Love lives by side - Em revisão escrita por Iset


Capítulo 25
Amigos, inimigos e Alec Mcallister


Notas iniciais do capítulo

Bem gente estamos pertinho do final, meu coracão está apertado porque eu amei escrever essa fic. Mas ciclos se fecham e outros se iniciam! Boa leitura!



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Amigos, inimigos e Alec Mcallister

 

Chego na escola no dia seguinte e Noah não está na escada, Rachel e Bryan sim, não estou com cabeça pra lidar com ela então desvio e entro pela porta lateral.

Ando pelos corredores e vejo que todo o mundo parece me olhar estranho. E quando me aproximo do meu armário o zelador está a minha espera e um grupo de garotas lideradas pela Sarah Parker trocam risadinhas.

—Ola senhorita Smith pode me acompanhar?

—Okay. - Respondo e o sigo até a sala do diretor. Quando chego avisto Noah sentado na cadeira com cara de quem acabou de levar um sermão.

—Entre senhorita Smith. - Diz o diretor ao me avistar.

Entro na sala e sento ao lado de Noah.

—Vocês devem saber porque estão aqui não é?

—Matamos aula, fomos pegos e porque não pula o sermão e nos dá a detenção logo. - Diz Noah.

— Sim, você pode ir senhor Johnson uma semana de serviços durante meia hora depois da aula.

—Okay. Vamos Carol.

—Ela fica. Agora vai pra aula. Até onde sei tem muita matéria pra recuperar.

Ele sai da sala revirando os olhos e o diretor Donalds me encara.

—Qual sua relação como o professor Mathew Richards?

—Ele é meu professor de literatura.

—Só isso senhorita Smith?

—Sim. Eu gosto muito de ler e vou muito bem na matéria dele.

—Realmente é sua melhor média nessa matéria a mais alta da turma. No entanto nas outras...

—Eu não sei onde quer chegar.

—Surgiram uns comentários ontem num grupo da internet destinado aos alunos dessa escola.

—Que comentários? - Falo. E ele me estende folhas com prints do facebook.

LUISE JENEER “Tarantantan fofoca do dia o Johnny Depp finalmente pegou a Brasileira”

Sarah Parker: Sério? E o coroa que vem buscar ela na escola?

Amanda Simmons: Vadia detectada, mas o coroa é o professor Richards?

Sarah Parker: Não, é muito gato.

Josephk9: Sempre suspeitei que ela era ligada em coroas, nunca quis sair comigo! O Richards tá pegando?

Sarah Parker: Se liga a vadia tava saindo com o bonitão do carro preto. Ele é professor também?

Rachel M: Ela curte caras mais velhos, mas o premiado foi o Noah com o selo da virgindade, perdeu essa Josh.

Bryan:  Rachel! Ela vai te matar.

Joseph k9: Relaxa Bryan, tem o novo número do Canadense? Preciso dar os parabéns pra ele, Carol é uma gata. Já pensei que ele jogava no seu time. LMAO Haha.

—Senhorita smith? Será que pode me explicar isso?

—Eu não tenho nada com o professor Richards e o cara que vem me buscar às vezes é meu vizinho, meu pai conhece ele pode confirmar se quiser. - Digo lutando contra o nó que se formou na minha garganta.

—O Richards está suspenso até que tudo seja apurado. Eu vou ligar pro seu pai. Sei que tem sido uma aluna aplicada e Noah assumiu toda a responsabilidade pela fuga. De qualquer forma você vai ficar três dias na detenção, meia hora depois da aula. E como recomendação pessoal, fique longe de Noah Johnson ele é problema.

—Eu posso ir?

—Sim pode ir.

Quando saio da sala do diretor Noah está recostado na parede.

—E ai?

—Três dias. Tem o grupo da escola no seu facebook?

—Eu não tenho mais facebook, minha mãe disse que eu tava traficando por lá…  Não sei que tráfico ela viu, só se for de meme. Que ouve?

—Luize postou no grupo da escola que a gente… Você sabe e as pessoas começaram a comentar e inventar coisas e agora eu sou a vadia oficial da escola e o professor Richards tá suspenso.  

—Como a Luize soube?

—Como você acha? Rachel também comentou no post.

—Ela passou dos limites, eu vou falar com ela.

—Eu vou pra aula. - Digo me afastando.

— Carolina. - Ele chama minha atenção e faz um coração com os dedos.

