Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 22
Tagarelice e... Você é um idiota!


Notas iniciais do capítulo

Geeente, nem sumi por muito tempo dessa vez kkkkk
E antes de vocês começarem a leitura desse capítulo só tenho uma coisa a declarar: Quando vocês terminarem esse capítulo, quem não gosta do Anthony vai odiar ele e quem gosta, provavelmente vai me odiar u.u #MasEuAmoVocês kkkkkk
BOA LEITURA!! :D



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Segui até o buffet realmente impressionada com o tamanho e o luxo dele, assim como o interior e o exterior do salão onde eu estava. Era incrível pra dizer o mínimo, com decorações em branco e dourado e cristais por toda parte, em taças, vasos e vários lustres pendurados no teto. Eu estava decidindo se pegava mais canapés ou experimentava os doces quando um senhor em um terno elegante e com mais da metade dos cabelos brancos parou ao meu lado e encarou com curiosidade a travessa cheia de bolinhas de chocolate. Pesquei um canapé e comi e ele não fez movimento algum.

  - Posso ajudá-lo em alguma coisa? - perguntei sem nem ao menos me dar conta do que fazia, arregalei os olhos na mesma hora. - Digo... Quer dizer... Ok, isso foi estranho é que eu trabalho em uma doceria e me acostumei em atender os clientes. Certo você não quer saber. Me desculpe, só achei que talvez o senhor precisasse de ajuda, enfim... - suspirei me calando depois de tagarelar mais do que devia sentindo as bochechas corarem, não tinha nem quinze minutos que eu tinha me afastado de Anthony e já estava passando vergonha. - Me desculpe mesmo - pedi outra vez e o senhor que ainda me encarava surpreso me olhou de cima a baixo e depois outra vez para o meu rosto como se procurando por alguma coisa, depois de um minuto ele finalmente sorriu.

  - Tudo bem, minha esposa também sempre falava de mais quando estava nervosa. Mas se a sua proposta ainda estiver de pé, eu aceito a ajuda.

  - Claro, qual o problema?

  - Eu sou alérgico a amendoim, e depois de uma série de eventos que me levaram ao hospital, eu normalmente evito chocolates em festas. Mas não vou negar, eu sou super adepto ao doce, então estava aqui me perguntando se esses tinham ou não amendoim. Seria estranho se eu lhe pedisse para provar pra mim?

  Eu acabei rindo aliviada, no fim ele era só um senhor gentil e não alguma espécie de super milionário.

  - Vai ser um prazer, assim eu consigo decidir também se posso ou não usar esses chocolates como veneno para o meu acompanhante.

  Foi a vez dele rir.

  - Brigou com o namorado?

  - Acho que foi algo assim - comentei suspirando, daria mais trabalho explicar a ele toda a situação. - A propósito, eu sou Elisa.

  - Henry - ele disse e me estendeu a mão, apertei sorrindo e peguei um chocolate logo em seguida. Mastiguei cuidadosamente, mas no fim senti apenas gosto de chocolate crocante, nada mais.

  - Felizmente pra você e infelizmente pra mim, é apenas chocolate, pode comer sem medo.

  Ele riu pegando uma bolinha de chocolate e eu estava prestes a fazer o mesmo quando um cheiro forte de pimenta fez meu estomago revirar.

  - Hei vocês dois ai! Não me façam passar por essa vergonha outra vez – reclamei olhando para minha barriga e Henry me olhou sem entender, acabei sorrindo. – Às vezes acho que eles não querem dividir o espaço com a comida.

  - Você está grávida? – ele perguntou me olhando de cima a baixo e eu dei de ombros, podia ser pouco perceptível ainda, mas era um fato inegável a essa altura do campeonato.

  - Três meses e dois bebês, ou seria o contrário? – tentei fazer piada, mas o senhor a minha frente não pareceu entender, acabei corando. – Desculpe, isso mais uma vez na noite foi estranho. Mas são mesmo dois bebês.

  - Fico feliz por você – ele finalmente sorriu. – Aposto que vão te deixar louca quando nascerem, em?

  - É, com certeza – murmurei pegando um canapé e comendo, a graça já tinha acabado. Não que Henry tivesse alguma coisa a ver com isso, mas eu não queria pensar no nascimento dos bebês, pelos menos não agora.

