Eu acordo com Dean me cutucando e me entregando uma lata de coca e um sanduiche

—Obrigada – Eu digo pegando o lanche

—Se for pra você nos acompanhar não vai poder ficar fraca então coma – Ele me dá as costas e sai , me deixando sozinha com meu lanche , eu o como e só depois percebo que estamos em um posto e eu saio procurando o banheiro , eu necessitava de um banho, por sempre estarmos viajando não tinha tempo e eu tenho nervoso depois de uns dias sem banho ainda mais depois de sair do hospital . Quando eu saio vejo que eles estavam à minha espera , me sento em silêncio no banco e pergunto :

—Qual o destino ?

— Uma lugar chamado Alexandria – Diz Sam e eu solto uma risada

— O que tem de engraçado ? – Pergunta Dean

— Vocês vão achar bobeira mas é que eu gosto de uma banda que se chama Asking Alexandria – Eles se olham – Podem ir , era só uma observação – Olho para Castiel e ele está mais confuso que os meninos e eu me ajeito melhor no banco de couro– E o que é desta vez?

—Tem uma fábrica fechada lá que estão dizendo ser mau assombrada , vamos ver se é mesmo ou se só são uns moleques que não tem o que fazer – Diz Dean

—Entendi .

Eu me preparo para por meus fones e ir para a coisa de sempre até ser interrompida.

—Já que vamos estar nessa por enquanto por um bom tempo, queríamos te dar umas dicas , pelo menos dessa caçada por enquanto – Diz Sam e eu já vou pegando meu caderno e começo a anotar o que faz Dean revirar os olhos mas o ignoro completamente , com sempre – Os fantasmas só se ferem com ferro então se estiver lutando e estiver desarmada procure qualquer coisa com esse material , sal afasta eles então faça círculos em volta de você ou de outra pessoa para proteger , eles não podem passar então é uma das dicas mais importantes , e usamos armas com munição de sal grosso , te daremos uma quando chegar lá – Sam da um sorrido.

— O que estava fazendo ? – Pergunta Castiel

— Ela acha que anotar tudo que acontece é importante – Diz Dean debochando

— Diferente – Responde Cas

—Mas isso pode não te salvar quando se está lá fora lidando com as coisas.

Eu ignoro novamente eu fico prestando atenção no que eles faziam , ou seja , nada , mas cada um tinha a sua mania e eu gostava de perceber as manias dos outros , era um estilo de  hobbie estranho mas eles não precisavam saber disso e provavelmente nunca iriam saber .Depois de várias horas , que eu não contei por estar fixada encarando eles , chegamos no local e vamos direto para a fábrica , quando param o carro Sam me dá uma escopeta:

—Por favor cuidado , não nos mate – Ele ri e vai em direção da entrada da fábrica .

—Acho que já provei que essa dica tinha que ser o contrário – Eu rio olhando para eles que fecham a cara e continuam andando.

Dean carrega um tipo de garrafão cheio de sal , o que eu deduzi ser já que pelas dicas eles deviam carregar isso, e entramos.

Como está de noite eu não consigo ver nem um palmo na minha frente eu só sigo Sam já que ele é mais alto e Dean está logo na frente dele .Durante toda a ronda pela fábrica , nada aparece e saímos da fábrica:

—Bom , parece que nos enganamos – Diz Dean

— E se não for enganos? -Eu pergunto

—Descobriremos pela manhã – Diz Sam – Agora vamos procurar um lugar para passar a noite.

Como sempre procuramos os Hoteis pé sujo e mais barato que eles encontram , mas eu nem reclamo por estar exausta e agradeço por poder finalmente poder morrer em uma cama e não em um banco de um carro.

Quando eu acordo os meninos não estão no quarto e eu já acho que novamente eles me largaram de lado e isso me da muita raiva , tanto que começo a xingar bem alto e não percebo quando a porta é aberta , quando vejo os três estão de pé segurando copos me encarando:

—Pelo visto alguém acordou de mau humor – Diz Sam debochando , o que me faz corar mas eu só pego um dos copos e começo a beber para disfarçar a minha coloração avermelhada

— Sobre o caso de ontem – Diz Dean – A policia descobriu que eram só umas crianças que não tinham o que fazer

— Ótimo , viajem desperdiçada

— Acontece as vezes

— Isso é muito bom – Diz aleatoriamente Cas bebendo seu café e eu começo a rir de seu comentário

— Só cuidado para não exagerar , se não vai ficar muito elétrico e passando mal.

