Paizão Adolescente escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 4
O Novo Aluno... Mark Winscott


Notas iniciais do capítulo

Olá para quem está acompanhando. Espero que realmente esteja bom, pouca gente sabe que essa fanfic existe, por isso ainda não sei se está atingindo as expectativas. Neste capítulo teremos a entrada de Mike na escola com o pseudônimo de Mark Winscott.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729399/chapter/4

Minha vida não é mais a mesma. Sinto que virei aqueles ratos de laboratório que está prestes a servir como cobaia de uma experiência louca. É assim que eu me sinto. Há poucos dias eu tive uma grande reviravolta. Além da minha esposa querer se divorciar de mim, pois alega que sou um marido ausente, uma feiticeira louca resolveu me transformar em adolescente de novo. Claro que o meu amigo Jack não perdeu a oportunidade para tirar proveito da situação. Inventou que eu terei que ir para a escola de novo a fim de ganhar uma segunda chance... Juro que não sei de nada, porém, e se dá certo? Será que eu como um estranho jovem seria melhor para a minha família?

— Pensando no seu futuro?

— Pensando na minha vida, isso sim. Sabe, Jack, talvez você tenha razão. Acho que eu preciso de uma segunda chance na minha vida. Se eles não gostam mais de mim, se eles creem que sou ausente, o melhor, talvez, seja me afastar da vida deles. Você não acha?

— Isso é o que você está pensando. Uma atitude tão extrema como essa, meu amigo, só você pode tomar. Só posso falar que você é o meu filho e tem que se comportar na escola hehehe...

— Tava demorando.

Jack finalmente chegou à escola. Eu pessoalmente estava com tanta vergonha de voltar para aquele lugar, eu estava sem jeito, tipo fora da caixinha mesmo. Era estranho depois de 25 anos sem pisar ali como aluno e agora ter que voltar a estudar. Entramos e senti que muita gente estava nos olhando.

— Você com essa roupitcha ridícula está nos envergonhando.

— Jack, eu digo o mesmo de você.

Eu sabia o caminho da sala da diretora. Fomo imediatamente para lá. Fiquei sentado com Jack esperando a nossa vez. Entramos no gabinete dela e fui logo sentado à frente da mesa. A diretora era bem jovem e bonita. Era ruiva, tinha entre 30 e 40 anos, era linda de rosto e de corpo, mas não fazia o meu tipo pois ela era gostava muito de se maquiar e eu prefiro mulheres mais simples... Não que eu não goste de mulher maquiada, mas nada pesado, e a minha esposa é uma mulher ideal: simples e elegante.

— Então você é Mark Winscott. Bom dia Mark.

— Bom dia...

— Huhum! Sou o pai desse garotão aqui. Eu me chamo Jack Winscott a seu dispor.

— Senhor Jack, pode sentar.

— Prefiro ficar em pé mesmo. Aprecio a paisagem bela assim.

Mostrei o meu histórico escolar e os documentos falsos. Eu estava num cagaço pois se desse algo errado, nós íamos para a cadeia direto. Mas deu tudo certo.

— Como é o nome da donzela? — puta merda, Jack me causando vergonha.

— Sou a diretora Christina.

— Posso te chamar de Chris?

— Não espere que eu responda.

— Chris, meu amor, você tem um tempinho livre?

— Está me flertando, senhor Winscott?

— Senhor está no céu, pode me chamar de você.

— Desculpa, diretora, papai é assim meio excêntrico mesmo. Não liga para ele, pois minha mãe morreu jovem e aí ele é alguém frustrado.

— Certo. Senhor Winscott, eu não costumo sair com pais de alunos. Nem insista que não vai rolar. E garoto, amanhã você começa. E pelo menos venha com uma roupa de aluno normal.

Olhei para a minha roupa e estava achando normal. Será que os jovens de hoje não gostam de hip-hop? Enfim saímos da sala, eu tive que puxar o Jack literalmente pois ele não queria sair. Fomos para fora da escola e esbarramos em alunos. Jack ficou com cara de vergonha... Eu que estava com vergonha daquele traste vestido de caubói viado.

— Vem. Você está precisando de uma repaginada. Vou te compensar pelo que você fez por mim nos tempos da escola — disse ele.

Entramos no meu carro e fomos para uma loja de grife cara comprar roupas de marca. Eu realmente agradeci, jamais teria a coragem de comprar roupas de 200 dólares brincando. Ele tinha um cartão de crédito preto ilimitado, coisa que eu nem em sonho terei.

— Pois não?

— Quero que dê um banho de loja nesse garoto. Ele tá precisando — disse ele.

— Certo. venha comigo, garoto.

Experimentei várias roupas legais. Pela primeira vez depois de ter me transformado em adolescente de novo, eu me senti como tal. Até que era divertido esse lance de virar garoto mais uma vez. Provei todas as peças boas, calças, camisas, blusas, tênis e até jaquetas. Vou fali o meu amigo.

