Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 45
Contrato de Amor!


Notas iniciais do capítulo

Hey my babys, como vão? I’am fineee!!!
Ok, parei, eu devia estar triste e tudo mais, mas não consigo, saber que consegui, que cheguei até aqui, nossa! Só me deixa feliz e com um sentimento de dever cumprido. EU CONSEGUI!!!
Eu até ia começar a chorar e agradecer e me despedir (não quero dizer tchau pra vocês ;-;), mas não teria muio sentido, já que volto, isso mesmo!! Eu sou louca e inventei um epílogo, que por enquanto não sei como vai ser, mas sai com fé em Deus kkkk
E é isso, espero que gostem do último capítulo da história, ainda não consigo acreditar que acabou, socorro Jesus!!
BOA LEITURA :D
PS: Vocês querem me matar, né? Certeza. Eu aqui de boa achando que nada mais podia acontecer por que só tava faltando dois capítulo pro fim (esse e o próximo) e do nada BUM! A fic recebeu OUTRA recomendação. Dessa vez da linda e maravilhosa Bárbara!! Obrigada amore pela recomendação linda e o carinho. Esse capítulo é pra você ♥



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Tanta coisa aconteceu depois da visita da tia Cassy há um mês atrás. Eu finalmente - de acordo com Lena -, tinha me mudado oficialmente para a casa (mansão!) de Anthony.

  - Nossa mansão - ele sorriu pra mim enquanto ajudava Miguel com as minhas coisas. Tem como ser mais fofo?

Depois que desocupei o apartamento, fiquei meio triste em deixar para trás assim uma parte enorme da minha vida, mas eu tinha que seguir em frente e a primeira a me apoiar em minha decisão foi tia Cassy. Ela resolveu que ficaria conosco namorando os netos e paparicando Lena “Já que não pude fazer isso com você”, foi o que ela jogou na minha cara sem nenhum pingo de descrição.

  Assim que anunciei que ia sair do apartamento Lena e Miguel resolveram que também iriam se mudar. Eu ia por que não tinha mais sentido em ficar ali, eles por que logo que o bebê nascesse eles não teriam mais espaço para visita nenhuma depois de um quarto pra ele. Eu até disse que os pais de Lena e tia Cassy podiam ficar lá em casa, mas o casal não aceitou. Ambos disseram que se eu não ia continuar ali, não tinha por que eles ficarem também.

  Miguel e Lena usariam um dinheiro que tinham guardado para comprar uma casa e só aceitaram a ajuda dos pais por que eles ameaçaram comprar a casa pra eles sem que os dois ficassem sabendo. Eu até tentei oferecer o dinheiro da venda da minha mobília a eles, mas negaram de imediato.

  - Já não basta a minha mãe e os pais da Lena com isso? - Miguel me olhou feio. - Não comece você também, é o seu dinheiro. Faça uso dele com você e mais ninguém.

  Eu sorri o abracei e decidi deixar o dinheiro guardado para alguma coisa já que Anthony também recusou minha oferta de dar a ele. Não era justo apenas ele pagar por tudo.

  - O dinheiro é seu raio de sol, não é pra usar comigo, isso eu tenho mais que preciso. Você já me deu algo muito melhor - ele comentou sorrindo para os bebês em nossos braços.

  E com isso voltei a estaca zero. Entre visitas de pessoas interessadas em comprar o apartamento, tia Cassy em minha casa e passeios com os gêmeos no carrinho de bebê chique de dois lugares, acabei na doceria depois que a doutora me liberou para as caminhadas. Saber que Mike e Chloe estavam em crise financeira depois de uma confusão enorme com uns pedidos e entregas erradas me deu uma ideia. Um jeito de usar o meu futuro dinheiro sem ninguém achar ruim.

  Eu e os gêmeos estávamos comendo tranquilamente como quaisquer outros fregueses quando Chloe veio me servir suspirando e eu sorri.

