Forget About Me escrita por Lia Mayhew


Capítulo 7
Capítulo 6 – Slip


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Acho que esse capítulo engatilha muitas coisas que ainda vão acontecer. Espero que gostem. Boa leitura!



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Dance around in your smoke and flicker out

 

Mãe?

Bonnie sorriu para ela, de um jeito mecânico. O coração de Layla acelerou. Ela não parecia estar um dia mais velha do que a última vez que a filha a viu. Aparentava ter saído diretamente dos anos 80, com um vestido florido comprido.

— Sentiu a minha falta?

— Você está morta.

A mulher adotou uma expressão irônica e jogou os cabelos para trás. Algo no tom de dela a fazia parecer maldosa.  

— Nunca me senti tão viva. Eu pareço morta para você?

— Não faz sentido.  

— A maioria das coisas não faz. Achei que tivesse te ensinado isso. 

— Você estava doente. Foi por isso que você morreu.

O mais sensato a se fazer naquela situação era fugir. Não sabia quem era aquela pessoa. Poderia ser perigosa. Porém, a presença da mãe fazia com que ela se sentisse uma criança assustada de novo.   

— Não foi isso que aconteceu.

Bonnie continuava sorrindo. Dessa vez, ela se aproximou, revelando o rosto delicado. As memórias de sua infância se reviraram dentro da sua cabeça. A voz melodiosa dela lendo histórias de dormir se intercalava com os seus gritos agudos. Naquelas ocasiões, nas suas crises, os olhos azuis de sua mãe brilhavam e pareciam pretos. Eram dois pontos brilhantes e opacos, vazios e cheios de intensidade. Era uma espécie de olhar inconfundível e idêntica a maneira como Bonnie a olhava agora, nos jardins.  

A cabeça de Layla ficou pesada e o corpo difícil de manter-se em pé. Ela foi perdendo a consciência com a risada da mãe ao fundo.



Aguamenti.

Layla acordou em sua cama desproporcionalmente grande, ainda com o vestido e a maquiagem da noite anterior. O jato de água saiu da varinha do seu irmão e espirrou nela, fazendo a garota acordar sobressaltada.

— Mãe! – Exclamou ela, com a respiração descompassada – Brendon?

Brendon tinha um ar presunçoso, como sempre. Ele parecia estar prestes a tirar sarro dela por não saber aguentar a sua bebida. Ao ouvir o grito dela, seu irmão mudou de expressão.  Layla conseguia ver através da cabeça dele: o cérebro disparando, o raciocínio reorganizando os pensamentos. Desde quando eram crianças, Layla era o sujeito de estudo preferido para Brendon analisar, já que os comportamentos imprevisíveis davam espaço para racionalização. Entretanto, o grito que tinha acabado de dar não precisava de um reexame. Era desesperado.

— Layla? Você sonhou com a mamãe?

A garota apertou suas cobertas contra si, se certificando que tudo era de verdade. Layla não acreditava que estava em sua casa, encarando seu irmão. Não se lembrava de como tinha chegado ali. Sua última recordação era a aparição da sua mãe. A experiência parecia ter sido muito real, sentia até agora a presença de Bonnie impregnada em seu corpo.  

— Como eu cheguei aqui?

— O pai te encontrou dormindo no banco do jardim da frente dos Baddeby. Ele não quis te acordar. O que você estava fazendo lá?

— Eu fui tomar um ar. – Brendon ia a interromper, mas Layla foi mais rápida – Você lembra das crises da mamãe?

— Crises?

— É. Tipo aquela vez que ela esqueceu a gente em uma loja. Ou quando ela gritava e quebrava coisas.

— Eu lembro de quando ela esqueceu a gente. Só não sei se eu chamaria aquilo de crise. Na época, eu achei engraçado. Não foi algo traumático para mim. Mas eu não lembro dela quebrando nada. Você é mais velha, deve lembrar melhor das coisas.

 - Você não se recorda de nenhum surto? De nenhum grito?

 - No final, eu a via chorando muito. Acho que tinha alguns gritos.

