Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 8
Ultrassom, irritação e contrato.


Notas iniciais do capítulo

Heeey!!
Como vão amores?
Então, estou aqui com um capítulo novinho, esse pode estar até meio parado, mas o próximo vai ser de mais, eu prometo, Ok? Kkkkk ♥
De qualquer forma, espero que gostem e comentem!! :D
BOA LEITURA...



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— Então doutora? - Anthony perguntou e eu suspirei, depois dos cinco testes e os enjôos eu meio que sabia o que estaria escrito no exame, mas ainda assim, ver escrito ia fazer tudo se tornar absurdamente real e eu não sabia se estava preparada pra isso, principalmente depois de ontem, olhei de canto de olho para o moreno sentado ao meu lado e quis matá-lo, de novo.

  Depois do meu encontro com Anthony no dia anterior eu voltei pra casa praticamente soltando fogo pelas ventas, como uma pessoa conseguia ser tão irritante? Primeiro não consegue dizer meu nome, depois me chama de louca, tudo bem que ontem eu não estava em meu estado “normal”, só que ele não precisava esfregar na minha cara, não é? Mas acho que ele faz isso, de propósito, não tem lógica. Então eu relevei, tinha que relevar, estou grávida e não posso me estressar, só não sei como vou fazer isso com ele por perto.

  Hoje já acordei nervosa com a antecipação do que viria mais tarde e o enjôo matinal não ajudou em nada, nem o que veio depois desse e o outro no final​ da tarde, eu não havia comido nada o dia todo, acho que só parei de vomitar por que não tinha nada mais para por pra fora. O ponto alto do meu dia foi Mike aparecer com uma caixa com os uniformes, as camisetas cor de rosa com o logo da doceria eram uma graça, eu e Chloe acabamos por irrita-lo perguntando se a dele seria daquela cor também, no fim a sua era uma camisa polo azul clara.

  Eu estava tão cansada e perdida em pensamentos que só percebi que a doutora falava comigo quando ela tocou minha mão que estava encima da sua mesa.

  - Elisa? - ela chamou e eu pisquei, só queria que isso acabasse logo para eu poder ir dormir. Meu Deus, minha cama nunca pareceu tão convidativa.

  - Sim? - respondi por fim e ela arqueou uma sobrancelha pra mim. - Desculpe, eu não estava prestando atenção.

  - Percebi - ela disse divertida. - Mas enfim, como eu dizia ao Anthony, nós podemos fazer um exame de DNA durante a gravidez, não é muito difícil, só que eu acho que não é preciso, você não me parece o tipo de pessoa que mentira sobre isso.

  - O Anthony disse a mesma coisa ontem - antes de me chamar de louca, eu quis completar. - Mas o que isso realmente significa?

  - Significa que você é sincera e direta de mais pra ser uma mentirosa - a doutora respondeu e eu sorri. - E de qualquer forma, o Anthony já assumiu a responsabilidade, esse bebê é dele e ponto final - eu estava prestes a perguntar o que isso significava quando a doutora pegou dois envelopes brancos exatamente como os últimos que ela tinha nos dado e o nervosismo se apoderou de mim outra vez. - Aqui - ela nos estendeu e cada um pegou um.

  Eu não devia estar tão nervosa, afinal eu meio que já sabia o que estava escrito ali, mas ainda assim eu não pude deixar de me atrapalhar um pouco quando​ fui tirar o exame lá de dentro. Passei os olhos rapidamente pelos termos médicos dos quais eu não entendia nada e fui para o final da folha onde se podia ler em letras maiúsculas a palavra: POSITIVO. 

  É, agora era realmente oficial, eu estava irrevogavelmente grávida.

  - E com isso nossas dúvidas, se é que ainda existiam​ alguma, sobre a gravidez foram esclarecidas, Elisa está realmente grávida. - a doutora se pronunciou sorrindo. - Agora, querem ver o bebê de vocês, digo, o bebê do Anthony? - ela quis saber e o moreno assentiu ao passo que eu ainda estava em negação, depois de todas as evidências de que eu estava grávida, ficava cada vez mais difícil fingir que não estava, ver o bebê só o tornaria real e eu não tinha ideia do quanto isso me apavorava até agora.

  - Você está bem? - Anthony perguntou quando nos levantamos para fazer o ultrassom. Eu engoli em seco e respirei fundo.

  - Estou - garanti. Afinal, que outra escolha eu tinha? - Vamos terminar logo com isso.