  - Obrigado outra vez, Elisa. Mas agora eu tenho que ir, minha esposa deve estar me procurando. Boa sorte com o namorado e os bebês! – ele se despediu sem parecer ter notado minha mudança de humor.

  - Foi um prazer, Henry e obrigada! – conseguir sorrir acenando e ele sorriu de volta pra mim pegando mais chocolate antes de se virar e ir. É, no fim nem todas as pessoas ricas são arrogantes, ou idiotas no caso de certas pessoas.

  Assim que me lembrei de Anthony, me lembrei também que devia ir procurá-lo, afinal, já tinha algum tempo que eu sumi atrás de comida. Enchi a mão de bolinhas de chocolate e resolvi ir procurar por ele. Havia muitas pessoas no salão, eles pareciam saídos de filmes da alta sociedade, aposto que só um brinco de qualquer mulher aqui, custa mais que um mês de aluguel do meu apartamento. Ignorei alguns sorrisos debochados das mulheres e outros meio assustadores dos homens e continuei andando, depois de sobreviver à meia dúzia de comentários idiotas finalmente vi Anthony com um grupo de homens bem vestidos, havia três deles e duas mulheres, provavelmente suas esposas.

  - Finalmente achei você - reclamei com o moreno e meio segundo depois cheguei a conclusão de que não devia ter dito nada, por que todo mundo que estava com ele me olhou, abri um sorriso constrangido tentando amenizar a situação. - Desculpe.

  Anthony não pareceu se importar em ser interrompido, ele me olhou de cima a baixo parecendo quase aliviado.

  - Onde você se meteu?

  - Não disse que ia buscar comida?

  - E você passou esse tempo todo no buffet?

  - Está me chamando de gorda, Sr. Whitmore? - perguntei sem acreditar.

  - Não - ele disse sorrindo - Não mesmo. Agora me deixe te apresentar a algumas pessoas.

  Anthony realmente me apresentou a todos com quem estava conversando​ e sinceramente quando ele disse o último nome eu já havia esquecido o primeiro. Mas surpreendentemente foi divertido, gente rica não eram só velhos chatos, e várias vezes na conversa as palavras “esposa”, “marido”, “casal” foram usadas para se referir a mim e Anthony e sinceramente eu não sabia mais dizer se isso me incomodava ou não e isso era o mais assustador, o fato de eu realmente não ligar mais em ser confundido com a esposa dele. Isso não estava certo e eu tinha certeza que ia acabar mal.

  Conversamos com mais um monte de gente e depois de quase uma hora eu já não estava mais aguentando de fome, então simplesmente me sentei em uma das mesas e basicamente mandei Anthony ir atrás de comida pra mim, e surpreendentemente ele foi, acho que por causa dos bebês ou talvez tenha se compadecido da minha situação, mas o mais importante era que ele havia conseguido realmente um prato de jantar, eu não podia estar mais feliz depois de comer.

  - Isso estava ótimo - sorri deixando os talheres sobre o prato. - Obrigada mesmo!

  Anthony sorriu bebendo seu champanhe e acenou em concordância.

  - Já que você queria tanto, fico feliz que tenha gostado.

  - Certo, agora estou pronta para o último round antes de ir - anunciei. - O que vamos fazer agora? Você não tinha que encontrar um senhor de nome estranho?

  Anthony sorriu divertido e deu de ombros.

  - Eu não o vi ainda, estou começando a achar que ele não veio, ou talvez já tenha ido embora.

  - Você não está dizendo que me arrastou pra cá à toa, não é? Por que só pra constar, eu já estou começando a ficar com sono - e como se eu tivesse programado, acabei bocejando, Anthony me olhou com uma sobrancelha arqueada e foi a minha vez de dar de ombros. - Eu estou grávida, e grávidas dormem pra caramba, no Google, pode olhar.

  - Quem sabe eu pesquise mesmo.

  - Acho que devia, principalmente sobre bebês – aconselhei bebendo meu suco. – Não que você pareça ter surtado ou coisa parecida quando descobriu que eram dois. Mas me diga uma coisa, você não ficou nem um pouco surpreso?

