Storm In Rileytown escrita por amethyst


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Hey! Mais uma one, dessa vez sobre GMW, porque eu amo essa série ♥
Um leve toque de Rilaya, porque elas são muito fofas *u*
Espero que gostem :3



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Riley andava pelas ruas da cidade sem um destino certo. A chuva caía forte e ela sentia suas roupas grudadas em seu corpo e o cabelo ensopado. Estava andando fazia mais de uma hora, e já sentia uma leve dor na garganta. Normalmente ela era totalmente contra sair escondida dos pais, e também não havia contado a Auggie, pois ele não conseguiria guardar o segredo por muito tempo.

A situação na casa dos Matthews não estava nada boa. Topanga ainda não havia se decidido se eles iriam mesmo se mudar para Londres. Antes ela estava otimista que a decisão não seria tão demorada, mas agora, a possibilidade se sua mãe aceitar a proposta a assustava. Ela pensava em Lucas, Zay, Smackle, Farkle... E em Maya. Sua melhor amiga desde o segundo em que se conheceram.

Um trovão a trouxe de volta a realidade, e ela percebeu que estava parada em frente à casa da mesma. É claro. Maya era seu lugar seguro. Para onde mais ela iria? Gritou o nome da amiga, na espera que ela saísse na janela, mas o barulho da chuva era alto demais, então jogou algumas pedras na mesma. Quando viu as ondas douradas indo até lá e a abrindo, sorriu involuntariamente. Maya a olhou confusa, e Riley pode ler os lábios dela dizendo: “Honey?”.

Em menos de alguns segundos, Maya juntou-se a ela na chuva. Usava um moletom grande azul e uma legging preta. Nos pés uma bota com os cadarços desamarrados que indicavam terem sido colocadas com pressa.

— Hey Peaches.

— Você enlouqueceu Riles? – as ondas loiras já não estavam mais ali, dando lugar a um cabelo liso e encharcado – Olha essa chuva, não posso deixar você ficar doente.

Riley sorriu. Maya se sentia responsável até mesmo por aquilo. Sempre se preocupava quando algo ruim acontecia com ela, ou quando podia acontecer. Não importava o que fosse. Maya estava ali. E agora ela podia ir embora, e Maya não iria com ela.

— Eu não ligo de ficar na chuva. Minha mãe não se decidiu ainda, e eu não quero ficar longe de quem eu amo. Eu não quero ir, Peaches.

Maya a puxou para um abraço apertado.

— Riley, você está tremendo. Vamos entrar.

— Eu tô bem.

— Seu cabelo está ensopado, suas roupas também, sua maquiagem está borrada, e eu sei que você está chorando. Você não está bem.

— Eu estou um desastre não estou? – ela riu docemente. A risada de Riley fazia Maya se derreter.

— Você quer a verdade? – ela arqueou uma sobrancelha, e Riley bateu levemente em seu braço.

— Você não está nada bem também, Maya. – Maya revirou os olhos.

— Quem se importa? Eu sou um desastre diariamente. Vamos.

Ela tentou puxar Riley pela mão, mas a mesma a manteve ali.

— Por você diz essas coisas?

— Que coisas?

— Essas coisas ruins sobre você mesma. Você é incrível, Maya. Sempre foi.

Maya encarou Riley, tentando ler sua expressão. Seu lábio tremia devido ao frio, mas o sorriso continuava ali.

— O que eu vou fazer sem você Riles? – ela soluçou e as lágrimas começaram a cair misturando-se com as gotas de chuva.

— Eu não vou embora. Eu prometo.

— Para de prometer, Riley! Você sabe que vai! É o sonho da sua mãe, você não pode me garantir o contrário. Mas eu não quero ficar sem você! Você sempre esteve aqui antes de todo mundo. Quando o meu pai foi embora, você estava lá pra me consolar; quando eu me sentia sozinha, você estava lá; quando eu estava feliz, triste, com raiva, você sempre estava lá! Você prometeu que não iria embora, e não foi. Tanto que você está aqui agora.

Riley a olhou, sua voz não queria sair. Contudo, Maya voltou a falar.

