. — Respondeu ríspido, dando um passo para trás. — Vá para o dormitório.
— É melhor me levar, Malfoy. Mais cedo ou mais tarde a professora vai descobrir e pensar que me poupou. Eu aguento lidar com ela. — Ela ergueu os braços outra vez.
Draco pareceu pensar, as sobrancelhas se unindo e os olhos cinzas corriam o rosto dela até os pulsos. Ele passou a língua sob os lábios e se virou, indo pelo corredor entre as prateleiras.
— Dormitório, Annelise. — Disse com a voz seca, saindo pela porta em seguida.

xx


Annelise praticamente não dormiu durante a noite. Quando chegou na sala comunal da Sonserina, meia dúzia de alunos a olhavam e cochicharam. No quarto, Pansy Parkinson a chamou de traidora do sangue, mas ela não sabia como eles tinham conhecimento de seu envolvimento com o grupo de Potter, até Pansy se gabar que tinham esquecido a lista com os nomes na sala.
Após uma noite mal dormida pensando como Umbridge poderia infernizá-la, decidiu se levantar mais cedo. Se arrumou desanimada e subiu para o salão principal para o café da manhã, mas um aviso pregado quase na porta a fez parar.

POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA
Dolores Joana Umbridge (Alta Inquisidora) substituiu Alvo Dumbledore na diretoria da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
A ordem acima está de acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Oito.
Assinado: Cornélio Oswaldo Fudge, ministro da magia.

Engoliu em seco, sabendo que o inferno começaria de verdade a partir daquele momento. Arrastou os pés até a mesa da Sonserina e se sentou sozinha, colocando uma panqueca no prato e suspirando pesadamente.
— Se meteu em uma encrenca, não é? — Blásio se sentou na frente dela e Annelise sorriu.
— Então você não faz parte da meia dúzia de retardados que me odeiam?
Ele riu.
— Não. Só não sabia que você era tão amiga assim de Potter. Mas me diz, o que vocês faziam lá?
— Só fui uma vez, então...
— Bem, ouvi uns rumores de que o Frei Gorducho viu Umbridge tentando entrar na sala do Dumbledore depois de vasculharem o castelo e a propriedade procurando por ele, mas a sala do diretor se lacrou para impedir a entrada dela. Pelo que contam, ela teve um lindo acesso de raiva.
Os dois riram e ficaram quietos, olhando-se ocasionalmente ou comendo. Annelise bebeu um gole de chá para limpar a garganta e se voltou para o amigo.
— O que Draco e os outros estavam fazendo ontem com ela?
— Ah, é uma espécie de grupo que trabalha pra ela. Só tem alunos da Sonserina por enquanto. Se chama Brigada alguma coisa que não me lembro.
— E você não foi convidado?
— Fui. — Ele sorriu. — Fui sim. Eu não ia aceitar, mas não queria dar um motivo para a sapa implicar comigo. Eu estava lá também.
— Acabei de tirar uns cinquenta pontos da Grifinória. — Draco veio rindo com Crabbe e Goyle logo atrás, os três se sentando na mesa e se servindo com o café da manhã.
— Tirar pontos? — Annelise franziu a testa.
— É. Nós, da Brigada Inquisitorial, temos o poder de tirar pontos das outras casas. — Draco sorriu orgulhoso.
Annelise virou o pescoço, observando as ampulhetas das outras casas baixando os números cada vez mais enquanto a Sonserina permanecia intacta. Ela revirou os olhos e tornou a comer sua panqueca em silêncio enquanto os meninos se vangloriavam de fazer parte do esquadrão particular de Umbridge.
— Isso me parece meio absurdo. — Comentou, minutos depois.
— Para você sim, Morgerstern, afinal de contas é uma traidora do sangue. — Pansy Parkinson parou em pé do outro lado da mesa, de braços cruzados e um sorrisinho sarcástico nos lábios.
— Pansy... — Começou Draco.
— Não, Draco. — Annelise interviu, se levantando. Ela inclinou o corpo para a frente e apoiou-se com os dois braços na mesa, olhando ameaçadoramente para a menina. — Estou de saco cheio de tolerar suas gracinhas, Parkinson. Limpe sua boca para me chamar de traidora do sangue só porque não compactuo com a hipocrisia de vocês. — Rosnou, os olhos se estreitando.
Pansy riu.
— Hipocrisia? Seria melhor aceitar o fato de ser sim uma traidora do sangue, se juntando com grifinórios e nascidos trouxas... — Os cabelos negros dela balançaram quando riu de novo. — Você está na mira da professora Umbridge agora. Vai ter o que merece.
— Pare de ser invejosa, Pansy. — Blásio disse casualmente enquanto cortava uma maçã em fatias.
— Inveja? Dela? Por favor, Zabini, me respeite.
— Eu não devo satisfações de nada para você, Parkinson. O que faço ou deixo de fazer não é da sua conta e muito menos da Umbridge.
Pansy abriu a boca para responder, mas Blásio se virou para ela outra vez.
— Inveja sim. Afinal, Draco desde o começo gostou de Annelise. Você detestou isso. E não importa o quanto Narcisa Malfoy goste de você, ela gosta muito mais de Rosier e Morgerstern, duas famílias muito antigas e tradicionais. Então.... — Ele suspirou. — Mas não se preocupe, você também tem suas qualidades...
— Retire o que disse imediatamente! — Pansy começou a ficar vermelha, os punhos cerrados.
— Ah, não. Eu não ligo realmente. Estou aqui pela confusão. — Blásio sorriu.
— Morgestern, Umbridge quer você na sala dela. Agora. — Parkinson ignorou Zabini, ainda tremendo de raiva.
— Obrigada pelo aviso, querida. — Annelise piscou, colocando sua bolsa no ombro e caminhando com confiança até a porta do Salão Principal, mas assim que pisou no primeiro degrau da escada, sentiu-se murchar. Mais uma vez, não sabia o que aguardar, mas considerando as detenções de Potter, não podia ser nada bom.