  - E se eu tivesse uma quantia razoável de dinheiro e pudesse dar a vocês? - perguntei a ruiva e ela me olhou divertida.

  - Seria ótimo. Mas onde é que você vai arranjar esse dinheiro?

  - vendendo meu apartamento e indo morar com meu noivo. Te contei que vou me casar? - perguntei ostentando o anel. Eu adorava exibi-lo.

  - Você vai o que?

  Eu ri da sua cara surpresa.

  - Meu quase namorado me pediu em casamento. E falando nisso semana que vem é meu jantar, almoço, almoço de noivado. Quero você e Mike lá. Depois te mando o endereço. E sobre o dinheiro, eu falei sério. vendendo o apartamento e não sei o que fazer com a grana, eu não preciso dela, meu Deus nunca pensei que diria isso - ri sozinha. - Então a oferta está de pé. Eu entro com o dinheiro e o trabalho assim que eu puder voltar e vocês fazem o que sabem de melhor, Mike cozinha, você administra e vamos todos ser bem ricos.

  - Isso é sério, Lisa? - ela perguntou com um misto de animação e descrença. - Você está realmemte falando sério?

  - Claro, super sério. Isso é algo que eu posso fazer e quero. Vocês merecem e eu amo trabalhar aqui e se posso ajudar eu quero fazê-lo. Então o que me diz, sócias?

  Ela olhou pra mim e sorriu.

  - Por mim está fechado, mas tenho que falar com o Mike, não que eu ache que vá ter problemas de qualquer forma.

  Eu sorri comendo meu bolo de chocolate, quem diria eu, sócia de alguém em alguma coisa? O mundo realmente dá voltas.

  Fora que eu estava literalmente vivendo um conto de fadas, envolvendo um príncipe encantado e tudo. Anthony era um amor, um cara incrível com um coração gigante e um pai atencioso e muito, muito fofo. Era fácil pegar ele alguma situação engraçada com os bebês, como quando eu o deixei com Analu na banheira enquanto vestia Drew. Quando eu voltei lá ele estava apavorado segurando a bebê exatamente como o tinha deixado enquanto conversava com ela.

  - Você não se mexa, Ok? Vamos esperar a sua mãe. Hei! O que eu disse? Nada de movimentos bruscos - reclamou quando ela mexeu a cabeça, eu parei na porta do quarto com Drew no colo segurando a risada.

  - vendo Drew? Como o papai sabe exatamente o que está fazendo? - perguntei ao bebê em meu colo rindo e Anthony se virou para me encarar parecendo indignado.

  - Elisa! - reclamou e eu gargalhei.

  - Tudo bem, já indo.

  Era sempre divertida a interação entre os três. E agora o bonitão não ficava até tarde na empresa mais, e Jane parecia ser a pessoa mais feliz com isso. Ela não cansava de dizer que seu garoto estava de volta e isso me fazia feliz também, saber que eu ajudei Anthony sair daquele lugar horrível onde aquela vagabunda ridícula o colocou só me deixava ainda mais confiante de que nós poderíamos passar por cima do que fosse. Desde passados horríveis a tempestades e banhos de banheira.

  Mas quando eu paro pra pensar, minha história com Anthony é quase uma novela. Nós começamos de um jeito horrível, discutindo no meio da chuva, e depois só piorou. Ele não tinha nada que me fazer aquela proposta e eu não tinha nada que aceitar. Só que acho que foi isso mesmo que fez dar certo, que fez ser diferente, por que nós dois apostamos numa loucura juntos quando ainda éramos desconhecidos e vendo agora, foi loucura sim, muita. Só que eu agradeço a Deus todos os dias por ter sido louca o suficiente para aceitar e chegar aonde chegamos, entre discussões e beijos, tempestades e panquecas, terminamos com uma família e muito amor, o que mais que poderia querer?

