Love lives by side - Em revisão escrita por Iset


Capítulo 15
The daddy's day


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, bom eis aqui mais um capítulo do Sir Alec. É o ultimo dele, antes da Carol despertar então aproveitem ;)
Ahhh e estou triste com vocês viu...só recebi um review no cap que eu achei que tinha ficado top. Se nao gostaram escrevam tambem, pode esbravejar suas raivas!



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The Daddy’s Day

 

Nunca em toda a minha vida houve um fim de semana tão longo em Jacksonville, e ainda hoje era feriado. Confesso que fiquei feliz em ver o Trevor indo embora, ele nunca foi sinônimo de educação e sensatez, mas acho que os anos levaram o pouco que ele tinha. Não que eu tivesse deixado de gostar dele, mas nossa amizade não era mais como antes. De qualquer forma, ainda assim, foi bom ter desabafado com ele sobre a Carolina, e acho que foi ainda melhor ele não ter me julgado ou tentado me dar um soco na cara. Se bem que talvez eu merecesse, preciso me controlar, não deveria ter ido atrás dela no aeroporto. No que eu estava pensando? Ela é uma adolescente cheia de sonhos e possibilidades e eu preciso ser o adulto responsável. Mesmo que eu não queira, eu preciso. Afinal o que podemos esperar de uma relação assim?

Respiro fundo e tento voltar a me concentrar no trabalho, olho o projeto uma maquete sendo construída peça por peça, talvez eu devesse investir numa impressora 3D como a maioria dos meus colegas fizeram, mas acho que essa é a única parte verdadeiramente empolgante para mim.

Volto ao estúdio a procura de algumas fotos do terreno que estão secando no closet que transformei em sala de revelação. Ainda há algumas fotos da Carolina por ali, não apenas as que fizemos no estúdio, mas várias outras que tenho clicado sem ela saber.

Ela não deve imaginar como fica linda quando sorri enquanto lê um livro sentada na varanda, ou a suavidade que seus cabelos voavam ao vento enquanto ela dança e canta ao juntar as folhas no jardim dos fundos. Talvez ela gostasse de ver essas fotos, ou me achasse um desse malucos que ficam obcecados por alguém. Eu não sei. E provavelmente nunca descubra. Pego as fotos do terreno e volto pra minha mesa de trabalho e quando finalmente consigo me concentrar no trabalho ouço batidas apressadas na porta, espio pela janela é o Tom, embaixo da chuva, parecia muito assustado.

— Tom?

— Me desculpe te incomodar Alec mas aconteceu uma coisa eu preciso que veja uma passagem pra mim, pra Nova York  no computador. A mulher do aeroporto disse que não aceitam comprar pelo telefone.

Sinto meu peito disparar, Tom não era um homem que se assustava fácil, e ele tremia com o rosto vermelho. Algo sério havia acontecido com a Carolina.

— O que houve? Aconteceu alguma coisa com a Carol? - Pergunto preocupado.

— A mãe do Noah me ligou, disse que ela caiu de uma escada, que vai ter que fazer uma cirurgia. Eu preciso ir pra lá, preciso saber como tá minha filha.

— Mas como assim caiu? Como? Onde? Em que hospital ela está?

— Eu não sei, por favor filho veja a passagem pra mim, a que tiver mais rápido por favor. Eu vou fazer uma mala.

— Eu vou ver. Se acalme sim? _ Digo enquanto ele já  se afasta.

Respiro fundo tomando fôlego. Tento me manter calmo, com sorte não seria nada grave. Ah céus é claro que era grave, se fosse uma cirurgia simples provavelmente a própria Carol ligaria. Com certeza algo muito sério estava acontecendo em New York. Vou até  a minha mesa e começo a pesquisar passagens nas companhias  aéreas o único vôo com vaga sairia daqui a seis horas, não era o ideal, mas poderia ser pior.

Decido na hora que iria com Tom, eu não iria aguentar ficar na Flórida sem ver com meus próprios olhos o que estava acontecendo e no mais eu não via a hora de ver o Max de novo. Reservo as passagens, arrumo uma mochila com algumas roupas e pego o megatron, um robô de Max que certamente ele estava sentindo muita falta, era seu brinquedo favorito. Vou pra casa do Tom, faltavam horas até o vôo mas queria estar por perto caso voltassem a ligar, queria entender o que estava acontecendo, qual era a situação da Carol.

Tom teve um certo alívio quando falei que iria com ele, e pra minha sorte nem fez muitas perguntas sobre meu interesse em saber da Carol.

Quando já estamos no aeroporto a mãe de Noah liga outra vez, diz que correu tudo bem na cirurgia e que Carolina está estável. Quando Tom a questiona sobre a cirurgia ela não lhe dá muitos detalhes, certamente não foi um parafuso num braço ou perna quebrado. O silêncio dela denunciavam ser mais complicado que isso. E aquele silêncio me deixava ainda mais preocupado.

