Pessoas Mudam Pessoas escrita por Ayumi


Capítulo 2
Eu sentei à mesa dos "populares”.




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Acordo no dia seguinte. Sinto uma claridade em meus olhos que me deixa cega e eu caio de bunda no chão. 

Eve diz alegremente dançando: 

— Bom dia flor do dia! Primeiro dia de aula! Vamos dançar e cantar, pois os pássaros cantam, as folhas das árvores dançam pelo vento relaxante, os gatos cavam túneis e.… —. 

Interrompo-a rindo: 

— Os gatos não cavam túneis sua burra é as toupeiras! — ela pega uma almofada e joga em mim.  

— Está bem senhora inteligente! Você não vai estragar minha alegria! Vou tomar banho primeiro suas minhocas de jardim! — Eve vai até o banheiro cantarolando. 

— No ano passado também foi assim no primeiro dia de aula! — diz Miller rindo.  

— Sim! Somos vizinhas! Mas vai ser a primeira vez que vou "morar" com ela. Eve fazia pegadinhas, jogava água no meu rosto, colocava música alta para me acordar e também uma boneca em cima da minha cara para quando abrir os olhos levasse um susto. Mas nunca tive medo de nada disto. Se quiser deixa-la brava a ignore! — digo lembrando tudo enquanto choro de rir. 

 Parker sai do banheiro cantando uma música portuguesa e eu e Mona ficamos "Hã?". 

 Tomo um banho no boxe para ser mais rápido, senão eu iria querer ficar a eternidade na hidromassagem. Começo a cantar baixo uma música romântica. Eu me belisco. Nunca canto música deste estilo que odeio e do nada me vem à cabeça! Black Rose a senhorita está com algum problema psicológico?  

Eu sou obrigada a vestir as roupas que Amélia Black Rose produz. Visto um vestido revestido de renda e de manga curta, um salto bege e um brinco de ouro com um colar de escrito "ódio" dourado. As duas me obrigam a fazer cachos no cabelo e uma maquiagem cinza com delineador. Eve diz que é um bem "bolado".   

— Estamos maravilhosas! Vamos virar as garotas mais populares do colégio! — diz Eve sendo irônica enquanto gira o look. 

Parecemos os três porquinhos. Eu sou a mais velha, pois estou no meio e as duas do meu lado. Alguns cochicham sobre nós elas acham que é um comentário bom. Elas me levam até o armário e Parker diz: 

— Sortuda! Para acessar meu armário tenho que me abaixar!  

— Presta atenção vai até o final do corredor. A primeira aula vai ser... Inglês! — sorri Miller indo embora. 

Uso meu headphone e ouço uma música metálica enquanto coloco o código. E olho para o lado vejo vários armários decorados com vários "frufrus". Eu vou deixar meu armário branco sem decoração, talvez um pôster de uma banda de rock. Empolgo-me e canto baixo até fingindo que estou tocando bateria. De repente ouço muitas vozes ao mesmo tempo. Estamos em guerra e eu não sei? Viro para trás e vejo os "populares", incluindo até idiota das cantadas. 

— Ei! Não é a gata de ontem! — diz um deles gritando e todos vão a minha direção impedido minha passagem e na hora tiro meu headphone. 

— Não fomos apresentados direito. Sou Scott Reymond! Encantado! — diz ele beijando minha mão e eu mostro língua. 

— Desencantada! — viro para fechar o armário com tudo.  

— Peguem seus materiais garanhões! Eu vou esperar aqui — Reymond praticamente expulso e eles foram embora. 

O armário deste idiota é ao lado do meu! Não é possível! Entre todos os lugares que tem, fico justo do seu lado! 

Enquanto ele pega seu material escolar, tento andar, mas sinto meus ombros sendo puxados e depois Reymond me empurra até eu bater as costas no armário. Seu olhar é... Ridículo! 

Ele começa a rir enquanto se aproxima de mim: 

— Sei que está se fazendo de difícil. Isto não funciona senhorita! Eu sei que está caidinha por mim! Admita logo! 

— Nem nos seus sonhos garoto mimado! Eu odeio todos da sua laia! — mostro língua e o empurro para o lado e vou ando. 

— Mas que droga! — vejo de longe ele dando um soco bem forte na parede. 

Vou até a mesa do professor e como sou a novata vou ter que me apresentar para sala. Me disse que não posso me atrasar porque quando a porta se fechar, ninguém mais entra. 

Inspiro e expiro. Não é difícil! Só estou na frente da sala e todos me olham fixamente.  

— Olá, sou a nova aula me chamo Lisa Black Rose a propósito espero... — 

Antes de completar alguém bate na porta e o senhor Days vai até lá e fecha para ninguém escutar sua conversa com os atrasados. O engraçado é que todos ficam calados para tentar ouvir. Eve e Mona me dão um positivo com o polegar e eu me acalmo. Elas são demais! 

