Lar escrita por MJthequeen


Capítulo 2
Estelar


Notas iniciais do capítulo

Eu imaginei o uniforme novo da Estelar como o da Dcyou, que é o meu preferido ♥ já o da Ravena é basicamente o mesmo, o body só é mais cavadinho e agora ela usa meia calça hahaha tudo bem, detalhes que não importam muito, eu sei rs
O próximo capítulo vai ser sobre o Robin ;]
Espero que vocês gostem desse. Achei interessante escrevê-lo!



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Lar

Alguns dias antes

Eu acordo com os raios de sol fazendo cócegas na linha onde começa meu shorts de dormir – o nome disso é “pijamas” e eu ganhei dois pares do Mutano no natal passado.  Abro os olhos de uma única vez, me sentindo repentinamente energizada. É o que o Sol faz por mim todas as manhãs, então tenho sorte de Jump City não ser uma cidade chuvosa. Bocejo antes de me levantar, os meus pés estão no mesmo sentido da cabeceira da cama, outra prova de que não sou desse planeta.

Achei que seria mal educado mudar o lado da cama depois do próprio Ciborgue ter decorado o quarto para mim, dois anos atrás, e desde então permanece o mesmo. Com um levantar de sobrancelhas, decido que preciso, definitivamente, me lembrar de virá-la mais tarde. Mal dou dois passos para ir até o banheiro e já me esqueci disso.

Hoje os nossos quartos são suítes. Ravena insistiu para que isso acontecesse por muito tempo até que Ciborgue e Robin finalmente decidirem que, mesmo sendo chato fazer uma reforma daquelas na Torre, era necessário. Fiquei em dúvida do por que: em Tamaran, eu e minha irmã dividíamos a mesma casa de banho. Rae me deu um livro sobre biologia, mais especificamente anatomia do corpo humano, e disse que era o suficiente para eu entender. É divertido perceber as semelhanças e diferenças que tenho com os humanos; eles também passam pela transformação, mas ela é muito mais longa e com peculiaridades entre machos e fêmeas – o nome também é outro, algo como “puberdade”.

O conceito de puberdade não exatamente abriu minha mente sobre por que não podermos mais dividir um banheiro, mas serviu para me fazer compreender melhor o corpo humano no geral. Eles têm um só estômago, nós temos 9. Os órgãos reprodutores são muito semelhantes, mas há um diferencial para menor na nossa gestação.

A Terra é cheia de pequenas peculiaridades que eu adoro; é o que estou pensando enquanto penteio meu cabelo. Saio do quarto quando o relógio ainda vai bater 8hrs. É cedo demais para Mutano ou Cy, mas mal me aproximo da sala de estar e posso sentir o cheiro forte de chá verde, o preferido da Ravena. Ela está sempre mais bem humorada de manhã do que de tarde, então abro um sorriso suave no rosto no mesmo instante em que a porta se abre para mim.

— Saudações, amiga Ravena! – cumprimento, voando na direção do balcão. Ela está em pé de frente para ele e seu capuz cai lentamente para trás no momento em que me vê. Seu cabelo bate nos ombros, um pouco mais longo que antigamente, mas isso cai bem nela.

— Bom dia, Estelar – responde baixinho, flutuando agora de pernas cruzadas. Com o movimento da capa, posso ver suas pernas cobertas pela meia calça escura que ela passou a usar aproximadamente há um ano. Seu body é mais cavado agora, o que explica a vestimenta. Trocou no mesmo dia em que me fez abandonar minha saia por um shorts e meu top sem mangas por um de mangas longas. Nós crescemos, ela me disse.  – Dormiu bem? – pergunta, porém sei que não há real interesse. Rae já sabe a resposta, por ser uma empata, mas questiona sempre por educação.

— Como as ninfas nos campos de Strademorf— Ela sorri por causa do meu tom bem humorado e eu me viro para procurar algo para comer. Ao mesmo tempo ela flutua para o meio da sala com o chá e vai repetindo seu mantra baixinho, meditando. Eu tento não fazer nenhum barulho para não atrapalhá-la.