Embarcamos em direção a Nova York, mandei uma mensagem pra Casey durante o vôo, informando da minha chegada a cidade e para variar ela não respondeu. Havia um fuso de três horas de diferença entre a Flórida e Nova York e desembarcamos no Kennedy  ainda de manhã. Pegamos um Taxi e fomos em direção ao hospital, depois de uma confusão na portaria finalmente nos deixaram entrar para ver a Carolina, mesmo assim através de um vidro pois ela ainda estava na sala de recuperação pós cirúrgica.

O médico explicou que ela teve uma fratura na nuca e que isso causou um coágulo que começou a fazer pressão na caixa craniana, eles tiveram que fazer uma pequena incisão para aliviar a pressão e evitar um dano cerebral, além disso ela havia fraturado uma costela e tinha tido outros machucados superficiais. Mas estava bem, não corria risco de vida, o cérebro não havia sofrido danos aparentemente, mas só iriamos saber se haviam tido possíveis sequelas quando ela despertasse do coma induzido. O que talvez levasse alguns dias, pois o médico achou melhor deixar o inchaço reduzir totalmente antes dela despertar.

Fico um pouco mais tranquilo depois de falar com o médico, mas mesmo assim era difícil vê la nessa situação. Carol sempre cheia de vida com aquela pele levemente bronzeada, bochechas rosadas e olhos vibrantes que pareciam sorrir o tempo todo, agora estava pálida, com um tubo enorme descendo pela sua garganta, cheia de monitores de frequência, não parecia ela.

Queria muito entrar lá, mas apenas Tom é autorizado e por uns poucos minutos. Não havia nada que pudéssemos fazer ali além de esperar. Encontramos um hotel barato nos arredores do hospital e dormimos um pouco, mais tarde combino com Casey para ver o Max e quando chego ao endereço fico realmente impressionado. Ela vivia em um prédio residencial nos arredores de Manhattan, que com certeza era bem caro. O apartamento, um dúplex com decoração de ponta, certamente valia mais de dois milhões facilmente, muito diferente da casa germinada que tínhamos no Brooklyn. Aquele sem dúvida era o estilo de vida que Casey sempre quis. E eu nunca pude bancar.

Max me recebe com um abraço apertado, sinto meu peito aquece de alegria. Ele estava um pouquinho mais rechonchudo e com o cabelo num tom mais claro. O que me irritou e muito, mas não queria demonstrar na frente dele, ele parecia feliz em ter os cabelos do “capitão america” . Certamente foi o argumento que Casey usou pra que ele aceitasse pintá-los. Depois de brincar um pouco com meu garoto peço pra conversar a sós com ela. Ela chama uma empregada e pede para que leve Max pro playground do prédio. Seria melhor, afinal provavelmente nossa conversa terminaria em discussão.

— Pintou o cabelo dele?

— Ele queria.

— Ah conta outra Casey. Ele tem oito anos! E mesmo que quisesse você não deveria ter deixado.

— Ah Alec por favor, deixa de ser chato! É só tinta de cabelo não uma tatuagem. Ele adorou.

— Não importa você não pode fazer isso entendeu?

— Eu sou a mãe dele.

— Pena que você levou seis anos pra lembrar disso, ou melhor oito porque  você nunca cuidou dele. Agora é fácil não é?  Ele tá grande,  saudável.

— Ah okay pai do ano. Eu errei, mas quero consertar as coisas, você é um tremendo egoísta.

— Egoísta? Eu sou egoísta? Por acaso alguma vez você teve que passar a noite acordada com um menino de dois anos com febre, chorando porque queria a mãe? Por acaso você alguma vez teve que sair do trabalho ou deixar de fazer aquele happy hour com seus amigos porque tinha uma criança em casa? Eu sou egoísta Casey?

— Eu não tava pronta tá bom? Foi você que quis ter um filho!

— Tem razão e é por isso que eu tenho feito tudo que posso por esse menino! Eu nunca te exigi nada Casey, nada! Nem mesmo o que era da sua obrigação, e eu não me lembro de ter te obrigado a ter um filho, você concordou, nós planejamos ele merda! Ele não foi nenhum acidente. Mesmo assim eu tive de me virar sozinho e agora você arranca meu filho e me chama de egoísta?

— Sai da minha casa. Sai agora! E você devia me agradecer por isso, Max tem uma boa escola, tem um futuro brilhante. Meu noivo é um executivo e não um arquiteto medíocre que sustenta um pai bêbado, um fracassado que não foi capaz nem de ficar longe daquela maldita cidade, que empilha coisas por todo o canto e não dorme se não estiver dopado por um remédio. Você não é nada Alec!

— Eu não vou desistir dele. - Digo me dirigindo a porta.

