Love lives by side - Em revisão escrita por Iset


Capítulo 22
O furacão Casey ataca novamente


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, mais um cap saindo do forno pra vocês! Derrepente posto o próximo hoje pois era pra ser um capítulo só mas ficou gigante e tive que dividir em dois! Espero que gostem! Deixem seus comentários!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/730305/chapter/22

O furacão Casey ataca novamente

 

A noite caia lentamente quando decidimos deixar a praia, os carinhos e as brincadeiras, Alec tinha o dom de me fazer sentir como uma princesa e que garota não gostaria de viver um conto de fadas?

Eu visto minhas roupas e ele a camisa sobre a calça ensopada, voltamos ao carro e ele checa o celular e logo seu semblante muda.

— Aconteceu alguma coisa? - Pergunto intrigada.

Ele digita alguns números e faz uma ligação sem me reponder.

— Casey? O que houve? - Ele pergunta com o aparelho no ouvido.

Seu rosto demonstra preocupação enquanto ouve a resposta do outro lado da linha e minha curiosidade sobe ao céu.

— Meu Deus, mas você está bem? Foi a polícia? - Ele questiona e em seguida se cala por mais alguns segundos.

—Okay que horas você chega?

...

— Sim eu vou te buscar, fica calma certo?

...

— Max está bem. Fique calma. Não foi sua culpa certo? Fique bem. - Ele Diz antes de desligar.

— O que aconteceu? - Pergunto sem rodeios.

— Casey, ela brigou com o noivo ele a agrediu. Bateu nela.

— E porque ela te ligou? - Pergunto sem pensar muito.

— Ela está muito abalada, saiu de casa quer ver o Max.

— Então ela briga com o noivo e liga pro ex? Ela não tem amigos? Parentes? Perai ela está vindo pra cá? E você vai ir busca-la?

— Carolina ela acabou de uma sofrer violência doméstica, já está no aeroporto com a passagem comprada, quer ver o filho o que queria que eu disesse?

— Você lembra das coisas que ela te disse quando pegou o Max? Com certeza ela deve ter feito o mesmo com o noivo e ele não deve ter a sua paciência.

— Carolina! Você está tentando justificar o fato de um homem bater na namorada? É sério?

— Eu não estou justificando nada, mas às vezes as pessoas perdem a cabeça. E do jeito que ela é eu não duvido que o cara só estava se defendendo. E depois desse “trauma” todo ela liga pro cara que há dias atrás chamou de monstro por estar levando o filho dela e disse que queria ver morto? Desculpa mas não acha estranho?

— Você não a conhece, ela é assim explosiva, fala e faz coisas sem pensar, mas ela não é uma pessoa ruim. E outra nenhuma mulher merece passar por isso.

— Eu não disse que ela merece. Só acho muito esquisito. Quase tanto quanto você ainda guardar as fotos do casamento de vocês no Notebook. - Digo irritada.

— Mexeu no meu computador?

— Eu só tava olhando as fotos e encontrei por acaso. E não me olha assim que não sou a única que faz coisas escondido nesse carro. Eu vi as fotos que tirou de mim. - Falo em minha defesa e ele solta o ar dos pulmões.

— Eu não estava te espionando, eu tiro fotos cotidianas de pessoas em parques, na rua, não é nenhum crime. E Casey, aquele casamento é parte da minha vida, qual o problema em guardar? Eu não sou um garoto, não preciso rasgar fotos ou queimar presentes pra me convencer que o relacionamento acabou. - Retruca ele.

— Ah sei… - Digo em tom de deboche.

— Sabe o que Carolina?

— Você ainda gosta dela, por isso fica tão irritado quando fala com ela. Por isso guarda as fotos e por isso está tão preocupado a ponto de brigar comigo por causa dela! Ainda ama ela.

— Eu não a amo, nossa história é passado já acabou. E com você que eu estou, você que eu amo. Mas a Casey é a mãe do meu filho, mal ou bem ela faz e sempre fará parte da minha vida. Vai ter que aprender a lidar com isso Carolina. Infelizmente eu tenho um passado, um filho, eu não posso passar uma borracha e pronto.

— Isso não tem nada a ver com o Max. Me leva pra casa. Se não vai acabar se atrasando para buscar a sua ex.

— Carolina, eu sempre te achei madura pra sua idade, essa cena não combina com você? Eu duvido que não tenha uma foto do Noah ai no seu celular. Quer que eu faça cena por isso também?

