Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 20
Google, santo google.


Notas iniciais do capítulo

Oie gente linda do meu coração :)
Voooooooltei, e esse capítulo está meio parado, mas se tudo correr bem, o próximo vai ser top (eu espero kkkk) u.u
Enfim, espero que gostem e BOA LEITURA!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729559/chapter/20

vendo? É isso! - disse apontando para a tela do computador completamente satisfeita, havia uma explicação razoável para tudo que estava acontecendo comigo. - Esses pensamentos aleatórios que eu tenho com Anthony são todos culpa dos hormônios de grávida. Está escrito aqui, “A libido é difícil de ser medida e avaliada por ser subjetiva e variável. O que se percebe na maioria das grávidas é um aumento da libido, já que os hormônios estão elevados” - li. - Não tenho culpa de nada.

  - Nem você acredita nisso - Helena comentou enquanto comia pipoca, ela e Miguel haviam voltado no último domingo e agora estávamos aqui em plena quarta-feira assistindo filmes antigos e falando sobre a minha vida que no momento estava extremamente confusa.

  - É claro que acredito, se está na internet é verdade.

  - Claro que é, até por que se colocarem ai que pinguins voam, você vai acreditar, né? - ela debochou e eu fiz bico fechando o notebook e me juntando a ela em meu sofá.

  - Você não está ajudando.

  - Mas eu não estou aqui pra ajudar, estou aqui pra jogar na sua cara que você está caidinha pelo seu chefe gostoso.

  - Como é!? - perguntei com um punhado de pipoca a meio caminho da boca.

  - Isso mesmo que você ouviu, Anthony é um gato e você finalmente percebeu isso, agora está apavorada com a ideia de estar se apaixonando por ele.

  Desisti de comer e devolvi as pipocas para a tigela e odiei Helena por verbalizar coisas nas quais eu não queria pensar.

  - Você só pode ter perdido o resto dos parafusos da cabeça - debochei e ela me olhou sorrindo.

  - Nós duas sabemos que é verdade, mas sinceramente eu ainda não entendi o que tem de tão ruim em vocês dois se pegarem, ambos são solteiros e vocês vão ter filhos, no plural — ela enfatizou. - Então qual o problema?

  - Por que você acha que Anthony está me pagando para ter seus filhos? - perguntei irônica. - Ele obviamente não quer mulher nem relacionamento, e sinceramente, nem eu - não com ele, quis completar. - Agora que tal terminarmos o filme?

  - Tudo bem - Lena cedeu. - Mas essa conversa ainda não acabou.

  - Claro que não - murmurei suspirando e finalmente consegui comer minha pipoca.

  Esse assunto todo começou por que contei a minha amiga do nosso almoço a mais de uma semana. Eu gostava de pensar que não estava apaixonada por Anthony, não era isso, pelo menos eu esperava que não, mas como Lena tinha colocado eu estava começando a reparar de verdade nele, é claro que eu sabia que ele era lindo e tals, mas agora eu também o via como uma pessoa normal que se irrita, me irrita, que come na bancada da cozinha, que enrola o gesso em plástico filme e que consegue ter um sorriso incrivelmente falso, mas cujo verdadeiro é lindo, e isso me assustava, eu não podia ficar reparando nessas coisas, não se quisesse sair disso tudo com o coração inteiro. Um namorado normal já era o suficiente, alguém divertido e interessante que eu pudesse gostar sem me preocupar, e subitamente eu me lembrei de uma conversa que me pareceu há décadas atrás, com um moreno divertido regada a sorvete de chocolate.

  - É isso! - exclamei quase matando Lena do coração, o filme estava quase no fim e ela estava extremamente concentrada, como se já não tivéssemos assistido Namorada de Aluguel um milhão de vezes.

  - Isso o que, louca?

  - Edu! Eu vou sair com ele. É perfeito, ele é lindo, divertido e menos complicado.

  - , isso é ótimo, mas você sabe ao menos onde encontrar ele?