  - Você não cansa de pensar no Anthony, não? - Lena provocou me tirando dos meus pensamentos e eu sorri olhando sua barriga de quatro meses que tinha começado a aparecer. Ela tinha colocado um vestido de cintura alta só para ostentá-la.

  - Você por acaso se cansa de pensar no Miguel? - quis saber pegando a travessa de lasanha e ela sorriu pegando a jarra de suco.

  - Não mesmo.

  - Então não me peça o impossível. Como vão os enjoos? - perguntei enquanto seguiamos para a minha enorme mesa de jantar.

  - Diminuíram graças a Deus! Já não aguentava mais viver a base de melancia - ela choraminhou e eu ri. Minha amiga tinha passado esse último mês vivendo a base de melancia e biscoito de sal e eu como o ser humano horrível que era, me acabei de rir dela. Parece que o jogo virou, não é mesmo?

  - E o sexo do bebê, já sabe?

  - Não. Esse pequeno está fazendo um jogo comigo, só pode – ela reclamou e eu ri.

  Quando chegamos a sala de jantar eu sorri vendo a mesa cheia. Estavam todos ali. Miguel, tia Cassy, os pais de Lena, Dan e Cait, Mike e Chloe, Henry e Eva e até Jane e Marco eu fiz sentarem ali para comemorarem conosco. Seria um almoço de noivado por que tia Cassy tinha que voltar pra casa no fim do dia (já que passou o mês todo aqui) e os pais de Lena a iriam acompanhar já que preferiram vir pra ficar só depois que o bebê da morena nascesse.

  - Quem quer lasanha? - perguntei colocando a travessa na mesa e Dan que estava com Drew no colo levantou a mão do bebê.

  - Eu - disse com uma voz fininha e todo o pessoal riu. Olhei para Analu no colo do pai e acabei sorrindo, Anthony tinha uma superproteção meio exagerada com ela, me peguei pensando em como seria quando ela arrumasse um namorado. Engraçado, pra dizer o mínimo.

  - Qual a graça? - Lena quis saber e eu neguei com a cabeça.

  - Depois te conto.

  - E essa comida, sai hoje ou não? - Miguel perguntou e eu lhe dei língua.

  - Se continuar reclamando te deixo com fome.

  - Você não faria isso.

  - Duvida pra ver então.

  - Senhora, se precisar de ajuda eu posso...

  - Não pode não, Jane - interrompi olhando para a morena que suspirou. Ela ainda achava um absurdo estar sentada a mesa conosco enquanto eu e Lena servíamos todo mundo. - Hoje você é uma convidada, então seja uma legal e deixa eu te servir.

  - Tudo bem - ela cedeu e depois disso eu peguei Drew do colo de Dan e as conversas cederam por que estavam todos ocupados de mais comendo.

  Eu tentava comer com o garotinho em meu colo enquanto observava todas as pessoas que de alguma forma fizeram parte da minha história com Anthony, fosse com provocações ou conselhos, todos eles estiveram lá de alguma forma e isso me faria grata a eles pra sempre.

  - Depois que meus pais morreram, eu nunca imaginei que voltaria a comer em uma mesa cheia assim onde todos fossem pessoas importantes pra mim - Anthony comentou ao meu lado e eu sorri.

  - Sei o que quer dizer. Se não fosse pelo Miguel e a tia Cassy, talvez eu nem estivesse aqui - comentei e ele deu um beijo em meus cabelos. - Mas no fim terminou tudo bem.

  - Bem, ainda não terminou - Lena comentou, ela como sempre estava ouvindo a conversa (particular) alheia. O resto do pessoal se virou para ver do que falávamos também. - Pra terminar mesmo, vocês tinham que casar.

  - Que papo maluco é esse, Lena? - perguntei divertida. - Você gastou quase um ano pra organizar seu casamento. E só tem um mês que estou noiva. Não comece com loucuras.

  - Eu não acho que seja uma loucura - surpreendentemente foi Anthony quem respondeu. - Helena está certa, vamos casar. Aqui, agora. Hoje.