  A doutora me entregou uma daquelas camisolas hospitalares e eu vesti, mesmo que me sentisse ridícula. Ela arrumou a aparelhagem e cinco minutos depois eu estava deitada na maca com aquele gel incrivelmente gelado em minha barriga.

  - Pode estar um pouco frio - ela avisou tarde de mais e eu sorri.

  - Não diga.

  A doutora riu e ligou o aparelho e eu vi Anthony dar um meio sorriso de pé ao meu lado. A morena foi passado o aparelinho por toda extensão do meu abdômen enquanto analisava a telinha que mostrava vários borrões brancos e pretos, eu não tinha ideia do que eram, mas ela parecia muito satisfeita com o que via. 

  - Querem ouvir o coraçãozinho do bebê? - Marina perguntou sorrindo e eu não soube o que responder, mas Anthony assentiu, e quando o som preencheu o ambiente meu coração pareceu encolher, mas não de um jeito ruim, só inesperado, esse bebê nem era meu, mas cara, estava dentro de mim e isso por si só já era surpreendente. Ela terminou de verificar o bebê de todos os ângulos que conseguiu e por fim sorriu desligando o aparelho, fui me trocar e menos de cinco minutos depois me juntei a eles na mesa da doutora.

  - Eu esqueci de perguntar, o bebê está bem? - quis saber e ambos se viraram pra mim.

  - Está, está ótimo, então continue se cuidando para que permaneça assim, aqui - ela me entregou um folder com dicas e cuidados para grávidas. - Vou te receitar umas vitaminas pré-natais e marcar as vacinas que vai precisar tomar.

  Assenti enquanto Anthony nos observava.

  - E para os enjôos, você pode me dar alguma coisa? 

  A doutora sorriu e deu de ombros enquanto preparava umas receitas.

  - Sinto muito, mas não. Não é aconselhável, nem saudável você ficar ingerindo remédios em excesso no estado em que está.

  - É sério isso? - quis saber e ela riu.

  - Muito, creio que vai ter que se acostumar​ com eles, mas não se preocupe dentro de um ou dois meses eles vão melhorar - ela garantiu e eu arregalei os olhos.

  - Um ou dois meses?

  - Isso mesmo Srta. Banks, mas caso você não esteja conseguindo suportá-los, existem vários remédios caseiros que pode tentar, como gengibre, por exemplo. – ela respondeu sorrindo para logo em seguida voltar a assinar alguns papéis.

  - Não me chame assim - pedi irritada, mais dois meses até eu conseguir comer alguma coisa e ela ficar dentro de mim? Vou morrer até lá. – Doutora – chamei depois de desistir do drama e ela me encarou. – Por que, que mesmo depois do resultado do primeiro exame ter dado negativo eu acabei grávida?

  - Simples – ela disse sorrindo – É por que, esse moreno do seu lado é incrivelmente ansioso. O certo, para podermos ter realmente certeza sobre a gravidez é fazer o exame pelo menos uma semana depois e não no dia seguinte à inseminação. Mas como o esperado era que você não fosse engravidar na primeira tentativa, eu nem me preocupei com o resultado, só que claramente deveria, não é? – ela sorriu divertida. – De qualquer forma, isso não importa mais.

  Eu olhei de canto de olho para Anthony ele revirou os olhos pra mim, isso só me fez sorrir ainda mais, mas foi o encarando que eu me lembrei de algo realmente importante.

  - Eu quero – declarei.

  - Quer o quê? – o moreno perguntou curioso.

  - O exame de DNA, a doutora disse que é simples, não me importo em fazer. Só quero que não exista nenhuma dúvida sobre o bebê.

  - Não precisa - ele garantiu e eu revirei os olhos.

  - Eu digo que quero fazer, então precisa!

  - Você não garantiu aos berros lá na lanchonete que o bebê é meu? Então eu digo que não precisa!

   - Precisa sim! - contrapus e ele suspirou passando a mão pelos cabelos.

  - Srta. Banks - Anthony disse calmamente e eu quis enfiar minhas unhas em seu pescoço por ele não me chamar pelo nome. Ele faz isso de propósito, não é? - Você me garantiu que o bebê é meu e eu acredito em você. Então não precisa de nenhum exame.

  - Precisa sim! Eu não quero que você fique achando que eu posso estar te enganando ou coisa parecida - admiti. Eu não queria que ele mudasse de ideia quanto a levar o bebê com ele, por que eu não queria nenhum bebê, e muito menos estava pronta pra ser mãe. - Por favor, só aceita.