Entro na sala atrasada e sou fulminada pelos olhares de todos. E a aula segue com muitos cochichos e risinhos e olhares disfarçados, por sorte naquele dia eu não dividia nenhuma classe com a Rachel ela não estava no refeitório durante o intervalo.

— Cadê a Rachel? - Pergunta Noah irritado enquanto senta a mesa com Bryan.

— Eu não tive nada a ver com aquilo. - Se defende o loiro.

—E onde tá a Rachel?

—Noah olha só ela só tá irritada, brava com a Carolina ela não ta pensando no que ta fazendo.

—E o que eu fiz pra ela? O que foi, ela gosta dele? O que é? Se é isso ela nunca me falou nada, pelo contrário!

—Ela tá zangada porque você foi pra Nyc, ela queria ter ido. E acha que você só foi pra fazer ciúme no Alec, por isso ele foi pra lá e vcs ficaram juntos e o Noah acabou indo parar naquela clínica e agora ela acha que vc só vai ficar com ele até acertar as coisas com o Alec, ele vai acabar desistindo de ir pra Toronto. E frustrou os planos dela também já que os pais dela estão pensando em ir pro Canadá pras maratonas no gelo.

—O que? Ela acha eu tive um traumatismo de propósito também?

—E o que queria que ela pensasse?

— A culpa foi minha, eu sou adotado ou comprado sei lá, eu surtei, fugi e usei drogas durante um dia e uma noite inteira, a Carolina foi me procurar e acabou se machucando por minha causa. Ela não teve nada a ver com o fato de eu ir parar naquela clínica, só tentou me ajudar, mas eu fui um tremendo idiota.

—Uauu… adotado? Nossa… A Rachel não sabe de nada disso.

—Eu não contei porque achei que isso só dizia respeito ao Noah.

—Onde ela está? - Pergunta Noah.

—No ginásio.

—Eu vou falar com ela.

—Eu vou com você… - Digo.

—Não é melhor você ficar aqui. - Ele diz enquanto se afasta.

Solto o ar dos pulmões ainda tentando processar tudo aquilo.

—Acha que o Noah vai desistir de ir pra Toronto? Quer dizer isso não é tão ruim, ele pode cursar uma faculdade aqui.

—Ele perdeu quase metade do ano, com o currículo dele ele não entra nem em universidade comunitária aqui nesse país. Só conseguiu essa vaga porque o pai dele fez uma boa “doação” para universidade. - Fiz Bryan.

—Eu vou convencê -lo a ir. Ele precisa é o futuro dele.

—Ele te ama Carol, acha que ele vai te deixar aqui com o Alec morando do lado da sua casa. E a propósito como ele ficou com tudo isso?

—Eu ainda não contei pra ele, pedi um tempo. E no mais ele disse que me ama, mas eu acho que ele ainda gosta da Casey.

—Será que é isso ou você ta arranjando uma desculpa pra se sentir menos culpada por não o amar tanto quanto você achava que amava?

— Eu não sei… Eu gosto do Alec, mas tem o Noah e… Ah droga. Eu não mereço nenhum deles.

Saio do refeitório antes que Noah volte e vou até meu armário a um bilhete com a frase “Vadia do professor” colado nele.

Respiro fundo e amasso o papel, e o resto da semana passa assim, eu tento não me importar com os comentários mas na quinta feira nem a vontade de ficar com Noah me faz levantar da cama.

Fico o dia todo no quarto, sem atender nem mesmo as ligações do baby johnny Deep. Tudo que eu queria naquele momento era desaparecer. Talvez fosse o melhor, afinal eu estava presa num looping do qual eu não conseguia sair.

Eu amava Noah e não conseguia fazer com que ele aceitasse a ideia de ir pra Toronto, nem mesmo com a garantia de um namoro a distância. Se ele não conseguisse uma vaga aqui, não faria faculdade e nesse país isso significa que você nunca terá um emprego decente e eu seria a culpada por isso. Do outro lado da cerca havia Alec, não nos falamos, mas eu o via às vezes no quintal olhando pra varanda da minha casa. Casey esteve ali mais umas duas vezes que eu pude notar, mas foram visitas rápidas para o Max. Caminho até a janela do meu quarto e vejo Alec cortando a grama. Decido fechar um ciclo.

Vou até o jardim na divisa das cercas e ele abre aquele sorriso encantador quando me vê.

—Oi.

—Oi… Não deveria estar na escola?

