Moderat - A New Error

“É proibido fumar aqui... Ah, claro... Black”.

O olhar provocador se manteve enquanto ele tragava lentamente o cigarro, soltando a fumaça na cara do monitor.

“Senhor Black, que surpresa em vê-lo na aula”

O garoto despertou do cochilo, arrumando-se na cadeira, fazendo a sala gargalhar. Ele também riu, mas sentiu um constrangimento cruel.

“Sirius Black”, cumprimentou a garota.

Os olhos acompanharam as coxas e as panturrilhas, e ele sequer sabe dizer se era loura ou morena.

“Aurores são impulsivos de natureza, espertos... Eu vejo um potencial muito bom em você, garoto”, elogiou Alastor Moody.

Os olhos do Black mantiveram-se abaixados enquanto ele cumpria sua detenção, com as mãos machucadas de mais uma briga.

“Sempre o primeiro, senhor Black... Sempre o primeiro”, observou o professor de Poções.

O garoto manteve a cabeça deitada nos braços, entediado, ansiando o fim da aula enquanto os outros alunos se matavam para terminar a poção.

“Black, parabéns”

O sorriso expandiu-se no rosto charmoso enquanto ele batia uma palma animada para sua nota máxima em DCAT.

“O que foi?”, a garota foi para trás, assustada, não entendendo o porque dele ter parado.

O olhar de incompreensão nela quase matou Sirius e ele deu alguns passos para trás, parecendo desinteressado em continuar com a mão em sua calcinha, mas ele estava apavorado.

“Sabe o que eu mais amo em você? Diante de uma coisa maluca, em vez de desanimar, você cai pra cima”, sorriu James.

O garoto de cachos continuou olhando o Mapa dos Marotos, orgulhoso.

“O que você tem?”, questionou Remus, “Acho que você que merecia o apelido Moony”.

O rosto se virou, evitando o olhar do amigo, e Sirius preferiu passar mais uma noite sozinho na janela do dormitório, imerso em si mesmo.

 “Sabe o que eu mais odeio em você? É saber o quão destrutivo você é”, disse James, dando alguns passos para trás, com o nariz sangrando.

O Black desvia o olhar para sua mão machucada, começando a ficar roxa. Deu um soco na parede.

“Senhor Black, quantas vezes teremos que falar sobre seu temperamento?”, indagou McGonagall.

O silêncio o dominava.

“Tem algo muito estranho em você, Sirius”, disse Pete. “E assusta muita gente...”

O sorriso era porque achou graça, mas ele também tinha medo de si mesmo.

“O senhor é extremamente inteligente, senhor Black. Pare de desperdiçar isso”, alertou McGonagall.

O garoto escreveu Auror em sua primeira opção nos N.I.E.M’s.

“Não tem nada de errado em tentar coisas novas, Padfoot”, sorriu Remus, o consolando após o fracasso de tentar criar um feitiço

O sorriso de Sirius foi confiante, mas os olhos brilharam ao toque. O garoto esquivou-se, quase tendo uma parada cardíaca.

“Qual o seu problema?”, urrou Severus Snape, apontando a varinha em sua direção enquanto dava alguns passos para trás.

O garoto balançou as mãos antes de correr em direção do outro, pronto para soca-lo.

“Senhor Black”, chamou Dumbledore.

O queixo dele manteve-se erguido enquanto ele se preparava para sair da sala, naquele silêncio mórbido, mas suas pernas tremiam.

“Você vai acabar morto antes dos 25, Padfoot”, brincou James.

O garoto não o olhou, apenas continuou fazendo suas cruzadinhas.

“Conto com isso”, murmurou.