xx


— Com licença, professora. Soube que queria me ver.
— Entre. — A voz meiga de Umbridge veio acompanhada de um sorriso que á essa altura já parecia assustador. Ela mexia numa xícara cor de rosa com uma pequena colherzinha. Annelise entrou e se sentou na cadeira na frente dela, observando a sala enjoativa da professora. Rosa vinha de todos os lugares. Com um aceno da varinha curta de Umbridge, a porta se fechou.
— Quer um chá, querida? Um suco de abóbora?
— Acabei de vir do Salão Principal, então não, obrigada. — Annelise cruzou as pernas e apoiou as mãos nos joelhos, adotando a postura de classe que fora ensinada desde pequena.
Umbridge sorriu tanto que os olhinhos diabólicos quase sumiram.
— Eu insisto! — Ela se virou, ficando de costas. Annelise via seus braços trabalharem no chá, colocando-o numa xícara, depois adicionando cubos de açúcar e então uma demora inesperada para um simples chá. Enquanto cantarolava, Annelise começou a raciocinar rapidamente e se deu conta do que estava acontecendo no minuto em que a professora virou outra vez, entregando a xícara em suas mãos.
— Obrigada. — Ela agradeceu, sorrindo falsamente.
— Vamos, experimente!
Ela não sabe nem disfarçar, pensou Annelise.
A menina segurou o píres e levou a xícara aos lábios, os fechando e virando o conteúdo para que ela pensasse que tinha bebido, aproveitando para sentir o cheiro do chá. Em seguida, passou a língua nos lábios rapidamente e devolveu o sorriso meigo para Umbridge.
— Silvestre, não?
O sorriso da mulher se alargou, satisfeita.
— O meu preferido. — Umbridge deu uma risadinha. — Então, vamos conversar querida. Há tempos venho notando seu comportamento que é tão diferente dos seus colegas de casa. Também já ouvi coisas a meu respeito que vieram da senhorita e sei que não gosta de mim então venho me perguntando se você se reuniu com Potter e os outros alunos apenas para me irritar. É verdade?
Annelise franziu o cenho.
— Não.
— Qual foi o motivo da inesperada amizade entre você e Potter?
— Afinidade. — Annelise deu de ombros, rindo por dentro. — Nós nos demos bem.
— Oh! — Exclamou, parecendo surpresa. — Beba mais um gole, querida. Um chá tão bom não pode ser desperdiçado, não é mesmo?
— Eu concordo. — Annelise fingiu beber mais um pouco. — Mais alguma coisa, professora?
— O que vocês estavam fazendo naquele dia que os pegamos? Dumbledore me disse que foi a primeira reunião. O que se passou ali dentro? — Umbridge estava com tanta vontade de pegar alguma informação que pudesse destruir quem quer que fosse que se esquecera de interpretar o papel de meiga e inocente. Agora, seus olhos estavam estalados e a boca franzida.
— Não estávamos fazendo nada. — Annelise deu de ombros.
— Sobre o que conversavam? — O tom de voz dela aumentou um pouco, e ela fez seu usual hem hem para disfarçar o descontrole.
— Sobre nada, não deu tempo de começarmos a conversar sobre nada.
A professora ficou quieta por um instante e Annelise começou a achar que ela ia mutilar sua mão como fizera com Potter, mas para seu espanto, Umbridge se deu por vencida e parecia ter acreditado nela.
— É só isso, senhorita Morgestern. E a partir de hoje esperarei uma conduta de verdadeira sonserina de você. Pode ir.
Annelise se levantou e fechou a porta com um baque, ainda chocada demais para dizer alguma coisa. Dolores Umbridge, a protetora da aplicação das leis estudantis estava utilizando Veritaserum nos alunos. Tamanha hipocrisia não a chocava de maneira alguma, ainda mais vindo de Umbridge. O sino tocou ao longe e ela balançou a cabeça, resolvendo pensar nisso depois. Desceu as escadas e seguiu para a aula de Herbologia, encontrando o resto da turma lá. O trabalho do dia era reenvasar algumas plantas mágicas, o que estava sendo extremamente entediante. Enquanto misturava adubo na terra do novo vaso, traçava novos planos em sua mente. As coisas estavam tão complicadas, não só para ela mas para todos, que lhe parecia cada vez mais impossível. Sentia uma falta de ar só de imaginar que não seria capaz de fazer o que lhe fora mandado e que ia acabar morrendo. Gostaria de nunca ter sido envolvida. Estava bem em Ilvermorny, já tinha um cargo para ela no Congresso Mágico pelos contatos que havia feito na escola e tinha sua melhor amiga, Krystal.
— Está se enrolando nas próprias mentiras.
A voz de Draco, baixa ao seu lado, a tirou dos pensamentos. Ele havia colocado seus vasos ao lado dos dela e se sentado, mexendo em sua planta.
— O que? — Annelise arqueou a sobrancelha, intrigada, sem olhar para ele.
— Umbridge vai castigar Potter e os outros. Você também ia, como um exemplo de que quem for contra as regras e as leis, será punido, indepentente de quem seja. Pedi para ela não colocar você no meio. — Draco se virou para ela, batendo as mãos uma na outra para tirar o excesso de terra úmida.
— Como foi que vo-
— O que quer que seja que ele tenha mandado você fazer, faça de uma vez. — Interrompeu. — Está começando a despertar a curiosidade de Umbridge. Ela não entende como você pode estar em dois grupos opostos ao mesmo tempo.
Annelise se virou, olhando-o nos olhos.
— Ela te disse isso?
— Disse. — Draco a encarou de volta. — Me diz o que ele quer de você. — Sussurrou, se aproximando para que ninguém ouvisse. Todos estavam compenetrados no próprio trabalho e a professora Sprout ajudava Blásio a limpar um musgo que havia espirrado em seus olhos. — Me diz, Morgerstern. Eu posso te ajudar!
— Draco... — Ela suspirou, olhando para dentro de seu vaso. — Na verdade, você pode mesmo.