  - Que papo mais doido é esse?

  - Doido por que, Elisa? Nós já temos os noivos e todos os convidados que realmente importam. Quando fizermos, por que você merece e vai ter, uma festa enorme de casamento com um bolo e mais flores que um jardim eu terei que convidar um monte de gente que nem conheço, por que é isso que se espera de uma festa assim. Mas se fizermos isso agora, só vão estar as pessoas que importam, o que acha, casa comigo?

  - Eu não disse sim? Vai ser sempre sim! - exclamei com os olhos marejados. Essa ideia, essa loucura, era linda pra dizer o mínimo. Mas se não fosse uma loucura, não seríamos nós.

  - Vocês estão falando sério? - foi tia Cassy quem perguntou, todo mundo nos encarava surpreso. Eu sorri.

  - Isso depende, vocês têm algum compromisso agora?

  - Eu não esperava menos da Elisa - Miguel riu. - Mas então, não temos que nos mexer?

  - É mesmo, vamos! - disse ficando de pé e Anthony segurou a minha mão para que eu não me afastasse, ele ficou de pé também e sorriu.

  - Acho que atropelamos algumas coisas, mas ainda temos que escolher nossos padrinhos, o que acha?

  - Como se ninguém soubesse quem são os meus - comentei sorrindo antes de entregar Drew para tia Cassy e fui ao casal que eram os meus melhores amigos. - O que acham de me acompanhar em mais essa loucura?

  - Sempre! - Lena exclamou me abraçando e Miguel nos apertou num abraço coletivo. - Amo você.

  - Amo você maninha - Miguel comentou beijando minha testa. - E nunca se esqueça de que eu estou sempre aqui se precisar socar a cara de alguém.

  Eu ri e Anthony murmurou alguma coisa como “Essa já é a terceira vez”. Ele me estendeu nossa filha (eu adorava isso, nossa) e foi até Jane sorrindo.

  - Você me daria a honra de estar lá comigo? - ele perguntou e a morena cobriu o rosto com as mãos tentando evitar as lágrimas, em vão.

  - Isso, eu... É claro que eu aceito, vai ser uma honra, meu menino cresceu - ela sussurrou e Anthony a abraçou, tão apertado que quase a tirou do chão.

  - Obrigada por sempre estar ao meu lado - ele agradeceu depois de soltá-la. Jane ainda limpava as lágrimas quando ele a beijou na testa. Anthony então se virou para Dan e sorriu. - E você Daniel, o que me diz de acompanhá-la? Já que você sempre se mete sem ser convidado, dessa vez decidi convidar logo pra adiantar o processo.

  - Tony, Tony eu sei que você me ama - Dan sorriu e foi abraçar o primo. - É claro que eu aceito, já estava até aqui pensando em como participar desse casamento sem ser convidado mesmo. Eu podia celebrar também, o que acha?

  - Não - Anthony o cortou e eu achei graça. - Vamos achar um juiz que possa nos casar às - ele olhou para o relógio de pulso - 14h20m da tarde de um domingo. Tem certeza que não vai mudar de ideia, Elisa?

  - Nunca - garanti indo até ele e o beijando. - Mas ainda quero uma igreja, um vestido, e uma festa incrível.

  - Você quem manda - ele respondeu e eu quis muito só poder subir com ele para o quarto e esquecer de todo o resto.

  - Hei, casal! - Cait chamou nós a olhamos. - Se quiserem mesmo fazer isso hoje, melhor nos apressarmos, o que acham?

  - Boa ideia - concordei e começamos a nos organizar.

