My Bancho Hero escrita por Kasu251


Capítulo 1
My Bancho Hero (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Como disse nas notas da história, isto era para ser um One-shot, mas tive de dividir a história para não ficar muito extenso
Espero que gostem desta primeira parte que serve mais para uma introdução



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/730319/chapter/1

Numa pequena casa no interior do país, um homem já idoso regava as flores do seu jardim. Atrás dele estava o seu neto, um rapazinho de cabelo castanho e olhos verdes.

“Escute bem, Ken-chan.” Falou um homem jogando a água nas plantas. “Homens devem sempre erguer os seus punhos pelo que os seus corações julgam certo.”

“Mas como sabem que estão fazendo o certo?” Questionou o pequeno com curiosidade.

“Apenas sabem.” Respondeu o velho vagamente. “Um verdadeiro homem não precisa de coisas banais como razões para fazer o que julga correto. É disso que se trata a Primavera da Juventude. Um dia você vai entender, Ken-chan.”

“Sim, vovô.” Assentiu a criança com um grande sorriso.

—______________________________x_______________________________

E então 24 anos se passaram.

“Alguém! O assaltante está escapando naquela van!” Gritou uma mulher dona de uma joelharia, em pânico, apontando para uma van preta que partia a alta velocidade. “Detenham-no!”

“Tenho de me apressar antes que um herói apareça.” Murmurou o vilão aumentando a velocidade. “Nesta região há poucos heróis conhecidos, é perfeito pa- O QUÊ?!”

O assaltante ficou completamente surpreso. Um homem bem grande, usando um Gakuran (N/a: Uniforme escolar japonês clássico) com dois espinhos dourados em cada ombro, um chapéu a condizer com uma insígnia de um “B” vermelho por cima da pala, usava o longo casaco negro do uniforme aberto, com uma camisa vermelha por baixo e calçava umas sandálias de madeira. O seu cabelo era castanho-escuro e os seus olhos verde-vivo, estava em pé no meio da estrada com os braços cruzados, barrando o caminho do vilão.

“Saia da frente! Quer morrer?” Gritou o assaltante buzinando e aumentando a velocidade.

“Hã? Você é que está na minha frente, desgraçado.” Respondeu o homem fazendo uma expressão intimidadora que gelou o vilão por um segundo.

O veiculo foi com toda a potencia para cima do homem que se negava a mexer. Esse mesmo homem estendeu as suas mãos para a frente e agarrou a frente da van no momento do impacto e fez pressão no chão, impedindo o veiculo de prosseguir.

“Impossível.” Pensou o assaltante assustado pisando no acelerador.

Nesse exato momento, uma senhorita idosa passava lentamente pela passadeira bem atrás do grande homem, caso ele não estivesse lá, o mais provável seria ela ser atropelada.

“Aprenda a conduzir com moderação, seu maldito!” Gritou o homem dando um potente soco no capô da van, destruindo o motor e ativando o airbag que imobilizou o assaltante.

“É o herói arruaceiro, Bankara!” Comentou um civil.

“Como sempre fazendo estragos por onde passa.” Comentou outro.

“Ele parece mais um delinquente que um herói.”

“Parece mais assustador que alguns vilões na minha opinião.”

“Escutei que ele só conseguiu a licença de herói para agir violentamente.”

“Ele chegou a ser expulso da U.A, nê?”

“Sim, por ter agredido gravemente dois alunos.”

“Assustador.”

“Parem de cochichar, se querem falar algo, falem na cara!” Gritou o herói para a multidão que se calou logo em seguida. “Tch, bando de covardes.”

“Você nunca muda, Bankara-kun.” Comentou uma voz refinada, seguida de gritos histéricos do público feminino.

“KYA! É o Cuticle Hero, Capilar!” Gritavam um monte de garotas ao avistarem um homem de longos e sedosos cabelos azuis-celestes balançando entre os prédios usando os seus fios de cabelo como linhas.

“Não temam, minha gente, o verdadeiro herói acabou de chegar.” Declarou Capilar chegando no local e estendendo os braços de forma glamorosa, enquanto os seus cabelos abriam a van e retiravam o assaltante inconsciente. “Também não permitirei que esse “herói” bárbaro vos incomode, estejam tranquilos.”