A muito tempo Casey e eu não conseguimos ter uma conversa decente, realmente não era o tipo de relação que eu queria ter com a mãe do meu filho, mas as coisas não pareciam que iriam melhorar.

Volto pro hospital e me aproximo de Tom que está conversando com outro homem, quando me aproximo ele se apresenta como Paul, o pai do Noah, e depois de trocar mais algumas palavras com Tom se afasta.

— O que ele queria?

— Veio dizer que não era pra me preocupar porque ele vai cobrir a conta do hospital e qualquer outro tratamento que a Carolina precise depois de receber alta.

E porque disso ela não caiu de uma escada?

— Parece que o Noah tem “problemas psicológicos” ele tá numa clínica de repouso. Eu sei que filho de pobre é drogado os de rico tem “estafa mental” não quis discutir porque bom, eu sei o que é ser pai e estar nessa situação. Trevor me deu muito trabalho quando tinha a idade da Carolina. Isso é pra mim lembrar de seguir meu instinto. Não devia ter deixado ela vir pra cá com aquele garoto.

— Bom você não tinha como saber.

— Eu não deixaria você sabe, mas eu queria que ela se divertisse. Não tenho dado a atenção que ela precisa. Eu devia ter cuidado melhor dela.

— Não é sua culpa, ela vai ficar bem Tom.

— E se ela tiver metida com essas coisas também? E eu nem tiver percebido. Aquele garoto parecia legal. E olha só.

— Não a Carol é uma garota muito inteligente, ela não faria isso consigo mesma. Pode ter certeza.

— Eu sei mas ela é nova, toda romântica e sonhadora demais. Acredita que a um tempo atrás eu peguei uma foto sua no armário dela? Cheia de corações e essas besteiras de garota. Eu briguei com ela. E fiquei feliz quando ela trouxe o Noah lá em casa. - Ele diz enquanto sinto um nó se formar na minha garganta. E ele continua.

— Você foi legal com ela, como os irmãos deviam ter sido e ela acabou confundindo as coisas. Como eu disse ela é muito sonhadora. Eu só deixei ela vir pra cá porque eu achei que ia tirar de vez essa maluquice da cabeça. Imagina? Você tem idade pra ser pai dela. Se fosse um idiota como eu que teve um filho tão cedo na vida.

— Bom eu… Ela… - Por mais que eu tente não consigo encontrar as palavras certas então eu me calo.

— Levou um susto né? Bom isso é pra você aprender também, você é um cara “bonitão” não pode ficar sendo legal com garotas na idade dela, mas no fundo a culpa é minha. Eu tenho sido negligente a vida toda com ela, não fui um pai e nem estou sendo desde que ela chegou.

— Ela já foi transferida pro quarto? - Digo tentando mudar de assunto.

— Sim vamos lá, ainda não tenho ideia do que vou fazer, o médico disse que vai uns quatro dias pra ela acordar e depois vai demorar ainda mais para ser liberada. Vou ter que conseguir uns dias.

— Bom se quiser eu fico com ela, vou ter que ficar uns dias para entrar com um recurso pelo fórum daqui pra ver se consigo uma liminar para levar o Max pra casa. Eu posso ficar com ela.

— Não sei Alec, melhor não. Eu agradeço mas, prefiro tentar conseguir uns dias.

— Bom, mas caso não consiga, estou a disposição.

— Obrigado filho. Eu sei que posso contar com você. Bom vamos lá ver ela. Tiraram a ventilação mecânica hoje, está melhor, mais corada. Acho que vai ficar bem.

Os dias passam, Tom e eu revezamos as horas no hospital com a Carolina, os médicos já haviam parado com a sedação e ela devia acordar nas próximas horas. Coloco meu notebook na mesinha já deviam passar das três da manhã. Carolina estava realmente linda e serena, ainda tinha um pequeno machucado que já estava cicatrizando na testa, seu cabelo havia sido raspado um pouco na nuca mas era perceptível com os outros longos fios que desciam suavemente emoldurando aquele rostinho bem feito de feições delicadas e doces. Sinto aquela sensação no peito que é maravilhosa e apavorante ao mesmo tempo. Eu não devia ter me apaixonado por ela, e vivo repetindo isso todos os dias, pra ver se meu coração entende. Isso não deveria estar acontecendo, como pode eu me sentir assim por uma garota ainda tão jovem? Como ela pode mexer tanto comigo?

Eu ainda não sei o que eu devo fazer quando ela acordar, aquele dia eu estava disposto a dizer tudo que eu queria dizer a ela, mas não é o certo. Como o Tom disse ela é uma menina sonhadora, e eu tenho idade pra ser pai dela. Que futuro teriamos? Só porque compartilhamos de alguns gostos não significa que conseguiriamos manter uma relação. Porque tudo tem que ser tão complicado? Dou um beijo na testa dela e volto a poltrona.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :) Comentem! Até o proximo capitulo.



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