  - É claro que fiquei, num minuto havia só um e no segundo seguinte haviam dois. Como posso não ter me surpreendido?

  - Achei que idiotas não tinham sentimentos.

  - Vou fingir que não ouvi isso.

  - Faça como quiser – disse divertida lhe soprando um beijo.

  Anthony riu e eu me aproximei dele.

  - O que está fazendo?

  - Arrumando sua gravata - comentei segurando em ambas as pontas dela e ajeitando. - Pronto. Ela estava torta e... - parei mordendo o lábio assim que percebi o quão próximos estávamos, eu devia me afastar, correr dele como naquele dia em meu apartamento, mas dessa vez não consegui, não quando eu conseguia sentir o seu cheiro incrível e seu calor tão perto de mim. 

  Esperei Anthony correr, ou sei lá, inventar alguma coisa para sair dali, mas ele não o fez, só ficou lá a poucos centímetros de mim me encarando tão profundamente que parecia poder ver minha alma. Nós nos aproximamos mais e quando sua boca estava a menos de meio centímetro da minha fomos interrompidos, acho que era Deus nos dando a chance de não complicamos ainda mais as coisas.

  - Elisa! - alguém disse me cumprimentando e eu dei um pulo da cadeira onde estava.

  - Henry - disse com o coração aos pulos quando vi o senhor acompanhando de uma morena bonita apesar da idade.

  - Há desculpe, eu atrapalhei vocês não foi?

  - Não, não, definitivamente não atrapalhou.

  - Vocês... Se conhecem? - Anthony perguntou ainda parecendo atordoado e perdido.

  - Sr. Whitmore? - Henry disse olhando para Anthony, coisa que eu não consegui fazer. – Quando você me disse que estava grávida não imaginei que ele fosse o pai.

  - Você contou a ele? – Anthony perguntou surpreso ficando de pé me encarando e eu me encolhi.

  - Eu não sabia quem ele era – choraminguei e o moreno revirou os olhos para logo em seguida olhar para Henry.

  - Sr. Calvet - meu acompanhante deu um daqueles sorrisos ensaiados. - Que bom encontra-lo aqui.

  - Poupe seu fingimento, Anthony - o senhor suspirou e eu me senti mal por essa conversa, só poderia estar sendo pior se eu tivesse beijado Anthony, o que me deu para deixar chegar àquilo? Henry subitamente se virou pra mim parecendo desconfiado e eu finalmente entendi por que ele me avaliou tanto lá no buffet, afinal todos vieram aqui para encher o saco dele. - Por um instante eu achei que você não soubesse quem eu era, vejo que me enganei.

  - Hei! Espera aí! Também não é assim, Anthony havia comentado alguma coisa sobre querer falar com o senhor, mas eu realmente não o conhecia, na verdade não tenho ideia de quem você seja. Então não precisa falar desse jeito, eu gostei de você, poxa.

  - Elisa! - Anthony me repreendeu e eu arregalei os olhos tapando a boca como se fosse evitar que ele ouvisse o que eu tinha dito. O bonitão tinha vindo aqui e armado toda essa situação só pra falar com esse senhor simpático e alérgico a amendoim e eu possivelmente tinha estragado tudo. 

  - Merda! - praguejei. - Não é bem assim Henry, eu... Bem... Me desculpa. Ai merda! Eu devia aprender a calar a boca - murmurei sem saber mais o que fazer.

  Para minha surpresa e provavelmente de Anthony, Henry riu.

  - Não te disse, Eva? - comentou com a mulher. - Ela tagarela tanto quanto você quando está nervosa.

  - Você está dizendo que eu falo de mais, Sr. Henry? - ela quis saber e o senhor arregalou os olhos ao passo que eu segurei o riso.

  - De jeito nenhum, amor.

  - Bom mesmo - a senhora riu e depois se virou pra mim. - Eu sou Eva, esposa desse velho tagarela. Você deve ser a Elisa.

  - Exatamente - sorri apertando sua mão. - Aquele é o Anthony, ele nem sempre é mal educado assim - comentei apontando para o moreno que me olhou feio fazendo Eva rir.

