Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 33
Bônus.


Notas iniciais do capítulo

Gente linda do my heart, voltei!!!
Sorry, no fim não teve capítulo domingo, mas vejam pelo lado bom, eu não sumi kkkkk
Ok, parei de viajar, como vocês devem ter percebido pelo título u.u esse é um bônus do bonitão, o penúltimo se (e se somente se) eu conseguir seguir o roteiro que eu planejei kkkkkkk, mas sim, isso segnifica que talvez agora vai ♥
E vocês devem ter percebido (ou não kkkk) que eu mudei a capa da história DE NOVO e eu estou mais que apaixonada nessa capa nova, vocês gostaram? Essa agora foi feita por uma amiga linda e leitora lá do Wattpad, a @annykonzen que além de fazer capas lindas, está aceitando pedidos e encomendas, então se alguém se interessar, fiquem à vontade, aposto que não vão se arrepender!! ♥
BOA LEITURA!!!:3



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Anthony estava morrendo e tinha sido seu próprio carrasco, como dormiria, como poderia pensar em dormir com Elisa enroscada a ele usando somente a maldita camisola que ele mesmo havia comprado? As pernas bem torneadas da loira estavam praticamente toda de fora e ele não podia, não conseguia, parar de olhar. Em algum momento da noite ela havia o abraçado e descansava a cabeça em seu ombro, a loira parecia tão tranquila que ele não pôde (e não quis) afastá-la ou acordá-la, ele não queria pensar nisso, nem acreditar que estava acontecendo, mas já não podia mais negar.

  Elisa agora era boa parte dos pensamentos do seu dia, só os sorrisos da loira eram o suficiente para deixar o humor de Anthony incrivelmente melhor, ela era a única pessoa que conseguia arrancar um sorriso dele ou convencê-lo a coisas como lavar louças às onze da noite, ou ainda fazê-lo mandar mensagens sem nexo algum durante o horário do expediente.

  Era verdade que Anthony não queria relacionamento, mas isso não o impedia de ceder as investidas de alguma mulher bonita em alguma festa vez ou outra, só que eram sempre as mesmas, só mudavam o nome e às vezes a cor do cabelo, eram os mesmo papos, ou a falta deles, nunca tinha nada mais que isso. Nunca. Mas com Elisa era diferente, e era isso que o assustava tanto, ele nem mesmo tinha feito nada com ela e a loira já o abalava desse jeito, só olhá-la era o suficiente para Anthony e ele definitivamente não queria pensar no que isso significava.

  Vê-la cozinhar, tagarelar ou até mesmo brigar com ele, era um dos seus passa-tempos preferidos, provocá-la sempre o divertia. Mas isso era outro ponto a se considerar, eles sempre brigavam, fosse por algo sério ou não, sempre estavam discutindo e ela, Elisa, era sem duvidas a única que conseguia tirá-lo do sério assim. E ela não podia, não devia poder.

  Anthony suspirou olhando para a loira agarrada a si e acabou sorrindo, talvez ele soubesse o que estava acontecendo, mas era covarde de mais para admitir, e tinha receio, não receio não, tinha medo do que poderia acontecer se admitisse. Mas tinha uma vozinha no fundo da sua cabeça de dizia “Ela é diferente”. Ele tocou a barriga da loira e seu sorriso aumentou se lembrando da cena que viveram mais cedo naquela mesma cama, a empolgação dela e a sua confusão sobre as posições dos bebês, tudo o tinha deixado encantado.

  - Eu não sou muito bom nisso, mas como estão ai? – perguntou olhando para a barriga da loira e para sua surpresa ele sentiu um suave movimento onde sua mão estava, sua garotinha ainda estava a todo vapor. – Se você for tão animada quanto ela, eu vou estar em sérios problemas – comentou divertido e consequentemente imaginando uma garotinha loira como Elisa. Se arrependeu na mesma hora, já há algum tempo ele não queria pensar em como seria quando os bebes nascessem, o que aconteceria?

  Um chute particularmente forte da garotinha o tirou de seus pensamentos e fez Elisa se mexer na cama, mas não acordou, apenas se aconchegou mais a ele, por hora Anthony não pensaria no que não estava ao seu alcance. Ele olhou para a barriga loira outra vez e sorriu, ela tinha razão, falar com eles era incrivelmente divertido.

