Love lives by side - Em revisão escrita por Iset


Capítulo 9
Noah, Alec e mais um Smith


Notas iniciais do capítulo

Então gente, mais um capítulo cheio de emoções pra vocês! Espero que gostem!



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Noah, Alec e mais um Smith

 

Meu pai está um pouco pálido, mas aparentemente bem, Marylou segurando a sua mão com uma cara de preocupada e olhos inchados, eu me aproximo e dou-lhe um beijo na bochecha.

— Nunca mais me dê um susto desses! Achei que fosse morrer. O que houve? Você está doente? - Pergunto.

— Não vai se livrar tão cedo desse velho.  Estou bem, o médico disse que foi um só choque anafilático. Misturei remédios que não podiam ser tomados juntos, mas estou bem. Amanhã já vou pra casa.

— Você precisa se cuidar mais, não  é nenhum garoto pai e que remédio foi esse?

— Okay, eu estou bem. E você não tem escola?

— É domingo pai.

— Vamos transferi - lo agora pro quarto Sr. Thomas. Diz a enfermeira.

Já no quarto Marylou vai pra casa, a coitada ainda estava de pijamas. A essa altura eu comecei a gostar da idéia de ter uma madrasta, afinal como eu faria se tivesse que cuidar de tudo aquilo sozinha?

Minutos depois Alec entra no quarto, na companhia de um homem alto de cabelos castanhos, cujo o rosto me era bem familiar.

— E ai velho? - Diz o cara se aproximando da cama com um sorriso.

— Então eu preciso quase morrer pra receber uma visita do meu primogênito. - Diz o pai visivelmente empolgado.

— Não reclame, eu devia estar trabalhando hoje.

— Então finalmente arranjou um emprego, eu devo ter morrido e estou no céu. - Diz papai.

— Continua tomando viagra com seus remédios do coração pra você ver o que acontece. - Responde o homem que agora eu sabia ser Trevor, meu meio irmão.

— Não fala essas coisas na frente da menina! - Repreende meu pai.

Trevor dá uma olhada pelo quarto como se não me visse sentada à poltrona.

— Menina, você diz essa moça? - Fala me olhando em seguida me estende a mão. _ Você deve ser a famosa Carolina. Muito prazer sou seu irmãozão, Trevor.

Eu levanto da poltrona e o cumprimeto.

— É um prazer conhecê -lo.  

— Como está se sentindo Tom? - Pergunta Alec.

— Eu vou ficar bem, mas aproveita que o Trevor está aqui e tenta por um pouco de juízo na cabeça desse seu amigo Alec.

— Ah pai, não obrigado.  Juízo demais deixa as pessoas doentes e ranzinzas. Eu tô legal assim.

— E aí Carolina deve tá com fome, a fim de tomar um café? - Ele me pergunta, o Alec cuida do Papazila…

— Papazila?

— É o apelido dele, papa é pai em espanhol e zila de godzila, porque ele é gordo e destruidor.

— Cala a boca Trevor… Retruca o meu pai.

Trevor me leva até a lanchonete do hospital, ele passa uma cantada na atendente e leva um belo toco.

— E então  tá sentindo falta do Brasil?

— Sim. Da minha família, meus avós.

— Ah.. Soube da sua mãe. Sinto muito. E o papazila está sendo legal com você?

— Eu não posso reclamar, ele tem se esforçado bastante. Foi o Alec que te ligou?

— Não, foi o hospital ontem de madrugada quando ele deu entrada. Desculpa não ter ido na sua festa de boas vindas, a minha mãe teve um acesso de raiva. Não é culpa sua não sabe, é que ela ainda tem ciúme da sua mãe.

— Minha mãe tá morta.

— Explica isso pra alguém que tem vagina, vocês são  malucas. Eu tirei uns dias de folga e vou ficar por aqui. Se você não se importar é claro.

— Ah eu vou adorar, eu sempre…. Sempre quis ter um irmão, mas a minha mãe nunca quis ter outro filho.

Cerca de duas horas depois, Alec se oferece pra me levar pra casa. Trevor ficaria até Marylou chegar. Eu realmente tive uma boa impressão do Trevor, papai costumava dizer que ele era irresponsável, que não parava nos empregos e não  cuidava dos filhos, mas até agora eu estava gostando dele. A volta pra casa foi silenciosa, quando chegamos Alec parou o carro e ficou me olhando como se tivesse algo a dizer.