  - Vocês se dão bem, não é? - ela perguntou olhando de um para o outro e eu fiz uma careta.

  - Não mesmo. Mas realmente fiquei surpresa em ver você de novo, Anthony falou que talvez você já tivesse ido.

  - Eu realmente quase fui, mas cheguei à conclusão de que não devia deixar meia dúzia de pessoas inconvenientes acabar com a minha noite - ele sorriu pra mim e olhou sugestivo para Anthony que ainda nos encarava surpreso.

  - O senhor está certíssimo, mas realmente ainda não entendo qual a necessidade de falar desse tipo de coisa em uma festa. Como eu vivo dizendo a Anthony, vida de gente rica é estranha.

  Henry riu e foi até Anthony lhe dando um tapinha no braço bom.

  - Você tirou a sorte grande com essa garota, Anthony. Valorize-a - ele sorriu o encarando. - Passe qualquer dia desses lá em meu escritório, vamos falar sobre negócios e se puder leve Elisa junto, vou adorar revê-la.

  - Foi um prazer conhecê-la, Elisa - Eva se despediu e eu sorri pra ela.

  - O prazer foi meu.

  - Tchau, Elisa - Henry disse enquanto se afastava e eu acenei pra ele.

  - Tchau!

  Depois que eles se afastaram, eu olhei para Anthony divertida.

  - O que foi que aconteceu aqui?

  - Eu quem pergunto - ele me olhou parecendo meio perdido, era estranho vê-lo assim. Isso me lembrou do nosso quase beijo e me fazendo imaginar coisas que não devia. Me livrei desses pensamentos me concentrando no que ele dizia, não em seus lábios. - Como exatamente você conheceu Henry Calvet?

  - Foi no buffet ué, ele estava lá decidindo se comia ou não chocolate e eu resolvi falar com ele, foi só isso. Por quê? Terminou tudo bem, não foi?

  Ao invés de responder, Anthony sorriu, um sorriso de verdade que eu tinha certeza que poucas pessoas na vida já haviam visto, isso me deixou ainda feliz por ser uma dessas.

  - Obrigado - ele disse depois de uns segundos ainda sorrindo e eu sorri também.

  - Mas eu não fiz nada além de tagarelar.

  - Há você fez sim, eu consegui uma reunião com Henry Calvet, coisa que metade das pessoas desse salão querem, mas que não chegaram nem perto de conseguir. Henry nunca foi muito com a minha cara, se eu tivesse vindo hoje aqui sozinho ele nem ao menos teria falado comigo, então obrigado.

  Eu fiquei feliz por Anthony, mas não consegui não suspirar meio irritada, no fim era só isso, né? Ele só tinha me trago aqui e me arrastado de casa por que precisa de alguma mulher, alguma, não eu, qualquer uma. Esse pensamento realmente me irritou. Por que mesmo que eu não quisesse admitir, eu queria que ele precisasse de mim. Eu troquei um encontro por outro, mas a diferença era que Edu queria sair comigo, Anthony por outro lado só precisava de alguém. Idiota, idiota, idiota!

  - Elisa? - ele chamou e eu o olhei feio. - Está tu... Digo, algum problema?

  - Não, podemos ir embora? Você já conseguiu o que queria aqui não é mesmo?

  - Embora? - ele perguntou parecendo surpreso. - Achei que estivesse se divertindo.

  - Eu... - me interrompi surpresa também, como ele sabia que eu estava gostando? Afinal, achei que ele não tinha notado nada além do fato de que se Henry estava ou não aqui. - Tudo bem, acho que quero sobremesa de qualquer forma.

  Anthony me olhou atentamente por uns instantes e depois suspirou.

  - Obrigado - ele disse outra vez e eu fiquei sem entender.

  - Você já agradeceu.

  - Mas esse não é por ter me ajudado, é simplesmente por ter vindo e transformado minha noite que tinha tudo pra ser um fracasso em algo incrível. E só pra você saber, eu provavelmente não teria trago mais ninguém se você não tivesse aceitado.

  - Mas eu não aceitei - disse com um sorriso que provavelmente não devia ser tão grande. - Talvez na próxima vez, se você me convidar como se deve, eu aceite.

