Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 9
Ataques cardíacos e surpresas.


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeente, voltei!
Como vão?
Então, não disse que voltava com um capítulo muito louco e com direito a surpresas inesperadas? Então, já adianto que azar pouco é bobeira kkkkkkk aqui vem é aos montes u.u
BOA LEITURA!! ♥



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— Vamos Lena, tenha piedade de mim e me ajuda - choraminguei para minha amiga e ela riu.

  - O problema e o irmão são seus, se vira - ela disse como a boa amiga que era.

  Eu estava a quase uma hora tentando fazer Helena me ajudar em vão. A verdade era que desde ontem quando Anthony me deu o contrato eu estava tomando coragem para falar com Miguel sobre ele. Meu irmão postiço ia ficar irado, disso eu tinha certeza, mas eu tinha que contar, afinal uma hora ou outra ele iria descobrir.

  - Mas o noivo é seu - tentei outra vez e Lena me soprou um beijo.

  - Desculpe, não posso fazer nada, mas esse é a sua hora - comentou saindo do meu apartamento - Ele está vindo aí. Oi amor - o cumprimentou com um beijo como se não tivesse acabado de assinar minha sentença de morte. - Lisa quer falar com você - anunciou apontando pra mim e seguindo para o seu próprio apartamento do outro lado do corredor, mas antes de fechar a porta atrás de si a ouvi sussurrar um “Boa sorte”.

  Miguel entrou no meu apartamento e jogou sua maleta no sofá para logo em seguida começar a tirar o paletó e a gravata, ele odiava esse tipo de roupa, e segundo ele esse era a única parte do seu trabalho que se ele pudesse mudaria. Mas quem podia culpá-lo? Principalmente dada à mãe que tem, tia Cassy é o maior exemplo de hippie que existe, com suas saias longas, cabelos ao natural e vários colares coloridos. Ri me lembrando dela e isso fez eu me acalmar um pouco, isso até o moreno a minha frente me olhar de forma curiosa.

  - Então Lisa, qual o problema?

  - Por que você acha que é um problema? - quis saber e ele sorriu.

  - Elisa meu amor, as poucas vezes na vida que vi você enrolando pra me falar alguma coisa, sempre terminava em problema.

  - Também não é assim - me defendi e ele revirou os olhos.

  - Se você diz... Mas então, o que você quer? Minha noiva está do outro lado do corredor me esperando, tenho mais o que fazer - comentou e eu fiz uma careta ao imaginar o que podia ser esse “mais o que fazer”. Eca!

  - Tudo bem então - comecei depois de me recuperar da minha pequena crise de nojo. - Você se lembra do “cara do carro legal” que me fez uma proposta de emprego mês passado? - perguntei fazendo aspas no ar.

  - O maluco que te pediu pra ter um filho dele? Lembro sim, por quê?

  - Então... E que, eu meio que... 

  - Lisa? Qual o problema? - Miguel perguntou me olhando com curiosidade e eu quase podia ver as engrenagens do seu cérebro se movendo para tentar juntar as peças do quebra-cabeça.

  - Certo - tomei coragem, - Lá vai! Depois daquela coisa toda mês passado eu achei que não tinha ficado grávida, mas a verdade é que descobri há alguns dias que eu realmente, com todo o meu azar, acabei mesmo grávida de um desconhecido. Então agora eu no meio de uma espécie de contrato com ele por que o filho é dele e eu sou só a “barriga de aluguel”. Ai preciso que você dê uma olhada no contrato pra mim, é isso.

  - O que!? - ele exclamou tão alto que eu acho que Helena do outro lado do corredor ouviu, na verdade acho que os vizinhos do andar de baixo ouviram também. - Mas que brincadeira é essa Elisa Banks? - ele perguntou sério com toda a sua pose de irmão mais velho. Dei um passo pra trás, eu sabia que isso não ia acabar bem.

  - Quisera eu que fosse uma brincadeira - murmurei e Miguel me olhou feio. - Tudo bem, eu admito que dessa vez eu me meti em uma confusão um pouco grande de mais, mas não me olha assim, OK? Eu já estou me sentindo mal o suficiente, e em todos os sentidos da palavra se quer saber.