— Entre atrasados! — diz Days e não olho para o lado, estou concentrada com os olhos fechados. 

De repente ouço um grito: 

— Você! — levanto a cabeça assustada e vejo o idiota Reymond apontando o dedo no meu rosto. 

— Não! — eu dou um pulo de susto e começo a bater nas minhas bochechas para ver se é só um pesadelo. 

— Vocês já se conhecem? — pergunta professor e eu  balanço a cabeça negativamente junto com ele. 

— Não! Confundi com outra pessoa! — diz o idiota e se senta. 

A menina que está com ele. Pelo que lembre se chama Becker. ela joga o cabelo para o lado e me olha feio, depois  vai andando até a sua carteira rebolado.  Que professorzinho puxa-saco. Ele falou que ninguém ira entrar acima do horário permitido, mas já que são os "populares" chegam a hora que der vontade e entram. 

Cameron faz um sinal de silêncio: 

— Bom. Desculpe! Prossiga... — enquanto isso Reymond arque-a uma sobrancelha me olhando fixamente querendo dizer: “Que felicidade que estamos na mesma sala, eu vou irritar você”. 

— Meu nome é Lisa Black Rose! — digo grosseiramente lá no fundo algumas pessoas soltam uma risada e eu dou de ombros. 

 Ainda bem que são três fileiras longe do babaca. Eu me sento sozinha. Parker e Miller estão na minha frente em dupla, mas como a Eve diz: “Prefiro ficar sozinha do mal acompanhada”. Pois quem iria querer uma pessoa chata falando baboseiras em seu ouvido? 

Eve se vira para trás e começa a falar rindo: 

— Eu sei que está se perguntando por que eles chegaram atrasados e entraram?  Becker é a filha querida do diretor e o professor acha que Reymond é o namorado dela. Ela sabe que ele só quer brincar e por isso nunca vão assumir um namoro fixo só beijinhos.  

— Estou nem aí — mostro língua. 

 — Me apresentarei como de costume me chamo Cameron Days! — novamente o idiota interrompe a aula gargalhando alto. 

Pov. Scott Reymond (ponto de vista) 

E eu Jonathan King, meu melhor amigo vamos fazer um barulho até o Cameron se irritar e me mudar de lugar, assim sentarei ao lado da Black Rose. Seu nome é lindo! Combina com ela, pois rosa preta é fria e rara. O único lugar vazio e ao seu lado. Sinto a necessidade de irritar, mas foi muita ironia do destino ficamos na mesma sala.  

— Reymond este ano disse que iria melhorar! Eu já cansei de você sempre atrapalhando minha explicação e, além disto, chegou atrasado! Vá até a carteira vazia! Não vou mais tolerar brincadeiras como no ano passado! — diz o professor irritado apontando até a cadeira e eu pulo por dentro de alegria, mas finjo estar triste. 

—  Por que sempre eu? Sempre me dizem que eu sou um anjo que caiu do céu. Não é meninas? 

— Com certeza! — respondem elas me dando uma piscadela.

Pov. Lisa Black Rose (ponto de vista) 

Estou com a cabeça baixa e os olhos fechados por estar com tédio, a vontade dormir é gigante, mas alguém toca em meu ombro instantaneamente meu corpo se arrepia. Então olho para o lado assustada e vejo o idiota sentado. 

— Olá nova parceira!  — Diz ele estendendo a mão e eu arregalo os olhos incrédulos.

— Ah não! — mostro língua. — Sou muita azarada! 

 O sinal toca e eu pego meus cadernos, mas antes que eu me movesse, Becker vem em minha direção com um sorriso falso junto com o pacote completo de falsidade. 

— Nossa, o vestido que está usando é maravilhoso. Sua mãe é Amélia Black Rose uma das maiores estilistas do mundo? Eu amo todas suas roupas e também estou usando uma roupa feita por ela! — fala como se estivesse cantando.

— Nossa! Legal! Então... Vou ir ao refeitório! —  bufo e depois a falsa cutuca meu ombro. 

— Querida eu vim convidar você para tomar café com os populares, pois sua desenvoltura, sua forma de se vestir chamaram minha atenção. Todos se matariam por uma chance como está. Obviamente vai aceita! — diz ela toda metida. 

Então eu sou um alienígena porque “todos”, não me incluem. Quando vou recusar meu celular toca e vejo Eve no final da sala ouvindo tudo. E o pior que ela me liga: 

— Aceita, por favor, meu amorzinho. Nunca te pedi nada...  — seu tom é baixo, mas está eufórica. 

— Passar bem! — desligo brava por seu pedido e olhar. — Eu aceito! — olho para Becker com desgosto e depois ela agarra meu braço alegremente. 

 Nós paramos no corredor, pois há duas meninas patricinhas esperando a falsa. 