Quase sempre as manhãs são assim. Gosto de pensar que é um costume meu e dela. Talvez por sermos os únicos membros femininos do time, nos encontramos uma na outra, mesmo que no começo tenha sido muito complicado. Hoje eu consigo meditar tranquilamente com Rae e às vezes ela me deixa pintar suas unhas. Estou encarando-a por simples falta do que fazer, quando ela levanta uma sobrancelha e para de repetir o mantra. Olha para a porta da sala e, estranhando, eu faço o mesmo.

Nesse momento a porta se abre e damos de cara com Robin. Sorrio, esperando que ele sorria para mim, mas ele olha para Ravena como se a reprendesse por algo. Dá para notar pelo jeito como seu queixo parece mais firme. Ela me olha pelo canto dos olhos e seu chá sobe até os lábios. Depois de tomar um gole rápido, olha para Robin novamente.

— Bom dia – é a única coisa que diz, se vira e então o capuz está sobre sua cabeça novamente. Como um escudo.

Robin suspira e passa a mão pelos cabelos, e então me olha. Eu não posso me conter. O sorriso está de volta nos meus lábios. Estou saudando-o com todas as células do meu corpo. Eu nunca neguei esse sentimento que me toma quando o olho ali, a pele branca, os ombros largos e a voz sincera que me conquistou. X’hal. Não sou capaz de negar isso nunca. Ele me faz bem. Ele me faz muito bem.

E eu sei que o faço bem também, pois ele também sorri e toda preocupação estampada em seu queixo parece esvair.

— Star, bom dia – cumprimenta com um sussurro, para não incomodar Rae, quando está perto de mim. Seu ombro encosta no meu e percebo outra vez como ele cresceu. Ainda sou mais alta, mas a fase de crescimento demorada dos tamaraneanos pode lhe dar alguma vantagem por alguns meses. Seu cabelo cheira àquele fruto moído, misturado com um forte tempero das índias. É o cheiro que associei a Terra. Café. Café e canela. – Como dormiu? – Isso é alguém verdadeiramente interessado. Ele levanta a cabeça um pouco para me olhar, procurando acionar a cafeteria com as mãos.

Eu me deparo com a máscara. As linhas definidas que já conheço. O que será que há por baixo?

— Muito bem – sussurro de volta, vendo-o pegar uma caneca e um copo. Põe a caneca na cafeteira e deixa o copo no balcão. – E você? Um sono glorioso, eu espero. É justo, depois da incrível vitória sobre Killer Moth ontem – eu ensaio uns socos no ar, me lembrando da luta passada. Foi fantástico.

Robin ri pelo nariz, me olhando engraçado.

 — É, dormi bem. – Não sinto confiança no seu tom de voz, apesar do esforço aparente. Isso me faz levantar uma sobrancelha, ainda não esqueci a situação com Ravena alguns segundos atrás. Ele percebe minha expressão. – Mas nós realmente acabamos com o Killer Moth. É o tipo de coisa que merece uma comemoração, não é? Confesso que estou enjoado dos filmes do Mutano. Como vocês comemorariam no seu planeta?

Quase me derreto falando sobre Tamaran. Ele sabe disso. Adoro contar para os meus amigos sobre meu amado e triunfante planeta natal. Robin, isso é jogo sujo. Ele se lembra das noites que passamos conversando no terraço, besteiras em comum entre a Terra e Tamaran. Coisas que nos ligavam – e nos diferenciavam.

Ao mesmo tempo em que ia dizendo, serviu mostarda no copo livre e deixou do meu lado. Tomava café forte, sem açúcar, na caneca e me olhava como se esperasse minha resposta.

— Nós faríamos uma Gurnof’aka e beberíamos sudsska em honra à X’hal – resumo muito rápido e ele quase se inclina para entender. Agora posso falar sobre o que quero falar. – Robin, eu não quero ser intrometida, eu sei que a curiosidade é muito inconveniente na Terra...

Ele junta as sobrancelhas, entendendo onde eu queria chegar, mas me interrompe com um tom de voz muito suave.

— Você nunca é intrometida ou inconveniente, Star.

