1896 escrita por Emily Rhondes


Capítulo 6
VI - James




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" - Elliot nunca vai te amar, sua bebezinha chorona.

Ela estava de volta aquela noite. Ah, e como estava!

Lágrimas rolavam do rosto se Lia com as palavras de Charles, que atravessavam seu corpo como facas. Ela amava Elliot, e sabia que um dia ele iria ama-la também.

— Você é patética.

Ela negou, fechando os olhos. Ele pressionava seu corpo contra uma árvore, rindo e tocando-a. Não lembrava porque estava ali, apenas que ódio crescia em seu coração.

— Você é patética assim como seus amiguinhos bizarros e seu pai problemático.
Ela abre os olhos abruptamente. Um imenso ódio estava explícito em seu olhar.

— Não fale da minha família. - Ela diz, com os dentes cerrados e imediatamente chuta seu estômago, fazendo-o tirar as mãos dela e cair na terra, contorcendo. Ela não sabia que tinha essa força, e gostou disso.

Os olhos de Lia param em um pedaço de ferro largado no meio da terra. O segura firme, avaliando-o com os olhos curiosos.

— L-Lia... Não faça isso! - Ele grita, se arrastando para trás desesperadamente.

— Meu nome e Lenna, vadia. - E, usando as duas mãos, atravessou seu corpo com o pedaço de ferro, o fazendo arregalar os olhos, e sangue começou a sair de sua boca em enorme quantidade.

Ela arregalou os olhos, como se tivesse acordado de um pesadelo.

— Ch-Charles... - Ela balbucia, se afastando com a respiração descompassada.

Era madrugada, o frio era imenso. E Lia começou a correr para longe.

Seus pés percorriam a longa floresta numa velocidade incrível. Tinha que correr. Sua vida dependia disso. Tudo estava escuro, iluminado apenas pela luz do lampião em seus braços, sacudindo com o terreno irregular. Via as tochas perto do trem, sinalizando. Estava quase lá. Ia ficar tudo bem.

Só não tinha idéia do que ou de quem estava correndo. Muito menos o porquê. Não se lembrava mais. Seus pés param no mesmo instante que Lia vê Enoch ali, de pijama segurando um lampião.

— Merda. – Ele murmura, se aproximando dela rapidamente. – Onde está?!

Nada sai de seus lábios. Ele se aproxima mais, analisando seus olhos.

— Lenna? – ele perguntou, com a mão firme segurando seu queixo.

— Onde estou?"

As memórias vêm como um turbilhão em sua mente. Matar tinha sido um estopim para Lia se lembrar de Lenna.

"Lenna abre os olhos. Tudo estava confuso, ela não sabia onde estava. Vê si mesma deitada com duas tigresas enormes, dentro de uma jaula.

Estava presa feito um animal.

Ela não é um animal. Eles não têm a porra do direito de tranca-la ali! O ódio começou a crescer, e o estopim foi ver o o curativo que tampava a mordida que Myren deu nela.

Com passos silenciosos, saiu da jaula. Os olhos fúnebres e a expressão de ódio. E vai até o vagão de Enoch. Sem acorda-lo, tira a faca de sua família de dentro da madeira solta no açoário. Seu pai havia dado a Enoch para da-la no momento certo. Aquele é o momento certo.

Seus pés esguios entram na cela novamente, e antes que pudesse perceber, havia enfiado a faca em Jeneviv repetidas vezes. Antes que piscasse, ela estava morta, com o sangue espirrando e o sentimento bom vazando.

Tinha ódio de Myren, mas Lenna não sabia a diferença entre duas tigres insignificantes.

Dilacerou a barriga da tigre, que rugiu, acordando a outra. E tudo aconteceu numa fração de segundos. Até Myren entender o que acontceu e atacar Lia, Enoch já havia tomado a faca de suas mãos.

E foi nesse momento que Lia acordou, vendo apenas Myren se lançando contra ela.  Que mal entendido! Ela havia matado a tigresa!