— Quer entrar, comer alguma coisa? Deve estar com fome. _ Digo educada.

— Eu acho melhor não. Sobre o que te dizia no hospital eu...

— Não, Alec eu já entendi. Não se preocupa que eu não vou ficar te rodeando, eu vi sua namorada e ela é muito bonita.

— Está falando da Tanisha? Que veio aqui em casa outro dia? Ela não é minha namorada, é designer de interiores e nós fomos escolhidos para um projeto enorme na firma, saímos pra comemorar.

— Oh… Eu achei que. Bom deixa pra lá, ah e houve um acidente com seu livro do Forest, mas eu compro outro, eu prometo! - Digo abrindo a porta do carro.

— Até mais Alec.

— Até.

Meu telefone toca, e é Noah, explico a situação e ele diz que vai pedir o carro do tio emprestado e a tarde passa me pegar pra irmos ao hospital.

Quando foi por cerca de uma da tarde, meu irmão Trevor chegou, eu esquentei o almoço e ele disse que papai estava bem e que receberia alta na segunda, também disse que as visitas só podiam ser feitas na parte da manhã por normas do hospital. Mas resolvi não avisar o Noah, talvez pudéssemos aproveitar a tarde e atualizar as matérias que ele estava atrasado. Seria péssimo se ele reprovasse mais um ano.

Trevor sentou na varanda e alguns minutos depois Alec apareceu com algumas latas de cerveja, eu fingi não escutar a presença dele e continuei nos meus afazeres domésticos na sala. Os dois conversaram sobre muitas coisas, dava pra perceber que se conheciam de vários anos, de fato eles deviam ter a mesma idade ou quase, porém Alec era muito mais bonito, charmoso e sem sombra de dúvida mais educado e inteligente.

— Hey maninha porque não arranja um lanchinho pra gente enh? - Diz Trevor.

— Você não acabou de almoçar?

— Nossa que isso maninha, você não vai negar um sanduíche pro seu irmão preferido vai? - Grita ele lá de fora.

Respiro fundo e vou pra cozinha, faço alguns sanduíches.

— Oh que beleza. - Nessas horas que eu sinto falta de ter uma mulher em casa. - Diz ele.

Olho com a cara feia, Alec apenas levanta as sobrancelhas e faz uma careta reconhecendo a mancada machista do Trevor e agradece o sanduíche.

Eu sentei nos degraus da varanda, já estava na hora do Noah chegar e minutos depois ele estaciona na frente de casa.

Ele desce do carro e chega me surpreendendo com um chaveiro do “OKAY” de a culpa das estrelas, meu livro favorito, e um beijo na bochecha. Eu sinto meu rosto aquecer e Alec nos lança um olhar um tanto intimidador.

— Não vai nos apresentar o seu amigo? - Pergunta Trevor depois de alguns segundos de silêncio.

— Ah sim, Noah este é Trevor ele é meu irmão. E esse é o Alec, nosso vizinho.

Noah estende a mão e comprimenta Trevor e depois Alec, que está mais sério do que eu jamais o vi.

— Vamos?

— Trevor disse que não aceitam visitas a tarde.

— Sério, então vamos em outro lugar, sei lá tomar um sorvete. - Diz Noah visivelmente feliz de evitar a ida ao hospital.

— Que tal estudar e colocar a matéria em dia? Meus livros já estão na cozinha.

Vejo a cara de decepção tomar conta do Noah e em seguida a risada do meu irmão.

— Se fudeu garoto, toma aqui uma cerveja pra sua tarde não ser tão perdida e gostei do cabelo. - Fala Trevor.

— Valeu. - Diz ele pegando a lata.

— O que fez no braço? - Pergunta Alec com uma cara séria.

— Eu fui assaltado.

— Perai, você é o garoto que saiu no jornal que estava na Uti, porque foi espancado?

— Eu mesmo.

— Ah os assaltantes estavam com muita raiva então. - Diz Alec desconfiado.

— É eu acho que dei azar, mas o que não mata fortalece não é? Muito boa essa cerveja.

