Pessoas Mudam Pessoas escrita por Ayumi


Capítulo 17
Ex-namorado faz visita desamigável ao internato.


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, espero que gostem ♥
Férias já estão acabando. Elas foram tão rapidamente, sério!



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Pov. Lisa Black Rose (ponto de vista)

         Passaram-se uma semana e desde então eu e Scott parecemos dois estranhos, olhamos um para o outro com cara de nojo. Eu ainda não sei como ele apareceu na aula um dia depois de ter beijado tantas garotas, eu sinceramente pensei que tinha pegado boqueira, na verdade desejei muito isto. Porque ele levaria esse machucado nos cantos de sua boca como lição. 

Depois de ter beijado, aproximadamente cinquenta meninas. Sim, foi divulgada em panfletos uma aproximação, alguém saiu perguntando para as garotas se tinham beijado o Reymond naquele dia. E por fim, agora Scott é conhecido como beijoqueiro e ainda nomearam o dia do beijo. A situação não podia ser diferente, pois chegou um desses folhetos até o diretor e então o idiota foi chamado na sala dele. Soube que ele desmentiu tudo, falou que não seria possível, porém as câmeras o flagraram. Seu pai foi até chamado, mas também ouvir dizer que Roberts discutiu com o Saltzman por considerar uma perda de tempo ser convocado por conta dos beijos que o filho deu em diversas meninas. Assim não houve nada com o senhor riquinho mesmo sendo proibido namorar nessa escola. Eu soube de casos que pessoas foram pegas aos beijos pelo diretor foram expulsos, mas filho de papai pode a vontade. Quanta injustiça nesse lugar.

Nesse exato momento estou em frente ao meu armário, como sempre estou aqui com a finalidade de pegar meus cadernos e livros para minhas aulas diárias. Eu posso agradecer por ter mudado algumas aulas da minha grade, pois agora na primeira aula, estou livre de senta-me ao lado do Reymond visto que não temos Geografia no mesmo horário. Mas, como minhas amigas não queiram me deixar sozinha, mudaram também. Eu não pedi por isso, na realidade nem quis porque sei que elas adoram a aula de inglês por ser logo em plena segunda-feira, na primeira aula. Estamos na segunda e isso me faz lembrar-se do final de semana tedioso que tive, apenas fui do meu quarto para a sala de jantar e ao banheiro. Eu ainda estou cumprindo a minha palavra de não falar com meus pais, até está fácil porque com a carga horária de trabalho que eles, eles mal ficam em casa. É difícil falar isso, mas ainda bem que estou de volta. Pelo menos aqui posso “morar” com minha amigas, tudo se torna divertido.

De repente ouço vozes atrás de mim, esse falatório me lembra de meu primeiro dia de aula. Quando todo o grupinho do idiota me rodeou. Então me viro estressadamente e para meu pesadelo, estava certa, são eles novamente, diferente daquele dia, os garotos estão tão sorridentes que parecem que ganharam algum jogo de aposta, menos Reymond que me olha friamente, ou melhor, desinteressado. E eu o que acho disso? Não me importo nenhum pouco, pois não fiz de errado, foi ele que tratou mal uma pessoa e eu apenas como um ser humano sensato a defendi. Agora me lembrei da minha melhor amiga que diria: “Cara feia para mim é fome”. Então Scott prefira urgentemente de um bom café da manhã porque sua cara está péssima.

Vários questionamentos se instauram em minha mente. Por que esses malucos estão a minha volta com sorrisos largos nos lábios e com papeis de presentes nas mãos e alguns objetos. Sinto-me que sou um prêmio, não sei bem, é uma sensação horrível. Eu queria que todas essas pessoas evaporassem, ou fosse para longe de mim, pois seus olhares fixos a mim estão me incomodando, eu sou acostuma com isso, mas não olhares tão perto de mim.

— O que vocês querem? — uso tom rude. — Vão roubar meu dinheiro do café da manhã? — reviro os olhos.

Eles ainda estão silenciosos.  Eu falei grego ou será que estão brincando com minha cara? Hoje não estou com paciência de aturar brincadeiras. Principalmente desse grupo de idiotas, nem todos, pelo menos um ou dois ali se salvam.

— Bom dia! — gritam todos animadamente, menos Adams e Reymond. — Minha estrela deslumbrante!