 Ela preferia a versão de Brendon sobre o que aconteceu. Uma mãe melancólica, ao invés de uma neurótica. Layla também acreditava que as narrativas eram diferentes, porque eles tinham relações distintas com a mãe. O irmão era o caçula, inteligentíssimo e a cara do pai. Não deveria ser difícil para uma mãe amar ele. Já com ela, a situação parecia outra.

 - Eu estava muito cansada. Bebi horrores. É claro que eu ia acabar dormindo.  

 - Layla, a morte da mamãe foi algo muito difícil. Faz sentido que você precise processar todas as memórias, especialmente, as que são só suas com ela. Se você anda sonhando com isso, talvez seja melhor você conversar com alguém sobre isso.   

 - Não é nada disso, Brendon. Eu agradeço o apoio, mas está tudo bem. Foi só um pesadelo. Assim que eu me trocar, eu desço. Obrigada.

 Seu irmão saiu do quarto, relutante. Ela se levantou com o corpo dolorido pelo aperto do vestido. Deslizou o tecido, deixando a roupa cair aos seus pés. O seu quadril, a parte colada no vestido, ficou marcado, por ela ter passado tanto tempo vestida. Layla foi até a frente do espelho. Estava horrível. A água que Brendon jogou nela fez escorrer o resto de maquiagem que ainda estava na sua cara. Com cuidado, ela limpou o rosto. Por não ter tirado a maquiagem antes de ir dormir, a pele de seu rosto ficaria péssima. Com os poros obstruídos pela sujeira, a oleosidade iria se espalhar por tudo. Com certeza, ficaria com espinhas. Ainda que parecesse acabada, fazer uma maquiagem nova só pioria as coisas e sufocaria mais o seu rosto. Escolheu uma de suas roupas mais simples, prendeu bem o cabelo e colocou um óculos escuro gigante para esconder a sua cara.  

No andar de baixo, seu pai e Brendon a esperavam para almoçar fora.

— Tudo bem com você, Layla? Você estava em um sono profundo ontem.

— Tudo certo, pai. – Ela deu um sorriso simpático – Não foi nada de mais.



Na madrugada de segunda-feira, Layla estava em sua escrivaninha. Na sua frente, as cartas de Fred se espalhavam em pilhas. Ele já tinha mandado outras duas no domingo. Eram cartas de amor. Não existia outra maneira de descrevê-las. Elas estavam repletas de elogios, doçuras e promessas. Tudo o que ela mais desejava receber de Fred. Mesmo assim, Layla não era capaz de enviar uma resposta.

Não era por falta de sentimento. Estava mais envolvida com ele do que gostaria de admitir. Também não era jogo de sedução. Tinha desistido de envolver Fred com eles, antes mesmo de tentar. A verdade é que Layla estava preocupada com o que tinha acontecido na noite do baile. Diferentemente do que tinha dito ao pai e ao irmão, sabia que havia algo de errado. Algo de errado com ela.

Ter visto a sua mãe por aí, como se estivesse viva, não era a parte mais estranha. Considerando a situação, era normal que Layla pensasse e sonhasse com ela. O problema maior era a maneira como ela tinha se sentido. Naquele momento, ela não tinha nenhuma dúvida que a sua mãe estava na sua frente, ainda que tudo - lógica, bom senso e lucidez - indicasse o contrário. Layla era uma pessoa de opiniões moderadas, não acreditava em quase nada com convicção, por isso o sentimento era inesperado. Como explicar uma crença tão forte em algo que ela sabia que não era real?

Mesmo que sem querer, essa aflição impactava sua relação com Fred. Ela nutria muito carinho por ele e a última coisa que queria era machucá-lo. Talvez fosse a momento de ser realista. Layla não era capaz de estar em um relacionamento com tantas questões não resolvidas com a sua família e com ela mesma. E, se estivesse, seria um desastre completo. Não poderia fazer isso com Fred. Também não podia deixar o lance deles rolando, apenas para os sentimentos se intensificarem e o eventual rompimento se tornar mais difícil. Ela precisava sacrificar o que eles tinham. Layla se reconfortava acreditando que não seria difícil. Era uma paixão adolescente. Eles seguiram em frente e seria o fim da história. Fred era lindo, divertido e amoroso, outras garotas sem dúvida a substituiriam. Bastaria somente que ela parasse de responder as suas cartas.