Sinto a ponta do meu nariz queimar. Eu gosto de como só ele me chama de Star. Eu gosto do modo como estamos conversando assim tão próximos. Sei que devo estar vermelha. Foco, Kori. O sol está ficando mais forte e, quase que automaticamente, vou sentindo meus pés cada vez mais longes do chão.

— Então, está tudo bem? Digo, àquela hora, quando você entrou... foi como se você e Ravena tivessem se comunicado sobre algo. – Lembranças ruins sobre Slade e a obsessão de Robin por ele começam a invadir minha mente. Meus sapatos grudam como cola no chão agora. – Você sabe que pode contar com todo mundo do time. Com o Mutano, com o Ciborgue... Comigo.

Ele segura minha mão em cima do balcão. As luvas são grossas e de repente eu desejo que elas desapareçam.

 — Star, calma...

Seu tom de voz é reconfortante, mas eu não o deixo terminar.

— Robin, eu não leio mentes como Ravena faz. Se você tiver problemas, qualquer um, você precisa me dizer. Eu gostaria, mas não posso adivinhar. Você é meu melhor amigo, Robin, eu me preocupo.

O Menino Prodígio aperta meus dedos, como se fosse um botão de desligar minha voz. Sei que ele só está tentando me acalmar. Ser tamaraneana inclui ser essa bomba de sentimentos – eu deveria me controlar um pouco.

— Me ouve – ele pede, sério, e eu o olho. – Não é nada demais. Eu só estou tendo alguns problemas para dormir e Rae percebeu isso. Não dormir é uma das desvantagens de ser líder de um grupo – brinca, um farfalhar de sorriso no seu rosto, mas eu não estou rindo. – Me desculpa, eu não queria preocupar minha melhor amiga.

Quero dizer que ele não precisa botar esse peso todo em suas costas. Quero dizer que sempre estamos ali, todos nós, para o que Robin precisar. Mas o jeito como afaga minha mão me diz que ele já sabe disso. Sem pensar muito sobre, eu desviro a minha mão e cruzo nossos dedos, olhando ali, nossas mãos juntas. Somos parecidos.

Suspiro.

— Promete que, se houver algo errado, você vai me contar? – peço, ainda mais baixo do que já estamos falando. É uma falsa sensação de que Ravena não está escutando, pois ela está. –

Deixando sua caneca de lado, ele me dá o copo cheio de mostarda que serviu alguns minutos atrás.

— Prometo – responde, e quero muito acreditar. Ele volta a segurar a caneca e toma um gole do café, me incentivando a tomar a mostarda. Mutano faz uma careta todas as vezes que tomo aquele líquido aparentemente não bebível, Ravena continua arqueando as sobrancelhas e Ciborgue ri. Robin é o único que realmente não se importa, então eu bebo me sentindo satisfeita. Sua mão ainda está na minha. Ainda estamos lado a lado. – Então, um Gurnof’aka? Parece muito interessante.

Tento conter a mostarda que quer sair do meu nariz com o pensamento de um Robin bêbado de sudsska, com penas coladas em seu antebraço. Estou me sentindo tão bem que ignoro o jeito como os olhos de Ravena parecem brilhar por debaixo do capuz, desaprovando algo.

 

 

Estou sentada do lado de Ciborgue, vendo-o jogar um jogo de luta com Mutano, que parece muito desapontado em perder. Nós acabamos de chamar Robin para participar, assim eu poderia jogar também, mas ele está ocupado – outra vez – com alguns relatórios. Ravena, por sua vez, não gostar de vídeo games e está flutuando acima do sofá, lendo um livro. Ela continua aqui por que gosta de companhia e isso me faz sorrir. Vez ou outra ela se distrai do livro e sorri para mim, mesmo sendo um sorriso pequeno e tímido. Tenho vontade de me levantar e abraçá-la quando ela faz isso, mas sei que isso a incomodaria e permaneço quietinha no meu lugar.

