Love lives by side - Em revisão escrita por Iset


Capítulo 23
Começos complicados, mas nem sempre ruins


Notas iniciais do capítulo

Volteiiii.... bom já vou avisando que finalmente temos um hot de verdade nessa história. Mas o cap não é só isso, boa leitura!



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Começos complicados, mas nem sempre ruins.

Bom como já falei anteriormente, minha vida é cheia de começos complicados e matar a aula pela primeira vez na terrinha do tio Sam, com o baby Johnny Depp da escola não seria diferente.

Pego minha mochila, sem perceber que meu celular ficou caído dentro do armário e saímos disfarçadamente pelo corredor.  Não poderíamos sair pelo pátio principal pois a guarda escolar ficava postada a frente do portão, então caminhamos até os fundos, onde ficava a área esportiva da escola. O sinal já havia soado e os únicos alunos no pátio eram os que estavam na aula de educação física. Passamos pelo ginásio nos esgueirando por baixo das arquibancadas. Noah ia na frente com muita destreza entre o monte de ferro que estruturava os bancos, com certeza já tinha passado por ali algumas vezes, eu o seguia um pouco desajeitada, torcendo para não ser pega e nem me machucar.

Alcançamos a porta de emergência que dava para o pátio que fazia os limites da escola, como o acesso ali era restrito aos funcionários da manutenção estava deserto e com  grama bem alta.

— Consegue subir? - Pergunta Noah encarando a cerca.

— Consigo. - Digo sentindo meu peito acelerar quando ouvimos um barulho no portão.

— Rápido. - Diz Noah se pondo a subir.

Eu escalo logo atrás dele e quando estamos no alto a porta se abre e o zelador nos encara. Noah salta pro lado de fora e eu hesitei por uns segundos, mas ele estende os braços e de alguma forma sei que não vou me arrebentar no chão e salto também.

— Seus moleques! - Grita o zelador. Quando me encontro nos braços de Noah e quase que caímos os dois pela força do impacto. Trocamos um olhar e um sorriso, ele segura na minha mão e me manda correr.

E nós corremos e corremos muito, por cerca de dois quarteirões até estarmos exaustos demais para continuar. Meu coração parece que vai saltar pela boca e Noah respira apressado.

— Estamos encrencados né? Nos viram! - Falo temerosa.

— Relaxa tem dois mil alunos, ele não vai saber quem somos.

— E o que a gente faz agora?

— Eu não sei. - Ele diz soltando uma gargalhada.

— Não sabe?

— Ah eu costumava cabular aula pra fumar um baseado, beber ou pichar paredes, mas minha mãe me fez cortar o cabelo e eu tô com a garota mais careta da escola, não tenho idéia do que possamos fazer. - Diz ele rindo.

— A garota mais careta da escola sério? E a Annie May e a Claire?

— Já vendi baseados pra Annie e a Claire posta contos eróticos yuri na internet sob o codinome de QueenRowena.

— Sério? A Claire? Está mentindo!

— Não estou não, você é oficialmente a garota mais careta do colégio.

— Ah que ótimo.

— Mas tem um lado bom nisso, bom eu acho que tenho que aprender a ser mais careta. Sabe pra combinar com o visual e não ser deserdado pelos meus pais adotivos - Diz ele revirando os olhos. _ Então, o que os caretas fazem quando matam aula?

— Levam uma surra da avó e ficam um mês de castigo? - Respondo.

— Eu não tenho avós então, vamos ter que achar outra coisa pra fazer.  Diz aí, tá afim de fazer o que?

— Eu não sei, eu fugi da escola, estou me sentindo uma fora da lei. - Digo.

— Eu te convidaria pra ir no cinema mas, não tenho um centavo no bolso. Mas… meu tio tem uma  Smart TV De 48’, eu tenho uma conta no Netflix e sei fazer pipoca de microondas.

— Maratona de House?

— Estamos cabulando aula, vamos assistir algo menos instrutivo.

— Greys Anatomy?

— Você é péssima nisso. - Ele diz com um sorriso lindo.

Caminhamos até a casa dele por cerca de quarenta minutos, ele chega abre a porta. A casa está tão bem organizada quanto da última vez que estive ali.

— Fica a vontade eu vou fazer as pipocas. - Ele diz indo em direção a cozinha.