  - Bem... - olhei em volta atrás de uma resposta e assim que encarei o notebook encima da bancada da cozinha, sorri. - Eu não tenho ideia, mas acho que o Sr. Google pode me ajudar - disse divertida indo buscar o computador e ela sorriu. - Então, você vem?

  Lena olhou para a TV onde subiam os créditos finais e depois pra mim.

  - Vamos nessa.

  Sorri abrindo o notebook, minha noite tinha acabado de ficar mais interessante.

  O problema não foi nem achar o telefone dele, ele tinha um site com algumas de suas fotos - muito boas por sinal -, o problema mesmo foi eu ter coragem de ligar pra ele, sem querer eu acabei me lembrando de quando consegui o telefone de Anthony com a Dra. Stuart, no fim eu sou mesmo uma covarde.

  Fui para o trabalho no dia seguinte ainda sem ter tido coragem de ligar pra ele, assim, quando deu meu horário de almoço resolvi dar uma volta, estava sem fome por causa do enjôo e acabei perto do parque em que tomei sorvete com Edu.

  - Certo - decidi. - Já chega, vou ligar logo pra ele.

  - Alô? — Edu atendeu. - Alô? — ele tentou outra vez quando eu não disse nada.

  - Hum, oi Edu, talvez você não se lembre de mim, eu sou a loira tagarela com quem você tomou sorvete no parque semana passada e...

  - Elisa? — ele me interrompeu parecendo surpreso.

  - Você disse que me chamaria de Lisa - disse divertida e aliviada o ouvindo rir do outro lado da linha, era incrivelmente fácil arrancar um sorriso de Edu.

  - Desculpe, Lisa — ele disse todo sério e foi a minha vez de rir. - Eu fiquei realmente surpreso com a sua ligação, por que depois de você fugir de mim lá no parque eu achei que nem fosse te encontrar outra vez.

  - Eu não fugi, é que aconteceram umas coisas - suspirei.

  - É, eu imaginei, você foi embora aquele dia parecendo assustada. Ficou tudo bem?

  - Ficou sim, e desculpe ter sumido daquele jeito.

  - Tem problema não, mas eai, quando a gente pode ser ver outra vez? — ele perguntou e eu quase sai dançando pela calçada de felicidade.

  - Quando você quiser, é só marcar.

  - Que tal sábado?

  - Perfeito, onde?

  - No restaurante que tem em frente ao parque em que estávamos, pode ser?

  - Está ótimo - sorri encarando o referido restaurante que estava do outro lado da rua. É, eu tinha andado pra caramba.

  - Nossa Lisa, eu ainda não acredito que você me ligou, falando nisso, onde conseguiu meu número?

  Eu ri.

  - Talvez eu tenha te pesquisado na internet, mas só talvez mesmo, e talvez eu tenha encontrado seu site e seu número, só que obviamente eu não vou falar essas coisas pra você, por que se não você vai achar que eu sou uma stalker louca. 

  Edu riu também.

  - Stalker eu não sei, mas louca com certeza você é. Mas eu fico feliz de ser interessante o suficiente pra ser pesquisado na internet.

  - Você com certeza é interessante.

  - O que? Eu não te ouvi direito — ele provou.

  - Nada, eu não disse nada, você deve estar imaginando coisas.

  - Se é assim vou continuar a imaginar nosso encontro de sábado.

  - Eu também - sorri e vi as horas no relógio que tinha na parede de uma padaria perto de mim, eu estava dez minutos atrasada. - Merda!

  - O que foi?

  - Eu estou em horário de almoço, na verdade meu horário de almoço acabou há dez minutos e eu estou meio longe do serviço e tenho que desligar.

  Edu riu.

  - Você é muito louca mesmo, vai lá, depois a gente se fala.

  - bom, tchau, até.

  - Até, Lisa — ele disse e desligou.

  Eu guardei o celular no bolso e sai correndo em direção à doceria ainda sorrindo. Devo ter passado a tarde toda assim, sorrindo para as paredes, mas não me importei, estava realmente feliz, eu teria um encontro com um cara gato e de quebra tinha outra coisa em que pensar que não fosse Anthony.

