Pessoas Mudam Pessoas escrita por Ayumi


Capítulo 7
Por que tive que desmaiar nos braços de um IDIOTA?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo saindo antes de ir para a escola.
Estava sem tempo para escrever (ainda estou). Agora eu estou me organizando melhor para hora de escrever história, estudar, fazer lição, me divertir. Essas coisas básicas.



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Pov. Scott Reymond (ponto de vista)

Enquanto Black Rose me batia, eu só ficava gargalhando alto por não me machucar e ver sua raiva também é engraçado. Do nada eu a vejo parar de me bater e seus olhos começam a fechar, seu corpo ficou desabilitado, antes que caísse consigo a agarrar. Eu dou leve tapa em seu rosto, mas não houve resposta, depois chacoalho seu corpo e nada. Seu rosto escorre suor e sua pele está pálida.

— Ei Lisa! — chamo seu nome muito aflito.

Agora eu preciso da enfermeira. Estou em estado de choque... Nunca presenciei um desmaio assim, ou seja, lá o que for.

Com quase nenhum esforço situo Lisa sobre minhas costas e enrolo seus braços ao meu pescoço levemente, em seguida, seguro suas coxas relutantemente.

Se ela descobri que estou tocando apenas em um fio de seu cabelo. Black Rose com certeza vai querer me matar, mas eu estou fazendo isso pelo seu bem, pois como seu corpo está molenga, ela pode até soltar seu braço do meu pescoço e assim cair.

— Dawson? Cadê você? — grito e não a acho, giro toda a enfermaria, mas nada.

Sendo assim, deito-a na cama delicadamente, tiro sua bota, arrumo sua cabeça. Depois me sento na cadeira ao seu lado, seguro sua mão para verificar se está viva. Não é uma hipótese, mas nunca se sabe.

Pego meu celular, pesquiso na internet para fazer em caso de desmaio.

1- Deitar a vítima no chão, de barriga para cima e colocar as pernas mais altas que o corpo e a cabeça;

2- Por a cabeça da vítima de lado, para facilitar a respiração e evitar asfixia devido ao risco de vômito;

3- Afrouxar as roupas e abrir os botões para facilitar a respiração;

4- Ir comunicando com a vítima, mesmo que ela não responda, referindo que está ali para ajudá-la;

5- Depois de recuperar do desmaio, você pode ser dado um pacote de açúcar diretamente na boca;

— Bom... Rose eu estou aqui para ajudar você. Se permitir, mesmo não permitindo. — ri. — Vou colocar algumas almofadas extras nas suas pernas. — E a questão da roupa não tem nada para afrouxar. — observo seu vestido. — E mesmo se tivesse não iria deixar. Eu sei.

Atrás de mim sinto uma sombra, então me virou e vejo a senhora Dawson.

— O que está fazendo querido?

Levanto assustado e apreensivo. Sinto meu corpo instantaneamente treme. Então estufo o peito como sempre para esconder meu nervosismo.

— Black Rose desmaiou em meus braços. Estamos conversando depois... 

— Nossa! Desculpe a demora... Eu estava no meu horário de almoço, mas fez muito bem aqui.

— Porque ela desmaiou subitamente?

— Os desmaios são resultantes da pressão baixa, da diminuição da circulação sanguínea no cérebro provocado por uma reação do sistema nervoso por algo traumático, até estresse, medo ou dor.

— Então eu sou o culpado! Eu a deixe... — grito. — Estressada.

— Reymond não pare ser o caso, pois olhe bem para sua pele. — viro em direção do rosto de Rose. — Sua pele está pálida. Já olhando parece falta de um bom café da manhã. Você sabe se ela tem feito dietas pesadas ou exercícios em excesso?

— Não sei muito a respeito, mas na cantina tem o seu nome na lista de “dieta”. Eu não entendo o porquê de dieta, pois seu corpo é... Perfe... — disfarço arranhando a gargalhada. — Normal sabe!

A única pessoa perfeita sou eu. Eu tenho um corpo perfeito, aparência, tudo.

— Não tomar café da manhã ou passar tempo demais sem comer algo pode provocar uma queda de pressão. E já não beber água leva á desidratação, ainda reduz o fluxo de sangue no cérebro.

Anotei todas as informações no meu cérebro preguiçoso.

— O que eu posso fazer para ajudá-la?