Eu ouvi direito ou estou ficando doida? Elas estão agindo como se fosse robôs de vez fazer os mesmos movimentos, falam a mesma coisa. Acho que hoje é dia da pegadinha porque nunca recebi um elogio tão tosco.

— O que está havendo aqui? Todos enlouqueceram? — indago completamente confusa, enquanto tento dá um passo para trás, porém já estou encostada no armário. Francamente sempre me encurralam.

— Ei! Combinamos de só eu dizer: “Estrela deslumbrante”. — reclama um deles enquanto empurra um do seu lado. Não consigo identificar por conta da aglomeração.

— Claro que não! Combinamos que seria eu! — berra outro. Nesse momento meus olhos devem estar arregalados e minha testa querendo franzi.  

— Rapazes chegam de discussões desnecessárias. — grita Liam que está ao lado do idiota. — Deem logo os presentes para ela.

Ao terminar sua fala, exceto Adams e Reymond movem suas mãos, pois o resto coloca sobre minhas mãos diversos presentes. Eu continuo confusa por ganhar uma caixa de bombom cara demais e rosas vermelhas naturais, um urso de pelúcia segurando um coração escrito “amor”. Sinceramente é meu aniversário hoje e não estou sabendo? Já estão em que mês? 

— Para que tudo isto?! — berro enquanto olho repetidas vezes para eles e os presentes que seguro. — Hoje não é meu aniversário! — bufo.

Estou com muita vontade de jogar todos esses objetos no chão, mas seria muita maldade da minha parte. Eu nem sei para que vão servir. Eles talvez vão pedir para eu entregar a uma garota e eu digo: ”Não sou amiga de vocês e muito menos empregada”.

Eles começam a rir diante do meu rosto desordenado, assim vejo um deles querer soltar a voz e assim direciono meu olhar ao White.

— Sabemos, mas nós.... Quer dizer, quem entregou os presentes... Cada um ama muito você. — a palavra “ama” ecoou na minha cabeça diversas vezes, dando até voltas. — Por isso... Queremos que você escolha um de nós para torna-se seu namorado verdadeiro, não de contrato. — um sorriso aparece enquanto os que me deram presentes balançam a cabeça positivamente.

Minhas sobrancelhas com certeza nesse momento estão arqueadas e minha expressão não deve ser uma das melhores. Já que não consegui contém a surpresa.

Como eles me amam? Não dá para entender absolutamente nada visto que não conhecem nada sobre mim e muito menos conversamos. Ainda todos ao mesmo tempo? É algo surreal! Com certeza, para o meu alivio, daqui a alguns segundos, alguém dirá: “É pegadinha, estamos gravando com uma câmera escondida”. Arqueio uma sobrancelha não entendendo nada.

— Pode param com a pegadinha! — começo a gargalha de nervoso. —Amar? Vocês não me conhecem, parem com essa baboseira. “Amor” o que é isso? É uma mera ilusão. — reviro os olhos.

Ninguém responde nada e não há nenhuma reação, parece que meu comentário já era esperado por todos. Isso me deixa intrigada, pois se ficarem surpresos daria indícios que estão brincando com a minha cara.

— Tchau meu doce! — Bryan com cuidado segura minha mão, tenho que cruzar os braços pressionando os presentes em meu peito para não caírem. — Daremos o tempo que for preciso para escolher. — Noah segura minha outra mão enquanto Jonathan se aproxima de meu rosto. O que é tudo isso?

— Parem! — berro após beijarem minhas mãos e minha testa ao mesmo tempo.

Reymond bufa e começa a dá passos largos todos o seguem, me deixando desamparada. Eu nunca fui beijada ao mesmo tempo por garotos, principalmente na testa só meu pai e Antonin havia.

Parece que estou em um pesadelo. Todos querem namorar comigo? O que virão em mim? Eu quero perguntar algo para o Reymond, mas não cederei a minha curiosidade. Pois, uma hora ou outra vou descobrir que é um desafio ou algo do tipo.

No momento que estou colocando meus presentes dentro do meu armário, as minhas amigas aparecem do meu lado, com olhares curiosos e confusos ao mesmo tempo por verem o tanto de coisa que eu tento enfiar com grosseira no armário.

— Quem deu tudo isto para você? — Parker usa um tom animado. — Quem foi esse menino encantador? Eu já vou conceder minha benção. — ela avista a caixa de bombom e fixa seu olhar nela enquanto eu bufo.