  - A mãe de vocês estava animada, hoje não? E com medo também, mas não se preocupe, Ok? Vou tentar ajudá-la com os raios, mas e você? Não implique com seu irmão, acha que já não percebi que ele gosta de dormir e você de bagunçar? – as palavras saíram tão facilmente que Anthony se surpreendeu principalmente quando se deu conta do que havia dito, “A mãe de vocês”. – Ela não... – ele começou, mas se interrompeu. Se ela não era mãe deles, era o que? – Tudo bem – suspirou. – É difícil descrever o que eu e Elisa temos, mas bom ou ruim, ela já é mãe de vocês, isso eu não posso negar – ele admitiu achando engraçado o quão fácil era desabafar com os pequeninos. – Aposto que ela fala mais com vocês do que admite, né? Às vezes eu queria que ela falasse assim comigo, às vezes acho melhor isso não acontecer, o que você acha? Já que seu irmão não quer opinar? – ele perguntou a garotinha chegando à conclusão que poderia fazer isso por horas sem se cansar. E entendeu por que Elisa parecia se divertir tanto ao fazê-lo também. – Vocês poderiam dizer a ela que eu sinto muito? Que não queria magoá-la e que sou um idiota? – pediu num ímpeto de coragem. Era verdade que devia um pedido de desculpas a Elisa, mas Anthony sabia que no minuto que o fizesse algo iria mudar.

  Só um cego não veria a tensão entre eles toda vez que se aproximavam mais que o necessário, nem ele podia mais negar a atração que sentiam um pelo outro. Mais cedo, durante a euforia de Elisa pelos movimentos dos bebês, e mesmo agora com ela dormindo em seus braços o desejo era quase palpável, fingir que não o sentia não era mais uma opção, Anthony não conseguia entender por que a loira pareceu tão surpresa com a ideia de ele achá-la atraente. Como ela podia não saber que era linda? Vê-la com aquela camisola no dia em que conheceu o “namoradinho” dela rendeu a ele muitos banhos frios e até uns pensamentos que definitivamente não devia ter, então como? Mas claro que nessa equação também entrava o tal Edu, o que Elisa vira nele era o que Anthony não entendia, mas não seria ele a atrapalhá-los se era isso que a loira queria.

  Outro movimento repentino sob sua palma fez o moreno sorrir.

  - Você devia ir dormir – comentou olhando para o ponto onde sua garotinha se mexeu. – Deixe sua mãe dormir, hoje ela teve muitas emoções.

  Mas nem ele nem a garotinha agitada dormiram, a garotinha por que parecia animada de mais com a possibilidade de interagir com os pais e Anthony por que velar o sono de Elisa era uma ideia muito tentadora para se recusar. Ele deve ter ficado acordado até quase amanhecer, mas em algum momento o cansaço falou mais alto e o moreno dormiu mais tranquilamente do que já tinha feio em muito tempo.

  Quando Anthony acordou no dia seguinte a frieza costumeira do colchão o incomodou, ele esperava acordar e vê-la ali, mas isso não aconteceu, ele se sentou piscando e viu que Elisa não estava em lugar algum do quarto, só que assim que ouviu panelas caindo no andar de baixo sorriu, a loira estava, como de costume, destruindo sua cozinha. Por um instante a ideia de que ela não estava mais ali, o incomodou e não era nem ali em seu quarto, mas em sua casa, por que Anthony sabia que no momento em que a loira fosse embora, ela ficaria vazia.

  O moreno se livrou desses pensamentos e saiu da cama, por que mesmo que não tivesse dormido nada, nunca esteve tão descansado. Quando Anthony saiu do banheiro quase colocou um dos muitos ternos, mas parou no meio do caminho, já trabalhava de mais, hoje era sábado poderia tirar uma folga, claro que a loira desastrada no andar de baixo não tinha nada a ver com isso. Por isso colocou uma bermuda e uma camisa polo azul e desceu as escadas com um sorriso que ele mesmo não sabia possuir.

  Assim que alcançou a porta da cozinha parou, definitivamente observar Elisa estava se tornando um hábito que ele não sabia dizer se era bom ou ruim. A loira tentava recolocar algumas panelas no armário enquanto praguejava. E felizmente para a sanidade de Anthony, ela havia se livrado do retalho de pano que ele chamou de camisola e colocado o vestido florido que ele tinha lhe dado. Pelo menos o vestido ia até a metade de suas coxas.

  - A gente vai acabar destruindo a cozinha do pai de vocês - ela reclamou olhando para a própria barriga. - Tudo bem, tudo bem, fui eu quem derrubou tudo, mas a culpa é de vocês, eu não teria tido a brilhante ideia de comer omeletes e bacon se vocês não quisessem.

  - Quer ajuda? - Anthony perguntou pelo simples fato de que provocar Elisa assim era incrivelmente divertido. Ela como o esperado o olhou feio.