— Sento no sofá e ligo a televisão gigantesca, enquanto ouço o barulho das pipocas estourando. Minutos depois Noah aparece com um balde imenso de pipoca, uma lata de refrigerante e uma garrafinha de cerveja.

— Já escolheu o que vamos assistir?

— Batman o cavaleiro das trevas, pode ser? Tô a fim de ver coisas explodindo. E me dá essa cerveja. - Digo tomando a garrafa da mão dele.

— Quer falar sobre o que aconteceu?

— Não.

— Ah que bom, faz tempo que quero ver esse filme de novo.

— Hey! Quando uma garota diz que não quer falar, você insiste até que fale, não conhece as regras?

— Ah eu posso não ter mais meu cabelo de rebelde sem causa, mas continuo não gostando de regras. Pipoca?

Assistimos ao filme e depois Noah prepara umas torradas de almoço, conversamos sobre coisas tolas, filmes e séries, por algum tempo eu esqueço de tudo que aconteceu essa manhã, dos problemas com meu pai, da falta que eu sentia da minha mãe, do Brasil e principalmente do Alec.

— Você tem algum baseado aí? - Pergunto num soco, ele me olha espantado sem entender.

— Não… Eu tô limpo de tudo, nem cigarros eu tô mais fumando escondido.

— Fumava cigarros escondido?

— Eu não tenho orgulho disso, cigarros fazem mal…

— Sei… E você não tem nenhum baseado guardado?

— Porque?

— Porque eu quero experimentar.

— Você é um Et que tá usando o corpo da Carolina ou tá me testando?

— Eu acho que sou o único ser daquela escola que nunca experimentou e se usam no tratamento pra câncer não deve ser tão ruim.

— Eu devo ter um ou dois guardados, mas eu tô tentando ser careta e você deveria me ajudar nisso.

— Pode ser depois de me dar um pra experimentar?

Ele me olha durante uns segundos até que cede, vamos pro quarto dele e estava tudo organizado.

— Nossa, esse não parece o seu quarto.

— Meu psiquiatra disse que quarto bagunçado, mente bagunçada e não estou afim de voltar pra aquele lugar então… Estou me esforçando. - Ele diz enquanto revira uma gaveta.

— Hum… Digo passando os olhos pelos posters da parede.

— Achei. Mas tem certeza?

— Tenho, acende isso logo.

Ele pega um isqueiro e está prestes a acender quando para e me olha.

— Eu não posso fazer isso Carolina, sabe eu sei que temos ideias diferentes sobre maconha e sei que não estaria me pedindo isso se não tivesse chateada. E no mais eu prefiro que daqui há 10 anos você lembre de mim como seu amigo problemático e não como o cara que te deu o primeiro baseado. Desculpa mas não posso te dar isso.

— Você é incrível Noah. - Digo abaixando o olhar.

— Eu vou dar descarga nisso, antes que eu caia na tentação e deixe de ser incrível. - Ele fala entrando no banheiro do quarto.

Respiro fundo e passo olhar sobre o criado mudo e vejo uma carta que dizia.

“Universidade de Toronto”

Pego o envelope e abro enquanto ouço o barulho do vaso sanitário.

Quando leio, sinto meu coração apertar como nunca antes, e meus olhos se enchem de lágrimas quando eu os levanto e vejo Noah parado na minha frente.

— Você vai voltar pro Canadá? - Digo

— Eu ainda não sei.

— Estão te aceitando na universidade de Toronto, é uma ótima universidade.

— Eu sei. Mas estão aceitando o filho de Paul Johnson. Não sei se mereço isso.

— Você merece. Eu tô feliz por você. - Digo tentando segurar o choro.

— Carolina eu… Os meus pais eles querem que eu tenha um diploma, me ofereceram grana pra abrir uma oficina, desde que eu faça a faculdade.

— Isso é ótimo. - Digo tentando esconder a tristeza em saber que ele iria embora.

— Já que agora eu não tenho mais cabelo pra entrar numa banda de rock, tenho que pensar no futuro acadêmico não ê? - Ele diz com um sorriso forçado.

— Gosto do seu cabelo assim. Quando você vai?