  Miguel começou a andar de um lado para o outro na minha frente e eu comecei a ficar realmente preocupada, será que ele ia dar um ataque cardíaco? Pela sua aparência era bem possível.

  - Por que você fez isso, Lisa? - ele perguntou finalmente parando para me encarar. - Por que aceitou essa proposta absurda?

  - Eu precisava de dinheiro, ainda preciso na verdade. Estava desempregada e do nada um cara vem e me faz uma proposta dessas que na verdade era boa de mais pra ser verdade, então não me julgue por aceitar, o que ele disse que ia me pagar em três meses é mais do que você ganha em um ano. - respondi suspirando, eu já estava me sentindo mal o suficiente esses dias sem o meu irmão ficar me dando lição de moral atrasada, por que convenhamos que agora é um pouco tarde. - Então me desculpe se a ideia de ter um pouco mais de dinheiro era boa de mais pra eu recusar. E só pra você saber, eu me arrependi e muito dessa confusão toda, OK?

  Achei que seria agora que ele ia começar a gritar comigo, mas na verdade ele fez algo que me surpreendeu ainda mais, caminhou até mim e me abraçou.

  - Você se mete em cada uma em, Lisa? - ele perguntou com um misto de incredulidade e diversão depois de me soltar.

  - É sério isso? - perguntei surpresa, eu devia ficar na minha e agradecer a Deus por ele não surtar, mas é claro que eu tinha que fazer o contrário. - Eu estava jurando que você ia ter um ataque.

  Ele deu de ombros e sorriu.

  - Já que você sempre se mete nesse tipo de confusão, minha responsabilidade de irmão mais velho é ajudá-la e protegê-la de malucos estranhos. Fora que quem vai ter um ataque quando descobrir isso tudo é a minha mãe.

  - Ai merda! - praguejei, ainda tinha a tia Cassy, que depois de ir morar no campo para viver da sua arte (palavras dela, não minhas), podia muito bem nunca nem descobrir​ o que eu fiz, mas é claro que com a minha sorte ela viria mês que vem para o casamento de Miguel e Helena. - Será que não dá pra você esquecer esse pequeno detalhe quando for falar com ela, não? - quis saber e ele riu.

  - Vamos dar uma olhada nesse contrato e eu penso no seu caso.

  E foi o que ele fez, Miguel analisou o contrato de cima a baixo e de trás pra frente, até ficar satisfeito e me garantir assim como Anthony que apesar do tamanho assustador, ele basicamente dizia que fiz tudo de livre e espontânea vontade e que abro mão dos meus direitos de mãe sobre o bebê, assim como diz também que todas as minhas despesas durante a gravidez ficariam a cargo de Anthony, e com isso em mente, eu fiz o que se esperava e o assinei.

  Três dias depois eu finalmente consegui me encontrar com o senhor Anthony Todo Ocupado Whitmore e finalmente lhe entregar o bendito contrato assinado e ele me garantiu que assim que autenticasse tudo que era necessário me mandaria uma cópia, eu apenas assenti e voltei para casa determinada a comer alguma coisa que ficasse em meu estômago.

  Depois que ele me devolveu a cópia do contrato, nossa “relação” se resumiu basicamente a telefonemas dele uma vez por dia só para soltar uma pergunta que já estava começando a me irritar mesmo, “Você está bem?”. E eu como a pessoa boa que era, estava tentando muito mesmo, não respondê-lo tão sarcasticamente como gostaria, ao invés disso respirava fundo e dizia que estava bem apesar dos enjôos que não pareciam quer me deixar em paz.

  E nesse meio tempo também, comecei a tomar as vitaminas que a doutora me receitou, e alguns dos tais remédios caseiros para enjôo que não resolveram muita coisa, assim como as milhares (Ok, talvez não tenham sido tantas) vacinas que eu precisava. Mas depois que Mariana me explicou que mais da metade delas era por causa do bebê, não me importei mais, ser furada um pouquinho pra ele nascer saudável não era grande coisa. E acabou que eu fiz também o bendito teste de DNA e essa foi a única vez que eu e Anthony nos vimos pessoalmente depois da consulta e passados alguns dias quando o resultado saiu, era o esperado, o bebê sem sombra de duvidas era do moreno irritante que aparentemente não sabia falar meu nome.

