Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 32
Tempestades e movimentos inesperados.


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, oi!!
Primeiramente que queria pedir desculpas pelo sumiço, eu sei que está todo mundo se perguntando “Cadê o capítulo da semana passada?”, bem eu explico, me atolei toda de trabalhos da faculdade e quando vi, já era final de semana e nada de capítulo, mas espero mesmo que me desculpem e queria avisar também que vou tentar postar outro capítulo até domingo, mas repito, vou TENTAR, nada confirmado.
Queria dizer que os dias de postagem são os fins de semana, muito provavelmente sábado, mas às vezes quando atraso, domingo também, e eu só posto um capítulo por semana por que é o máximo que consigo fazer com qualidade, eu prefiro postar um capítulo que eu ache bem feito, do que vários sem o mínimo de qualidade.
E mais um informativo, me perguntaram se a história já está chegando ao fim e eu parei e refleti (coisa que não acontece muito kkkkk) e cheguei à conclusão que sim, não estamos exatamente na reta final, mas não falta muito pra acabar, eu espero (ou acho u.u) que vamos ter ai mais uns dez capítulos. E outra coisa, sobre hot na história, NÃO VAI TER, por que eu simplesmente não sei escrever, apenas por isso, então me desculpem mesmo aquelas que esperavam algo mais quente entre o nosso casal, eu posso tentar e sei lá postar um especial no final se talvez, por um milagre sair bom, mas de modo geral os planos são que não vai ter nada assim. Então me desculpem mesmo.
E é isso (pouquinho, né?), espero que gostem do capítulo, por que o aniversário é meu, mas o presente é de vocês kkkkkk (eu precisava dizer isso, meu niver foi ontem u.u)
BOA LEITURA meus amores!! :D



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Antes mesmo de descermos as escadas completamente a campainha tocou.

  - Vamos logo, voltou a chover e temos que abrir logo a porta - reclamei tentando ir mais rápido, mas Anthony me deteve.

  - Eu vou lá atender a porta, você vai descer essas escadas calmamente - avisou sorrindo e eu revirei os olhos enquanto ele pulava os degraus de dois em dois. Parecia uma criança e isso me encantou.

  - Anthony, oi! - ouvi a voz de Henry. - Faz muito tempo, dois dias?

  - Na verdade fazem três, Sr. Calvet.

  - Henry, pelo amor de Deus, me chame de Henry. E onde está Elisa?

  - Estou bem aqui - me pronunciei os alcançando, Henry foi o primeiro a me abraçar, assim me soltou ele me olhou de cima a baixo.

  - Nossa Elisa, você está...

  - Gorda? - ajudei e ele negou com a cabeça.

  - Eu ia dizer linda.

  - Não sei se acredito nisso - dei de ombros.

  - Pois então devia - Eva sorriu me abraçando. - Você continua linda.

  - Eu disse isso pra ela há alguns minutos, mas acho que ela não acreditou - Anthony comentou divertido e eu corei.

  - Certo, chega de papo, que tal nos sentarmos? - ofereci mudando de assunto e Henry e Eva sorriram.

  - Vamos? - Anthony chamou nos guiando a sala de estar. 

  Nós nos sentamos e o bonitão serviu uísque para ele e Henry. É sem bebida para as mulheres.

  - Aceita um suco, Eva? Os meninos aparentemente se esqueceram de nós - comentei e ela sorriu.

  - Adoraria.

  - Eu vou buscar então.

  - Você? - ela perguntou surpresa e eu dei de ombros.

  - A governanta de Anthony, Jane, foi ajudar a irmã dela a salvar os móveis do alagamento – ri sozinha indo em direção a cozinha.

  - Você não se incomoda? - Eva perguntou quando eu voltei com o suco, servi um copo pra mim outro para ela.

  - Com o quê? Servir as pessoas? Fazer um suco? Não, isso não me incomoda, na verdade me faz sentir útil - comentei tomando um gole de suco depois a encarei. - Isso te incomoda?

  - Não, definitivamente não. Não gosto de gente estranha na minha casa mexendo nas minhas coisas, só tenha uma empregada de confiança e bem, o resto sou eu quem faço, não que seja muito de qualquer forma.

  Acabei rindo e atraindo atenção dos rapazes para a nossa conversa.

  - Sempre imaginei mulheres ricas como dondocas fúteis. Me desculpe por incluí-la nisso.

  - Não tem problema - ela sorriu. - Eu pensava exatamente igual antes de fazer algumas amigas.