— Eve não foi apenas um menino, foram meninos. — reviro os olhos por perceber o espanto de ambas. — Não conta para ninguém porque sei que estão brincando com a minha cara. Foram Adams, King e Bennet, os membros do grupo dos “populares”. Eles me deram presentes e falaram que me amam. Vocês acreditam?! — berro.

— Oi...? — sua boca fica entreaberta. — “Amar”? Não é possível. Essa palavra é tão forte. No máximo gostar. Porém, tirou uma sorte grande... — Eve empurra meu ombro.

— Realmente três gatões quererem algo com você. Sorte grande é pouca! — Mona suspira aposto que está imaginando cada um na sua mente maluca.

— Não me interessa nenhum deles... — dou de ombros.  

— Nós todos sabemos de quem você gosta... — Miller queria terminar a frase, mas eu não deixei, pois tapei sua boca.

— Calada! E você para de rir Parker! — mostro língua.

Meu coração quase saiu pela boca, pois não quero ouvir o nome que ela iria falar. Instantaneamente só pensei em cobrir sua boca. Eu sinto que se eu descobrir algo a mais sobre esse tal de “amor”, eu vou posso sofrer, por esse motivo sempre quando minhas amigas vão conversar sobre esse tema, ou eu tapo meus ouvidos ou eu fujo.

Eu sinceramente confesso não ter prestado atenção na aula já que na minha frente há duas tagarelas que não param de falar. Elas simplesmente me fizeram tapa os ouvidos. Estou sentindo falta do idiota ao meu lado, não pela companhia, mas pelo simples motivo delas ficarem um pouco quietas para dar boa impressão a ele.

Elas não cansam de falar sobre garotos, tem tantos tópicos melhores, porém prefiro isso, pois não quero que elas perguntem sobre a minha vida nada normal: pais rigorosos, ex-namorado chato, novo relacionamento obrigatório, não posso ser eu mesma. E muito mais.

Finalmente acabou a aula, parece que o tempo tinha parado. Esse sinal é a melhor coisa. Agora posso comer algo, eu estou com muita fome. Eu estou na fase de crescimento, não é mesmo?

Estávamos indo juntas a direção do refeitório, porém antes de chegamos lá, vimos uma movimentação estranha de meninas aglomeradas enquanto elas gritam animadas, ou melhor, berram feito idiotas doidas. Obviamente como minhas amigas são curiosas, me arrastaram junto para ver o que está havendo, mesmo contra minha vontade. Fomos bem devagar, enquanto Parker pedia “com licença”. Fomos entrando na multidão então conseguimos ver o motivo delas ficarem malucas, em carne e osso estava ali, praticamente na minha frente, Marik Carter, meu pior pesadelo. Eu estou tendo um pesadelo... Um daqueles bem assustadores e trágicos? Minhas amigas estão da mesma maneira que eu com os olhos arregalados e a boca entreaberta, parece uma miragem de tão inacreditável, pois ele veio até aqui me ver em plena segunda-feira, em meio a tanto trabalho como modelo?  Esse imprestável esboça um sorriso cínico, seus olhos azuis parecem que também sorriem, seus cabelos castanhos parece que estão oleosos de tão brilhosos. Após me beliscar pelo menos umas dez vezes, eu vou contra a multidão para fugir desse pesadelo. Eu vou me esconder dentro de um armário ou sumi mesmo. Assim após uma garota eufórica gritar o nome do imprestável, ela simplesmente me dá uma bumbada tão forte que me faz cair de bunda no chão, assim não sei se meu desejo nesse momento é matar a garota ou eu ter poderes de teletransporte, mas a última opção é a melhor, pois assim me livrarei de todos a qualquer momento. Como foi uma pancada muito forte, houve um estrondo, assim todas param de “apreciar” Marik e olham para mim assustadas enquanto a menina de vez me ajudar a levantar, ficou pedindo desculpas. Ao perceber que as garotas abrem passagem para ele passar á medida que sorri largo a me ver, eu levanto-me rapidamente, mesmo com uma dor suportável enquanto limpo minha saia com as mãos e viro-me para correr, mas antes que eu realmente pudesse fazer isso, a famosa dor no cóccix me impediu e seu abraço por trás, envolve suas mãos em volta da minha cintura enquanto apoia cabeça contra a minha. E todas, literalmente começam a berrar, pelos seus rostos não é de felicidade. Então no mesmo momento eu piso no seu pé o mais forte que eu consigo, foi suficiente para ele me soltar. Ficamos frente a frente, seu sorriso me deixa muito irritada.