  Como todos já estavam arrumados para o almoço, não precisamos nos trocar, bem, pelo menos os outros, eu ia casar, poxa! Eu não tinha uma roupa pra isso. Depois de meia hora de indecisão com mais cinco mulheres comigo falando todas ao mesmo tempo eu decidi ir com o vestido azul que Anthony havia me dado daquela vez, era longo, lindo e por mais que eu o tivesse usado no jantar com Henry e Eva, ele só me lembrava da primeira noite em que eu e Anthony dividimos a mesma cama. Eu amava aquele vestido. Lena fez uma trança no meu cabelo e a enfeitou com florzinhas brancas, graças a falta da barriga o vestido agora ficava um pouco mais comprido, mas nada que um salto não resolvesse. Eu estava pronta para seguir em frente, começar um novo capítulo da minha vida e acima de tudo, ser muito feliz.

  Seguimos todos para o cartório que graças ao dinheiro e a influência do Bonitão, encontramos um juíz disposto a nos casar assim em cima da hora. Quando chegamos lá, sorri vendo o moreno dos olhos azuis, Edu estava acompanhado de uma morena dos cabelos compridos e sorriso gentil, ela se parecia com Cait, Victória era linda.

  - Você veio! - abracei Edu e ele sorriu quando nos separamos.

  - E você vai casar primeiro que eu! - ele acusou e eu ri.

  - Não tenho culpa de você ser tão devagar.

  Ele revirou os olhos e puxou a morena consigo para mais perto.

  - Vic, essa é a Elisa, uma amiga querida que por acaso trabalha com a Cait. Lisa, essa é a Victória, minha noiva e futura esposa se ela não mudar de ideia daqui pra semana que vem - ele comentou e levou um tapa da noiva em resposta. Ela sorriu pra mim.

  - É um prazer, Lisa.

  - Digo o mesmo, já ouvi falar muito de você - disse a abraçando. Apresentei todo mundo e seguimos para dentro, havia dois casais esperando para serem casados também e eu sorri. Era muita loucura mesmo. Drew estava com tia Cassy e Analu com Eva. As duas namorando os bebês e provavelmente se preparando para a choradeira que viria a seguir. Quando chegou nossa vez eu estava uma pilha de nervos, iria me casar e... 

  No instante em que Anthony olhou pra mim e sorriu meus medos se foram, eu era toda amor, por ele, nossa família, esse momento. Fiz uma prece silenciosa de que meus pais e os do Bonitão estivessem conosco e nos abençoassem nesse momento. Tentei controlar as lágrimas enquanto Miguel me acompanhava até o meu Bonitão, não havia necessidade disso, não tínhamos nem um corredor para percorrer, mas meu irmão fez questão. Ele sorriu pra mim e beijou minha testa quando nos aproximamos de Anthony. Eles trocaram um aperto de mão e meu irmão sorriu.

  - Se magoá-la, você já sabe, né? Eu quebro seu nariz.

  - Com essa, já são quatro ameaças - Anthony comentou sorrindo - Mas não se preocupe, meu objetivo único e exclusivo, é fazer Elisa feliz.

  - Boa resposta - Miguel disse divertido antes de voltar ao seu lugar ao lado de Lena que já estava soluçando de tanto chorar e olha que nem tínhamos começado nada ainda.

  O juíz fez um discurso sobre respeito mútuo e amor, sobre escolhas e felicidade e sobre como o passo que estávamos dando era importante, uma nova página de nossas vidas, eu também não consegui conter as lágrimas.

  - Agora, se vocês quiserem dizer algumas palavras antes das alianças - o juíz sorriu e eu encarei Anthony.

  - Naquela noite em que nos conhecemos eu não estava procurando nada, na verdade eu só tinha perdido, o namorado, o emprego e até a carteira - comentei sorrindo em meio ao choro e ele sorriu também. - Mas no fim eu acabei encontrando, um Bonitão que sorria pouco e que nunca fazia uma piadinha e que me fez a proposta mais maluca da minha vida. Eu te amo por isso, Anthony, por ter passado por tudo aquilo e seguido em frente, por tentar mesmo quando claramente preferia estar em outro lugar. Você tem um coração enorme mesmo que não deixe ninguém ver isso. Obrigada por me escolher pra dividir essa loucura que nós chamamos de vida. Amo você, Bonitão. Pra caramba!

