Nenhum igual escrita por DanyMellark


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá flores espero que gostem da minha fic ♥ Lids river essa é especial p vc, feliz aniversário flor ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729845/chapter/1

“Você está bêbada?” - Aquela fora a primeira frase que eu conseguira entender no meio do tumulto de barulhos em que a minha mente estava na última meia hora enquanto tentava respirar um pouco sozinha longe de todos no jardim daquela casa que já não lembrava mais nem de quem era.

Mas ao levantar o rosto e reconhecer Percy, meu ex melhor amigo me olhando, resolvi simplesmente ignorar a pergunta e continuar olhando para o nada, na esperança que ele fosse embora.

— Vem, deixa que eu te ajude a levantar... – ele disse me segurando pela cintura e me puxando para cima com uma facilidade incrível.

— Se está esperando um obrigado...

— Não se preocupe, não estou esperando nada de você. - falou e manifestou-se para ir embora, mas antes que isso pudesse acontecer o segurei pela manga da camisa.

— Qual seu problema? Eu sei que não sou sua pessoa favorita, mas desde que cheguei aqui você não pára de expressar o quanto não sou bem vinda nessa festa. E essa nem é a sua casa.

— Como você saberia dizer? Não deve estar reconhecendo nem o chão que está pisando depois de tanta vodka.

— Porque éramos amigos... Bem antes de você virar um babaca.

Pela expressão de raiva no rosto dele, parecia que eu tinha acertado bem no lugar certo.

— Bem antes de você virar uma chata rata de biblioteca também. Que é a propósito aonde você deveria estar agora, não? Temos exames na segunda.

— Não preciso que regule minhas horas de estudo. Sei fazer isso sozinha, e esta noite vim...

— Num encontro? Sua exibição na frente de todos foi bem notória?

— Exibição de que?

— Você aos amassos com ...

— EU ESTAVA DANÇANDO. SÓ ISSO.

— Ah claro, e o jeito que ele te puxava e agarrava sua cintura era perfeitamente isso. Dançar.

— Não é da sua conta...

— Tem razão, você pode fazer o que quiser inclusive tentar achar carona para casa porque seu amiguinho já foi embora com outra enquanto você se perdia aqui... Ou quem sabe você pode pedir para a coruja no seu pescoço ganhar asas e te levar para casa voando.

— Babaca. – foi a única coisa que eu disse antes de sair meio tropeçando de perto dele. Tudo que não precisava era que ele me visse chorar mais uma vez porque fora estúpido comigo.

Estava resolvida a pegar um táxi assim que deixei aquele lugar quando ouvi a buzina daquela moto preta enorme quase em cima de mim.

— Você ficou doido? Além de me detestar agora quer me matar?

— Sobe! – foi a única palavra que ele me disse.

— Não, obrigada.

— Não vai conseguir um táxi agora, vai ter que esperar até amanhecer. E sua mãe vai ter um treco.

— Não é seu problema.

— Pode deixar de ser uma chata irritante por meia hora e subir na droga dessa moto?

Simplesmente aceitei porque ele realmente estava certo e eu não teria mais nenhuma chance de voltar para casa até o amanhecer. Ele estava praticamente voando na moto, ultrapassando os sinais vermelhos nas ruas desertas, atravessando os parques até chegarmos às redondezas do subúrbio onde morávamos.

Fizemos o caminho todo em silêncio enquanto me agarrava forte na cintura dele sentindo o vento batendo no meu rosto. Tinha realmente me esquecido do quanto gostava de andar de moto com ele. A última vez havia sido antes de entrarmos no colegial e Percy roubara a moto do irmão mais velho para sumirmos um pouco e terminarmos nossa aventura com um sorvete.

Como sempre fazíamos antes de ele começar a me tratar mal e agir como o imbecil que ele era agora.

Não tive muito tempo para me perder nas nossas lembranças, pois logo ele já estava estacionando a moto de frente para o jardim da minha casa. Só que ao contrário do que imaginei, ele desligou a moto e me ajudou a descer, me acompanhando em silêncio até a porta de entrada.

— Bem... Está entregue. Dê lembranças a sua mãe. – ele falou rápido deixando claro que queria ir embora dali o mais rápido possível.

Uma parte de mim também queria que ele só fosse embora, afinal depois de três anos me ignorando ou tratando mal, ele não podia esperar consertar tudo por um ato de boa educação. Ou de caridade. Porém no fundo me dei conta que aquela poderia ser a minha única chance de poder perguntar o que estava engasgado há anos.

— Por quê? – perguntei antes que pudesse perder a coragem.

Ele me olhou confuso sem entender do que eu estava falando.

— Vai me fazer explicar de novo que você não ia conseguir pegar um táxi e....

— Não. Por que você deixou de ser meu amigo? Há três anos atrás eu nem podia me imaginar ficando duas horas sem falar com você e depois você começou a me tratar como se me odiasse. De graça e do nada.

— Annabeth...

— Eu só quero saber isso, depois pode voltar a me odiar. – eu falei mesmo sentindo medo da dor que a resposta me causaria. - Por que você me odeia?

Ele pareceu pensar por meio segundo antes de se aproximar bruscamente segurando meu rosto com força e colando os lábios dele nos meus. Não tive muito tempo para pensar antes de sentir que consentia e que a língua dele já devorava cada cantinho da minha boca.

Nenhum beijo nunca tinha me preenchido e tirado o fôlego daquele jeito antes. Era tudo que havia sonhado a vida toda que um beijo deveria ser. Após nos separarmos e buscarmos por oxigênio eu olhei para ele ainda mais confusa do que antes.

— Isso é sua resposta? Que diabos de resposta é essa?

— Eu queria fazer isso há muito tempo. Desde sempre acho, mas só na terceira semana do primeiro ano, criei coragem para te contar. Vim aqui na sua casa, morrendo de medo. Mas você já estava muito ocupada beijando o imbecil do Valdez para me notar. Desde esse dia não conseguia mais olhar para você. Simplesmente não conseguia, até hoje, quando te vi parecendo uma criança desprotegida caída ali no chão daquela festa.

— Você é tão... Tão idiota. Valdez e eu? Ele me beijou aqui em casa após me dar uma carona da biblioteca porque você sumiu aquele dia todo. E eu o empurrei, foi só um beijo que me roubaram e nada mais. Coisa que você saberia se não tivesse me tratado mal dizendo explicitamente que estava na cama com outra garota e tinha coisa melhor a fazer do que brincar de casinha comigo.

— Eu estava com raiva, não queria magoar você. Mas como eu ia saber que ele te beijou de surpresa?

— Bem pelo visto os garotos gostam de fazer isso comigo, você acabou de fazer quase igual.

— Quase igual?

— È... Você me deu carona, me resgatou de uma situação difícil, veio me deixar na porta da minha casa. E aí do nada me beijou. Só teve uma grande diferença.

Ele já estava de braços cruzados demonstrando impaciência ao me ouvir comparando os dois fatos.

— E qual a grande diferença?

— Do seu beijo eu gostei.

E eu ainda pude ver o sorriso bobo que se formou no rosto de Percy, o meu sorriso favorito dele que queria dizer felicidade, antes de fechar a porta na cara dele e entrar em casa. Quanto a mim e as borboletas que voavam agora no meu estômago teríamos muito tempo para processar que o cara dos meus sonhos estava ali do outro lado da porta e tinha se declarado apaixonado há alguns minutos.

Porque sim depois daquele beijo eu sabia que não haveria nenhum igual sem ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero ver vocês nos comentários ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nenhum igual" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.