— Busque um corpo de água com bastante açúcar. Pode ir despreocupado. Eu assumo daqui — Ela se senta no meu lugar enquanto limpa o suor de Lisa.

— Eu não estou preocupado. Eu só estou ajudando uma colega... Qualquer um faria o mesmo. — respondo desconfortável.

— Qualquer um? — ela ri. — Tá bom.

O olhar dela foi como um: “Me engana que eu gosto”. Obviamente ignorei e sai da enfermaria. Enquanto começo a correr, tiro o celular do bolso e ligo para a sua amiga.

— Parker? — digo ofegante.

— Sim? Porque está me ligando repentinamente? — indaga surpresa.

— A Black Rose desmaiou em meus braços. E tem a ver com a alimentação e desidratação.

Ouço um grito e na minha mente imagino Eve com a boca entreaberta e os olhos arregalados.

— Não... Então ela estava dizendo a verdade. Eu sou uma burra! — ouço ruído de choro.

— Acalma-se. É melhor você ir á enfermaria. Eu estou indo buscar uma coisa para a senhorita Dawson.

Eu não entendo o motivo de me esforçar tanto ao ponto de correr para buscar um copo de água com açúcar. Ela não vai morrer ou está correndo risco de vida por conta do desmaio. Quando a vi naquele estado senti algo muito ruim, um sentimento de impotência.  Uma pessoa incapaz de ajudar.

Chego à cantina e bato no balcão despertando a atenção do funcionário jovem em mim. Sempre na cantina há dois funcionários, eles ficam intercalando de horário, já que ás vezes fica o jovem ou o velhinho chato.

— Um copo de água com açúcar para ajudar uma pessoa desmaiada. Aliás, foi a enfermeira que pediu. — digo tão rápido que quase atropelo as palavras.

— Tudo bem! Vou preparar imediatamente! — ele coloca a mão ao lado da cabeça imitando um soldado.

— E também dois sanduíches. Aquele sem gordura... Sanduíche saudável?

Sei que quando Lisa acordar vai estar com uma fome daquelas. A enfermeira com certeza está me testando para ver se vou ter a coragem de racionar e levar uma comida decente. Eu conheço Dawson.

— Tome... É a primeira vez que eu vou salvar uma vida de uma pessoa... É um sentimento tão bom! — ele entrega para mim as coisas e eu começo a ri.

— Ela não está morrendo, só desmaiou cara.

 Começo a andar rápido, no meio do caminho, algumas pessoas me param, me chamando para namorar, para jogar vídeo game, ou algo do tipo, mas eu recuso e digo que estou apressado.

Parando para pensar eu não paguei o funcionário por conta dos dois sanduíches. Eu também não teria dinheiro, pois deixei minha carteira na mesa de canto da enfermaria.

 Quando bato à porta e entro. A primeira coisa que eu vejo são duas meninas chorosas. Dou com copo com açúcar para Dawson e ela coloca a bebida na meia boca aberta da Black Rose.

— Como estão? — escapa uma pergunta idiota.

— Estamos bem na medida do possível, mas o problema é meu amorzinho... — Eve entrelaça os dedos junto com o de Lisa.

Após um momento os olhos de Rose começam a abrir lentamente, vejo as duas correrem até sua amiga e abraçam fortemente.

— Lisa! — gritam as duas em uníssono.

— Eu morri? — indaga confusa.

 Vou até Lisa e as duas saem do seu lado.

 — Abra espaço para o charmoso Scott. Vocês vão sufocar ela desse jeito. Eu também quero mima ela, visto que Black Rose está com cabeça nas nuvens. — aperto suas bochechas rosadas e dou um beijo em sua testa.

— É eu morri. Então eu fui para o infer... — antes de completa, Lisa deitada de novo com os olhos fechados e a mão sobre a barriga. — Isso é um pesadelo. Eu fui beijada pelo idiota.

— Lisa você não morreu. Tudo isso é real! — Eve gargalha depois Lisa grita.

— Então ele me beijou? — ela limpa suas bochechas. — Que fome... Que sede... Que raiva. — sua voz está muito suave.

Pov. Lisa Black Rose (ponto de vista)

Eu pensei que realmente tinha morrido para ver Scott na minha frente depois beijando minha bochecha. Só poderia ser um pesadelo mesmo, mas não foi tudo real. E para piorar eu tento gritar, mas minha voz sai compassiva.