xx


— Como se sente?
Annelise sentou-se na ponta da cama da enfermaria, um olhar de zombaria brilhando em sua expressão.
— Terrível. — Blásio endireitou o corpo, encarando a amiga com os olhos vermelhos.
Havia acabado indo parar na ala hospitalar depois do incidente na aula de herbologia. Depois de um dia cheio de afazeres, Annelise só conseguiu ir visitá-lo depois do jantar.
— Bom, pelo menos não ficará cego. — Ela sorriu.
— Está brincando? Se eu perdesse esses dois diamantes negros eu morreria. As mulheres amam o meu olhar! Felizmente, Madame Pomfrey conseguiu amenizar a situação.
— Amenizar? — Annelise riu, balançando a cabeça. — Não seja dramático! Foi só uma irritação!
— Foi sério o suficiente para que ela me fizesse passar a noite aqui!
— Veja pelo lado bom, você vai dormir sozinho.
— Estou morrendo de medo, isso aqui é enorme! E escuro! Me deixe quebrar seu braço, assim você fica também. — Blásio avançou na direção dela, mas Annelise pulou para o chão rindo.
— Boa noite, Blásio!
Enquanto se distanciava para a porta, ouvia o amigo rir e a chamar de traidora. E pensando nessa palavra que a definia muito bem, decidiu fazer mais uma visita noturna antes de retornar para as masmorras.


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Notas finais do capítulo

Então, infelizmente estou pensando num hiatus. Não sei de quanto tempo, e não eu não vou abandonar! Começo a faculdade esse ano e quero usar o tempo que ainda tenho antes do início das aulas pra escrever a história até o fim e ir postando no dia 15 certinho! Como sou muito cuidadosa com o processo de postagem de capítulo, eu o leio inteiro, o cap anterior e o próximo e vejo se está tudo em ordem, muitas vezes retiro pedaços ou reescrevo, então exige muito minha atenção!
Ainda não tenho certeza sobre o que vou fazer, mas espero que vocês entendam!

E REVIEWS, por favor, pois tenho um número de acessos muito bom mas vocês não interagem comigo e isso parte meu coração!!
Beijoss



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