— Pronto?

— Pronto. Gastou quanto?

— Só oito mil dólares. Vem, vou te comprar um óculos escuro e aparar esse teu cabelo. Precisa de vida, Mike.

Ele me levou ao cabeleireiro. O homem aparou as pontas dos meus louros, não queria deixar de ter franja, sei lá, era legal. Depois comprou um óculos de marca para mim daqueles Ray Ban. Fiquei irreconhecível, tipo playboy mesmo. Até eu me espantei quando me vi no espelho.

...

NARRADO PELO AUTOR

Jessica e Junior chegaram na escola como de costume. O garoto passou direto para dentro da escola enquanto a sua irmã foi até o namorado. O cara era um valentão, jogador de basquete, loiro bem oxigenado mesmo e que fazia bullying com os outros. Era um verdadeiro babaca. Seu nome era Paul e era bem popular. Jessica jamais contou aos pais sobre a relação com Paul.

Os alunos estavam chegando à escola quando uma Ferrari amarela chegou. Os alunos ficaram de boca aberta e atentos. Mike saiu do carrão todo no estilo, dando inveja para os outros. Ele usava óculos escuro, uma blusa branca, calça jeans preta e tênis, além de ter um blazer que ficou levando no ombro. No maior estilo, ele colocou o blazer e deu um sorrisinho. As meninas ficaram loucas com o novato e quiseram saber de quem se tratava.

Era óbvio que o carro era de Jack que emprestou. Mike teve que ensaiar muitas vezes no dia anterior essa cena.

Ele entrou na escola todo no estilo. Ficou com a mochila apenas em um ombro, pois era foda deixar a mochila assim. Só nerds usavam nos dois ombros. Enfim, ele teve uma certa dificuldade de achar a classe em que ele ficaria. Sabia apenas que era o 3º ano. O que ele não sabia era que pegaria a mesma classe da filha. Guardou a mochila no armário. Finalmente achou a classe e entrou. Sentiu um frio na barriga, era normal depois de tantos anos. Sentou-se numa carteira da frente.

— Jessica, Jessica! — disse uma das patricinhas, a loira.

— Que foi, menina? — disse ela guardando as coisas no armário.

— Menina, você viu o novato que chegou?

— Não.

— Ele chegou de Ferrari. Estou falando a verdade, o cara deve ser filho de algum empresário ou artista. Chegar numa Ferrari assim. E é bonito, viu. Pense... mais bonito que o Paul.

— Meninas! O novato tá na nossa classe — disse a morena patricinha.

Elas foram até a sala e viram Mike sentado na carteira observando o tempo. A patricinha ruiva também se juntou e as três ficaram cochichando enquanto a aula não começava. Jessica viu o garoto Mark e realmente o achou bonito. Levou um puta susto quando o novato a olhou e ficou acenando para ela.

— Uau, ele tá acenando para você, miga — disse a morena.

— Eu não tenho nada a ver com isso. Sequer conheço esse cara.

— Pois amiga, se fosse comigo e se ele fosse uma fruta, eu tiraria a casca dessa fruta e comia até o caroço. Garoto é lindo, gostoso e rico. Tem uma combinação melhor do que essa?

Jessica riu do comentário da amiga. A aula começou e logo a professora apresentou o aluno novo como Mark Winscott. Mike treinou muito o que ia falar e deu certo. Ele realmente foi convincente.

Mike olhou mais uma vez para Jessica e sorriu. A moça revirou os olhos, nem sabia quem era, mal sabia que era o próprio pai ali. O único que não gostou daquela troca de olhares foi Paul.

...

Nunca imaginaria que ficaria na mesma classe que a minha menina. Será muito legal ficar no mesmo lugar que ela, pois poderei vigiá-la sem deixá-la envergonhada. Se eu tivesse a mesma aparência de adulto, ela com certeza jamais ficaria à vontade na escola. Acenei para ela sorrindo, mas parece que fez pouco caso. Não me preocupei com isso.

A professora era oriental, parecia uma tailandesa, sei lá. A aula começou com a minha apresentação. Foi fácil, treinei com o Jack ontem e deu tudo certo. Olhei mais uma vez para Jessica e dei um sorriso. Algumas meninas ficaram me olhando, provavelmente elas estavam me dando as boas-vindas, garotinhas inocentes. Gosto de gente educada assim, essas meninas só querem ser minhas amigas. (inocente)

Nunca pensei que me sairia bem nas aulas de inglês* e matemática. Terminei alguns exercícios em primeiro e isso foi um marco para mim. Como tenho diploma de jornalismo, escrever redação é tão fácil quanto roubar doce de criancinha, e matemática é só prestar um pouco atenção à aula que com certeza vai se sair bem.