— Você sempre fez com que eu me sentisse especial. Você fez com que eu me sentisse melhor comigo mesma. Fez com que eu não me sentisse tão quebrada. Eu te amo Riles, e é tão difícil aceitar que tenho que me despedir de você. – Riley sentiu suas pernas tremerem, mas assumiu ser por causa do frio. Logo, começou a falar:

— Para de se despedir, Maya! Nós sempre estivemos aqui uma pra outra. Isso nunca mudou e nunca vai mudar. Você acha que minha mãe vai tomar essa decisão sem pensar em você? Você é tão da família quanto qualquer um de nós. E eu não planejo ir embora.

Maya abaixou a cabeça. E murmurou:

— Você ainda tem esperança?

— Eu tenho esperança para tudo que é bom e certo, você sabe. Em Plutão, em ficar aqui com você... – ela levantou levemente a cabeça de Maya pelo queixo – Você é o meu lugar seguro, Peaches.

— E você o meu.

— Thunder.

— Lightning. — Maya disse entrelaçando os dedos com os da morena – Adeus, Riley.

— Não! – Riley disse em um tom mais alto e choroso. Ela apertou Maya em um abraço longo.

A chuva já não incomodava mais. Estava frio, e elas tremiam, mas estavam lá uma pela outra, como sempre prometeram estar. Riley podia ou não se mudar para Londres. Podia ou não continuar ao lado de Maya. Podia ou não deixar seus amigos. Mas naquele momento nada parecia importar. Afinal, Maya estava bem ali, abraçada a ela. Nada era mais importante que isso, não é?

Riley procurava ver sempre o lado bom das coisas. E por mais que estar ali com Maya fosse o suficiente naquele momento, o que seria do resto de sua vida? Maya era sua família também. Ela tentava entender, mas não dava. Simplesmente não dava. Ela estava com raiva.

— Isso não é justo... – ela murmurou, fazendo Maya levantar a cabeça – Peaches, não é justo.

Sweetie...

— Eu não quero te deixar! – ela exclamou, forçando sua voz a sair tanto quanto as lágrimas – Eu sei que minha mãe sonha com isso, e eu me sinto tão mal por querer que ela perca essa oportunidade! Mas Maya... Eu não posso perder você. Você é a primeira pessoa que eu quero no meu mundo, é a mais importante. Sempre foi. E Eu te amo, peaches.— Maya não soube explicar, mas sentiu o coração palpitar naquele momento, e a vontade de ficar ali com Riley pareceu aumentar mil vezes. Ela voltou à realidade quando sentiu Riley soltá-la e soluçar alto, enquanto se encolhia sentada na escada do prédio. Ela tossia e sua voz falhava. Logo Maya sentou-se ao lado dela, segurando sua mão, e as duas passaram a assistir a chuva cair. Maya lembrou-se de quando seu pai foi embora. Da tempestade que caia, e de como ela estava com medo. Naquele momento, seu medo era que a sua Riley fosse embora. Sem Riley, ela estaria sempre quebrada. Algo sempre estaria faltando. – Maya, você está chorando.

Maya sabia que estava. Mas ela não queria falar sobre nada. Todos sempre iam embora. Ela criava laços com as pessoas, sabendo que algum dia eles seriam cortados. Só não imaginava Riley seria uma dessas pessoas. Por que sempre era a Ela não queria falar, e Riley aceitava isso. Para Maya era difícil demais falar sobre seus sentimentos. Especialmente em momentos como aquele. Então, ela beijou a testa da morena, que deitou a cabeça em seu ombro. O beijo era carregado de sentimentos. Alguns que ela nem suspeitavam ter, mas ambas sabiam seu significado.

Nenhuma das duas dizia algo, ou carregava alguma expressão. Mas ambas sentiam que treinavam para uma despedida. Certamente era um péssimo dia para Rileytown.


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Notas finais do capítulo

Eu amo tanto essas duas ♥
O que deu na Disney pra cancelar essa série? 3
Bom, espero que tenham gostado. Deixem os apelidos em inglês porque eu acho mais fofo :3
Até a próxima ^^



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