Capilar tinha um rosto efeminado e vaidoso, o seu traje de herói era semelhante ao estereótipo de príncipe dos contos de fada, com vários tons de azul e detalhes dourados. Só com a sua chegada era intensamente aplaudido pela multidão.

“Bem, se você não se importar, eu irei entregar este agente do mal à policia.” Afirmou Capilar se dirigindo para o outro herói.

“Faça o que quiser, não estou interessado.” Respondeu Bankara colocando as mãos nos bolso e indo-se embora sem olhar para o Cuticle Hero.

“Sem qualquer elegância como sempre.” Comentou Capilar rindo vaidosamente. “Como esperado de um herói impopular.”

Bankara ignorou-o e desapareceu entre a multidão.

“Finalmente achei-o.” Murmurou uma garota baixa na multidão, tinha cabelo púrpura preso num curto rabo-de-cavalo e olhos dourados, o seu rosto tinha traços ligeiramente felinos, usava óculos e carregava uma câmara consigo. “O Bancho Hero.”

—______________________________x_______________________________

“Relatório de Hogo Mamori:

Bankara, o Bancho Hero, alvo da minha investigação. Mesmo sendo um poderoso herói profissional, é bem impopular pelo seu aspecto e atitude intimidadora. Rumores dizem que se alistou na U.A., mas foi expulso por ter agredido gravemente dois alunos do 2º ano.

Na sondagem que fiz pela sua zona de trabalho habitual, 87% das pessoas preferem ser salvas por outro herói e 12% são indiferentes a ele. Este é o maior caso de impopularidade que eu, Hogo Mamori, já presenciei num herói profissional.”

Murmurava a garota de cabelo púrpura, observando o Bancho Hero caminhando, escondida atrás de um poste elétrico.

“Hoje estou arriscando a minha preciosa vida para observar Bankara e descobrir mais sobre este impopular e violento herói profissional.”

Bankara continuou o seu caminho até que de repente parou caminhar, ficando imóvel no meio da rua.

“Passa-se alguma coisa?” Questionou Mamori observando a cena.

“O que você faz aqui?” Murmurou o enorme herói se virando com um ar ameaçador.

“Kyaaaa! Ele me descobriu!” Gritou a garota mentalmente, suando frio.

“Quem te abandonou aqui?” Inquiriu Bankara se agachando e encarando uma caixa de papelão com um gatinho abandonado.

“Ufa… Era só um gato.” Suspirou Mamori aliviada. “Será esta a clássica cena clichê em que o delinquente cuida de um gato abandonado, mostrando não ser uma pessoa tão ruim?”

“Você é tão fofinho.” Falou o herói profissional segurando no gatinho, mostrando um enorme sorriso e uma expressão cheia de brilho, rodeado por uma aura rosa. “Você quer vir para minha casa? Te tratarei muito bem, bichinho.”

“Sei que devia ser uma cena comovente, mas o contraste é tanto que chega a ser perturbador.” Murmurou ela empalidecida.

“Ei, por quanto tempo você me vai seguir?” Indagou Bankara se virando para ela, com o gato na sua cabeça.

“KYA!!! Quando é que você me descobriu?” Questionou Mamori saltando assustada de trás do poste.

“Desde que você começou com aquilo do relatório.” Respondeu Bankara aproximando-se imponentemente.

“Por favor, poupe a minha humilde vida, preciso dela para viver!” Gritou Mamori se ajoelhando a alta velocidade, batendo com a cabeça no concreto da rua.

“Do que você está falando?” Perguntou ele confuso, levantando-a pelo colarinho da sua roupa, ficando pendurada. “É uma criança perdida?”

“Que rude! Eu tenho 26 anos!” Reclamou ela constrangida por ser confundida com uma criança devido a sua altura. “E me coloque no chão, por favor.”

“Hum… Tem a certeza que não é uma criança?” Questionou o Bancho Hero pensativo, enquanto a pousava no chão. “Você é bem pequena.”