As primeiras aulas terminaram e deu o primeiro intervalo da parte da manhã. Eu fui até a Jessica, mas ela praticamente fugiu de mim. Como assim? Eu sou o pai dela. Enfim, fui até o armário, peguei o meu smartphone e fui ao refeitório. O celular tocou quando ia ligar para o Jack, era a Annelise.

— Mike, onde você está?

— Ann... Ann eu tive que sair da cidade. Estou viajando a trabalho.

— Outra vez pensando no trabalho. Deixa pra lá... Estou no escritório da minha advogada e estamos resolvendo o assunto do divórcio.

— Outra vez isso...

— Claro. Estamos discutindo sobre as condições da guarda dos Junior e da Jessica.

— Anne, nem ouse retirar meu direito de ver os meus filhos, está entendendo?

— Soltando as asinhas? Fique tranquilo que não farei isso.

— E aí gato, como vai? — puta que pariu! Apareceu uma daquelas patricinhas bem atrás de mim cochichando atrás da minha orelha. Eu até me arrepiei.

— O que é isso que eu ouvi?

— Ann, depois a gente se fala — desliguei o celular imediatamente.

A garota loira quase que me ferra todo com aquele comentário. Tomara que Annelise não tenha interpretado mal. A garota ficou bem perto de mim, provavelmente estava querendo apenas sanar uma dúvida da aula. Esses adolescente são tão distraídos, não prestam atenção. Resumindo: a garota só queria ajuda da aula anterior... Só que não! Ela praticamente passou a mão no meu peito e ficou muito perto. Ela estava flertando comigo e eu inocentemente achando outra coisa. Não posso cogitar nem de tocar numa adolescente, sou muito velho para ela.

Saí do refeitório e fui ao banheiro masculino. Fiquei me olhando no espelho o reflexo do jovem Mark Winscott. Aquilo que a patricinha fez comigo não se faz, gente. Sou muito velho para isso, e ainda amo a minha esposa. Ouvi o gemido de alguém vindo de um dos sanitários, fui abrir de um por um até dar de cara com uma cena ridícula e revoltante.

— O que diabos é isso? — fiquei chocado.

Junior estava sentado no vaso, com as caças abaixadas, todo preso em fitas crepe. Até a sua boca estava com fita. Eu imediatamente arranquei da boca dele e perguntei o que foi que aconteceu.

— Ahhh... Quem é você?

— Sou Mark, sou filho do Jack, amigo do seu pai.

— Ah tá... Estou meio constrangido com isso. Você pode me ajudar a sair daqui? Minhas mãos estão presas aqui atrás como seu eu tivesse algemado.

— Quem fez isso com você? Que raios de pessoa faz isso com alguém? — perguntei tirando as fitas do meu filho.

— Foi um sujeito chamado Paul, e saiba apenas isso. Ele é bem popular e bagunceiro. Odeio aquele cara.

Esse Paul vai me pagar. Mexeu com meus filhos, mexeu comigo. Finalmente soltei o Junior. Ele me agradeceu e saiu rapidamente do banheiro. Gente, que loucura é essa escola. A diretora Christina deve ser alguma incompetente por deixar isso acontecer debaixo do nariz dela.

Saí do banheiro depois que a sirene da escola tocou. Os alunos retornaram às classes gradativamente. Os últimos a entrarem foram os professores.

Eu já estava na classe quando Jessica pela primeira vez se aproximou de mim. Ela ficou me encarando desconfiada, será que ela descobriu a minha verdadeira identidade? Acho quase impossível.

— Você acenou para mim hoje cedo. Conhece a mim de algum lugar?

— Mais ou menos — tive que mentir. — Sou o filho do Jack, melhor amigo do seu pai, e ele me falou de você e do seu irmão. Por quê?

— Não, nada — ela voltou a se sentar e continuou me olhando.

A professora de inglês retornou para mais uma aula. Fiquei empolgado, gosto de Letras. Ela ficou analisando alguns papéis quando pediu silêncio da sala. Algo importante estava para começar. Ela olhou para mim sorrindo. Tava flertando comigo também, coroa?

— Mark, você não me disse que tinha uma irmã.

— Oi? Irmã? — para o mundo que eu vou descer.

— Gente, eu quero apresentar a nova aluna. Vem cá querida.

Uma garota de cabelos loiros, cacheados, usava uma roupa chique, óculos iguais ao meu. Ela se aproximou de mim e deu um pequeno aceno.

— Pessoal, essa aqui é Desirée Winscott, a irmã gêmea de Mark.

Olhei para ela, era mesmo a Desirée. Agora estava loira. E que conversa é essa de irmã e de quebra gêmea?! Meu queixo estava lá no chão e meus olhos saltaram para fora das órbitas... metaforicamente. Mas eu estava mais por fora que mendigo. Agora a porra ficou séria!

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Inglês é a matéria de Letras dos EUA. Lá não existe Português, dã!

Capa: Annelise Torrance

Espero que tenham gostado. Feedbacks são bem-vindos. Tchau e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paizão Adolescente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.