  - Eu... Eu era um cara fechado, rabugento e até grosso. Antes de você Elisa, eu tinha esquecido de como era sorrir, do quão boa a vida simples e pura do dia a dia podia ser. Não me lembrava mais do motivo pelo qual eu lutava todos os dias. Mas depois de você, todos os meus dias se tornaram luz e cor, uma mistura de confusão e amor. Você é como um furacão, passou, virou minha vida de cabeça pra baixo e me levou com você sem nem mesmo perceber. Hoje eu sei que não tem como eu viver sem você, sua luz ou seu amor. Te amo meu raio de sol, pra sempre. E quem sabe, até depois isso.

  Eu não esperei que o juíz dissesse mais nada só puxei Anthony pra mim e o beijei, queria que ele soubesse tudo o que eu sentia por ele não sabia colocar em palavras bonitas. Eu o amava tanto. O juíz pigarreou e nos separamos, o senhor que estava tendo nos casar sorriu.

  - Você, Elisa Christine Banks, Aceita Anthony Christopher Whitmore como seu legítimo esposo, para amor e respeitar todos os dias da sua vida?

  - Aceito, eu definitivamente aceito - disse com a voz meio rouca pelo choro. Meu Bonitão sorriu.

  - E você Anthony, aceita Elisa como sua esposa para amar e respeitar todos os dias da sua vida?

  - Aceito.

  - Então eu vos declaro marido e mulher. Pode voltar a beijar sua noiva - o juíz declarou e eu e Anthony voltamos a fazer exatamente isso. Depois de nos separamos trocamos alianças e finalmente estávamos casados.

  A partir daí a comoção foi geral, beijos, abraços, felicitações de todos os lados. O amor que nosso pequeno grupo de pessoas emanava, era quase palpável. Lena veio me abraçar soluçando e eu só consegui sorrir pra ela.

  - Ai meu Deus! Você casou, Lisa! Eu não sabendo lhe dar com isso - ela exclamou e eu ri.

  - vendo, mas calma que toda essa agitação não faz bem ao bebê.

  - Estou tentando dizer isso a ela já há algum tempo - Miguel disse enlaçando a esposa pela cintura e beijando seu rosto. - Só seja muito feliz, é tudo que te peço.

  - Eu vou ser, pode deixar - disse olhando para Anthony que conversava com a tia Cassy.

  Edu e Vic se despediram me fazendo prometer que eu e o Bonitão íamos ao seu casamento semana que vem, Cait e Dan nos deram felicitações e um tchau para irem namorar em lugar mais calmo tenho certeza, Eva e Henry assim como Chloe e Mike garantiram que viriam nos visitar e que com certeza estariam em nosso casamento de rico antes de irem também. Sobramos só eu, Anthony, Miguel e Lena, os pais da morena, tia Cassy, Marco e Jane em frente ao cartório.

  - Bem, vocês devem querer uma noite a sós, que tal eu e o Miguel ficarmos com os gêmeos? - Lena ofereceu fazendo caretas para Analu em seu colo. Drew dormia tranquilamente no meu.

  - A ideia é tentadora, mas eles ainda são muito pequenos e nós nem podemos ainda - comentei entre um sorriso e um suspiro de frustração, o pessoal riu. - Mas eu aceito uma volta com eles, o que acha, Anthony?

  - Um café? - ele ofereceu e eu ri o beijando.

  - Um café.

  - Acho que isso é um adeus então - tia Cassy sorriu e nós a olhamos sem entender.

  - Como assim, tia?

  - Nosso ônibus sai em uma hora - ela riu. - Tecnicamente já estamos atrasados. Vamos só pegar nossas coisas na casa de vocês e já vamos.

  - Se é assim, vamos pra casa com vocês e...

