Love lives by side - Em revisão escrita por Iset


Capítulo 17
Capítulo Bonus - Terapia de choque


Notas iniciais do capítulo

Bom gente esse capítulo foi totalmente escrito e dedicado a Princesa winchester que recomendou essa fic.



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Terapia de choque

 

Devo ter esperado quase meia hora lá fora até que o tal psiquiatra me chamasse. O papo não foi diferente do que eu já ouvi outras vezes. Três dias depois minha mãe apareceu e eu já estou pirando com esse lugar.

— Não podem me deixar trancado aqui! Mãe por favor me tira daqui! Por favor mãe.

— É pro seu bem Noah. Me desculpe, mas infelizmente foi a única maneira que encontramos de te proteger.

— Me proteger? Me trancando com um bando de malucos? Vocês não tem esse direito, nem são meus pais! Eu quero sair daqui eu quero ver a Carolina.

— Nós somos seus pais sim Noah, mal ou bem nós criamos você! Estamos tentando evitar que acabe se matando.

—  Droga mãe! E a Carolina? Como ela está?

— Em coma, seu pai está pagando todas as despesas médicas, o pai dela já veio pra cá.

— Em coma? Meu Deus o que eu fiz…?  Ela vai ficar bem não vai?

— Ainda é cedo pra dizer, mas agora você precisa se concentrar em você. Em se curar.

— Eu não to doente, que saco! Mãe por favor, me tira daqui ou me deixa ver a Carolina pelo menos, por favor eu faço o que quiser, mas me deixa ver a Carol.

— Quando ela acordar eu peço pra te levarem lá okay? Mas agora, você precisa ficar aqui.

— E sobre a mulher que me vendeu? Você sabe dela?

— Se chama CIhoe Pullin, tinha a sua idade quando você nasceu. É tudo que eu sei. Me perdoa, eu sempre quis te contar, mas eu sabia que você ia surtar, eu só queria te proteger filho.

— Bom vocês tem um jeito estranho de tentar me proteger, esse lugar é horrível. Me deixa sair daqui? Eu quero ficar com a Carol, eu preciso cuidar dela.

— Ela está sendo cuidada Noah. Por favor, comporte - se.

— Mãe! Mãe! - Grito enquanto ela se afasta.

Até o reformatório no Canadá era melhor do que aquela maldita clínica, sabe o que é se sentir vigiado até mesmo enquanto dorme? Ou toma banho? Eu precisava sair dali ou ia acabar enlouquecendo.

Dias se passaram e pro meu azar hoje ainda teria de enfrentar a terapia de grupo. E assim aconteceu, durante duas horas trancado e sentado num círculo ouvindo um bando de fracassado contar sobre como deixaram seus vícios destruírem suas vidas, famílias e empregos. Uma mulher de uns quarenta anos chorou o tempo todo, um outro cara rebolava um palito de fósforo compulsivamente na boca, enquanto outro ficava dando pequenos saltos na cadeira  até que me torno o centro das atençoes.

— Então Noah não vai compartilhar sua história com a gente? - Pergunta o psicólogo.

— Não obrigado.

— Que isso Noah estamos aqui para ouvir.

— Bom eu não sou um viciado, eu nunca vendi nada da minha casa, nem gastei o dinheiro dos remédios da filha que eu não tenho, porque estou sempre sóbrio o suficiente pra usar camisinha, eu nunca roubei, nunca matei, e eu só estou nesse maldito lugar porque meus pais adotivos não podem pedir a grana deles de volta ao fazerem a minha devolução.

— Noah, seus pais te colocaram aqui porque estão preocupados com você. Eles te amam e não querem que você acabe como alguma das pessoas dessa sala.

— Olha eu só sou um garoto que fez umas merdas aqui e alí, eu não sou um viciado que não se controla, eu uso porque gosto da sensação, quando não quero não uso e pronto. Só tá me mantendo aqui porque meus pais estão pagando e eu imagino que um psiquiatra decente não faria isso tipo de coisa.

— Bem vocês podem ir, acho que nosso amigo Noah precisa de uma atenção especial. Diz ele e assim que todos deixam a sala se volta a mim.

— Ah vamos discutir ética? Bom Noah que ética você teve quando vendeu drogas pros seus colegas? Que ética teve quando deixou a sua mãe e a sua namorada andarem pela cidade toda que mal conheciam atrás de você enquanto você se drogava e se divertia? Que ética teve quando empurrou a Carolina da escada?

— Eu não a empurrei ela caiu!

— Tem certeza Noah? Ou estava chapado demais pra lembrar que discutiu com ela e a empurrou?

— Eu não empurrei! Ela caiu.

— Já conseguiu se convencer disso? Uma menina tão jovem não é, realmente uma pena.

— Pena o que? - Pergunto preocupado.

— Ela teve um traumatismo, entrou em coma. Infelizmente não resistiu. Seus pais não queriam que você soubesse, mas acho que você pode lidar com isso não pode?

— É mentira você está mentindo! - Grito sentindo meu peito disparar.

— Eu realmente sinto muito Noah.