E Enoch correu o máximo que pode, preservando seu segredo. Sempre soube da doença de Lia, e mesmo ela sendo um perigo, não podia quebrar a promessa que fez a Eric de tomar conta dela.

E o maquinista Han o viu saindo do camarim, antes das pessoas entrarem."

Uma lágrima cai. Ela matou as próprias tigrinhas. Ela matou Charles. Deus, ela é doente!

Nesse momento, ela se encontrava no topo do prédio mais alto no bairro pobre ao lado do circo. Tinha ido de bicicleta, e as luzes da cidade refletiam em sua roupa brilhante. A enorme bolsa marrom que carregava era o que importava.

Lia estava ali, encarando as luzes da cidade toda movimentada. Nova Orleans, o lugar onde nasceu, o lugar que ama. Lenna odiava tudo aquilo. Aquela cidade nunca a aceitaria como ela é. Então, a pagaria para aceitarem-na.

Ela abre a bolsa, e despeja todo seu conteúdo prédio a baixo. Todo o dinheiro do circo. Tudo que seu pai tinha, tudo que ela tinha, agora longe das mãos de Ben, entregue ao povo.

O espetáculo é para o povo.

Resultou em centenas de pessoas catando dinheiro no chão de Nova Orleans a noite toda.

E ela estava ali, voltando para o circo com seu collant rosa e brilhante todo sujo de sangue, com dinheiro voando ao seu redor, pessoas gritando, felizes. Mas ela se via em câmera lenta, com mais nada que sentimentos estampados no rosto. Estava tudo bem.

Assim que desceu da bicicleta, viu movimentação. Largou-a ali mesmo, e se escondeu atrás de uma árvore.

Olorax, Blair e Marlon corriam.

— Ninguém achou Lia ainda? Santo Deus. - Blair comentou.

— Deve estar morta uma hora dessas. - Olorax diz. Ele segurava um machado. Estavam procurando o assassino.

— AS ABERRAÇÕES FUGIRAM! - Hector aparece gritando.

— O que?! - Marlon arregala os olhos, e eles começam a gritar uns com os outros, esquecendo que estavam caçando. Assim que foram embora, Lia seguiu pela floresta, escondida.

Tudo que ela precisava fazer era achar Elliot, dizer que coisas ruins aconteceram e eles tinham que fugir. Fugir juntos. Fugir e ser felizes juntos.

Não importava onde eles fossem, se estivessem juntos, nada poderia os impedir.

Eles queimam juntos.

Nasceram para ficar juntos.

Lia ficou escondida na floresta por muito tempo. Quando alguém vinha, ela subia nas árvores e se ocultava. Observava tudo atentamente, com os olhos nervosos procurando seu amor. Ela só precisava dele.

Todos estavam alarmados e armados para se protegerem. Estavam amedrontados, perdidos, sem saber o que fazer com o corpo jogado no camarim, e três desaparecidos, Lia ouvira.

Ela, Isabelle, e Elliot. Desaparecidos.

Ele não estava ali, provavelmente Isabelle e ele foram procura-la, desesperados e sem saber que ela é o perigo ali. Ela é o problema.

Mas ele não se importaria com isso.

Fugiria com ela, Lia sabia.

Claro que o assassinato foi atribuído as aberrações.

E agora lá estava ela, correndo pela mata, procurando em todo lugar. Era uma floresta pequena, cercada apenas o rio e ia até a clareira onde Myren foi assassinada.

Mas ali era o único lugar onde ele podia estar.

E estavam os dois ali.

Isabelle, só de roupas íntimas minúsculas e indecentes, agarrada a Elliot sem camisa em cima de uma pedra, trocando beijos ardentes e caricias em locais indevidos. Viu como ele estava excitado ao tirar a parte de cima do corpete de Isabelle e ver seus seios enquanto passava as mãos por eles.

E ali estava Lia de novo.