“Sim, tenho a certeza dos 26 anos que vivi! Você é que é muito grande!” Mamori gritou com os olhos lacrimejando, ela tinha um grande complexo relacionado à sua altura. “Eu não tenho culpa, ok? Eu não tenho culpa que o destino e a genética me tenham feito assim!”

“Ok, tchau.” Despediu-se ele indo-se embora.

“Espere um momento!” Gritou ela alarmada. “Eu preciso de falar com você?”

“Então fala logo.” Suspirou o herói.

“Eu sou Hogo Mamori, uma repórter de investigação da My Hero Magazine.” Apresentou-se ela entregando o seu cartão. “Esta zona sempre teve um baixo índice de criminalidade, por isso não tem muitos escritórios de heróis nas redondezas, no entanto, nos últimos meses, a criminalidade tem aumentado significativamente, decidi fazer uma investigação sobre esse assunto e esta zona, foi então que acabei por descobrir você, Bancho Hero, Bankara. Me interessei pela sua grande impopularidade e por isso quero fazer-lhe uma entrevista sobre o assunto. O que lhe parece?”

Bankara continuava o seu caminho, levando o gato em cima da sua cabeça.

“Não vá embora!” Pediu ela desesperada.

“Eu tenho coisas que fazer.” Respondeu ele continuando a andar.

“Espere, por favor.” Pediu Mamori correndo atrás dele, enquanto pensava. “Será que ele vai-se encontrar com alguém perigoso? Sabia que a minha intuição estava certa ao escolher este herói para investigar.”

—______________________________x_______________________________

Enquanto isso, numa velha residência, Capilar atirava uma cadeira contra a parede com os seus cabelos.

“Aquele bárbaro do Bankara meteu-se novamente no caminho.” Reclamou o herói raivosamente. “E aquele assaltante foi um inútil, como ele se deixou capturar por aquele projecto falho de herói profissional? Pensei que você me arranjasse vilões melhores, Giran!”

“Tenha calma, caro cliente.” Pediu descontraidamente um homem de meia-idade que usava óculos e acendia o seu cigarro com uma arma. “Eu já entreguei os meus melhores contactos para o Kurogiri-san da aliança de vilões. Além disso, não é fácil arranjar vilões para que eles simplesmente sejam pegos de propósito, mesmo que você os liberte depois.”

“Já entendi, quanto mais quer?” Questionou Capilar de forma arrogante. “Não que isso importe, posso pagar sem problemas.”

“Gosto como você pensa.” Comentou Giran abrindo a porta da sala e deixando entrar mais 4 pessoas. “Acredito que com estes 4 você possa resolver os seus problemas com esse tal Bankara e ainda salvar o dia.”

“Kukuku.” Riu o mais baixo deles, tinha olhos puxados, era careca e a cabeça dele se assemelhava a um ovo. “Nunca ouvi falar desse herói, mas não será um problema.”

“Quero ir para casa…” Murmurou um jovem encapuzado e com um olhar cansado, carregava nas suas costas um arco bem tecnológico e várias flechas.

“Vamos, anime-se, Death Eye.” Pediu o mais alto deles batendo-lhe nas costas, era um homem bem musculoso e com cabeça de touro com pelagem marrom.

“Isso machuca, Bull…” Murmurou Death Eye monotonamente.

“Matar, matar, matar, matar…” Murmurava o 4º roendo a unha do seu polegar, tinha um olhar perturbado, vestia roupas negras, carregava uma katana nas costas e o seu cabelo era vermelho.

“Isto me parece mais um circo de lunáticos.” Comentou Capilar com um olhar desaprovador. “Onde vocês os arranjou?”

“Posso assegurar, eles são do melhor que tenho disponível.” Respondeu o homem de óculos indo-se embora. “Eles não irão desapontar você.”

—______________________________x_______________________________

“Relatório de Hogo Mamori:

Após sobreviver ao meu primeiro contacto com Bankara, eu, Hogo Mamori, continuo a minha jornada arriscada para descobrir mais sobre este impopular herói. Que assuntos ele tem para tratar? Com que tipo de pessoas se irá encontrar? Quais serão as suas intenções?” Murmurava a reportar andando ao lado do herói.