— Oi linda! — diz as duas em uníssono dando beijo na bochecha da Becker de cada lado. 

— Olá queridinhas! Está é a nova integrante digna. Essas são Emily Louise e Ashley Anderson. Diga alguma coisa para meninas Black Rose!  — ela sorri e como fiz curso de teatro decido participar da "peça" chamada: "A falsidade sem limites". 

— Como vão...? — pergunto com animo, mas Samanta me interrompe cochichando em meu ouvido. 

— Como elas são tão feias e sem sal! Eu até tentei dar uma ajeitadas nelas foi praticamente impossível. Olha este short é igual da minha vó que ela usava para dormir!  — eu arregalo os olhos e me afasto fingindo rir.  

 A situação é pior do que eu imaginava. As duas tem uma bela amiga verdadeira. Uma para contar todas as horas.

 Fomos até a mesa que há cinco meninos.  Os “populares”. Estamos oito pessoas. Eles se levantam: 

— Olá gatinhos lindos! — Becker dá um beijo na bochecha de todos e ainda abraça enquanto continua  — Está é a Black Rose. Trate-a bem e não encosta no meu Reymond. O resto pode!

— Nem vou chegar perto. — digo baixinho. — De preferência. — sorri falsamente. 

— Oi... Oi! Chamo-me Noah Bennet!  —  diz ele timidamente, mas me abraçando.  

Um deles empurra o tal do Bennet e beija minha bochecha: 

— Minha vez! Eu sou Jonathan King. Sou considerado o mais simpático e menos garanhão do grupo! 

Reymond ri e antes de falar pergunto o nome do outro rapaz. 

— Eu sou Liam Adams o mais santo do grupo! — ele vem em minha direção e beija minha testa. 

 É uma festa? Ou o quê? 

— Já eu, gata sou o Bryan White, lembra-se de mim?  Eu informei onde é a sala do diretor e você nos chamou. — interrompo-o. 

— Eu não tenho amnésia! Eu vou comprar algo para comer!  —  digo querendo me livrar deles, mas todos me seguem.  

 Pego minha bandeja e vou até o moço pedir um Sanduíche de caviar de cenoura ele contém pão e cenoura obviamente também com queijo light e salada com molho especial de vinagre balsâmico.  

— Um sanduíche de caviar de cenoura com queijo light e para acompanhar suco de morango... —  ouço alguém cochicha atrás do meu ouvido.

 — Você já tem cheiro de morango por si só  — a voz do Scott me irrita tudo que ele fez até agora foi para me estressar. 

Minha mãe me deu uma mesada e tanto foi como um: “Adeus”. Só que em forma de dólar. Sento-me á mesa dos “populares” e percebo que todos estão muito separados inteligentes em uma mesa, emos em outro, assim vai.  Reymond senta do meu lado. 

Eles começam a falar de meninas, festas e novamente garotas! 

— Naquela festa você ficou maluco! Subiu na mesa e dançou loucamente depois se declarou para a menina que logo te rejeitou! — diz Reymond rindo enquanto Noah fica com cabeça baixa. 

— E você já passou um mico na sua antiga escola? — pergunta White me olhando diretamente. 

— Pelo que lembre não, mas quase matei um garoto. Ele estava me deixando louca. Simplesmente um dia ele me empurra da escada e eu caio junto com ele. Não bastava eu estar machucada este idiota tentou me beijar, porém dei um chute na sua parte sensível e chamaram a ambulância! — digo enquanto rio maleficamente e eles ficam assustados, menos Scott que ri junto comigo. 

— Bem feito! Você tem namorado? — o indaga com um olhar curioso

— Hoje em dia não, mas tinha. Seu nome é Marik Carter. Eu terminei com ele há três meses, mas o idiota ainda me manda mensagens pedindo desculpas! — falo nervosa cerrando os punhos. 

 Só de lembra daquele cafajeste me irrito imensamente! 

— Eu nunca namorei sério! Mas fiquei com a Taylor, Lee, Morgan, Martin, Cooper, Watson... — Becker interrompe Scott puxando sua orelha. 

— Já entendemos! Não precisa falar a lista completa! —completa ela nervosa. 

 Finalmente toca o sinal e digo que vou ao banheiro, mas elas querem me acompanhar. Supliquei que não fossem e vou falar com as amigas da onça. 

— Como foi? — pergunta Eve animada. 

— Um horror! Vocês não me façam ir novamente! Se não vou embora deste hospício! — digo irritada — É culpa de vocês! 

— Ei! Só queria saber como é a vida de um popular e você Lisa foi a nossa única opção! — diz ela em tom triste. 

— Então, vai simplesmente! — grito. 

— Eu não posso ir me sentar à mesa deles se dever vontade. Eles têm que convidar! Todo mundo senta em mesas diferentes. Cada um tem o seu lugar e eu não faço parte dos populares! —  declara Eve brava, quase me engolindo viva.


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