— Não trate seu amigo mal. Ele foi até a cantina e comprou ainda sanduíches para você. Então vai comendo e tomando a água com açúcar.

Eu começo a comer tudo rapidamente enquanto tomo a bebida, sinto uns farelos de pão cai sobre meus lábios, mas não me importo e continuo comendo.

— Parece uma criança Black Rose nessa situação. Eu tive que levar você no colo... — ele ri após isso se aproxima de meu rosto. — Olha que desastrada. — Scott limpa os cantos dos meus lábios.

— Sai idiota! — reclamo.

Sinto meu coração acelerar rapidamente, minhas bochechas começam a queimar gradualmente.

Eu olho em direção do ar-condicionado e está ligado... Então o que é esse calor repentino que me deu agora?

— Ei! Pare de tocar minha Lisa! — Parker demonstra ciúmes.

— Eu vou bater o recorde de menina que mais vem na enfermaria. Não é possível... — protesto ficando com as bochechas infladas.

 O idiota novamente se aproxima de mim, eu até tento empurrar ele, mas Scott toca na minha testa enquanto coloca um sorriso encanta... É horrível nos lábios.

— Ela está quente.

Claro que estou quente. Eu sou viva idiota.

Eu só quero-me teletransportar para bem longe daqui. Não é pedi demais. Pode ser até ficar invisível. Sei lá.

— Estranho... Mas ela só precisa descansar. Vocês preferem deixar Black Rose dormindo aqui ou levá-la até o dormitório?

— Eu quero ficar a... — antes de responder, Eve tapa minha boca.

— Melhor no nosso quarto. Como disse na outra vez: “Podemos cuidar melhor dela”, mas estamos fracas... Não vamos aguentar levá-la. Ela é pesada. — as duas rirem, eu cerro meus punhos de raiva.

— Como sou um cavalheiro. Eu vou carregá-la até a frente da escada que dividi os dormitórios. E até onde eu posso ir.

— Eu sei andar! — levanto tão rápido que sinto uma tortura e quase caio, mas o idiota me segura pelas costas.

— Percebi que está com forças para andar. — diz ele rindo. — Agora para de ser teimosa.

Ele segura minhas costas firmemente, depois segura meus pés. Eu estou parecendo que vamos para a Lua de mel. Onde que está minha touca quando preciso dela para cobrir meu rosto?

Olhando por um ângulo ele está ferindo seu ego, visto que está me carregando, eu estou com muito sono, talvez não seja tão ruim ser levada.

— Para de me olhar assim. Está tão fofa. — Scott usa umas das mãos para apertar minha bochecha.

— Idiota! — resmungo escondendo meu rosto entre os meus cabelos.

— Foi de grande ajuda. Perceberam que no caminho todas as garotas ficavam olhando para o Reymond imaginando quem seria a garota misteriosa que está sendo carregada. Elas estavam se doendo de inveja. Não sei por que escondeu seu rosto entre o pescoço do Scott Lisa.

— Porque eu obviamente não queria que me reconhecesse. — bufo.

— Só você mesmo em! — reclamam as duas.

— Eu não queria ser carregada por esse... — antes que terminasse sou interrompida.

— Príncipe? — diz sorrindo.

— Não existem príncipes hoje em dia. Você é um idiota.

— Me engana que eu gosto. Agora você vai ter que me recompensar com um beijo de boa noite nos meus lábios. — ele se aproxima do meu rosto e eu viro o rosto.

— Credo!

— Sua besta! — gritam em uníssono.

 Ele me coloca no chão bem devagar e eu amarro meus braços nos ombros das minhas amigas.

— Não sabe o que está perdendo gatinha. — ele me manda um beijo e eu mostro língua.

— Prefiro continuando assim. Agora vamos! — viro-me.

Na hora de subir a escada foi um sufoco para me carregar. Hoje as duas estão mais molengas do que nunca.

Quando finalmente chego, Parker me ajuda a escova os dentes. Eu só me deito na cama e pego meu pijama que está embaixo do meu travesseiro e visto, assim me cubro e capoto. Eu gosto de tomar banho, antes de dormir, mas estou sem forças.

Amanhã finalmente é sábado, irei para casa e assim verei meu mordomo preferido Antonin. Eu não sei se verei meu pai ou a pessoa que me pariu mais especificamente “mãe”. É assim que as pessoas chamam. Eu chamo de: “Pessoa que não liga para mim”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do novo capítulo.



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