— Bom você nem devia estar bebendo. - Diz Alec.

— Vou fazer 19 daqui há três meses.

— Já não devia ter terminado o High school? - Questiona Alec um tanto surpreso. 

— Nossa Alec tá parecendo o Tom deixa o garoto. - Diz meu irmão.

— Ah tudo bem deve ser a idade. -  Retruca Noah.

— Que nada eu sou um ano mais velho que ele e não sou chato. Quer uma cerveja Carol? -

— Não é questão de ser chato, se formar na idade certa pode decidir o seu futuro, a universidade que vai cursar. É importante se dedicar. Quando você fica atrasado nos estudos...

— Tá certo sr certinho, eis na sua frente meus jovens a diferença de alguém que fez faculdade e um que não fez. Trabalho numa empresa de remoção de lixo e nosso amigo é arquiteto… Estudem.

— Eu não quis dizer isso Trevor.

—Eu não pretendo fazer faculdade, não em breve pelo menos, talvez daqui a uns anos. Quero umas férias de provas e testes - Diz Noah.

— Isso não vai te ajudar a não ser “assaltado” por aí. - Provoca Alec.

— Ainda não tenho certeza do que quero fazer, não quero escolher mal e passar a vida fazendo algo que não gosto. - Retruca Noah, nesta hora me arrependi de ter comentado com ele que o sonho do Alec era ser fotógrafo.

— Bom se na vida você tiver tudo que gosta, pode ter certeza que está no caminho errado.

— Talvez, mas você gosta de ser arquiteto? Meu pai é corretor ele costumava dizer que arquitetos não tinham sido homens o suficiente pra fazer engenharia e nem gays o suficiente pra fazer design de interiores. Diz Noah com uma cara de deboche.

Meu irmão cai numa gargalhada.

— Noah! vem vamos estudar.- Falo puxando ele pelo braço antes que as provocações ficassem piores.

— Eu fiz a mesma piada quando ele  disse que ia fazer arquitetura. Juízo vocês dois aí dentro e usem camisinha! - Diz Trevor.

Olho pra ele com uma cara de brava e entro em casa.

— Que droga Noah, que piada sem graça, que deu em você?

— Foi ele quem começou…

— Senta aí, vamos estudar!

Passamos a tarde entre geografia, história e literatura, Noah não conseguia esconder a cara de tédio e assim que saí pra ir no banheiro ele escapou da cozinha, e foi pra sala onde agora os dois amigos assistiam um jogo de basquete. Se bem que Alec tinha a mesma cara de tédio para a Tv que o Noah tinha para os livros.

— Droga, Noah ainda falta literatura jurídica.

— Mas é o NBA! - Diz ele se voltando a Tv.

— Nossa irmãzinha deixa de ser chata? Senta aqui e assiste com a gente e traz umas cervejas.

— Vai sonhando….Você é um folgado sabia? - Volto pra cozinha brava e começo a guardar meus cadernos.

Nao que eu fosse uma Cdf, mas no final do ano estaríamos entregue a vida adulta e se não conseguisse uma bolsa, provavelmente ia passar boa parte da vida limpando privadas. Pego o livro de química e enfio com força na mochila, eu realmente odiava aquela matéria, provavelmente ficaria de recuperação neste semestre.

— Eu te odeio sr Lavoisier… Penso alto.

— “Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.” Ele era muito inteligente. - Diz Alec postado a porta.

— Bom, ele complicou a vida de milhares de pessoas.

— Na verdade ele facilitou, mas bom vai entender quando for mais velha.

— Veio buscar as cervejas?

— Não, eu não sou muito fã de basquete. Gosto beisebol eu acho, Max adora, ele tava no time da escola.

— Sente falta dele né?

— Muita, se eu não conseguir a guarda dele, talvez eu me mude pra lá, não posso ficar viajando toda a hora e também não quero ser o tipo de pai que vê o filho três vezes no ano.

Sinto meu peito apertar.

Não, não, não, definitivamente não. Alec não podia ir embora, e o nosso fio vermelho? Não era assim que as coisas deviam ser.

— Você tá pensando mesmo em mudar?