  - Há é? - ele sorriu a poucos centímetros de mim outra vez, quando foi que nos aproximamos tanto?

  - É, só que você vai ter que perguntar pra saber. - disse divertida encarando seus incríveis olhos escuros. Subitamente a diversão acabou. - E você Anthony, o que quer? - perguntei e ele me encarou surpreso, só que eu não desviei o olhar, depois do que me pareceu uma eternidade, mas deve ter sido só um minuto eu suspirei. - Já entendi, melhor eu ir atrás da sobremesa, não é?

  Fiz menção em sair dali, mas ele não deixou, Anthony segurou minha cintura com a mão boa e eu o olhei surpresa, não tive tempo nem de raciocinar o que estava acontecendo antes de sentir seus lábios quentes sobre os meus. Instintivamente passei os braços ao redor do seu pescoço e puxei mais pra perto de mim, beijar Anthony era ainda melhor do que eu havia imaginado. Sua boca tinha gosto de champanhe e surpreendentemente, mesmo que isso não fizesse o menor sentido, de café. Sorri em meio ao beijo e quando finalmente nos separamos arfando eu pensei que meu coração fosse sair pela boca. Nós ainda estávamos um nos braços do outro quando nos encaramos. Anthony parecia meio perdido e estava lindo todo corado. Eu estava prestes a provocá-lo com isso, mas ele foi mais rápido.

  - Srta. Banks isso foi... Bem, me desculpe - ele disse com a mesma expressão plastificada de quando ele foi embora do meu apartamento. Suas palavras levaram alguns segundos para fazer sentido pra mim.

  - O que? - perguntei o soltando e dando dois passos pra trás sentindo o estômago revirar. - O que você está falando?

  - Que isso foi inapropriado, desculpe.

  - Inapropriado? - repeti rindo incrédula. - Eu pergunto a você o que quer, você me beija e depois diz que foi “inapropriado”? Sério? Ok, certo, eu não me importo mais. Vou pegar um táxi, tenho um encontro amanhã, sabe? Com um cara incrível que sabe o que quer, então preciso dormir.

  - Srta. Banks - ele chamou quando eu me virei para ir embora. - Elisa! - disse quando me alcançou me fazendo virar para encará-lo, eu não queria olhar pra ele, nem queria que ele me visse, por que fosse pelos hormônios de grávida ou fosse pelo que eu estava sentindo, só sabia que meus olhos já estavam marejados.

  - O que você quer? - rosnei limpando as lágrimas para impedir que elas caíssem. - Há é, você não sabe, né? Por que se soubesse não estaríamos aqui.

  - Srta. Banks, por favor...

  - Chega Anthony, eu sabia que isso era uma péssima ideia assim que você apareceu na minha porta. Mas eu vim assim mesmo por que sou uma idiota. Só que eu cansei, não me importo mais, não quero mais saber. Só me deixa em paz, Ok? Eu tenho um encontro com um cara incrível com o qual me preocupar. E não se preocupe, eu mando uma mensagem quando chegar em casa pra te avisar que seus filhos estão bem.

  Terminei de falar e esperei um minuto e mais outro e quando Anthony não disse uma palavra sequer, eu decidi que empurraria esse sentimento qualquer que fosse, para o mais fundo que eu conseguisse, por que se eu tivesse coragem para admitir, diria que o bonitão de terno já tinha mais espaço do que devia em meu coração.

  - VOCÊ É UM IDIOTA! - berrei e vários convidados pararam para nos olhar, mas não me importei. Não ligava mais pra nada. - Chega, eu estou indo.

  Me virei e sai, mas dessa vez Anthony não me chamou nem me parou, quando cheguei à entrada do salão eu já estava chorando, sinceramente não sabia por que, mas não conseguia parar, felizmente pra mim havia um táxi parado bem à minha frente, entrei e pedi que o taxista seguisse, desejando muito que a distância que o táxi abria entre mim e Anthony protegesse não só minhas lágrimas, mas também meu coração.


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Notas finais do capítulo

Então? Vão me atirar pedras? Críticas construtivas? Xingamentos (para mim e Anthony)? Aceito todos, menos as pedras kkkk
Espero que tenham gostado!!
Beijocas e até!! :*