—Sim senhora – Diz ele colocando a mão na testa como se estivéssemos no exército.

— E o que vocês fazem quando não tem nenhum caso? – Eu pergunto

— Bom , estou já fazendo umas pesquisas de como podemos recuperar a “graça” de Castiel – Diz Sam abrindo seu notebook – Mas ainda não conseguimos nada , e também temos que localizar o Crowley que anda sumido , precisamos ver o que ele pode saber sobre isso.

— E eu fico bebendo minha cerveja - Diz Dean colocando seus pés em cima da mesa.

—Bom , já que você não faz nada podia ir me dando dicas de algumas coisas para eu não morrer enquanto tento combater alguma-coisa-muito-estranha.

—Ei! Eu sou muito importante , as cervejas não se bebem sozinhas ta? Mas já que quer minha grande ajuda , eu te ajudarei mas será nas minhas condições .

—Ta ta , pode ser – Eu me levanto , levando meu caderno comigo sempre – Vamos? – E saio do quarto e Dean me acompanha.

Entramos no carro e vamos para um estacionamento abandonado em algum lugar pela cidade , quando saímos do carro Dean já implica com meu caderno:

— Você não vai conseguir aprender segurando esse caderno – Diz Dean apontando para ele.

—Quando formos fazer algo físico eu o largo , caso o contrário ele fica aberto nas minhas mãos.

—E você acha que eu vou te ensinar na teoria? Eu acho que só se aprende praticando, vamos ver o quão boa você é batendo – Ele arregaça as mangas e eu coloco meu caderno no chão e vou para cima dele.

Os dois eram bom lutando mas pela experiência avançada de Dean eu tomo várias surras , mas isso não impede de eu dar umas porradas nele também. Depois de os dois estarem cansados ele da ideia de ele me ensinar a atirar melhor já que de corpo a corpo as coisas não acontece tanto. Depois de umas horas voltamos para o hotel cansados e suados.

—Que bom que vocês voltaram – Diz Sam

—Fala Sammy – Diz Dean

— Eu estive pensando , já que não conseguimos contatar Crowley , talvez pudéssemos forçar ele a vir até nós , ou seja ,  invocar ele.

— E isso não vai irritar ele? – Eu pergunto

— A nossa existência irrita ele , o que seria uma invocação? – Diz Dean

— Mas precisamos tomar cuidado , Cas não está em condições de nos ajudar qualquer coisa – Diz Sam

— É galera foi mal , mas nem me tele transportar eu consigo mais – Diz Cas

— Tudo bem , nós damos um jeito – Diz Dean , fazendo joinha com a mão.

Vamos até uma casa abandonada a alguns quarteirões dali , eles fazem uns desenhos por toda a parte, no chão e nas paredes ,além de colocar umas especiarias dentro de uma tigela de ferro , eu observo e anoto o que eu sabia , e pergunto o que não sabia ,Sam me respondia com toda a calma , já Dean ficava puto a cada pergunta mas eu sempre ignorava e não perguntava mais para ele. Sam começa a pronunciar algumas palavras e quando acaba nada acontece:

—Merda – Grita Dean

—Olha a boca suja – Diz Crowley atrás de mim , o que me faz dar um gritinho e saio de perto dele.

— Vocês realmente não sabem a sorte que eu dei para vocês de não esmagar vocês da última vez e vocês ainda ousam me convocar , vocês são suicidas só podem.

— Nós queremos informações – Diz Dean

— E eu quero a destruição do mundo mas nem tudo que queremos conseguimos – Retruca Crowley.

— Você nos deve essa – Diz Sam

— Eu não devo nada a ninguém , eu disse aquela informação porque eu ainda tenho um bom coração.

— Nós só precisamos saber como conseguir a graça do Castiel – Eu me intrometo

—Para que? Pare terem seu lindo anjo da guarda de volta e acabarem comigo? Não muito obrigado.

—Com ou sem ele vamos dar um jeito , no que adianta você adiar isso? – O ódio de Dean em sua voz era quase visível.

— Isso vai adiando nosso purgatório – Diz Crowley antes de sumir novamente.

—Droga , nem os símbolos mais fazem efeito nele – Diz Sam

Voltamos para o hotel e todos ficam em silêncio pensativos, menos Castiel que estará entretido vendo televisão , e assim terminou o dia já que Sam ficou pesquisando e Dean saiu para beber , eu fiquei chateada por não poder ajudar em nada então fiquei no hotel explicando o que se passava na TV para Cas e me veio uma grande vontade de o ajudar , mesmo o conhecendo pouco.