  - Vocês mulheres só se juntam para fazer fofoca? - Henry quis saber divertido e Eva riu.

  - Claro, o que mais vocês acham que conversamos?

  - E vocês? Só falam de negócios? – eu quis saber e eles riram.

  - Na verdade sim – Henry deu de ombros. – E os do seu marido comigo estão indo muito bem. Mas então, o que me diz Anthony vamos fechar aquele negócio?

  - Se... Henry – o moreno se corrigiu parecendo surpreso – Você estava falando serio sobre o acordo?

  - Claro, mas agradeça ao encanto de sua esposa por isso – ele sorriu pra mim. – Se não fosse Elisa conversar comigo naquela festa, acho que nem teria chegado a ouvir sua surpreendente oferta.

  - Sabia que levá-la seria uma ótima ideia.

  - Claro que foi – disse irônica me lembrando daquela noite e contrariando tudo o que imaginei Anthony deu um meio sorriso. Se ele não parece com isso, eu teria um ataque cardíaco a qualquer momento.

  - Acho que chega de falar de negócios – Eva sorriu pegando duas sacolas que tinha deixado perto dos seus pés e me estendeu. – É um presente para os bebês.

  - O que? Serio? – perguntei encantada. – Não precisava Eva.

  - Claro que não precisava, mas eu quis, espero que goste.

  Eu peguei a primeira sacola e a abri sem conseguir me conter, havia uma caixa toda delicada em branco e nada me preparou para o que havia dentro. Era um conjunto completo de saída da maternidade, tudo em branco também com detalhes dourados, um macacão, uma manta, touca, luvas, eu já conseguia imaginá-los usando isso com os sapatinhos que eu havia comprado. Só percebi que estava chorando quando Eva me encarou surpresa.

  - Não gostou?

  - Não, não é isso, é lindo, eu amei, caramba! Obrigada. Olha Anthony – lhe entendi a caixa enquanto limpava o rosto agradecendo a Deus por meu rímel ser a prova d’água. – Não é lindo?

  - É sim - ele disse desviando os olhos de mim e encarando a caixa. – É lindo.

  - Fico feliz que tenham gostado – Henry sorriu. – Eva me arrastou para o shopping para comprar isso pessoalmente.

  - Henry! – ela o repreendeu lhe dando um tapa no braço, sorri com a cena.

  - Certo, desculpe. Mas e esse jantar? Teremos hoje ainda?

  - Henry Calvet! – sua esposa o fuzilou com o olhar e eu fiquei de pé rindo.

  - Boa pergunta eu também estou faminta, vamos?

  Seguimos para a sala de jantar depois que Anthony guardou os presentes dos bebês no andar de cima. Eu até fiz menção em colocar a mesa, mas o bonitão não deixou, ele pediu que eu me sentasse com os convidados e fez tudo sozinho. Foi engraçado vê-lo servindo todo mundo.

  - Isso está ótimo, Anthony – Henry sorriu se servindo do seu segundo pedaço de lasanha. - Meus cumprimentos à cozinheira.

  - Ela está bem aqui - o moreno apontou pra mim com o garfo sorrindo. - Viu Elisa? A lasanha sobreviveu.

  - Foi sorte - dei de ombros e ele revirou os olhos.

  - Com uma comida dessas eu vou aparecer sempre - Henry sorriu.

  - Pode ficar a vontade, vai ser um prazer cozinhar pra você.

  Anthony me olhou arqueando uma sobrancelha e eu dei de ombros lhe soprando um beijo.

  - Você contou a ela sobre o nosso acordo? - Henry perguntou a Anthony interrompendo nossa pequena ceninha e ele negou com a cabeça.

  - Que acordo?

  - Nós fechamos o negócio - Anthony deu de ombros como se não fosse nada de mais. Mas eu sabia que era.

  - Ai meu Deus! Sério!? Que legal, você merece - disse apertando a mão dele encima da mesa e me virei para Henry. - E você não vai se arrepender!

  - Espero que não - ele sorriu pra mim e olhou nossas mãos entrelaçadas em cima da mesa e eu corei soltando Anthony, eu nem devia ter feito isso pra início de conversa. Eu me assustei um pouco, por que tinha sido tão automático que eu nem me dei conta do que fazia. Quando que tocar Anthony havia se tornado uma coisa natural?

  - Elisa? – o moreno me encarou com aquelas íris escuras que eu tanto amava parecendo preocupado. – Você está... Digo, aconteceu alguma coisa?