Não viu mais nada, apenas lágrimas. Seu coração entrando num abismo de dor infinito. Ódio corria por suas veias, seus dedos ensanguentados tremiam. Não podia ser verdade! Lia chorava desesperadamente, sentindo todo o corpo morrer. Aquela era a pior cena que ela já vira na vida. O nojo que ela sentia era indescritível. Sua melhor amiga.

Só tinha uma coisa a fazer.

Isabelle era sua melhor amiga. Elliot era seu, e ela roubou isso dela. Ah, raiva saía das rachaduras de seu coração partido. Ela estava irada.

— Lia, não faça isso. - Calv apareceu ao lado dela, e ela apenas soltou um soluço de dor, não acreditando no que via. Tudo tremia, o céu ganhava uma coloração avermelhada tão intensa quanto sua dor. 

— Eu quero, Calv. - ela murmura, fechando os olhos e apertando a arma com força.

— Não, Lia. Você não quer. É ela, é Lenna te controlando. Não faça isso, Lia. - Seu rosto estava angustiado. - Por favor.

— Você não existe. - E ela ergue a arma tremendo, apontada diretamente para a testa do garoto. Ele fecha os olhos, suspirando. - Sinto muito, Major Calvin.

Ele fecha os olhos, e o tiro é ouvido.
Ele some como poeira, morrendo na sua imaginação, e os dois lá embaixo se separaram com o enorme susto.

— L-Lia... - Isabelle murmura, completamente assustada e envergonhada.

Mas não tem tempo de dizer mais nenhuma palavra, os dedos firmes de Lia acertam um tiro cheio de ódio bem em seu peitoral.

Seus olhos se arregalam, sangue começou a sair de sua boca, e suas intimidades de renda branca ficavam cada vez mais encharcadas de sangue negro.

— Sua puta! - Lia grita, entre lágrimas e nojo, vendo o corpo da garota despencar no rio, e ser levado. Os olhos frios congelados e mortos como seu coração.

Elliot não conseguia se mexer. Nem um dedo, seus olhos apenas encaravam o corpo de Isabelle ser levado pela água até agarrar nas raizes de árvores, horrorizado.

E Lia desceu o barranco sem cuidado algum, apontando a arma firme para ele. Não abandonou as lágrimas momento algum.

— Você a matou. - Ele disse, encarando-a pela primeira vez. Elliot estava completamente fora de si. Seus olhos em choque não acreditavam que ela havia matado Isabelle.

— Por que, Elliot!? - Sua voz falha, e o braço ergue o facão brilhando a luz da lua na direção dele. Elliot treme, se levantando cambaleando de tanto medo. Os olhos do garoto reparam na enorme quantidade de sangue na roupa dela.

— L-Lia... O que você fez?

— POR QUE, ELLIOT? - Ela chega mais para frente, e o corpo tremendo do garoto se comprime contra a parede de barro. - O que ela tinha que eu não tenho?

Sua voz estava magoada, com raiva e completamente quebrada. Ele não consegue dizer nada.

— Eu amei você! EU SEMPRE TE AMEI! - seus soluços cortam o ar, e a lâmina toca seu pescoço firmemente, o fazendo fechar os olhos tremendo. - Você era meu. Ela tirou isso de mim! - sua voz parou, dando lugar a um soluço profundo. -Alguma coisa do que você disse é verdade?

— Eu te amo. - Sua voz falha.

— Mentira! - ela berra imediatamente, em meio a soluços desesperados, e o homem engole em seco.

— É verdade, Lia. Eu sinto muito. - Ele encara seus olhos azuis, mal respirando. Lia limpa as lágrimas, com cada vez maia raiva que a consumia por inteiro e se transformava em vontade.

— A quanto tempo você e Isabelle...? Fazem isso? - Ela tomou coragem para perguntar. Ele abaixou os olhos, com cada vez mais medo. Meu Deus, ela enlouqueceu! - RESPONDE!