—Eu tenho notas boas em literatura e o professor tem a mesma idade e é tão bonito quanto o cara que ia me buscar no carro preto, então todo mundo acha que eu to dormindo com meu professor.

—Nossa. Quer um café?

—Eu quero sim.

Ele me ajuda a saltar pela cerca viva e vamos até a sua cozinha.

—E o Max?

—Está com a Casey, ela está na cidade morando com uma amiga.

—Que bom, vai ser bom pro Max ter a mãe e o pai por perto.

—É, ele gosta. Mas e você? Não é so o bullying na escola que ta te deixando assim né?

— Não.

— E o que foi?

—Eu e o Noah, nós… Eu… Me perdoa.

— Eu vi ele te trazer outro dia da escola. Ele te beijou. Você gosta dele?

— Eu gosto, mas ele tem que ir pra Toronto, fazer faculdade e eu tô pensando em voltar pro Brasil.

— Voltar pro Brasil? Olha a escola já está acabando e eu sei o quando adolescentes podem ser cruéis, mas não pode desistir por isso.

—Eu só me meti em confusão desde que cheguei aqui, meus irmãos me odeiam, meu pai não queria que eu tivesse nascido, eu não tenho amigos de verdade, a escola inteira acha que eu sou uma vadia, o garoto que eu gosto vai ter uma vida de merda se ficar aqui e eu me odeio por ter feito você sofrer.

Ele me alcança a xícara de café,  respira fundo, se senta ao meu lado e segura a minha mão.

— Carol, você não me fez sofrer, quer dizer, fez um pouco. Mas quando você gosta de alguém, se machucar faz parte do pacote. Eu sempre soube onde estava me metendo, eu já tive a sua idade, sei como as coisas podem parecer intensas e eternas, mas depois de um tempo já não são mais.

—Me perdoa?

—Te perdoar pelo que? Você me deu dias maravilhosos, como li naquele livro que você recomendou. Meu infinito em dias numerados.

— Você é o melhor cara do mundo, e eu devo estar sendo muito idiota pra fazer isso, mas eu não posso ficar com essa pulseira.

Digo tirando a joia do bolso e entregando a ele.

—Eu dei ela pra você.

—Eu não mereço ela. Eu vou pra casa. Obrigado por tudo Alec Mcallister.

Deixo a caneca de café e saio pela porta, segundos depois quando já alcancei a calçada eu ouço meu nome, lembro da primeira vez que nos beijamos e o quanto desejei que ele me chamasse de volta, o que não aconteceu. Me viro e ele corre na minha direção e antes que eu possa ter qualquer reação ele me enreda em seus braços e me beija. Por alguns segundos sinto meu peito disparar como na primeira vez, mas logo tudo se acalma e ele se afasta.

—Me desculpe, mas você me devia um beijo roubado. E Carolina, você ainda tem um amigo. - Ele diz me soltando e me dando um beijo na testa.

— Obrigado. - Digo e volto pra casa.

 

No dia seguinte decidi ir a escola, ainda há risadinhas e brincadeiras de mau gosto mas o professor Richards já havia voltado a lecionar e agora não chegava nem perto da minha classe. Encontro Noah no intervalo do  segundo período com o cabelo bagunçado e olhos um pouco vermelhos.

—O que foi?

—Comprei um baseado e me dei de aniversário adiantado.

—Que droga Noah!

—No canadá maconha é legal.

—Pra uso medicinal e acima de 25 anos! Eu não acredito que você fez isso.

—Eu é que não acredito no que você fez.

—Do que tá falando.

—Eu fiquei preocupado e fui até sua casa ontem depois da escola. Eu vi você beijando o Alec.

—Ah aquilo… Eu contei pra ele sobre a gente e foi um beijo de despedida.

—Ah um beijo de despedida? Carolina quer que eu acredite que você falou pra ele que transou com outro cara e ele levou numa boa e ainda te deu um “Beijinho de despedida” Acha que sou idiota?

— Agora sou culpada por ter namorado o melhor cara do mundo?

—Se ele é o melhor cara do mundo porque não fica com ele enh?

—Noah a gente não vai brigar por essa besteira né, foi o que aconteceu acredita em mim!

—Olha só, eu levei os papéis no correio, eu vou voltar pro Canadá, pode viver o seu conto de fadas com o seu coroa sem ficar com peninha do seu amigo viciado.

—Noah…

—Me deixa Carolina.

 

 




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Notas finais do capítulo

As coisas estão complicadas para Carolina...



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