— O Noah é meu amigo, eu não casei com ele, não tive filhos com ele. Muito menos deixei você de lado pra ir atrás dele. Pelo contrário se tivesse com ele nodia que decidi passar a tarde arrumando sua bagunça  ele não teria quase morrido por apanhar daqueles caras!

— Perai agora eu sou o culpado por seu "amiguinho" ter problemas com drogas? Tá sendo muito infantil Carolina. - Ele diz pisando no acelerador.

Não trocamos mais nenhuma palavra até em casa, eu deixo o carro e lhe dou um beijo na bochecha ainda muito irritada.

Vejo ele entrar em casa e sair algumas horas depois, com uma roupa seca e cerca de duas horas mais tarde ele retorna na companhia de Casey que é recebida com um abraço apertado de Max. Mesmo de longe noto os cabelos amarrados uma roupa discreta e um rosto cansado e posso jurar que um pouco roxo.

Talvez eu esteja sendo tola, Alec jamais deixaria de estender a mão a alguém que foi tão importante na vida dele. Afinal ele era o Alec Mcallister, não seria o homem que me apaixonei se agisse de outra forma.

Fecho os olhos e adormeço entre soluços por ser uma completa idiota.

Na manhã seguinte desperto uma hora antes do costume, preparo Waffles, chocolate quente. Deixo servido na mesa uma porção pro pai, pego minha mochila, um pote e uma garrafa térmica e me coloco em direção a casa ao lado. Bato duas vezes e coloco um sorriso no rosto. Alec abre a porta vestindo uma camiseta e calça de moletom com o rosto um pouco inchado de sono.

— Alec você tinha razão eu fui muito infantil, me desculpa. Eu trouxe waffles e prometo que nunca mais vou me comportar daquele jeito. - Digo tudo numa vez só colocando o pote nas suas mãos e dando - lhe um selinho. _ Me perdoa?

— Carolina...

— Espera. Não vai me convidar pra entrar? - O interrompo.

— Entra. - Diz ele abrindo espaço.

— Eu juro que eu não sou aquelas garotas malucas, controladoras e inseguras, eu não sei o que me deu, na verdade eu não sei porque ando me comportando desse jeito, no restaurante e ontem. Fui muito idiota e… - Perco as palavras ao ver Casey vindo pelo corredor, cabelo bagunçado, as pernas longas e bem torneadas a mostra e o corpo esguio sob uma camisa azul do Alec, se não fosse pelo roxo na sua buchecha ela pareceria estar na cen de um filme sexy de Hollyhood. 

Meu mundo desaba e sou incapaz de esconder minha cara de decepção e meus olhos lacrimejantes. Volto o olhar pra ele que me fita intrigado, antes de girar o tronco e perceber a presença da ex ali.

— Não é o que você está pensando. - Diz ele já se defendendo.

— Eu não acredito que você fez isso. - Falo sentindo meu coração quebrar em centenas de pedacinhos e as lágrimas rolarem descontroladas pelo canto dos meus olhos.

— Carolina não aconteceu nada.

— Quem é essa garota? - Questiona Casey se aproximando de nós.

— Casey por favor nos deixe as sós sim? - Diz Alec nervoso e ela dá um sorriso, meia volta e entra no quarto dele.

Eu recuei alguns passos em direção a porta.

— Carol, me escuta, não aconteceu nada, ela dormiu com o Max, só trouxe a bolsa e a roupa do corpo eu emprestei a camisa pra ela dormir, eu sei o que parece, mas eu juro que não aconteceu nada. Acredita em mim. - Ele diz com um certo desespero na voz.

Olho ao redor e por mais que eu queira acreditar nele, eu simplesmente não consigo e as garrafas de vinho vazias sob a mesinha da sala, acompanhadas de duas taças não colaboraram nada em me fazer cree numa só palavra dele.

— Carolina… Eu juro… Eu amo você, eu não faria nada que te fizesse sofrer.

— Olha nos meus olhos e diz que não aconteceu nada. - Pergunto olhando firmemente nos olhos dele.

— Deixa eu explicar… - Ele fala desviando o olhar.

— Me deixa em paz Alec. - Digo me afastando em direção a porta.

— Carol.. - Ele me chama puxando meu braço.

— Me solta! - Gritei o empurrando e saindo em passos rápidos, ele me segue tentando me convencer de que tudo não passava de um mal entendido, mas minha mente não conseguia processar aquilo. A única coisa que eu conseguia imaginar eram os dois tendo uma noite romântica, recheada de vinho, memórias, sexo. Naquela altura eu não sabia dizer qual sentimento era maior a decepção ou a raiva.