  - Você não fez isso! - Lena exclamou surpresa algumas horas mais tarde enquanto terminava de temperar a salada. Estávamos em seu apartamento terminando de fazer o jantar, hoje comeríamos aqui.

  - Fiz sim - cantarolei colocando à mesa.

  - O que a louca da minha irmã fez dessa vez? - Miguel perguntou saindo do banho, seu cabelo ainda estava molhado.

  - Hei!

  - Ela tem um encontro - Lena interrompeu o que provavelmente seria uma discussão bem infantil.

  - Alguém cometeu a loucura de aceitar sair com você? - o moreno riu. - Sério?

  - Vá à merda, Miguel! - desejei gentilmente e ele riu ainda mais vindo até mim e beijando o topo da minha cabeça.

  - Eu brincando, Lisa. Mas então, seu chefe ricasso finalmente te chamou pra sair?

  - Si... Espera! Quem?

  - O Anthony, não foi ele quem te chamou não? - Miguel perguntou parecendo confuso e Lena riu me olhando como quem diz “Viu, até o Miguel já sacou”. Eu revirei os olhos e suspirei.

  - Não, não foi ele. Por que, pra início de conversa, Anthony me chamaria pra sair?

  - Me diga você, ele não é seu namorado? Vocês estão sempre juntos de qualquer forma.

  Gemi fazendo bico como uma criancinha e Helena gargalhou.

  - A Lisa e o Anthony não tem esse tipo de relacionamento, pelo menos ela diz que não - a morena disse para o marido quando eu não fiz menção em dizer mais nada. - Ela vai sair com outro carinha bonitinho que ela encontrou.

  - Quantos desses “carinhas” você tem? - meu irmão debochou e eu o olhei feio.

  - Cala a boca!

  O casal que estava comigo riu e fui buscar o suco antes que eu quebrasse um prato, muito provavelmente na cabeça do Miguel.

  Depois de fazer todo tipo de piadinhas que conseguiu, meu irmão finalmente me deixou em paz, mas não sem antes me fazer várias perguntas sobre o meu acompanhante, e como eu não sabia quase nada sobre ele, essa conversa foi mais rápida e cheia de vários “Elisa, é melhor você tomar cuidado e não se meter em mais nenhuma confusão” o que eu respondi com outro sonoro “Vá à merda, Miguel!”. Comer com esses dois era sempre assim, sorri com o pensamento, minha família podia ser pequena, mas era muito especial.

  A única parte ruim de ter um encontro, era esperar, mesmo que fossem só dois dias eu já estava morrendo de ansiedade, o tempo não podia correr um pouquinho mais rápido, não? Nesse meio tempo antes do encontro eu troquei várias mensagens com Edu sobre assuntos bem aleatórios e estava sendo bem divertido, já o outro moreno da minha vida nem ao menos deu as caras, estava sendo difícil decidir se eu devia ou não me importar com isso, Anthony não era problema meu, certo? Se ele estava vivo ou não, não era da minha conta, né? Suspirei pegando meu celular, eu definitivamente nunca iria aprender, então resolvi lhe mandar uma mensagem.

  Vc ainda tá vivo?

  Estou.

  Curto e grosso como sempre, achei q fosse me ignorar.

 Se preferir assim, eu posso parar de responder.

  Vc é um idiota.

  Sabia q vc é a única pessoa que tem coragem de me chamar assim?

  Então seus amigos são um bando de covardes.

  Vc devia parar de ofender as pessoas desse jeito.

  N tenho culpa se a vdd dói :)

Já notei, e sinto muito em acabar com seus planos de me encher, mas agora estou ocupado.

Agr q sei q n pode falar é q eu vou te encher msm, afinal quero ter ctz q vc tá

B

E

M

  Dá pra parar com isso?

  N, pq te aborrecer é divertido e eu n tenho mais nada pra fazer.

  Elisa, por favor, eu tenho mais o q fazer.

  N lembro de estar te obrigando a falar cmg.

 Certo, q seja, tchau.