  - Estou ótima – disse ficando de pé. – Mas se me deem licença, vou ao banheiro, bexiga de grávida, sabem como é.

  Sai dali o mais rápido que consegui e segui até o banheiro e apesar de agora minha bexiga parecer ter ficado do tamanho de uma uva eu não precisava usá-lo, precisava pensar. Me sentei na tampa fechada do vaso e encarei meus pés que já não estavam tão inchados assim, passar a manhã toda deitada fez maravilhas. Observei a sandália que usava, o vestido lindo que eu vestia e depois a minha mão que ainda sentia o toque quente da de Anthony, ele estava em todo lugar, dentro e fora de mim e isso era o mais frustrante, essa sensação de que ele estava tão perto, mas não era meu, de que não me tocaria como eu queria ser tocada por ele.

  - Por que isso é tão complicado? – perguntei aos bebês. Falar com eles, por mais que eles não me respondessem, me acalmava. – Por que eu não posso simplesmente ir até lá e perguntar o que ele acha de mim? – cariciei minha barriga suspirando – É vocês têm razão, por que não tenho coragem e...

  - Elisa? – a voz de Anthony soou do outro lado da porta. – Você está bem?

  - Ai merda! – sussurrei ficando de pé. – Eu tô bem sim, eu só estava é... – olhei em volta e depois para o meu reflexo no espelho. – Eu estava arrumando o cabelo – disse por fim abrindo a porta, meu cabelo continuava exatamente igual.

  - É só que eu fiquei preocupado, você pareceu estranha quando saiu da mesa e... – ele se interrompeu me encarando, com aquele olhar que eu já tinha definido como “Eu gosto de olhar você”, por que me encarar como se fazer isso fosse a melhor coisa do mundo era o que sempre parecia pra mim. Esse olhar dele sempre me arrepiava e me fazia imaginar coisas que geralmente incluíam suas mãos em mim. – Vamos voltar? – ele perguntou ainda me olhando daquele jeito, não senti exatamente convicção em suas palavras.

  - É melhor mesmo – sussurrei desejando que ele quisesse me beijar tanto quanto eu o queria agarrá-lo. Mas o sonho é sempre melhor que a realidade, por que ele piscou como saísse de um transe e se afastou.

  - Vamos? – chamou outra vez e eu suspirei tentando acalmar o coração.

  - Vamos.

  O restante do jantar com Henry e Eva foi incrivelmente divertido, eles até nos contaram que nunca tiveram filhos por que ambos sempre trabalhavam de mais, Henry em suas empresas e Eva como sua secretária, ai quando decidiram que já estava na hora descobriram que não dava mais tempo, no fim eles continuaram a curtir a vida a dois.

  - Por favor, nos avisem quando os gêmeos nascerem – pediu Eva antes de ir. – Vou adorar visitá-los.

  - Eu também – Henry concordou sorrindo. – O próximo jantar será lá em casa. Vou esperar por vocês.

  Eu sorri e concordei, enquanto que Anthony deu um meio sorriso, eu tinha certeza de que havíamos encontrado grandes amigos.

  - O que você está fazendo? – Anthony perguntou logo depois dos nossos convidados irem. Eu tinha começado a lavar a louça.

  - Não é obvio? – perguntei irônica e ele revirou os olhos.

  - Você não precisa fazer isso agora, na verdade nem precisa fazer isso, vamos colocar tudo na lava-louças ou esperar Jane chegar amanhã. Vá dormir.

  - Você está chato em? Eu estou lavando a louça, não fazendo levantamento de peso, fora que odeio bagunça na minha cozinha, eu até desanimo a cozinhar.

  Anthony me olhou arqueando uma sobrancelha e eu corei me dando conta do que tinha dito.

  - Desculpe a cozinha é sua, é modo de falar, por que eu cozinhei nela e tals aí eu me empolguei então...

  - Vamos terminar logo com isso – ele me interrompeu tirando o paletó e o jogando no encosto da cadeira. Eu sorri satisfeita, aposto que eu era uma das poucas pessoas no mundo que convencia Anthony Whitmore a lavar louça às onze horas da noite.

  Era verdade que eu estava exausta, mas se eu tivesse a oportunidade de ficar com ele mais meia hora que fosse, eu iria aproveitá-la. Era ridículo, mas eu me contentaria só com isso, pelo menos por hora. Olhei pela janela quando comecei a secar os pratos e vi a chuva cair sem dó, é parece que a trégua havia acabado.

  - Vamos? – ele chamou depois de depois de pegar o paletó e apagar a luz.