— Não! - Grito o empurrando contra a parede._ Você está mentindo! - Grito segurando- o pelo colarinho, enquanto meus olhos ardem.

— Lamento, você matou sua namorada.

— Não… Não… Não é verdade, a Carolina tá viva, ela tá bem. Diz que ela tá bem! - Grito desesperado, sinto meu peito se dilacerar em dois e uma raiva incontrolável tomar conta de mim.

— Eu sinto muito mesmo. - Ele diz.

O solto e desabo, não consigo controlar as lágrimas e dor.

— Eu sou a única coisa que tá te separando da prisão perpétua, então é melhor confiar em mim.

— Eu não empurrei ela, ela caiu. Mas a culpa é minha, a culpa é minha. Carol.

— Você a empurrou Noah, precisa aceitar isso pra poder continuar.

— Eu lembro do que aconteceu e eu não machuquei ela! - Digo entre lágrimas. Ele me olha e começa a rir.

— Isso foi muito engraçado, eu estava te zoando sua namorada está bem, ela vai receber alta.

— O que? - pergunto sem acreditar na brincadeira dele.

— Foi uma brincadeira.

— Seu desgraçado! Você é maluco?

— Ah foi divertido, você tinha que ver a sua cara, foi hilária… Não.. Não Carol não… - Ele me imita com um sorriso sádico nos lábios. Eu não consigo conter a raiva e avanço sobre ele acerto um soco e depois outro vejo o sangue esguichar da coca dele e quando estou prestes a acertar o terceiro soco sou contido por kevin e outro enfermeiro, que me agarram e me afastam para longe nele.

— Sim esse é o Noah, agressivo, paranoico e imprevisível.

— Seu desgraçado você é maluco! Me soltem! Esse cara é doido! Me larga! Grito enquanto me contorço tentando me livrar dos enfermeiros. Mas em segundos sinto meu corpo e mente relaxar e se tornarem incontroláveis. O resto da tarde eu passo deitado na minha cama olhando pro teto, eu mal conseguia pensar quem dirá tentar sair dalí.

No outro dia minha cabeça parece que vai explodir de tanta dor, kevin traz meu café da manhã.

— Porque eu não vou tomar café com os outros.

— Bom você bateu no psiquiatra.

— Ele é maluco, ele disse que a Carol estava morta! E depois começou a rir de eu ter ficado desesperado ele é louco!

— Bom tome seu café e os remédios.

— kevin precisa me ajudar a sair daqui. Por favor. Sabe que eu não mereço estar aqui, eu vou acabar pirando.

— Olha Noah, relaxa falta pouco tempo e tenta não bater no psiquiatra se não, não vai sair daqui. Eu tô de folga neste fim de semana, se cuide viu.

— kevin será que pelo menos pode ligar no hospital, perguntar da Carol. Por favor cara.

— Eu vou ver o que posso fazer, anota o hospital e o nome dela.

— Ah obrigado cara, eu estou tão preocupado com ela.

 O fim de semana estava sendo um grande saco de nada, quando descido sair do quarto, dou de cara com o psiquiatra com um belo curativo sobre o nariz e dois enfermeiros.

— Você tem um belo soco. Levem ele - Ele diz e em seguida os enfermeiros me seguram um de cada lado e me arrastam pra outra área da clínica, mais especificamente para área dos completamente pirados e agressivos de lá. Sou jogado em um quarto sem mobília alguma com força contra o chão em seguida uma caixa de sapatos é lançada contra mim.

“Droga, não devia ter batido nele. Eu nunca mais vou sair desse maldito lugar” Penso.

Na caixa há algumas fotos minhas de quando criança, algumas poucas viagens que fiz com os johnsons. Um ano em que nos vestimos de família Adams no Halloween, o meu primeiro jogo de beisebol na liga infantil, Paul parecia orgulhoso. Há também uma foto de Carolina no meio da neve, estava na memória do meu celular.

Droga! Não era pra ser assim, era pra ser a viagem perfeita. Droga eu estraguei tudo. No fundo da caixa há uma carta dobrada varias e varias vezes, abro o papel e um saquinho com pó branco cai do meio dele, na folha de papel há apenas a frase:

“ Tenha um bom fim de semana”

Filho da mãe.

Passar o fim de semana mais tedioso da minha vida preso junto com um saco de “brilho”, foi uma das coisas mais difíceis que fiz, mas aquilo era um presente de grego, no momento que eu usasse aquilo, eu seria o viciado que todos apontavam os dedos e aí eu perderia totalmente o controle da minha vida.

Na segunda quando a porta finalmente abre, eu estou com fome, com frio, minha cabeça lateja de dor.

— Como está garoto?

— Você é maluco! Você é pirado cara! Que tipo de médico dá drogas pros seus pacientes?

— Drogas, ah você deve estar falando desse amido de milho? O máximo que ia conseguir com isso é uma obstrução nas vias aéreas.

— Você é doido.

— Você passou no teste, claro que ainda temos umas semanas pela frente antes de te liberar, mas quer ir ver a sua namorada?

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Bjus!



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