 

Tinha se passado um mês inteiro desde o baile Baddeby. O rumo dos acontecimentos tinha permanecido o mesmo para Layla. As aulas do último ano do Saint August continuavam maçantes. A família Harrison se equilibrava em uma linha tênue. As picuinhas do seu grupo de amigos pareciam previsíveis. Fred não tinha parado com as cartas.

 - A Blake estava com um discurso muito esquisito mais cedo.

 Layla e Elsie almoçavam nas mesas ao ar livre da escola. A loira tentava se proteger do sol e a amiga cortava um pedaço de peito de frango na bandeja, sem interesse.

 - Ela quer fazer guerrinha de força com a Ravenna. Volta e meia, a Blake procura alguma encrenca para se ocupar.

 - Isso é verdade.

 - Você foi muito bem no simulado de hoje. Com certeza, vai conseguir os N.I.E.M.s necessários para começar o treinamento de medibruxa.

  - É o plano. Você também teria notas o suficiente para uma meia dúzia de bons programas.

  - Não precisa de curso para ser socialite. – Disse Layla, somente em parte brincando.

  - Você é inteligente demais para ser só socialite. Seria um desperdício.

  - Talvez. – De forma abrupta, a garota mudou o assunto da conversa – Eu vou ter que ir para Hogsmeade de volta.

  Elsie largou o sanduíche de pão branco e pepino no prato.

  - Eu sabia que você queria falar sobre isso.

  - Não é para eu me resolver com o Fred. Quer dizer, na verdade, é. Mas é para pedir para ele parar de me escrever. 

  - O que você deveria fazer é pedir desculpas. Não foi legal você dar um gelo nele sem motivo.

  - Que seja. Eu vou precisar que você me cubra dessa vez. Vou dizer para o meu pai que nós duas vamos passar o dia na praia de Fisherman’s Haven. Não quero me preocupar com ele.

    - Layla, a previsão é de 6° no sábado.

     - Não tem que ser uma mentira boa.

    No sábado, muito bem agasalhada, Layla saiu de casa cedo dizendo que ia para Fisherman’s Haven com Elsie. A praia reservada ficava dentro dos limites de Berwick-upon-Tweed e era mais visitada pelos turistas por ser a mais bonita da região. Na verdade, a garota aparatou em Hogsmeade. Tinha mandado uma mensagem curta mais cedo avisando que viria. O vilarejo pareceu mais amistoso no dia de seu encontro com Fred. Poderia ser impressão dela, entretanto tudo parecia mais sem graça agora que tinha que terminar as coisas com o ruivo.

   Layla andava distraída, ensaiava mentalmente o que iria falar. Esbarrou em alguém. Não em qualquer alguém, mas em um alguém conhecido. Era muito azar. Esse lugar não a favorecia.

— Layla. 

— Ah. Olá, Draco.

O sonserino abriu um sorriso. Layla resistiu a vontade de ajeitar o cabelo, em um ato de vaidade. Não dava a mínima para o que esse garoto pensava. A falta de ajuste não fez a menor diferença para Draco. Ele olhou para ela, embasbacado, e imaginou se tinha caído do céu. Os olhos brilhantes e os caracóis negros eram inesquecíveis.

— Não sabia que você costumava vir para essa área. A menos que tenha vindo fazer uma visita. Sentiu tantas saudades assim?

Garoto petulante.

— Faz quanto tempo? Dois anos?

— Um ano. De qualquer forma, tempo demais. - Ele se aproximou. Layla queria que Draco sumisse. Não estava com paciência para lidar com ele.  

— Isso é relativo. – Provocou Layla, seguindo os seus antigos hábitos. Seria engraçado baixar a bola dele – Estou procurando alguém. Weasley. Fred Weasley. Você conhece?

— O quê?

 Draco chiou, fazendo o barulho de uma torneira que abre sem água. Ela ignorou e voltou a falar.

— Nossa. Olha a hora! – Layla apontou para o pulso sem relógio – Tenho que ir. Outro dia, a gente se fala.

Ela se virou para ir embora, até que Draco recuperou a voz.

— Você está com traidores de sangue, então? Já esteve em fases melhores.