— Carolina me escuta por favor, que droga me escuta! - Ele grita já no meu jardim. A porta da garagem se abre e o pai está pronto para sair quando nos vê, sai do carro e caminha na nossa direção.

— Que está acontecendo? - Ele fala com a voz rouca.

— Nada o Alec já ta indo embora. - Falo entre soluços.

— Carolina por favor, me deixa explicar...

— Alec deixa ela em paz, vai pra sua casa. - Ouço o pai dizer bravo enquanto entro e bato a porta com força.

Subo as escadas e me jogo na cama, eu tento me controlar, ser sensata, acreditar nele, mas aquilo doía demais e tudo que eu consigo fazer é chorar.

Ouço passos no corredor, e meu pai se senta ao lado da minha cama, afagando meus cabelos.

— O que houve?

— Ele dormiu com ela, ele e a Casey transaram.

— Tem certeza?

— Ela estava lá usando uma camisa dele, quase pelada, entrou no quarto dele. Eu sou uma idiota!

— Não você não é, eu não sei o que viu, e apesar de não gostar nada desse namoro e sempre ter pensado que o Alec nunca esqueceu a Casey, não acredito que ele tenha feito isso. Tente se acalmar sim. Não se resolve nada de cabeça quente. Eu tenho que ir pro trabalho. - Ele diz me dando um beijo na cabeça e saindo logo em seguida.

Decido não ir a aula, fico na cama como dizia minha vó “chorando as pitangas”, por um bom tempo. Não era a primeira vez que Alec me fazia chorar, mas sem dúvidas era a mais dolorosa delas. Depois de algum tempo meu celular vibra, leio a mensagem do Bryan.

“Onde você está? Esqueceu  a prova do terceiro período?”.

Sim eu tinha esquecido completamente, e com certeza não estava com cabeça para fazer uma prova, mas um “Briguei com meu namorado” não convenceria o professor a me deixar fazer a prova outro dia. Faço um esforço e levanto da cama, lavo o rosto pego minha mochila e saio. Tento não ser percebida por Alec e Casey que estão a frente da casa e parecem discutir, quando Max sai pela porta e enreda a cintura dos dois num abraço. Abaixo a cabeça e caminho até o ponto de ônibus. Consigo chegar na escola um pouco antes da prova, eu tento me concentrar nos números mas tudo que vejo são Alec e Casey. No intervalo tenho algumas mensagens do Alec, falando que precisávamos conversar.

“Amanhã conversamos” - Respondo apenas. Checo meu instagram e tenho uma nova seguidora.

Casey Morgan.

Sinto o sangue subir pra minha cabeça e sigo de volta, no perfil dela há diversas fotos dela, algumas do Max, e quase que instantaneamente o perfil é atualizado.

Home sweet home, é a legenda da foto da casa do Alec.

Respiro fundo e jogo o celular com força detro do armário, faço um esforço para não chorar enquanto me debruço sobre a porta do armário.

— Tá tudo bem? - Ouço a voz do Noah.

Levanto a cabeça, ele está na minha frente com um olhar intrigado.

— Eu estou bem. - Digo limpando os olhos.

— Sua prova estava tão difícil assim? - Diz preocupado.

— Eu sou uma idiota, eu nunca vou conseguir um bolsa com as minhas notas medianas, eu sou péssima nos esportes, provavelmente vou passar a vida atrás de um balcão de loja, morando com um pai que tenta disfarçar, mas que no fundo acha que eu fui um grande erro na vida dele, virgem, chorando por qualquer idiota e sem nunca fazer algo realmente importante ou mesmo instigante na vida porque eu sou uma tremenda medrosa e fracassada.

— Nossa. Isso não foi pela prova mesmo… - Diz ele com os olhos arregalados.

— Desculpa.

— Não, para de pedir desculpas okay? Você não precisa pedir desculpas por estar chateada. Olha só, eu não tô nenhum pouco afim de ficar no colégio hoje. Tá afim de matar aula?

— Não, eu … A ultima vez que fiz isso estava na sétima série e fiquei um mês de castigo.

— Bom isso porque você não tinha um profissional pra te mostrar como matar aula e sair impune… Ele diz passando o braço pelos meus ombros e dando um sorriso amarelo.

 




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado? Querem a continuação do cap hoje deixem um "Quero mais Noah" hahaas bjus!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love lives by side - Em revisão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.