  - Quer me matar do coração? E não, eu não quero ajuda, estou muito bem, obrigada - respondeu ironicamente tentando colocar uma frigideira de volta no armário.

  Anthony foi até ela e pegou a panela de suas mãos, Elisa o olhou sem entender e ele deu de ombros.

  - Se eu não tiver entendido mal, você tem uma omelete para fazer, vai lá, eu cuido disso. E isso, acho que você ainda vai precisar - Anthony estendeu a loira a frigideira que ela tentava guardar. Elisa corou e arrancando a panela das mãos do moreno se virou para o fogão.

  - Se você disser um “Piu” sobre isso, te deixo com fome - ela avisou e Anthony sorriu. Esse agora parecia ser seu estado constante, principalmente se Elisa estivesse por perto.

  Ela adorava cozinhar, isso era um fato, e Anthony adorava vê-la cozinhando. A primeira vez em que isso aconteceu foi ali mesmo em sua cozinha, depois outras vezes no apartamento da loira, pensar que poderia ser assim todas as manhãs, para Anthony bem, não parecia ruim.

  - Você vai me ajudar ou vai ficar aí me encarando? - Elisa perguntou sorrindo e Anthony revirou os olhos dando um meio sorriso.

  - Já que você acabou com a minha vista, eu ajudo - ele deu de ombros divertido e a loira o olhou sem entender.

  - Como é?

  - Nada não. O que precisa que eu faça?

  - Bem - ela suspirou depois de desistir de entender o que o moreno tinha dito. - Você pode cortar umas coisas pra mim.

  Ele assentiu e os dois começam a fazer o café da manhã. Anthony raramente cozinhava, na verdade ele não cozinhava, mas lá estava ele, não pela primeira vez ajudando Elisa. O moreno mais atrapalhava do que realmente fazia algo de útil, mas a loira não parecia se importar com isso. Ele cortava o bacon enquanto ela fazia a omelete, mas Elisa subitamente parou o que estava fazendo e o encarou com seus incríveis olhos verdes.

  - Eu me mexi muito noite passada? Lena diz que eu me mexo, mas na verdade eu não sei, por que sempre estou acordada depois dela se mexer pra caramba. Eu atrapalhei você dormir? - ela perguntou sorrindo e com as bochechas tingidas de uma delicada coloração rosa. Anthony piscou surpreso com as perguntas. Não sabia o que responder uma vez que cada uma delas tinha uma resposta diferente. Se ela havia se mexido muito? Não. Se ela tinha o atrapalhado a dormir? Com certeza, e ela nem tinha ideia de como.

  Por fim ele suspirou passando a mão pelos cabelos.

  - Não, Elisa. Você não se mexeu tanto assim - uma meia verdade era melhor que uma mentira, certo? - Não se preocupe.

  - Choveu mais ontem? Depois que eu dormi, não vi mais nada. A não ser é claro, que o interior das pálpebras conte.

  Anthony riu sem conseguir se conter, só Elisa para começar uns papos como esse.

  - Acho que o interior das suas pálpebras não contam. Mas sim, choveu até agora a pouco.

  - Pelo menos não teve mais raios - ela comentou e corou no instante seguinte. - Quer dizer, eu... Me desculpe por ontem, sério, eu estava tentando não tocar no assunto por que você provavelmente não ia querer fazer isso então...

  - Por que eu não iria querer falar de ontem? - Anthony a interrompeu ofendido, do jeito que Elisa falou era quase como ele não se importasse.

  - Por que você vai dizer palavras como “Inapropriado” e “Desculpe” - ela respondeu ironicamente​, mas parecia triste. - E falando sinceramente, eu não quero ouvir, não sobre ontem.

  - Elisa...

  - Não, sério - ela sorriu, mas seus olhos estavam marejados. - Só não fala nada para não estragar, e a gente fingi que nunca aconteceu, Ok? - a loira não esperou uma resposta, apenas saiu da cozinha passando direto por Anthony que não conseguiu mover um único músculo.

  O moreno encarou a porta por onde Elisa havia passado sentindo uma enorme vontade de, como diria ela, quebrar a própria cara. Só agora ele tinha se dado conta do estrago que tinha feito, de como a tinha magoado, ela nem mesmo queria ouvir o que ele tinha a dizer por que tinha certeza de que não iria gostar. Era realmente um milagre Elisa ainda estar ali.

  - Sr. Whitmore? - Jane chamou entrando na cozinha e tirando o casaco. 

  - Jane? - Anthony piscou surpreso.

  A morena baixinha sorriu.