— Como? – Layla voltou a ficar de frente para ele. O movimento na área em que estavam aumentou, por isso ela abaixou o tom de voz. Não queria que ninguém a notasse ali – Vocês são uma piada. Posso circular pelos seus clubes, Malfoy, mas meu sangue não tem nada de limpo. Sou filha de uma trouxa e de um aborto, o pior tipo de sangue ruim. – Com uma energia renovada, ela pegou o pulso dele e o esticou na sua direção. O garoto estava sem palavras. Com a outra mão, Layla acompanhou o caminho das veias dele com dedos, parando no topo do braço - De que serve esse sangue tão puro se a magia não se mede por linhagem, mas com talento? As garotas preferem os traidores de sangue, Draco.

 Ele pareceu horrorizado. Arrancou a mão dela de seu braço e saiu sem olhar para trás. Layla tinha acabado de implodir o seu mundinho.

Sem perder mais tempo, ela foi até o lugar onde tinha marcado com Fred,  O cabeça de Javali. Na outra ocasião, os dois tinham brincado como o lugar parecia o bar onde tinham se conhecido. A recém liberação de adrenalina tinha a deixado mais confiante. Ela diria as coisas certas e eles se afastariam amigavelmente, sem ressentimentos. Dentro do pub, não foi difícil o encontrar. Fred estava sentado no balcão, com expressão de sofrimento. Pelo atraso, ele deveria ter achado que ela o tinha dado um bolo.

 - Quem morreu? – Layla repetiu suas próprias palavras da noite que o conheceu, se sentando do lado de Fred.

O olhar dele se iluminou.

— Layla.

— Oi, Fred.

— O que aconteceu? – O ruivo acariciou seu rosto, se certificando que ela estava lá - Você não me respondeu mais.

— Fred, você é um cara ótimo. A noite da festa foi maravilhosa. – O carinho dele chegou até seu cabelo. Era uma sensação gostosa que ia se espalhando pelo resto de seu corpo, um pouco como era se apaixonar por ele – Mas, eu tenho muita coisa acontecendo. Nós estamos indo rápido demais. Não vai dar certo.

— Nós podemos ir mais devagar. A gente não precisa parar de se ver.

A voz dele estava baixinha, como se estivesse com medo de espantá-la. Parecia que ele já sabia que ela não mudaria de ideia, porque faltava firmeza na sua fala.

— Eu não posso. Sinto muito. Vai ser melhor assim. Você deveria parar de me escrever.

 Layla se levantou e, na hora, Fred segurou a sua mão.

— Fique.

Ela se aproximou e deu um beijo na bochecha dele, soltando sua mão do aperto. A garota se apressou para sair, com medo de alguém a ver chorando.

Aparatou de volta para Berwick-upon-Tweed. Estava muito cedo para voltar para casa. O primeiro lugar que veio a sua mente foi onde tinha dito que estaria, Fisherman’s Haven. O dia estava frio e nublado, por isso a área estava vazia. A enseada era cercada por penhascos verdes altos, sendo preciso descer uma longa rampa para o acesso à praia. Quando era criança, costumava ir para lá o tempo todo com o pai e Brendon. Eles tomavam sorvete e tentavam ver golfinhos no mar. Fazia algum tempo que eles não vinham mais. Layla se sentou na areia, admirando a paisagem. Os penhascos eram, para ela, a parte mais bonita da praia. Tinha algo de romântico sobre eles. Parecia o cenário de um romance de época, pronto para o casal principal ter uma discussão acalorada nele.

Depois de certo tempo, ela andou de ponta a ponta da praia. Os pés descalços se molhavam na água fria. Assim que estava pronta para ir para casa, passou um grupo de jovens que começava a fazer uma fogueira na areia. Uma garota a reconheceu e a chamou.

— Ei! Layla, não é?

Layla reconheceu ela como a garota que tinha conhecido no banheiro do baile Baddeby, Adeline Mei-Li. Guardou o nome dela, pois seu pai tinha comentado a respeito da família dela. Qual era o motivo pelo qual todas as pessoas que ela conhecia tinham decidido encontrar com ela hoje?

— Adeline! Que bom te ver.

— Sim. Que coincidência te encontrar. Está sozinha?