— Eu.. Acho que.. Dois anos. - Lia abriu a boca com surpresa, e a tapou em seguida, dando uns passos completamente atônitos e perdidos na lama, e as lágrimas insistiam em voltar.

— Ela tinha treze anos, MEU DEUS Elliot! 

Ele olhou para o lado, envergonhado e assustado.

— Nunca senti nada por ela. Mas ela.. me amava, você a matou e.. é o suficiente.

— Suficiente?! Eu amo você desde que éramos crianças, Elliot. Amanhã eu faço dezessete. - Ela repira fundo, comprimindo os lábios tremendo e fecha os olhos inchados. - Eu te admirei tanto. Meu dia ficava melhor quando você falava comigo. E passei a ignorar todos as piadinhas sem graça, todas as coisas idiotas que você falava. Ignorava o jeito que você não se importava comigo. Ignorava como você me tratava mal. O jeito que você dava em cima das outras garotas e me usava. Eu me apaixonei por uma pessoa que não existe. E se eu não posso ter o Elliot que eu inventei, eu não dou a mínima pra você.

Ele arregala os olhos.

— Apodreça no inferno. - E, sem aviso prévio, enfiou a lâmina em sua garganta, fazendo espirrar sangue em seu rosto.

Ele engasgou com o próprio sangue, enquanto seus olhos brilhantes encaravam-na na luz da lua.

— Você fica linda nessa luz. - Ele sorri. - Sua doente.

Lia grita com toda força, caindo de joelhos no chão, bem em cima do sangue dele. Ela apenas gritava, soltando toda sua raiva e tristeza. Ódio. Ela odiava aquilo.

— Você é um.. mon..stro. - Ele disse, muito baixo e com um sorrisinho fraco. - V-Você... é nojenta e eu.. Nunca.. te amaria. 

— Cala a boca! CALA A BOCA! - Ela gritou, no chão.

— Eu transei com.. todas as... as suas amigas e.. Brincar com você era ainda melhor.

E seus olhos congelaram.

E por muitos minutos só se preocupou em gritar e socar o chão com toda sua força, ferindo seus braços nas pedras. Nada importava, ela só berrava com todas as suas forças, colocando tudo pra fora. Seus gritos cortaram os céus, e ela sentia tudo desmoronar.

Os céus estavam vermelhos.

Até que ela parou, respirou fundo, e tirou o cabelo rosa do rosto, observando o rio correr. A noite estava clara, e ela via o corpo se Isabelle agarrado as árvores, distante dela.

— Lia? - ela se vira. A voz de James. Não, não, james... Ele estava assustado, abraçado ao corpo. - Elliot, m-meu Deus! Cadê Isabelle? Quem fez isso? - Ele se aproxima dela procurando ferimentos.

— Eu fiz. - Ela diz, olhando-o com amargura. Droga, ela não queria mata-lo! - Eu matei todos eles. Charles. Jeneviv. Meu tio. Elliot. - Ela apontou para o rio. - Isabelle.

Ele vê a irmã, e seus joelhos vacilam. James apenas se afasta dela, tropeçando nos próprios pés, com lágrimas nos olhos. Medo dela. E o coração tão partido quanto.

— Desculpe. Eu sinto muito, James. Me perdoa por favor! - Ela implora, tentando se aproximar dele. James apenas grita, tentando se afastar, em lágrimas. Ela fecha os olhos, ergue a arma, e atira em suas costas quando ele tenta correr. Atira novamente, e ele finalmente cai.

Suas mãos tremendo se abaixam ao lado dele, e ela abraça-o.

— Eu sinto muito. - Beija o topo de sua cabeça, acariciando o sangue escorrendo de suas costas lentamente. - Você foi o único honesto comigo. Obrigada, James. Eu te amo.

E ela coloca seu corpo deitado virado pra cima, com os olhos fechados e as mãos unidas em cima da barriga. E deixou Elliot ficar com seu facão.
(...)

Nada a ser feito.