“Por quanto tempo você vai continuar com isso?” Questionou Bankara com uma expressão entediada, ainda com o gato na sua cabeça. “Você nem tem um gravador.”

“Mas faz a entrevista parecer mais emocionante, não é?” Respondeu ela com um olhar brilhante.

“Tanto faz.” Suspirou o herói parando de andar e olhando em frente. “Chegamos.”

“Isto é…” Murmurou Mamori se surpreendendo ao avistar o local. “U-um parque infantil?!”

“Sim, isso mesmo.” Respondeu ele cruzando os braços.

“O que ele quer dizer com “isso mesmo”? O que um homem adulto tem para fazer num parque infantil?” Pensava a repórter confusa.

“Ah, é o Aniki! (N/a: Significa irmão mais velho, mas também é usado para alguns líderes de gangues)” Falou um garotinho que brincava na caixa de areia com outro.

“É mesmo!” Reparou o outro garoto.

“Aniki!” Falaram um monte de crianças correndo na direção do herói.

“Parece que ele até que é popular com as crianças.” Pensou Mamori sorrindo.

“Seja bem vindo, Aniki!” Falaram as crianças arqueando as pernas, com as mãos apoiadas nas coxas e se curvando. “Cuidamos de tudo na sua ausência!”

“Eles estão agindo como se fossem subordinados de uma gangue!” Pensou Mamori em pânico.

“Algum individuo suspeito entrou no nosso território?” Questionou Bankara seriamente.

“Nenhum, Aniki!” Responderam as crianças com voz firme.

“E por que é que você os está liderando tão seriamente?!” Gritou Mamori na sua mente.

“Isso é bom.” Falou o herói profissional ao se sentar num tubo de concreto e retirar o gato que estava na sua cabeça, o colocando ao seu lado.

“Aniki, comprei para você!” Falou um garotinho de cabelo alaranjado que tinha pequenos espinhos nos seus braços, estendendo um embrulho de loja de conveniência. “É pão de Yakisoba.”

“Uwa! Obrigado, Yuu!” Bankara aceitou animadamente.

“Aqui está! O maior clichê dos delinquentes!” Comentou Mamori surpresa. “Ter alguém lhe comprando pão de Yakisoba!”

“Pão de Yakisoba não é clichê, é um clássico!” Afirmou o Bancho Hero com uma expressão extremamente séria e uma voz autoritária.

“Droga, deixei a minha voz escapar.” Pensou Mamori cobrindo a sua boca, enquanto tremia de medo.

“Que gatinho fofo.” Disse uma garotinha acariciando o animal.

“O Aniki esta sempre resgatando animais.” Comentou outra garota. “Tem mesmo espaço para mais um?”

“Já lhe deu um nome, Aniki?” Perguntou um garoto.

“Nekozaemon.” Respondeu Bankara enquanto comia o seu pão de Yakisoba.

“Ele é algum samurai?” Indagou Mamori já sem energia para mais reações.

“Sabe, essas reacções já estão ficando chatas.” Suspirou Bankara continuando a comer.

“Aniki, quem é aquela moça?” Perguntou uma garota.

“Ela o está incomodando?” Questionou um garoto socando a palma da sua mão. “Podemos tratar dela.”

“Sou uma repórter de investigação da My Hero Magazine, meu nome é Hogo Mamori!” Ela se apresentou. “Estou aqui para entrevistar o conhecido como Bancho Hero, Bankara-san!”

“Uwa, você está ficando popular, Aniki.” Comentou Yuu animado.

“Faça logo as suas perguntas.” Bankara permitiu, ao terminar o seu pão de Yakisoba. “Já vi que você me vai ficar seguindo por todo o lugar se eu não aceitar a entrevista.”

“Muito obrigada, Bankara-san!” Agradeceu Mamori animadamente. “Bem, primeiro… O que é esta situação? Por que é que está neste parque?”

“O Aniki sempre vem ao parque para brincar conosco.” Respondeu uma garota.