— Estou. Fiquei com vontade de vir para cá.

— Fica com a gente, então!

Em uma situação normal, a oferta teria sido tentadora. Havia um grupo interessante ali. Com certeza, eles saberiam como se divertir. Os adolescentes trouxas da cidade tinham fama de ser ainda mais mimados do que eles. Só que ela estava arrasada, não queria passar nenhum minuto de conversa furada com estranhos.

 - Tenho um compromisso de família daqui a pouco. Uma pena. Senão eu ficava.

— Ahn. – Adeline fez um biquinho – Mas nós vamos dar uma festinha lá em casa semana que vem. Vou deveria ir.

Layla não estava em condição de planejar qualquer compromisso.

 - Com certeza! Só me passar o endereço.



Na segunda-feira, Clementine se alongava em uma das quadras da escola depois da aula. Layla estava apoiada na grade de proteção de metal, no lado de dentro.

— Eu te contei quem eu encontrei esses dias, perto de Hogwarts?

— Não.

— Draco Malfoy.

Clementine abriu um sorriso largo, em claro divertimento.

— Eu te falei que tinha chance de ele conhecer o Fred. Aquele castelo não é tão grande assim.

— Você jogou praga, isso sim. Ele falou que eu estava me misturando com traidores de sangue.

— Coitado, não sabe nem da metade. A babaquice desses garotos é de praxe. Mas, me conta, ele ainda tem a manha?

A amiga olhava para ela com os olhos brilhando de malícia.

— Manha? Que manha, Mimi?

— A manha. Você sabe melhor que eu. A habilidade com qual ele seduziu você no meio do encontro de negócios mais chato da história.

Layla não acreditava na cara de pau de Clementine.

— Não foi assim que aconteceu. Ele não me seduziu. Inclusive, se teve alguém que influenciou algo fui eu.

— É, só que você não precisou influenciar nada. O Draco se encantou com você no instante que vocês se conheceram. Quem teve que se esforçar para vocês ficarem, foi ele. Ele era mais novo do que a gente e a minha mãe não é próxima da família dele. Quando nós fomos embora da casa de campo, ele até te mandou flores. Era um buquê lindo de narcisos. Você se lembra?

— Claro que eu me lembro. – Layla tinha feito pouco caso das flores na época – E o que que tem? Você também ganhou presentes do Blaise.

— Eu não ganhei nada do Blaise depois que a gente ficou. Quem mandou aquela cesta foi a Sra. Zabini para a minha mãe. E você está fugindo do assunto! Ele deu em cima de você de novo ou não?

— Deu.

Clementine tinha terminado de se aquecer e estava prendendo o cabelo. Ela adotou uma postura de sabichona com a resposta.

— Então, ele ainda tem a manha.

— Nada a ver, Mimi. Acabou esse assunto. Agora, posso saber por que você vai ficar para o treino do time de Netball? Você já faz um esporte. Você é a capitã da equipe de navegação a vela da escola.

— Eu achei que o meu currículo acadêmico estava pretensioso demais. Tipo, capitã da equipe de vela. Estágio com o corpo diplomático do Ministério da Magia. Fala sério.

Layla não teve como rir diante do dilema da amiga.

— Esse é um dilema que eu não enfrento.

— É, talvez você devesse. – Clementine falou com piedade – Você realmente precisa pensar no que vai fazer depois que a escola acabar. Preciso ir. Nos falamos depois.

Layla se despediu e foi embora, suspirando com as palavras da amiga. Elsie formulou uma fala similar na semana anterior. Brendon estava cansado de dizer que ela precisava decidir o que ia fazer despois da formatura. Que rumo a sua vida estava tomando?  Tinha terminado com o garoto de quem gostava e não tinha nenhum plano para o futuro. Pense em ótimas escolhas pessoais.


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Notas finais do capítulo

É isso.Sim, essa não é só uma história de personagem original com o Fred, eu também meti o Draco no meio. Sem arrependimentos. Muito cadelinha sim.
E eu também já separei o casal principal no sétimo capítulo. Fazer o que.
Vou tentar postar duas vezes ao mês para não deixar vocês tão perdidos. Falem comigo nos comentários. Beijos!



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