Ciborgue oferece seu controle para mim pela décima vez e eu recuso novamente. Ele parece se divertir muito jogando com Mutano e não quero incomodar. Fico feliz de assisti-los jogando. É um dia tranquilo em Jump City, apesar do nevoeiro que se instalou agora, depois do sol se por, e os vilãos não pareceram muito animados para atacar. Isso é bom; rastrear e deter os planos de Moth nos levou alguns dias e muito esforço. Todos têm tempo para descansar.

Levanto-me do sofá e ando até as grandes janelas da sala de estar. Elas são tão espaçosas e a vista do mar, até chegar o litoral da cidade, é linda. O mar parece infinito. Quando percebo, murmurei algo para eles e estou no telhado, o ar gelado não fazendo nada além de cócegas em minha barriga desnuda. Eu fico na ponta da Torre, o T sobre meus pés, e mergulho, caindo assustadoramente até sentir a água no meu rosto – e então estou de volta no ar escuro!

Tudo é névoa e luze da cidade, conforme voo em uma velocidade absurda, muito acima do que voaria se estivesse segurando Robin. Seu corpo humano não aguentaria. Estando aqui, eu posso pensar em muita coisa. O ar de Tamaran não é assim tão suave. Eu me encontro sobrevoando as ruas da cidade, voando pouco acima dos carros. As pessoas olham curiosas, conforme um traço verde vai deixando seu rastro. Uma criança grita “Estelar!” e eu sorrio, subindo novamente para as nuvens.

Lembro-me de Robin. Quanto mais longe fico da Torre, mais quero voltar. O mar, salgado e ardendo meus olhos, cheira a café. O gosto está na ponta da minha língua. Esse planeta é o planeta dele. Não me importa quantos terráqueos existam. Bilhões deles. Esse continua sendo o mundo do Robin. A Terra vai para sempre me lembrar dele. E, ser por algum motivo ele me machucar, sei que a Terra não vai ter o mesmo sabor de antes.

Volto pra Torre, sentada na beira com os cabelos úmidos por causa das nuvens por onde passei. Sorrio, feliz. X’hal, me perdoe. Esse é meu lar. Minha casa é aqui. Se as esquinas de Tamaran não transpiram canela, não há nada para mim lá. Rio do pensamento, me divertindo enquanto me deito ali mesmo e penso o quão bom é estar apaixonada. Creio que se passaram algumas horas, pois o céu está completamente escuro e as luzes do telhado, bem poucas e espalhadas, começam a se acender. Está de noite.

Ia me levantando, para descer para a sala de estar e ver se, afinal, Robin tinha saído do quarto. Se não, falar com ele depois de me secar e arrumar esse cabelo que deve estar muito bagunçado por causa do vento. Antes que eu faça isso, ouço um barulho estranho na lateral da Torre a abro meus olhos depressa, atenta. É barulho de... gancho? Como a pistola de corda que Robin usa. Isso é estranho.

Ouço outro barulho e, num único e calculado movimento, estou alguns centímetros do chão e minha mão, armada com uma starbolt, perigosamente próxima do rosto de alguém.

— Não se mexa - ameaço, meus olhos brilhando com pura energia. Eu nunca atacaria no rosto de alguém assim, não aqui na Terra, mas a pessoa não precisa saber disso.

— Uau, que recepção – ironiza uma voz feminina e posso vê-la levantar os braços em sinal de rendição. Franzo o cenho, observando a figura. Há algo de incrivelmente familiar nela; é um pouco mais baixa que eu, mesmo usando saltos em seu uniforme negro, e o rosto está coberto por uma máscara... máscara de morcego...? Posso ver seu cabelo ruivo, caindo para trás das costas, e seus olhos azuis escuros. Ela é bonita e esguia. Algum treinamento muito bom lhe deu essas clavículas bem marcadas. – Você deve ser Estelar, certo?

Estou esperando o alarme da Torre ativar com uma estranha bem ali. Isso é estranho, ele não demora tanto assim. Assim que ela se aproximasse, deveria tocar e chamar todos os Titãs. Tudo bem, eu posso dar conta dela sozinha. A starbolt fica mais forte quando ela fala meu nome.