— Eu finalmente encontrei minha bela dama. — ele faz reverência e as meninas piram.

— E eu finalmente reencontrei meu pesadelo. — todas fazem um som de espanto. Estão parecendo que estão acompanhando uma novela enquanto reagem a ela.

— Que engraçada. Eu demorei a descobrir em que escola estava estudando, pois ninguém queria me falar, mas sua amiga Becker me contou. Agradeça a ela meu amor. — uma parte das garotas parece que está querendo me esganar a minoria já pensou em triângulo amoroso.

Não há nenhum triangulo, nem metade dele ou até uma linha, pois nenhum de nós tem nada. Eu até ouço uns cochichos: “Não é isso que o Reymond merecia, só falta a pipoca para acompanhar essa discussão, cadê o namorado para salvá-la? ”. Esse povo é intrometido.

— Eu já imaginava que Becker faria isso. — bufo. — E você quer que eu entre no seu joguinho ou o quê?

— O que eu quero mesmo é sabor de seus doces lábios! — ele dá uma piscadela e há uma eufórica, agora é oficial, elas vão ter que ser internadas no hospício.

— Sério? — uso um tom brincalhão. — Há tanta coisa que eu quero, mas não posso ter. Então o que te dá direito de mandar em mim? Carter infelizmente eu já tenho um namorado, mesmo se não tivesse um... — digo sussurrando. — Eu afirmo com convicção que nunca te beijaria.

— Como há várias pessoas aqui, vamos conversar em algum lugar privado. O tempo está senso. — Carter segura uma das minhas mãos tão brutalmente que é impossível me livrar, enquanto começo a ser arrastada, olho para trás e minha amigas, ou melhor, que eram para ser. As duas fazem um sinal de positivo junto com uma piscadinha. Elas não me ajudaram, as duas estão muito encrencadas.

— Ei! Dá para me soltar! — reclamo.

— Não, pois a senhorita fugirá de mim. Foi muito difícil achá-la à vista disso não deixarei ir. — seu olhar fica fixo ao meu enquanto sorri amargamente.

— Eu vou te denunciar para o diretor! — provoco.

— Ele sabe que estou aqui meu bem.

Assim depois de tanto andar, chegamos ao jardim, por incrível que pareça nesse horário não tem ninguém. Parece que foi montado esse cenário, não sei explicar, apenas é uma sensação. Ficamos um na frente do outro e eu preferi ficar em pé, pois minha dor no cóccix ainda não melhorou. Apoia-me na parede foi a melhor opção para mim e para minhas costas.

— Eu gostaria de recitar algumas palavras para ti. — ele pega um papel do bolso, vejo que não consegue nem falar com suas próprias palavras. — Eu me arrependo imensamente pelo que cometi.... Foi um erro gravíssimo!

— Acabou? Escreveu só isso no papel? Já sei as palavras eram tão difíceis para “ti”, sendo assim para não esquecer, anotou em um papel. — ironizo, após isso fico séria. — Meu queridinho eu já disse mais de mil vezes que te perdoo, porém não voltarei contigo, pois nunca houve amor de verdade entre nós. Eu te odeio sempre te odiei e odiarei. — me seguro, mas não consigo assim berro. —   O nosso namoro foi gerado pelo status e promoção, não foi nada real!

— Houve amor de minha parte! — ele toca na minha bochecha e eu me esquivo.

— Tanto amor que até me traiu! — bato palmas, ironizando.

— Ela me atacou! — seu tom elevou e seus olhos saltaram.

— Não foi o que eu vi. Você a agarrou! — bufo.

— Meu amor. Você não entendeu bulhufas. Eu te amo... Vós estais namorando por prestígio. Soube que senhor Reymond é um rapaz bacana, mas não o seu ideal. Eu sou o homem digno a ti! — ele se aproxima de mim, arrependimento bateu por estar contra a parede. — Não faça está expressão facial... Quando eu penso em ti, meu órgão oco de tecido muscular estriado cardíaco que tem como função bombear o sangue, eu o sinto bombear com uma voz estridente. 

— Para de ser tão falso! — berro enquanto sinto o sangue subi pela cabeça. — Não pode dizer coração de uma vez?! Vá ao médico que resolve! Agora sai do meu pé! —bato os pés impaciente, agora realmente estou muito brava. — Como pode fingir tão bem que é educado e todo formal?! 