  - Não mesmo, vocês se casaram, vão começar uma vida juntos. Tem mais que comemorar. Marco pode nos levar pra casa, não pode? - ela sorriu para o senhor que sorriu de volta assentindo.

  - Vai ser um prazer.

  - Tem certeza, Cassandra? - Anthony quis saber e tia Cassy sorriu para o meu marido. Ai meu Deus! É muito estranho pensar no Bonitão como meu marido, mesmo que seja incrível. No fim acho que não vou demorar a me acostumar. Por que gostei de tudo, principalmente da parte do “meu”.

  - Tenho sim, Tony. Vão dar uma volta.

  - Jane vá com eles os ajude, por favor - pedi e ela assentiu. - E a propósito, você e Marco estão dispensados até amanhã depois disso.

  - Como?

  - Folga para os dois, eu cuido do Bonitão, pode deixar - comentei e eles riram enquanto Anthony revirava os olhos.

  Depois de uma série de despedidas e muito choro (ainda por parte da Lena), eu, Anthony e os gêmeos fomos dar um passeio, eles no carinho de rico que eu tanto adorava e Anthony ao meu lado sorrindo. Devíamos ser uma imagem bem inusitada, um casal bem arrumado com dois bebês num passeio tranquilo no parque.

  - A gente casou - disse divertida depois de acenar para uma garotinha do outro lado da rua. - Tipo, de verdade - eu ri sem conseguir me conter, era muito surreal.

  - Tipo de verdade - ele garantiu sorrindo. - Por quê? Se arrependeu?

  - Não mesmo! Por quê? Você se arrependeu?

  - Não, nunca.

  - Anthony, se você soubesse onde terminaríamos quando me atropelou naquele dia, você ainda o teria feito? - quis saber e ele parou me para me encarar. Fiz o mesmo.

  - Primeiro que não te atropelei - ele  disse divertido colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, eu sorri com o carinho. - E segundo que se eu soubesse onde íamos parar talvez eu tivesse te pegado no colo e levado pra casa comigo antes mesmo de te chamar para um café.

  Eu ri o beijando.

  - Ah, mas o café definitivamente foi a melhor parte. O primeiro encontro mais estranho que já tive na vida.

  - Acredite, foi o meu também. Aposto que quando saiu com o Edu, a coisa foi bem mais elaborada - ele comentou como quem não quer nada e eu ri.

  - Foi, com certeza foi. Ele me levou pra comer uma refeição completa, então saiu em vantagem.

  - Vantagem é? - ele quis saber me puxando pra mais perto enquanto eu tentava fingir seriedade.

  - Claro, comida é vida. Mas sabe, em se tratando do meu coração, ele já era seu antes mesmo dele aparecer. Você ficou muito incomodado por eu tê-lo chamado?

  Ele negou com a cabeça sorrindo.

  - Não, afinal quem ia se casar com você era eu, então não tinha problema.

  Eu gargalhei me penduranda em seu pescoço.

  - Eu não sabia desse seu lado louco do ciúmes não, Bonitão. adorando.

  - Como se você não estivesse querendo matar a Kelsy todas as vezes em que foi ao escritório nesses últimos meses - ele comentou e eu o beijei para logo em seguida o soltar e voltar a empurrar o carrinho com os bebês.

  - Não sei do que você está falando.

  Nós continuamos nossa caminhada depois de pararmos em uma lanchonete e comprarmos um café. Eu sorrindo enquanto me lembrava de tudo o que passamos e Anthony me olhando daquele jeito que eu amava, aquele como se dissesse que me encarar assim fosse o suficiente para deixá-lo feliz pelo resto da vida. Nós passamos em frente a um parque eu tive uma ideia.

  - Vamos nos sentar? - convidei e Anthony assentiu.

  Fomos até debaixo de uma árvore com sombra e nos sentamos ali mesmo. Eu tirei os saltos e Anthony esticou seu paletó sobre a grama para que pudéssemos colocar Drew. Eu já tinha percebido que o passatempo favorito dele era comer e dormir. Já Analu tinha cochilado no carrinho, mas já estava acordada outra vez, ela parecia ligada no 220 volts, isso por que ainda era só um bebê. Sorri me encostando na árvore com ela no colo.