— Eu adoro Jacksonville, adoro esse lugar, mas não posso ficar tão longe dele, não seria justo. Ele precisa de um pai. - Diz ele

Como sempre Alec estava certo e minha admiração por ele cresceu ainda mais, mas eu definitivamente não queria perde-lo. Por mais que não houvesse nada entre a gente, de alguma forma era reconfortante saber que ele morava ao lado, saber que eu podia vê-lo quase todos os dias, trocar uma palavra,  aceno que fosse. Se ele voltasse a viver em NYC eu o perderia talvez para sempre. Queria poder dizer pra ele nao ir, mas como poderia? Ele queria ficar perto do filho.

— Você tá certo, o Max precisa do pai,  estar sentindo muito a sua falta. - Digo me esforçando pra não chorar, neste momento Noah adentra a cozinha rindo, esbarra em Alec posso dizer que propositadamente e vem na minha direção…

— Seu irmão pediu pra mim pegar umas cervejas.

— Sabe que eu já nao to mais gostando desse papo de ter irmão e não acha que já beberam demais? - Reclamo.

— Ah eu queria um irmão igual o seu,  o Trevor é da hora. Pode me alcançar as cervejas.

Alec se afasta e volta a sala.

— Não, você nem devia estar bebendo está tomando remédios não está?

— É mais ou menos… - Diz ele com uma cara de cachorro que caiu da mudança.

— Chega de cerveja por hoje. - Digo imperativa. Está dirigindo nao está? Aliás você não devia dirigir com esse braço quebrado!

— Nossa Carol…

— Ah desculpa por querer te manter vivo. - Reclamo.

— Hum, está preocupada? - Diz ele se aproximando com aquele sorriso que me faz corar.

— Melhor você  ir pra casa. - Digo o afastando.

— Tá  na minha hora mesmo, me leva até a porta?

O acompanho até a porta e ele se despede doeu irmão e do Alec se referindo como “ Sir Alec”, talvez por descuido eu imagino. Alec o mira confuso por uns instantes, mas volta a atenção para o jogo. Nos despedimos e voltei a sentar na varanda, minutos depois Alec se senta ao meu lado.

— Ele não conseguiu ir para Uti por causa de um assalto não é?

— Eu não sei...foi o que ele disse. - Digo tentando ser natural.

— Só nao deixa ele te meter em encrenca. - Diz Alec.

— O Noah é um pouco impulsivo às vezes, mas ele é um cara legal.

— Sei.

— Oh Carolina, maninha! Que tal fazer um café pro seu irmão favorito. - Ouço Trevor gritar de dentro da casa.

— Como conseguiu passar a vida sendo amigo dele sem tentar mata-lo? - Pergunto a Alec, que solta um riso bonito.

— Na verdade a gente brigou um bocado, ta vendo isso aqui. - Diz ele mostrando uma cicatriz sobre a sobrancelha.

— Sétimo ano, ele bateu a minha cabeça contra o parachoque do carro do seu pai.

— Porquê?

— Ah eu tinha dado um soco na cara dele…

— Não imagino você batendo em alguém…

— Ah eu geralmente apanhava mesmo. Mas eram outros tempos, se você não brigasse acabava virando o saco de pancadas de todos os outros - Diz ele rindo.

— Bom, não  mudou muito. Só que agora é com menos sangue e mais destruição moral mesmo. Eu acho.

— Oh Carolina! Caféeeee! - Ouvimos mais um grito.

— É muito errado querer matar seu irmão no mesmo dia que o conhece?

— Eu preciso ir na loja de departamentos comprar tintas para impressora quer ir junto, e deixar pra matar o Trevor amanhã, ai não vai ser tão errado já vai ter conhecido ele a mais de 48 horas.

— Vou colocar um tênis.

Minutos depois estávamos a caminho do k-mart uma rede de lojas de departamentos muito famosa por aqui. Na loja Alec escolhe algumas tintas e folhas. Ele me paga um sorvete e saímos em direção ao pátio onde havia um chafariz enorme e a noite já começava a cair deixando o céu em tons de azul escuro. Subo no beiral do chafariz e começo a me equilibrar como uma criança na lateral de concreto.

— Eu costumava ser muito boa nisso quando era criança. A rainha do equilíbrio de Padre Miguel - Digo enquanto avanço um pé de cada vez.