— Quer que ti trate com imprudência? Se a deseja eu cumprirei! —seu tom foi persuasivo e ao mesmo tempo suave.

Percebo que seu olhar ficou diferente, seus braços tapam a minha passagem e só seu corpo me tapa completamente, então eu tento empurra ele com minhas mãos, mas não houve êxito, então simplesmente comprimo meus lábios enquanto tento achar uma maneira de chutar sua parte sensível.  Seu rosto está muito perto, só a sua sombra me cobre. Seu sorriso é maligno. Pressiono meus olhos.

— Reymond... — digo como se fosse um sopro.

No exato momento, sinto um perfume familiar, por estar com medo de olhos fechados e fortemente pressionados, lentamente abro eles, então vejo um cara de costas dando socos no maxilar de Carter que agora está longe de mim. Essa pessoa é o idiota... Ele veio me ajudar depois de me ignorar e me tratar com frieza?

Enquanto Marik limpa o sangue que escorre dos seus lábios, Scott vem até mim e passa os braços em volta dos meus ombros, me abraçando fortemente enquanto olha friamente para o Carter.

— Avisaram-me que o ex-namorado da minha namorada está a persuadindo para voltar. Desculpa-me, mas ela é minha e eu não vou dividi-la com você e com ninguém. — meu coração dói por suas palavras falsas.

— É isso mesmo. Nós namoramos porque amamos um ao outro, não por status. — passos meus braços em volta da cintura do Reymond à medida que solto um largo sorriso.

— Como é? Então vocês realmente se amam...? Eu passei muitos meses atrás de você para descobrir que você está namorando verdadeiramente? — seus olhos estão marejados, mesmo assim ele limpa as lágrimas e levanta, dá um passo perto de mim. —  Eu aposto que vocês nunca se... — como eu percebi as palavras que Carter iria falar, eu instintivamente para calar sua boca dou um chute bem forte na sua perna. Sei que iria dizer “beijaram”. Eu não quero que Scott descubra isso, pois é algo pessoal e ele me irritará até o fim dos tempos.

— Calado! Tudo o que você diz é irritante. Vá embora! — berro enquanto bato os pés impacientes. — Eu nunca mais quero te ver. Se você realmente me ama, por favor, me deixe ser feliz com meu amado. — seguro o riso.

— Adeus Lisa Black Rose, meu primeiro doce amor... — o desprezível me olha tristemente e começa a andar de cabisbaixo à medida que mexe em seu maxilar dolorido.

Ficamos abraçados até Carter sumi da nossa vista, após a nossa separação, Scott não olha para mim nenhuma vez, apenas começa a andar com passos largos e bufando.

Eu respiro profundamente me preparando mentalmente para agradecê-lo. Mesmo que estamos brigados, não custa falar obrigado, pois querendo ou não ele me ajudou, então é preciso agradecer.

— Obri... — na mesma hora Reymond para de andar e olha para mim com a mesma cara de limão azedo que está desde alguns dias atrás.

Ele revira os olhos e continua andando, como se quisesse dizer: “Eu não quero ouvir nada que veja de você garota”. Então começo a me sentir muito triste por ser ignorada friamente, sem motivo. Porém não deixarei isso me afeta, apenas para descontar minha raiva, o alcanço e dou vários socos nas suas costas fortemente enquanto grito:

— Seu idiota! Você é muito idiota! — viro para a direção oposta a dele.

No caminho várias meninas que passam por mim ficam cochichando, mas obviamente não me importei, elas pensam que eu sou oferecida, se eu realmente fosse o problema era meu, não delas.

Ao abrir a porta de meu quarto, totalmente furiosa com desprezível e o idiota, ainda piora por saber que minhas amigas “queridas” me deixaram ser levada, ou melhor, arrastada contra minha vontade pelo Carter. Já chego batendo a porta com força e cruzo os braços enquanto bato o pé no chão querendo uma explicação, as duas arregalam os olhos pelo espanto.

Elas me acalmaram um pouco, depois que aparecem com um copo de águas com açucar, ambas adivinharam que eu chegaria aqui revoltada. Elas me explicam calmamente, quer dizer, depois que eu deixei as duas falarem, pois não calava a boca, parece que o jogo virou. As duas me contaram que não se intrometeram no meio da gente para eu resolver de uma vez por todas tudo com a finalidade de acabar com este “joguinho” que anda rolando há meses.