  - Desculpe o atraso, tive alguns imprevistos, mas agora está tudo bem. O que quer que eu faça primeiro? Arrume a casa, ou prepare o café...? - ela parou assim que viu a bagunça em cima da bancada. - A Srta. Banks ainda está aqui? - Jane perguntou e quando Anthony não disse nada ela suspirou. - O que o senhor fez?

  - Como?

  - Nenhuma grávida abandona comida sem uma boa razão, e como o senhor está ai encarando a porta quase como se sentisse dor, creio que fez alguma coisa.

  - Acho que é mais o que eu não fiz - Anthony admitiu em voz alta, para Jane ele conseguia dizer, mesmo que escondesse de si mesmo.

  - Então o que está esperando para fazer? - a morena sorriu. - Ela não é a Daphne e o senhor sabe disso, não devia ter medo.

  - Eu não... Não estou com medo, só tenho que pensar a respeito de tudo. E não fale daquela lá, por favor.

  - Como quiser, eu vou terminar o café da manhã, se me der licença - Jane respondeu formalmente como sempre fazia quando não concordava com Anthony. Ela nunca o respondia, sempre mostrava sua indignação com o silêncio.

  Como sua governanta estava claramente contra ele, Anthony resolveu ir atrás da loira, talvez agora pudesse conversar mais tranquilamente com ela. Não precisou andar muito para vê-la, Elisa estava em sua cadeira no escritório girando enquanto falava com os bebês. Era oficial, ele poderia ficar observando-a por horas sem se cansar e isso fazia dele um idiota ainda maior por magoá-la.

  - Certo, melhor pararmos, estou ficando tonta - ela riu parando de rodar e ficando de costas pra ele. - Será que um de vocês poderia me ajudar com o papai? Sério, não sei o que é maior, a vontade de dar na cara dele ou beijá-lo. Mas não digam a ele que eu disse isso, por que ele é idiota o suficiente pra vir com uns papos de “Isso foi Inapropriado”, mas tudo bem, não estou com raiva, só chateada por ele ser um babaca, mas é normal... Anthony!? - Elisa perguntou surpresa depois de se virar ficando de pé e quase caindo, o moreno foi até ela por puro reflexo e a segurou.

  - Cuidado - ele sussurrou enquanto via as bochechas dela corarem.

  - Eu, você... Você está aí há muito tempo? - ela piscou parecendo não saber mais o que fazer. - Você ouviu o que eu disse? Só quero que saiba que metade daquilo é baboseira e a outra metade, bem...

  - Eu cheguei agora - Anthony a interrompeu se afastando com o coração aos pulos como sempre acontecia quando se aproximava de mais da loira. - Não ouvi nada.

  - Isso é ótimo - ela deu um sorriso fingido. - Eu vou é... Terminar o café.

  - Jane chegou e está fazendo isso.

  - Então eu vou... - ela parou parecendo não saber o que dizer. - Já volto.

  - Elisa - Anthony a chamou e a loira suspirou.

  - Vamos só fingir que nada aconteceu e que eu não disse nada. Sério, não precisa dizer nada.

  - Você vai mesmo fugir de mim? - ele perguntou incrédulo e Elisa deu de ombros com um meio sorriso.

  - Se for preciso. - Anthony não gostou da resposta, mas só dela ter sorrido de verdade, já tinha valido a pena.

  - Tony meu amor, cadê você? - uma voz chamou da sala de estar e Anthony grunhiu de frustração ao passo que Elisa o olhou com uma sobrancelha arqueada, como quem pergunta: “Sério isso? Agora?”. - Ah você está aí. E muito bem acompanhado - Daniel riu depois de aparecer na porta do escritório.

  Elisa analisou o outro moreno dos olhos escuros sem entender muito bem a situação.

  - O que você quer aqui? Na verdade como conseguiu entrar de novo? - Anthony praticamente rosnou e Elisa teve que conter o riso.

  - Como sempre a linda da Jane que, diferente de você, é uma pessoa legal me deixou entrar. E julgando pelo sorriso lindo, o cabelo loiro e a barriga de grávida, essa deve ser a Elisa - Daniel foi até ela e todo galante lhe deu um beijo no dorso da mão direita, Anthony estreitou os olhos para o primo que sorriu divertido.

  - É um prazer é... Você não me disse seu nome - a loira comentou divertida e Anthony revirou os olhos.

  - Esse é Daniel Wheeler, meu contador.

  - Pode me chamar de Dan e eu sou primo e melhor, acho que único, amigo do Tony. Ele finge que não, mas me ama.

  Dessa vez Elisa gargalhou.