— Eu também costumava ser bom.

— Então sobe.

— Eu não tenho mais doze anos.

— Nem eu. Está com medo?

Ele coloca as sacolas sobre o banco de madeira e sobe logo atrás de mim, volto a andar cuidadosamente, mas ele é rápido e  me obriga a aumentar a velocidade o que me faz perder totalmente o equilíbrio e cair dentro do chafariz, que é mais fundo do que parecia e a água alcança acima dos meus joelhos, fazendo com que eu derrube o potinho de sorvete.

Ouço a risada de Alec, e lanço uma espirrada de água na direção do rosto dele.

— Você me derrubou.

— Eu nem encostei em você, parece que não é mais a rainha do equilíbrio. - Ele Diz.

— Ah é? - Pego o pote que restou do sorvete que agora se desfaz na água e o enchi com o líquido meio leitoso que se formou em volta dele.  

— Não… não faça isso… Carolina. - Diz ele dando um passo pra trás.

Assim que avanço ele sai em disparada pelo estacionamento, o sigo por entre os carros, e por Deus queria ter pernas tão longas quanto as dele, tento nao virar o pote de água enquanto costuro os carros ao seu encalço. Eu nunca o alcançaria então apelo finjo que torci o pé e reclamo de dor. Ele para imediatamente e volta ao meu encontro, com a cara de preocupado.

— Você está bem? Diz ele se abaixando pra verificar a situação do meu pé, neste momento jogo a água bem no rosto dele e começo a rir.

— Isso não foi nada ético dona Carolina, agora é guerra. Diz ele me pegando pela cintura e me colocando no ombro.

Começo a gritar feito louca e bato nas costas dele enquanto me carrega em direção ao chafariz.  Algumas pessoas olham confusas enquanto adentram os seus automóveis. Assim que chegamos no chafariz ele adentra água me colocando sob o esguicho das pequenas bicas que saem dos vasos de pedra. Eu o seguro e o puxo pra baixo da água também, começamos a rir como loucos até que nossos olhos pousarem um sobre o outro. Sinto aquele calor  meu corpo e nem mesmo a água gelada é capaz de frear o meu impulso de beija-lo, mas ele me freia no meio do caminho.

— Isso não é certo. Não é certo. - Ele diz com a respiração ofegante, talvez eu esteja louca, mas ele parecia estar com tanta vontade quanto eu de se entregar aquele momento.

— Desculpa. Não planejava sentir alguma coisa por você, mas aconteceu. Sinto muito por isso. Digo me afastando.

Sinto as mãos dele tocar levemente meu rosto e depois seus lábios se aproximaram dos meus, tocando levemente, hesitantes, até voltarem a se afastar.

— Você é uma menina. Eu não devia. Isso não faz sentido. - Ele diz quase como um sussurro.

— Eu não sou uma criança, você sabe disso. E o amor não é pra fazer sentido mesmo.

Ele se afasta ainda mais.

— Mesmo assim, eu não deveria sentir o que sinto quando estou  se você. Quando você estava no jardim de infância eu me formava na faculdade. É uma insanidade. Vou comprar umas toalhas. Ele diz  saindo do chafariz e se dirigindo a loja.

Eu entendia o que Alec queria dizer e de certo modo, sei que ele estava certo.  Meu pai que o conhecia e o amava como a um filho teve quase um infarto quando suspeitou que havia algo entre nós, imagina como seria pras outras pessoas? Pra mim a idade era apenas um número, nao conta pros sentimentos. Não acredito que seja cedo ou tarde pra amar, o amor é pontual. Ele chega de forma incalculável e incompreensível. O verdadeiro amor è aquele que jamais escolhemos sentir, mas sim aquele que o sentimos sem o nosso querer… E talvez seja egoísmo ou vaidade, mas de alguma forma era reconfortante saber que eu não era a única naquela situação.


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Notas finais do capítulo

E então gente, gostaram do capítulo? Merece um favoritamento? Haha ou até um dos 16 fantasminhas que acompanham deixarem um oi so pra autora pirar e se emocionar postando caps a semana toda? ~Le chantagiadora... hahah beijos e até o próximo!



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