Ela tinha feito tudo que precisava. Nada tinha mais sentido.

Ela perdeu tudo.

Logo, a achariam, e a matariam. Mas tudo bem. Ela merece morrer, e sabia disso. E tudo bem, também. Era hora de retornar aos braços de seus pais.

E naquele momento, quando você sabe que vai morrer, você avalia sua vida. Valeu a pena?

Ela foi tão feliz. E a breve passagem que teve sobre a terra foi maravilhosa. Seus pais. Seus amigos. Ou quase todos eles. Dor nenhuma supera os momentos que ela foi a garota de cabelos rosas mais feliz do mundo.

E tinha o circo, a coisa que ela mais ama. A sensação de se apresentar meio a magia do circo e receber palmas inacabáveis a atinge. E ela estava bem, sentada naquele penhasco a beira do rio prestes a desaguar no mar, longe de tudo e todos.

Estava em paz, e ia ficar tudo bem.

A garota que tem medo de cobras, gosta de escalar árvores, tinha duas tigresas de estimação. A garota de cabelos rosas que Lia livros toda manhã, amava a todos com uma bondade inexplicável.

A garota de dezesseis que amava um garoto de dezenove anos que quebrou seu coração.

A que tinha a amiga vadia ladra de namorados.

A garota estranha que imaginava um garoto morto.

Deixada a beira de um penhasco, com sua roupa rosa e brilhante cheia de sangue.

E ela queria que Calv estivesse ali. Ele diria algo idiota e a faria rir e se sentir bem. No minúsculo período de tempo que teve o prazer de imagina-lo, ele se tornou um amigo.

E cogitou pular daquele penhasco e morrer no rio naquele instante. Mas não podia ir para o inferno. Tinha que ir até seus pais. Deus não iria abandona-la.

E nesse momento, ela ouviu um tiro, que numa fração de segundo atingiu seu braço.

Não sentiu dor alguma.

Seus olhos pararam na cápsula de vidro agarrada a seu braço. Veneno.

— Enoch. - ela diz se virando, e ele para a sua frente. - Eu devia ter te ouvido.

Ele tocou seu cabelo, com os olhos cheios de lágrimas como os dela.

— Eu prometi a seu pai que iria te proteger. E esse é o único jeito de te proteger de si mesma.

— Obrigada. - Ela diz, com a voz fraca e lágrimas escorrendo devagar. Sangue e espuma começaram a escorrer de sua boca, e seus pés ameaçavam formigar. E, antes que pudesse perceber, seu corpo caiu num desfiladeiro de duzentos metros em direção ao rio.

E seu corpo bateu na água, seu coração parou de bater. E a escuridão do rio foi substituída por luz. A luz do circo.

(...)

Ela estava lá.

Sempre se perguntou como era morar em uma casa normal, e imaginava isso as vezes. Uma casa grande, toda de madeira a beira da praia. E ela estava lá, deitada na areia.

— O céu está lindo. - A voz de sua mãe a faz olhar para o lado.

— Maravilhoso. - Ela concorda, com um sorriso calmo. Seu pai segurava sua mão. Os três juntos. Ela sonhou com isso por muito tempo.

— Sabiam que conseguimos ver outros planetas daqui, as vezes?

— É, eu não sabia disso. - Lia sorri, respirando fundo. - Eu estou sonhando?

— Claro que não. - O sotaque britânico de sua mãe era maravilhoso. Ah, como ela sentiu saudade disso.

— É muitíssimo real. - Seu pai diz. Lia se senta, e eles repetem o gesto, confusos. - É real querida.

— Estamos aqui com você. - sua mãe toca seu braço.

— E não vão me deixar? - Os dois negam com a cabeça, e a erguem do chão. Vão andando de mãos dadas em direção ao mar, com Myren e Jeneviv, uma de cada lado.

Aquilo era perfeito.


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Notas finais do capítulo

Foi uma honra.

Comentem, por favor :)



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