  De um jeito bem estranho minha vida seguiu seu curso, com coisas normais como Helena me infernizando falando sobre o casamento, Miguel sendo um chato sempre que dava e a gente comendo junto pra conversar sobre as coisas mais aleatórias que desse, mas ao mesmo tempo com coisas tão estranhas que eu nunca pensei que fossem​ acontecer, tipo eu arrumar um emprego bom em um lugar legal com chefes que não eram uns idiotas e é claro o auge dessas coisas estranhas, que era nada mais nada menos que o fato de eu estar grávida de um complemento estranho e sendo paga pra isso, mas não é nada de mais não é mesmo? Isso acontece todo dia. Suspirei chegando à conclusão de que talvez eu estivesse começando a enlouquecer​ de verdade, enquanto via a Dra. Stuart digitar alguma coisa em seu computador.

  - Pronto - ela sorriu ficando de pé. - Vamos ao ultrassom ver essa gracinha?

  - Claro - concordei suspirando sem acreditar que já havia se passado um mês, nem conseguia acreditar que a quase dois um serzinho estava sendo formando dentro de mim. Dentro de mim! Isso era incrível pra dizer o mínimo.

  Marina me estendeu uma camisola hospitalar como da primeira vez eu fui me trocar enquanto ela arrumava os aparelhos, Anthony só permaneceu lá de pé ao lado da maca com sua pose de empresário importante depois que me deitei. A doutora começou o exame, e como da outra vez pareceu querer revirar o bebê do avesso pra ter certeza que estava bem, e pelo seu sorriso parecia estar mesmo, ela abriu a boca para falar alguma coisa, mas parou no meio do caminho e depois passou o aparelinho pelo um ponto específico da minha barriga, e depois de novo e mais uma vez antes de nos encarar. Sua expressão foi mudando de contentamento para surpresa e depois para choque.

  - Tem alguma coisa errada? - Anthony perguntou antes que eu pudesse abrir a boca para fazer o mesmo.

  - Não, quer dizer, talvez... - a doutora murmurou com os olhos colados na tela, ela passou o aparelinho pelo mesmo local em minha barriga umas cinco vezes antes de suspirar e se virar para nos encarar. - Bem, isso é inesperado.

 - Inesperado? - Anthony quis saber. - Como assim? Tem alguma coisa errada com o bebê?

  - Fique calmo Anthony, não é nada disso, eu só disse que é inesperado por que, bem, isso não acontece todo dia.

  - O que não acontece todo dia? - perguntei impaciente. Do que raios ela estava falando?

  Só que ao invés de responder ela apontou para um pontinho branco na tela.

  - Estão vendo isso? - quis saber e nós assentimos. - Então, isso é o bebê. E isso, estão vendo? - ela perguntou apontando para outro pontinho branco exatamente igual ao primeiro, estavam lado a lado. Eu e Anthony nos entreolhamos sem entender, mas voltamos a concordar. - É o bebê também.

  Suas palavras levaram alguns segundos para fazer sentido em meu cérebro. Como os dois pontinhos podiam ser o bebê? Isso não fazia sentido, a não ser é claro, se fossem dois bebês, mas isso não podia estar certo, definitivamente não podia. Eu não podia estar grávida de gêmeos, isso simplesmente não podia estar acontecendo.

  - Você está dizendo que são dois bebês? - Anthony perguntou só pra confirmar quando eu não tive voz pra falar qualquer coisa que fosse.

  - É exatamente isso que eu estou dizendo - a Dra. Stuart respondeu suspirando. - E não me perguntem como nem por que, afinal já é surpreendente o suficiente Elisa estar grávida, agora dois bebês? Isso eu não sei como vocês fizeram. De qualquer forma, meus parabéns Anthony, você conseguiu, você é pai, e em dobro.

  Eu não soube dizer se ela estava sendo sincera ou irônica, mas resolvi não perguntar, tinha coisas mais importantes para me preocupar, como por exemplo, o fato de eu estar grávida de um estranho, e grávida de gêmeos. Ai meu Deus! Eram dois bebês!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Quero opiniões...
Que, que vocês acham que vai rolar agora? Fica ai o questionamento u.u
Beijocas e até!! *-*



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