  Eu assenti e o segui escada acima, nós paramos no meio do corredor de frente para a sua porta e ao lado da minha sem dizer uma única palavra, essa cena me lembrou do nosso almoço em meu apartamento, naquela ocasião eu pedi que ele ficasse, agora eu não podia fazer o mesmo, não sem dar alguma merda depois, dessa vez eu o liberaria de ter que escolher.

  - Boa noite, Anthony – forcei um sorriso e entrei em meu quarto entes mesmo de ouvir sua resposta.

  Tirei o vestido e desfiz a trança do cabelo, abri a sacola que Anthony havia me dado mais cedo e tirei de lá a camisola branca e de renda, ela era linda, mas não consegui não imaginar a cara de Anthony escolhendo isso em uma loja. E logo depois me veio outra pergunta, será que ele já tinha feito isso antes por outra mulher? Pensando melhor, eu não queria saber. Coloquei minha camisola nova e me olhei no espelho, graças a barriga ela tinha ficado mais curta do que o esperado, mas como eu só a usaria para dormir, isso não faria diferença, certo?

  Essa pergunta teria sido o cumulo da ironia se eu soubesse o que estava por vir.

  Me deitei exausta e não demorou muito para eu pegar no sono com o barulho da chuva, eu normalmente tenho o sono pesado, mas foi só o primeiro clarão iluminar o quarto que eu abri os olhos com o coração a mil, quando um estrondo soou lá fora eu me sentei na cama em pânico. Fiquei de pé no instante seguinte e fui até a porta, talvez Anthony quisesse jogar xadrez ou sei lá, falar sobre seu negócio com Henry, é com certeza ele queria falar sobre o seu negócio.

  Fui até a sua porta e bati, quando outro raio riscou o céu eu me encolhi na mesma hora em que ele abriu a porta usando uma calça moletom e uma regata com o rosto amassado e parecendo extremamente surpreso em me ver ali.

  - Elisa o que...? – quando um raio iluminou seu quarto eu o invadi o interrompendo.

  - Você quer jogar xadrez? – perguntei andando de um lado para o outro observando seu enorme quarto com uma cama de casal maior ainda no centro, as cores que prevaleciam ali eram preto, branco e cinza.

  - Xadrez? – ele perguntou piscando e um raio riscou o céu mostrando seu poder, nessa hora pulei em sua cama e literalmente me escondi debaixo das cobertas. O que foi uma péssima ideia uma vez que tudo ali cheirava como Anthony. Escutei o barulho das argolas de metal da pesada cortina preta sendo puxadas e um minuto depois o peso de Anthony fazendo o colchão ceder. Ele apareceu debaixo das cobertas me encarando divertido. – Aqui – me estendeu um fone de ouvido e colocou o outro.

  Eu cogitei não aceitar, mas a antecipação do que viria a seguir lá fora me fez mudar de ideia. Coloquei o fone e para minha surpresa tocava All Of Me, a voz tranquila de John Legend me acalmou e me fez sorrir, isso eram realmente músicas de um executivo de 1m80cm de altura? Nós nos encaramos pelo que pareceu uma eternidade sem dizer uma única palavra, quando outro raio soou eu quase nem notei, estava concentrada de mais nos incríveis olhos de Anthony pra isso, eu não sei exatamente quando, mas nos aproximamos o suficiente para a respiração dele se misturar a minha, meu coração antes alvoroçado de medo, agora batia descompassado pela antecipação do poderia acontecer, quando a música acabou, ele pareceu acordar e se afastou.

  Aquilo foi de mais pra mim, mas era isso certo? Eu já esperava que algo assim acontecesse. Ele não me veria do jeito que eu o enxergava nem em um milhão de anos. Sai debaixo das suas cobertas e fiquei de pé, Anthony apenas me olhou de cima a baixo só então parecendo notar o que eu usava, ele piscou depois de uns segundos. Eu teria me importado com isso se a ideia de mexer com ele nem que fosse só um pouquinho fosse tão tentadora.

  - Aonde você vai?

  - Isso foi uma péssima ideia, eu não devia ter vindo e te atrapalhado, eu invadi seu quarto e...

  - Elisa – ele disse meu nome quase como um pedido. – Por favor, volte pra cama.

  Sua frase teve outro efeito em mim, aguçando todos os meus sentidos, ele ao menos tinha noção do que tinha dito? Caralho! Ele ia acabar me matando, meu coração batia tão rápido e alto em meus ouvidos que foi uma surpresa eu ouvir o barulho do raio lá fora.