“Sim, há uns meses tinham uns caras mais velhos tentando ficar com o parque para eles, mas o Aniki apareceu e os expulsou.” Explicou Yuu numa mistura de orgulho e admiração. “Desde esse dia, o Aniki sempre vem nos ver.”

“Também nos tem ensinado a lutar.” Revelou um garoto tentando fazer um pose de batalha, mas acabando por se desequilibrar

“Nossa, você é uma pessoa admirável afinal, Bankara-san.” Comentou Mamori impressionada.

“Como assim “afinal”?” Indagou o herói profissional. “Bem, tanto faz, eu não fiz nada de incrível. Este parque é para o uso de todos. Apenas afastei uns valentões que não entendiam isso.”

“Você é bem mais gentil do que pensei.” Afirmou a repórter ficando mais descontraída. “De certeza que aqueles rumores do senhor ter sido expulso da U.A. por agressão violenta devem ser apenas mentira.”

“São verdade.” Respondeu Bankara com a sombra da pala do chapéu lhe cobrindo os olhos.

“Hã?” Indagou Mamori voltando a ficar tensa.

“Eu fui mesmo expulso da U.A. por ter agredido gravemente dois alunos.” Confessou o herói revelando um olhar firme.

“Oh, entendo… Deve ter sido um acidente ou um exagero, nê?” Supôs ela começando a suar frio.

“Não, é tal e qual como contam e eu fiz de livre vontade.” Afirmou Bankara se levantando.

“Desculpe por ter perguntando.” Ela disse, enquanto recuava um passo, perante o gigantesco herói à sua frente.

Então, Bankara moveu rapidamente a sua mão em direção a Mamori. Ela, de tão assustada, nem se conseguiu mover.

No entanto, o grande punho do herói, que era maior que a cabeça da repórter, passou-lhe ao lado e segurou a lâmina de uma katana que estava preste a lhe atingir pelas costas.

Quando a repórter se virou, viu um estranho homem de cabelo vermelho e roupas negras bem atrás dela. Assustada, saltou e se escondeu atrás do Bancho Hero.

“Q-quando é que aquele cara ficou atrás de mim?” Pensou ela com o coração ainda batendo a alta velocidade pelo susto.

“Quem é você e o que faz apontando estas coisas para as pessoas?” Questionou Bankara com um olhar intimidador, quebrando a katana com a força da sua mão, enquanto algum sangue escorria da mesma.

“Quem sou? As pessoas me chamam de Shadow Killer.” Respondeu o ruivo jogando fora o punho da katana quebrada. “E a razão de eu apontar é bem óbvia. É para matar.”

“Shadow Killer? Ele é um vilão!” Mamori reconheceu o nome. “É procurado por vários crimes de homicídio.”

“Mas que nome piroso.” Comentou Bankara se colocando em guarda. “Ei, repórter. Tire todas as crianças daqui, imediatamente!”

“C-certo!” Respondeu ela.

“Aaaah, aquele idiota.” Murmurou o vilão careca observando a cena desde o telhado de um alto prédio distante, com uns binóculos de alta tecnologia. “Ignorou por completo o plano e correu direto para o confronto. Não faz sentido aquele herói morrer sem uma plateia.”

“O plano fracassou… Vamos para casa.” Falou Death Eye deitado atrás do careca. “Eu não programei o gravador…”

“Por enquanto vamos observar.” Respondeu o vilão careca continuando a assistir a cena. “Aquele cara só consegue pensar em matar.”

Bankara investiu em direção ao vilão, mas quando lhe estava prestes a atingir, o mesmo afundou no chão. Aproveitando a confusão do herói, Shadow surgiu atrás dele e o apunhalou nas costas com uma faca.

[Shadow Killer

Peculiaridade: Shadow Dive (Mergulho da sombra)

Ele pode mergulhar e surgir de sombras! Sombrio! No entanto, a sua pele é altamente sensível a grandes fonte de luz, especialmente o Sol. Não pode mergulhar na própria sombra.]

“Atacando pelas costas.” Murmurou o herói se virando rapidamente para o acertar, mas o vilão conseguiu saltar para trás e evitar o ataque. “Que coisa covarde!”