— Depois do baile de formatura. No dia seguinte, minha passagem já está marcada. Posso escolher o filme agora? Pensei em O Hobbit? Gosta? -Diz mudando de assunto.

— Dane - se o Hobbit. - Eu falo me aproximando e o beijando.

Imediatamente ele retribui o beijo e me envolve num abraço apertado, senti sua cabeça pousar entre meu ombro e pescoço, e algo molhar minha pele, lágrimas desciam dos olhos dele assim como dos meus.

Ele procurou meus lábios, beijando o caminho até eles bem devagar, senti meu corpo aquecer, enquanto suas mãos subiam explorando meu corpo, um tanto receosas até pararem a certo ponto. Noah parecia lutar contra o desejo de continuar e naquele instante percebi que tudo que ele fazia me deixava completamente desejosa.  Eu enrolo meus braços em seu pescoço e o beijo com certa ansiedade, sinto suas mãos voltarem a passear pelo meu corpo, agora mais atrevidas por baixo da blusa. Nos livramos do meu casaco e ele da camiseta dele, seu corpo quente contra o meu enquanto seus lábios macios desciam pelo meu pescoço.

Sua mão enreda minha cintura e me faz dar alguns passos para trás até sentir a cama contra a minha panturrilha. Eu  me sento e tiro minha blusa, ele tem um sorriso meio bobo e voltamos a nos beijar.

Nossas peles se tocam e eu sinto o  macio e quente do corpo dele contra o meu, entrego - me por completo aquele momento e por mais que parecesse errado, eu não me importava. Pertencemos um ao outro e não havia mais nada além de nós.

Sinto seus dedos sob os botões do meu Jeans, e em questão de minutos os meus assim como os dele estavam no chão. Nos beijamos intensamente epassamos longos minutos trocando beijos e carícias, meu corpo arde de desejo como nunca antes enquanto sinto os quadris dele roçarem contra o meu.

— Tem certeza? Ele diz  quase como num sussurro com a respiração alterada.

Eu respondo com o beijo mais intenso que dei em toda a minha vida, deslizo minhas mãos pelas costas dele e aperto seu corpo.

Nos livramos do que restava de nossas roupas, o calor e a umidade da língua dele me fazem estremecer ao tocar meus seios e depois a parte mais íntima do meu corpo. Tento me controlar, mas não resisto e solto alguns gemidos. Ele para e me olha sorrindo maliciosamente, eu o puxo pra cima de mim e o sinto me penetrando, devagar, com todo o cuidado enquanto olha firme nos meus olhos e entrelaça nossos dedos.

Eu estaria mentindo se dissesse que não senti um pouco de dor e um incômodo que quase me fizeram desistir, mas ele beija meu pescoço carinhosamente, posso ouvir a  sua respiração e sentir seu hálito quente contra a minha pele, seus lábios sobem até minha orelha.

— Eu te amo Carolina. Ele diz enquanto se move pra dentro de mim.

Tento relaxar em alguns segundos meu corpo mergulha em um estado totalmente diferente, me sinto quente e ansiosa. Abro os olhos e me deparo com seu olhar castanho firme, repleto de paixão. Busquei seus lábios e o beijei com vontade movendo meus quadris contra os dele, ele geme e me penetra mais fundo. Eu o sinto pulsar dentro de mim, ele move seu corpo pra trás e em seguida volta a se encaixar em meu interior sem desgrudar nossos lábios.

Separei minha boca da dele para respirar melhor, ofegante ele desliza seus lábios pelo meu rosto e pescoço, colocando seu corpo num ritmo constante sobre o meu. Eu sussurrava seu nome baixinho e apertava os músculos das suas costas, enquanto ele investiga devagar, porém com força e ritmo. Meus quadris arquearam quase que involuntariamente e ele aumenta a velocidade de seus movimentos. Colei minha boca no seu ombro e depositei uma mordida leve sentido ele dentro de mim, o seu cheiro que se misturava ao meu, meu coração explodindo em uma alegria misturada com desejo e paixão. Eu me contorço de um prazer totalmente novo e o aperto com força cravando minhas unhas nas suas costas.

— Auu..- Ele reclama e eu fico envergonhada.

Ele para os movimentos ainda totalmente dentro de mim, nossos corpos pulsam um contra o outro. Eu abro meus olhos e o encontro me olhando, seus lábios formam um pequeno sorriso e há pequenas gotas de suor em seu rosto.