  Foi ótimo conversar com vc tb

Tchau.

  Eu ri guardando o celular, era incrível como irritá-lo era divertido, meu mal humor por causa da espera tinha até diminuído, esperar até amanhã agora não parecia tão ruim. Olhei para o meu apartamento decidindo se valia a pena ou não fazer um jantar só pra mim, hoje Miguel e Lena haviam me abandonado para poderem se pegar. Eca! Não queria nem imaginar. No fim decidi fazer apenas um lanche enquanto chegava à conclusão de que não devia ter falado com o bonitão de terno, viu? Esse apelido ridículo era a prova de que eu tinha que ficar longe dele. Desisti de pensar nisso e segui para a cozinha, eu precisava mesmo era de comida, não de confusão.

  Depois de comer eu apaguei, esse era um outro “efeito colateral” da gravidez, ultimamente os enjôos tinham até diminuído, mas eu estava sempre com sono. Eu dormi feliz da vida até às nove da manhã de sábado e acordei só para comer e depois fui vegetar no sofá, isso de alternar os sábados de trabalho era ótimo, por que eu tinha um fim de semana inteiro a cada quinze dias para não fazer absolutamente nada.

  Depois do almoço eu já estava cheia de assistir TV e fui até o quarto decidir o que usaria mais tarde, abri o guarda roupa e tirei tudo o que poderia dar, mas o problema não foi nem escolher (pela primeira vez na vida eu realmente não demorei), o problema mesmo quando fui colocar meu vestido que até então eu não havia notado que era tão apertado, entrar até entrou, mas eu fiquei apavorada com a ideia do zíper abrir como fez no casamento da Lena, observei o interior do meu guarda-roupa, e suspirei, eu precisava de roupas novas, e não era nem por causa da gravidez, era uma necessidade mesmo.

  Olhei para a gaveta do criado mudo, quase conseguindo enxergar o último cheque que Anthony me deu. Eu ainda não tinha tido coragem de gastar um único centavo desse dinheiro, parando para analisar, essa situação era errada de tantas formas que eu simplesmente fingia não ter dinheiro algum. Me livrei desses pensamentos e sorri, eu não precisava de dinheiro, só precisava encontrar a roupa certa.

  Passei a tarde toda nisso, e quando finalmente encontrei um vestido bonito e que não corresse o risco de estourar, já eram quase seis da tarde e eu fui tomar banho, me perguntando quando iria arrumar a zona que meu quarto tinha virado. Depois que sai do banho fui me arrumar, e comecei pelo cabelo, fazer uma trança e prender com um grampo cheio de detalhes não era exatamente difícil, consegui um resultado que me agradou e fui fazer minha maquiagem, eu geralmente não ligava muito pra essas coisas, mas vez ou outra não faz mal, né? Passei uma sombra clara e felizmente consegui deixar os dois traços do delineador mais ou menos iguais, a única coisa mais escura da minha maquiagem era o batom da mesma cor do vestido que coloquei logo em seguida. Eu estava terminando de colocar os brincos e faltavam apenas os sapatos quando ouvi a campainha tocar.

  Quem poderia ser numa hora dessas? Helena não tocava a campainha, ela saia berrando pelo corredor mesmo e hoje nem ela nem Miguel estavam em casa, aproveitaram o meu encontro para sair em um também. Edu também não era, por que tínhamos marcado de nos encontrar no restaurante, ele não iria vir me buscar, nem mesmo sabia meu endereço, então sem ter ideia de quem poderia ser eu segui para a sala ainda arrumando o brinco na orelha, a campainha soou outra vez.

  - Já Vou! – gritei quando alcancei a porta e a abri.

  Nada teria me preparado para o que eu vi, um Anthony incrivelmente gato em um smoking preto estava parado diante de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então pessoal?
A Lisa vai sair com o Edu? Vai rolar uma mudança de planos? O que o bonitão foi fazer na casa dela? #SextaNoGloboRepórter Kkkkkkk
Amo vocês ♥ beijocas de batatinhas fritas (de churrasco u.u) e até!! :3