“Eu ataco pelas sombras, essa é a minha peculiaridade!” Afirmou Shadow ainda no ar, quase aterrando numa sombra no chão. “É natural eu atacar pelas costas.”

“Usar a sua peculiaridade como desculpa…” Falou Bankara já à frente dele e lhe acertando com um poderoso soco no estômago, antes do vilão ter oportunidade de tocar no chão, jogando-o contra um muro do parque. “Só o torna mais covarde!”

“Incrível.” Comentou Mamori engolindo em seco, ela já estava fora do parque, juntamente com as crianças. “Mesmo com o adversário tendo saltado bem antes, ele alcançou-o imediatamente com um único pulo. E isso logo depois de ter sido esfaqueado nas costas. Ele tem alguma peculiaridade de fortificação?”

“A força e resistência do Aniki vêm do árduo treinamento físico que ele faz desde criança.” Revelou Yuu animado. “Mas aquele pulo foi graças à sua peculiaridade.”

“Qual é a peculiaridade dele?” Perguntou Mamori curiosa.

[Bankara

Peculiaridade: Spring (Mola)

Os ossos e músculos dos seus membros são semelhantes a molas! Aguentam grandes quantidades de pressão! Também podem ser usados para dar grandes impulsos nas suas pernas e braços!]

“Ele é forte.” Murmurou Shadow se levantou, cuspindo um pouco de sangue. “Quero matá-lo ainda mais!”

“Você realmente fala muito.” Comentou Bankara lhe dando um chute de baixo para cima no queixo, lançando o vilão pelos ares.

“Me afastando do chão para eu não poder usar a minha peculiaridade… Como se eu já não estivesse habituado a essa estratégia.” Pensou Shadow jogando duas facas de arremesso para baixo. “Morra, morra, morra!”

“Cale a boca!” Gritou Bankara acima dele.

“Quando foi… Ele saltou logo depois de me arremessar!” Percebeu o vilão chocado.

Então, em conjunto com a força da gravidade, Bankara deu um chute duplo na cabeça e costas do Shadow Killer e os dois aterraram no centro do parque, levantando uma grande nuvem de poeira.

Quando a poeira assentou, o Bancho Hero estava de pé, em cima do inconsciente vilão, numa pequena cratera.

“Pare de sujar este parque com a sua presença, desgraçado.” Ordenou o herói com uma expressão intimidadora.

“Que poder…” Pensou Mamori surpresa. “Não seria exagero dizer que ele está próximo dos heróis do topo, mesmo assim passa tão despercebido.”

“Repórter!” Chamou Bankara autoritariamente.

“S-sim!” Respondeu ela assustada.

“Chame a policia para eles virem buscar este cara.” Pediu o herói apontando para baixo com o polegar. “E não precisa dizer que fui eu que fiz isto.”

“Certo!” Respondeu ela começando a digitar o número no seu celular.

“Você foi incrível, Aniki!” Falou Yuu correndo em direção ao herói, juntamente com as outras crianças.

“Eu não fiz nada de in… PARA TRÁS!” Gritou Bankara colocando o seu braço à frente de Yuu rapidamente, sendo acertado por uma flecha no lugar do rapaz.

“Oooh… Ele foi capaz de parar uma das minhas flechas.” Comentou Death Eye com o seu olho direito com um brilho vermelho e depois voltando ao normal. “Queria acertar na criança para ser mais dramático.”

“Isso não importa.” Respondeu o vilão careca. “A mensagem foi entregue, o plano pode prosseguir. Kukuku.”

“Bankara-san, está bem?” Perguntou Mamori preocupada.

“Não é nada.” Respondeu ele retirando a flecha do seu braço.

Foi então que ele reparou que tinha um papel preso nela. E nesse papel tinha uma mensagem escrita.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A luta foi curta?
Não se preocupe, os verdadeiros momentos de ação estarão na segunda parte!
Também será revelado com detalhes o que aconteceu com Bankara na U.A.
Curiosos? Vou tentar não demorar muito para postar a segunda parte!
Até à próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Bancho Hero" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.