— Eu te amo desde o dia que você desceu daquele ônibus com um olhar assustado  e depois eu te segui pelos corredores e vi seu rosto se iluminar como uma criança na Disney quando viu os armários da escola. - Ele diz e em seguida cola nossos lábios.

Noah me envolve em seus braços e sem nos desconectar, faz um giro sob a cama me colocando acima dele, ele deslizou as mãos pela minha cintura e quando percebi já estávamos sentados, minhas pernas envoltas da cintura dele e seu órgão totalmente dentro de mim, gemi com a boca colada na dele e ele dá uma leve mordida no meu lábio inferior.

Durante alguns segundos nos perdemos no olhar um do outro como se o mundo tivesse parado naquele instante. Busquei outra vez seus lábios e enquanto trocamos um beijo ardente me movi sobre ele. Suas mãos guiam meus quadris, subindo e descendo lentamente. Ele geme e vejo a expresão de prazer estampada no rosto dele, enquanto me abraça forte e me deita na cama novamente. Sinto o peso dele sob meu corpo e seus quadris agora mais apressados contra os meus.  Meus gemidos se intensificaram contra seu pescoço, ele dá um sorriso travesso enquanto sinto um calafrio percorrer as minhas costas, envolvo minhas pernas na sua cintura e ele se intensifica ainda mais, jurando ao meu ouvido o quanto me queria e quanto esperou por isso.

Ele descarregou as palavras sobre minha pele movendo se forte, firme, preciso. Senti meu corpo se contrair, estremecer e finalmente relaxar numa sensação sublime. Ele continuou se movendo e segundos depois sinto seu liquido quente dentro de mim e nossos olhos se encontram num olhar profundo.

— Eu te amo. - Deixo escapar quase sem pensar.

Ele me beija demoradamente e se deita exausto do meu lado colocando seu braço sob minha cabeça.

— Uau… - Ele exclama.

— O que foi? - Digo ainda tentando controlar minha respiração.

— Se eu soubesse o que pessoas caretas fazem quando matam aula, não teria perdido tempo com a galerinha descolada. - Ele diz com um sorriso.

Eu rio e balanço a cabeça.

— Não devíamos ter feito isso, nem usamos você sabe...

— Camisinha? Você não é mais virgem pode falar camisinha. Foi como você imaginava? - Ele diz entrelaçando meus dedos.

— Não nenhum pouco. - Digo e vejo ele levantar as sobrancelhas meio preocupado.

— Foi muito melhor do que eu imaginei. Foi perfeito. Posso te perguntar uma coisa?

— Estamos pelados em horário escolar, depois fugir do zelador e vamos pegar detenção escolar por uma semana então acho que pode sim.

— E o papo de dois mil alunos e profissional em matar aulas?

— Eu vivia na direção, sou popular na escola por vender drogas, apanhar, ficar internado e por cortar o cabelo, ele vai me reconhecer… Mas o que quer perguntar?

— Faz tempo que você faz isso?

— Isso, matar aulas ou tranzar?

— Você sabe. Porque sei lá  a julgar pelos que as garotas falam sobre garotos, achei que você ia ser péssimo nisso.

— Foi com quinze anos e não foi tão bom. Na verdade ela falou pra escola toda que tinha sido horrível e eu deixei me pegarem com drogas só pra se expulso do colégio.

— Nossa. Que trauma.

— Eu demorei dois anos pra voltar a ficar com alguém. Eu queria ter esperado mais, seria muito poético se eu também fosse virgem não acha? Tipo aqueles livros que você lê.

— Foi maravilhoso, mas… não deviámos ter feito. Você vai pro Canadá e eu preciso resolver a minha vida.

— Sua vida quer dizer o lance com o Alec?

— Também.

— Tá arrependida?

— Nenhum pouco e isso me assusta.

— Sabe o que meu psiquiatra maluco falou, que os erros são a melhor oportunidade que temos pra nos conhecer, e a melhor oportunidade da vida de nos mostrar o que realmente queremos. Eu vou tomar um banho. Quer vir junto?

— Eu vou depois. - Respondi pensativa.






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Notas finais do capítulo

E então pessoas, surpresos?



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