  - Melhor aceitar, Anthony - a doutora interveio - Por que, lembre-se, Elisa está grávida, não pode ficar se estressando.

  - Tudo bem então - ele cedeu. - Mas eu vou pagar por todas as consultas.

  - Por mim - disse dando de ombros. Eu não teria dinheiro para pagar por elas de qualquer forma.

  - E isso inclui aquela que você teve com a Dra. Stuart antes de me contar sobre a gravidez.

  - Não mesmo! - exclamei. - Aquela eu fiz por conta própria!

  - Nada disso, você já aceitou meus termos - ele disse com um meio sorriso e eu o fuzilei com o olhar.

  - Idiota - devolvi cruzando os braços e sentindo o sangue ferver. É, esses​ nove meses vão ser ótimos, só que não.

  Sai do consultório da doutora soltando fogo pelas ventas e sendo seguida por um Anthony incrivelmente satisfeito, bufei pela terceira vez em menos de cinco minutos dentro do elevador e o moreno ao meu lado suspirou.

  - Será que dá pra você parar com isso? – quis saber e eu sorri pra ele.

  - Não.

  Ele me encarou incrédulo e eu só aumentei o meu sorriso, se ele podia me irritar me chamando pelo sobrenome, eu podia muito bem devolver o favor.

  - Srta. Banks, você poderia me acompanhar até a lanchonete do hospital por alguns minutos? - ele perguntou depois de respirar fundo e apertar a ponte do nariz como se estivesse fazendo um esforço tremendo para não explodir. Acabei sorrindo.

  - Claro, o que quer comigo? - perguntei enquanto saímos do elevador e seguíamos em direção à lanchonete.

  - Tratar de um assunto importante que não tratamos da última vez - ele esclareceu e eu comecei a ficar preocupada, do que ele estava falando?

  No fim o “assunto importante” não era nenhum pacto de sangue, ele queria apenas falar do contrato e dos nossos “termos de trabalho”, Anthony me apresentou um bloco enorme de folhas que eu entendi depois de uns segundos que era o contrato, mas por que raios precisava ser tão grande? O que exatamente ele estava querendo de mim?

  - Ele basicamente fala que você concordou com isso e fez tudo de livre e espontânea vontade - ele disse depois de notar meu olhar confuso. - E diz também que você desiste dos seus direitos de mãe sobre o bebê, por que mesmo que nenhum de nós goste, biologicamente falando e perante a lei, você ainda é a mãe dele. - sua última sentença me pegou desprevenida, afinal ele tinha dito com todas as letras que eu não era nada do bebê, agora vem e diz o contrário? Eu estava começando a desejar do fundo do coração achar uma máquina do tempo para poder voltar e nunca ter aceitado essa proposta maluca. Onde é que eu fui me meter? - Eu vou entender se quiser lê-lo com mais calma - completou.

  Sorri com a antecipação do que eu diria a seguir. Eu realmente adorava dizer essa frase.

  - Vou pedir ao meu advogado para dar uma olhada antes de eu assinar - anunciei e ele me olhou surpreso, isso só fez eu sorrir ainda mais. Sempre que eu comentava no meio de uma conversa que tinha um advogado a reação era mais ou menos a mesma, afinal como alguém que mal pagava as contas podia​ ter um advogado? Isso é fácil, principalmente quando seu irmão é uma pessoa legal que não se importa em quebrar o seu galho.

  - Advogado? - foi tudo o que Anthony conseguiu perguntar e eu achei mais graça ainda.

  - O que? Só por que eu tenho cara de louca não posso ter um advogado? - perguntei estreitando os olhos pra ele.

  Anthony perdeu a pose por um instante.

  - Não, não foi isso que eu quis dizer, não quis ofendê-la, desculpe - se apressou em dizer e eu sorri outra vez me levando do banquinho onde estava.

  - Tudo bem então, até a próxima, a conversa está ótima mais eu ainda não jantei, então até qualquer dia Sr. Whitmore - me despedi acenando e deixando um Anthony meio perdido pra trás, mas não me importei, eu estava cansada de mais pra isso e com fome de mais pra ser considerada normal.

  Não que eu achasse que o que quer que eu comesse fosse ficar muito tempo dentro do meu estômago, mas eu tinha ao menos que tentar, não é?


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Notas finais do capítulo

Eai? Mereço coméntarios?
Quero opiniões... U.u
Beijocas e até!! ♥
PS: Mudei a capa da história, gostaram?



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