  - Elisa – Anthony chamou e no segundo seguinte eu estava abraçada a ele na cama. Ele enrijeceu o corpo no mesmo instante, mas eu não o soltei.

  - Desculpe, eu só... – murmurei assustada, eram os raios, os meus sentimentos, Anthony, tudo de uma vez. E fazendo tudo o que eu queria naquele momento e definitivamente o que eu não precisava que ele fizesse, Anthony me abraçou de volta, e foi isso, só isso que bastou para que eu me aconchegasse mais a ele. Surpreendentemente seu coração batia tão rápido quanto o meu.

  Foi tão sutil em meio ao turbilhão de sensações que eu estava sentindo que quase não notei. Mas aconteceu de novo e foi surpreendente e incrível.

  - Se mexeu – sussurrei maravilhada me separando de Anthony só o suficiente para encará-lo, ele me olhou sem entender e eu sorri.

  - O que?

  - O bebê se mexeu, bem um deles. Ai meu Deus! – exclamei quando o chute ou talvez joelhada, quem sabe, veio com mais força dessa vez. Outro raio cruzou o céu e me fez dar um pulo, eu teria caído da cama se o moreno não tivesse me segurado.

  - Onde? – ele perguntou me fazendo encará-lo e eu pisquei meio perdida. – Onde foi, Elisa?

  - Há – sussurrei pegando sua mão e colocando do lado esquerdo da minha barriga. – Bem aqui. Diga “Oi” para o papai meu amor – pedi e surpreendentemente ele disse, o movimento foi forte o suficiente para que Anthony o sentisse alto e claro. – Viu? Não é incrível? Caramba! Essa é a primeira vez que eles se mexem, ele.

  - Foi ela, não? – ele perguntou com o maior sorriso que já tinha visto Anthony dar. O meu aumentou também.

  - Como?

  - Aqui – ele cariciou minha barriga no ponto onde sua mão estava e seu pequeno gesto parecia estar enviando correntes elétricas por todo o meu corpo. – É onde a garotinha está, não foi isso que a Marina disse ontem? Que ela estava aqui, e ele aqui – Anthony comentou tocando o outro lado da minha barriga com a mão livre. Meu coração batia tão rápido que mal registrei o leve movimento abaixo da minha costela direita, pouco acima de onde os dedos longos de Anthony estavam.

  - Sentiu isso? – perguntei agora rindo e ele me olhou curioso.

  - O que?

  - Bem aqui – puxei sua mão um pouco mais pra cima. – Seu garotão também está dizendo “Oi”, e talvez eu tenha me confundido um pouco com as posições.

  Ele riu me encarando de um jeito que me fez corar, por que parando pra analisar, nós estávamos enroscados um no outro em uma cama agindo como um casal apaixonado. Eu estava parcialmente sentada sobre as pernas de Anthony e ele com ambas as mãos sobre minha barriga. Nós esperamos um pouco mais e o menino não quis mais dar o ar da graça, mas a garotinha parecia tão animada quanto eu, esse pensamento me fez sorrir. Anthony estava tão ou até mais encantado que eu (que estive esperando por isso há um tempão) com os movimentos dela, ele olhou para minha barriga e por um momento pareceu quase tentado a falar com ela.

  - Você pode falar, não tem problema não, acho até que eles já te entendem – comentei e ele me olhou arqueando uma sobrancelha, eu ri e logo em seguida bocejei.

  - Cansada? – quis saber e eu assenti, se antes eu estava, agora então depois disso tudo, eu estava morta. – Vai deitar?

  - Isso não vai ser estranho? – perguntei curiosa e ele deu de ombros antes de se deitar.

  - Estranho vai ser se você invadir meu quarto outra vez, e de qualquer forma, ainda está chovendo – comentou e olhei para a janela, os raios podiam ter dado trégua, mas a chuva ainda caia firme e forte. No fim me juntei a ele, nós nos encaramos e eu sorri, se o tempo parasse agora por mim tudo bem.

  A garotinha ainda se mexia quando o sono foi vencendo todos os outros sentidos, eu queria continuar ali, mas o calor de Anthony e a sensação boa que ele me trazia eram maiores que o medo dos raios lá fora. Eu sabia que nessa noite pelo menos, independente da tempestade, eu dormiria tranquilamente. Mesmo que não tivesse ideia do que aconteceria a seguir.


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Notas finais do capítulo

Então? Opiniões, please ♥
Vou ficar esperando, beijocas e até!! :3



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