  - Eu nem sabia que Anthony tinha amigos.

  - aí, gostei de você - Dan sorriu. - Não estaria interessada em um encontro Srta...?

  - Banks - a loira ajudou ainda se recuperando da crise de risos.

  - Srta. Banks - Daniel sorriu e Anthony foi até o primo para afastá-lo dela.

  - Já chega disso – ele disse olhando para Daniel. – O que você veio fazer aqui?

  - Ui, não precisa morder, não vou roubar sua garota, eu só vim ver se estava vivo. Afinal, já são quase dez horas de um sábado e nada de você na empresa, Kelsy já estava começando a achar que você tinha morrido. Por que não atendeu o celular?

  Anthony tateou os bolsos na expectativa de encontrar o aparelho, mas não teve sorte, a verdade era que ele não o tinha visto desde que acordou e isso era um recorde, devia ter o que? Quase uma hora que acordara?

  - Certo, eu vou fazer algumas ligações – o moreno suspirou por fim e depois se virou para Daniel. – E você, fique longe dela.

  - Claro, claro, vai lá Tony – Daniel praticamente o expulsou do escritório. E depois se virou para Elisa. – Desculpa a rabugice do Tony e não desiste dele, ele é um cara legal por baixo dessa casca de mal.

  - Não sei mais se acredito nisso – ela suspirou se sentando na cadeira giratória outra vez e dando uma volta. – Eu queria mesmo era sabe o que ele quer.

  - Esse é um sonho de muitos.

  - Tem ingresso? Fila? Estou interessada.

  Daniel riu se sentando em uma das poltronas de frente para a loira.

  - Me desculpe.

  - Pelo que? – Elisa o olhou sem entender.

  - Por duvidar de você antes mesmo de conhecê-la. Quando Anthony falou sobre essa ideia maluca dele e depois disse que uma mulher tinha aceitado ajudá-lo eu logo imaginei que fosse uma golpista qualquer, mas vendo você agora eu só consigo me arrepender de ter pensado tudo isso. Me desculpe mesmo.

  - Você não tinha como saber e eu fico feliz em saber que aquele cabeça dura tem alguém preocupado assim com ele – ela sorriu girando outra vez. – Mas o que te faz pensar que eu não estou aqui simplesmente para roubá-lo?

  Daniel sorriu.

  - Você que eu seja sincero?

  - Claro.

  - Pelo olhar apaixonado que você dirige a ele, mesmo que pareça incrivelmente irritada como agora a pouco – ele deu de ombros e Elisa parou de girar e o encarou corada.

  - Não é nada disso, Ok? Eu...

  - Estou torcendo muito por vocês – o moreno a interrompeu quando percebeu as bochechas coradas da loira. – Mas o importante aqui não é isso e sim como vão minhas sobrinhas.

  - São um casal – Elisa informou agradecida por ele mudar de assunto. Daniel foi até ela e se abaixou a sua frente.

  – Eu posso? – perguntou apontando para a barriga dela.

  - Claro. Digam “Oi” para o tio Dan meus amores.

  Depois de todos os telefones e de explicar literalmente para sua secretária que estava bem, Anthony voltou só para ver o primo conversando com os filhos com aquela voz ridícula que por algum motivo todos usavam para falar com bebês e animais de estimação. Eles implicavam um com o outro, mas as brigas nunca eram pra valer, por isso a cena não o incomodou. O que o incomodou mesmo foi Elisa pedir licença para atender o celular e depois de sorrir dizer toda animada “Oi, Edu”.

  - Como você está? Ah, é? Mas o que aconteceu? Sério, vocês vão tentar outra vez? Certeza que estão prontos? Quero saber quando vai ser, com certeza quero ir, lá em casa? Fechado. Tchau, beijo! – ela encerrou a ligação e Anthony quis matar o tal Edu por conversar tão intimamente com ela assim, mas ele tinha o direto não é? Eram um casal a final.

  - Respira, Tony – Daniel riu da expressão do primo e Anthony o olhou feio o que só o fez gargalhar.

  - Será que Jane já terminou? – Elisa perguntou depois de guardar o celular. – Eu estou faminta e comendo por três.

  - Aposto que sim – Dan sorriu. – Vamos?

  - Claro. Você vem Anthony? – a loira quis saber e ele respirou fundo. Esses dias com ela aqui seriam os melhores e o piores de sua vida, disso tinha certeza.

  Só precisava manter o controle que ficaria tudo bem. Mas esse era o problema, certo? Manter o controle.


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Notas finais do capítulo

Então gente? Quero opiniões!!
Comentem please *-*
Beijocas e até!! :*



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