— Certamente. Por favor, se identifique – o tom que uso é o mesmo que minha mãe me ensinou, o tom de ordem. O único que uma princesa deveria usar. Na Terra, eu não sou uma princesa.

As partes amarelas do uniforme dela me chamam mais atenção. Sei que já a vi. Vamos, Kori. Tente se lembrar. Talvez uma vilã já conhecida com uma roupa nova? Isso não seria incomum. Estou com 10 estratégias diferentes prontas, uma para cada lado que ela vá. Cima, direita, esquerda, baixo.

Consigo ouvir passos, os outros Titãs subindo, e ela também percebe, pois desvia rapidamente os olhos para a escada. Se volta para mim com um ar levemente cansado logo depois. Ao mesmo tempo em que uma bola de energia negra vem surgindo do chão, ela diz:

— Olha, eu só preciso falar com o Dick.

— Não tem ninguém com esse nome aqui – respondo com firmeza. A ruiva ergue as sobrancelhas, surpresa. Seu rosto se transforma numa careta de raiva e depois de graça sem humor de verdade, em questão de segundos.

— É, eu deveria ter esperado isso dele – murmura para si mesma e de repente Ravena está do meu lado.

— Viu, Rae, não tem ninguém aqui, o alarme teria tocad... – Mutano para de falar de repente quando vê a garota na minha frente, sua boca abrindo em “o”. Olho-o sem entender. – Cara, alguém diz que tá vendo o mesmo que eu!

Ciborgue, com o canhão já ativado, desativa com uma cara engraçada enquanto coça a nuca com a outra mão, também encarando a estranha. Sou a única que ainda está em posição de ataque. Ravena nem sequer se armou, ela está inexpressiva como sempre.

— Hm... O Robin não vai gostar muito disso...? – Solta o meio robô, duvidoso, olhando de mim para ela.

O que Robin tem a ver com isso? Por que todos parecem conhecê-la? A starbolt na ponta do meu braço fica duas vezes mais forte. Ela está prestes a explodir; minha barriga formiga. Rae olha para mim e seu capuz cobre o rosto.

— Está tudo bem – ouço uma voz conhecida falando, enquanto aperta levemente meu pulso. Não sei de onde ele veio, mas Robin está muito sério e sua testa muito franzida. Seu tom de voz é baixo, mais ameaçador do que o meu, com certeza. Não parece gostar de vê-la. A starbolt desaparece.

 A menina, que parece ter nossa idade, bota a mão na cintura e o encara parecendo brava. Os dois estão. Ao mesmo tempo, parece haver algum tipo de... afeição... no ar? X’hal. Eu não gosto disso. Nem um pouco. Robin solta meu pulso e dá um passo na direção dela. Controlo o impulso de segurá-lo.

— Eu tive que vir – ela explica, como se ele tivesse perguntado. – Temos que conversar, Dick.

Dick. Franzo o cenho. Ela acabou de chamá-lo de Dick?

Ele suspira.

— Não ia adiantar mandá-la de volta para Gotham, ia, Barbs? – É uma pergunta retórica. Ela balança a cabeça negativamente. – Não aqui. Vamos para outro lugar. – E, tão rápido que mal consigo ver, está na beira da Torre, ao lado dela.

Eu não posso ser a única a estranhar tudo isso. Com a ponta dos meus dedos formigando e a vontade de voar desaparecendo no fundo da minha alma, dou um passo para frente, na direção deles.

— Robin, o que...

— Não agora, Estelar.

Ele mal me olha. Ela olha de mim para ele, uma das sobrancelhas arqueadas quando chega nele. Onde está o “Star”? Então, como se os dois tivessem um elo mental que os dissessem o que o outro quer, eles se jogam para trás, caindo em queda livre.

Assustada, eu me inclino, mas já não há nada para ver. Nada além do mar tranquilo das noites calmas de Jump City. Eles sumiram na escuridão.  

 É o que eu tenho vontade de fazer.


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Notas finais do capítulo

Tenho uma relação de amor e ódio com a Barbs hahaha
E desculpem qualquer erro, eu não curto revisar ;[
Até o próximo!



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