  - Se ela continuar tão animada quanto você, acho que vou ter problemas - Anthony sorriu para a filha quase como se lesse meus pensamentos.

  - E quem disse que ela puxou toda essa energia de mim?

  - De mim não foi. Tenho certeza - ele riu me beijando.

  - Eles vão ser incríveis, né? - perguntei olhando para os dois. - Diferentes, mas incríveis, cada um a seu modo.

  - Tenho certeza disso.

  - Nós podemos fazer isso. Uma família. Acho que gosto da ideia.

  - Achei que tivesse gostado quando aceitou se casar comigo - ele comentou divertido e eu dei de ombros.

  - A ficha só caiu agora.

  - Você é muito louca, Elisa.

  - Mas você me ama assim mesmo.

  - Amo. Amo muito e queria dizer que tenho um contrato para você assinar - ele comentou e eu o olhei surpresa.

  - Como é que é?

  - Espere um minuto - pediu remexendo os bolsos do paletó onde Drew dormia e finalmente pegando um pedaço de papel amaçado. - Aqui. Leia e se concordar com o que diz assine. Mas lembre-se que eu não aceito anulação depois. É pra vida toda. Não quero nada menos que isso.

  Dei Analu a Anthony e peguei o papel, era quase como uma carta escrita a mão. Sorri só pelo título.

  “Contrato de Amor.

  Ambos os envolvidos nesse acordo único e exclusivamente de amor. Se comprometem a tentar todos os dias fazer o relacionamento dar certo, evitar brigas bobas, mas se elas vierem que sejam superadas com diálogo e calma (nada de fugas, por favor). Que as partes se lembrem e façam o outro se lembrar sempre das coisas boas da vida, que se ajudem, que riam juntos, que não falte diálogo entre eles e acima de tudo, que não falte amor.

  As partes se comprometem do fundo do coração a se amarem todos os dias como se fossem os últimos e os primeiros de suas vidas juntos. Eles se comprometem a sempre cultivarem o amor”.

  No fim da folha havia a assinatura de Anthony e eu sorri o olhando enquanto ele brincava com Analu. Seus olhos escuros que eu tanto amava encontraram os meus.

  - E então? - quis saber e eu fingi pensar.

  - Você por acaso tem uma caneta?

  - Aqui - ele pescou uma extremamente bonita do bolso do paletó e me estendeu. Eu assinei o fim da folha com a letra borrada pela falta de apoio e depois a devolvi a Anthony. O Bonitão observou minha assinatura e depois fez uma careta.

  - Não se esqueceu de nada não, Sra. Whitmore? - ele perguntou com uma sobrancelha arqueada e eu sorri tanto que pensei que meu rosto fosse se partir. Peguei o papel outra vez e acrescentei o Whitmore no fim do meu nome. Elisa Christine Banks Whitmore, um senhor nome de rica e eu estava adorando.

  - Que tal assim?

  - Melhor.

  - Gostei desse novo contrato, era tudo que precisávamos para terminarmos bem, um Contrato de Amor.

  - Terminar? Quem falou em terminar? - Anthony sorriu me beijando. - Nós só estamos começando.

  - Ah é? Pode me mostrar então?

  - Claro, vai ser um prazer lhe ser útil - ele sorriu me beijando e eu sorri também, o amor tem dessas coisas, deixa tudo melhor.

  No fim Anthony tinha razão, esse não era o fim, era só o começo. O começo de uma nova história, um novo amor e não que eu tivesse imaginado, um novo contato. Mas dessa vez, um Contrato de Amor.


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Notas finais do capítulo

Eeeee? Não vou me despedir ainda, não vou dizer tchau, mas quero opiniões, please!!
Beijocas meus amores e até!! ♥