Como elas convenceram com seus argumentos eu contei que Marik tentou me beijar e que o idiota me salvou dando um soco no maxilar dele. Eu me arrependi, pois já começaram a falar que era “amor”, “ciúmes”, sendo que na minha mente deduzi que ele só me ajudou para compensar o dia que eu fui à sua casa e passei à tarde com seu irmão. Ambas tem uma mente muito sonhadora, muito fértil.

Pensar no idiota me traz tantas questões que nunca foram resolvidas para mim: Como ele consegue ser tão agressivo e ao mesmo tempo fingir ser tão doce, como pode brincar com todas as meninas e elas não ligarem, com que direito tem se achar tanto?

— Detesto este tipo de gentinha! — grito em meios dos meus pensamentos e no mesmo momento eu tapo a boca por perceber que falei em voz alta.

Parker e Miller se entreolham se assustam, mas depois começam a rir do meu comentário, pois minha expressão e meu grito foram ameaçadores e ao mesmo tempo ridículos. Minha melhor amiga se aproxima de mim lentamente com um olhar travesso e um sorriso largo estranho. Enquanto coloca a mão no coração.

— Lisa... Lisa... Dizem que o amor e o ódio andam de mãos dadas!

— Calada! — bufo por suas palavras e ela se aproxima de meus ouvidos.

— Semana passada... —  Parker sussurra. — Eu vi você com seu Romeu saindo para algum lugar à noite.

No mesmo momento engulo saliva e arregalo os olhos, mas para me acalmar eu aperto suas bochechas bem forte à medida que vejo a resmunga de dor.  Solto ela após jurar que nunca mais vai falar desse assunto, pois como expliquei calmamente: “Ele me convidou para ver a Lua, nada mais, nada menos que isso”.

— Eu não vou falar mais sobre isso... — seus olhos brilham. — Mas.... Nós já percebemos que vocês estão ignorando um ao outro... O motivo seria qual? Por que se fosse mesmo por causa de seus amigos, não daria, visto que confessaram hoje para você. — Parker grita após refletir. — Então...! Independentemente de qualquer razão, vocês vão ter que se falar, pois estão namorando de mentira e vão causar boatos de que terminaram.

Faço careta enquanto reviro os olhos. Eu não vou falar com ele de jeito nenhum. O idiota não merece que eu utilize um pouco da gentileza que tenho dentro de mim. E eu quero mesmo que esses boatos ocorram, pois assim me livrarei dele de uma vez por todas.

— Lisa se você fosse obedeceria Eve... — Miller treme. — Pois quando eu briguei com meu ex-namorado, quer dizer, atual na época... Ela me obrigou a tentar resolver as coisas com ele, pois a nossa briga foi muito tola. Aquele garoto não queria me deixar ir a um jogo de basquete, vestida... Com meu vestido scuba maravilhoso azul turquesa, a peça só era um pouco curta, mas nada exagerado claro. — ela bufa à medida que cruza os braços. — Caso eu não tentasse solucionar o problema, Parker iria rasgar minhas roupas preferidas, postar minhas fotos estranhas nas redes sociais e ainda me deixar sem ir ao treino dos jogadores para olhar aqueles tanquinhos. E me deixar sem comer.  — eu fico em choque por suas palavras. — Ela não brinca em serviço!   

— O resto não importa...  Mas ficar sem comida? Eu nunca vou, pois ela que me sustenta! — retruco com a voz alta.

Ambas se levantam e se entreolham como se estivesse preparado algo para me mostrar.

— Não quer? Então vai conversar com ele mesmo se estiver com seus amigos. Chega perto dele e o empurra para parede, dizendo: “Qual é o seu problema idiota”.  — Parker demonstra com Miller e eu caio na risada.

— Eu não falo assim sua vaca!

— Garanhão seu idiota! Responda-me qual o seu problema? Está faltando um parafuso na cabeça ou o que? — Eve imita minha voz mais uma vez enquanto encara Miller.

— Gata eu te amo! — Mona faz uma voz grossa que não parece nada a do Scott. — Eu estou te ignorando porque quero que me dê atenção! — ela dá uma piscadela igual o idiota.

— Calem a boca! — levanto-me e dou um pescotapa nas duas que estão gargalhando.


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