Psycho Killer escrita por Nina Menezees


Capítulo 5
Capitulo 4 – Rumor has it.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e comentarios são bem vindos ♥



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“And what people say is their problem.”
P.O.V Hermione.
Caminhei para for da sala de aula e Kate esperava por mim.
— Dá pra acreditar naquele moleque! – Ela reclamou estressada. – Ele realmente tira do serio.
— Calma Kate! – Pedi.
— Calma? – Ela quase gritou. – Você não entende Hermione, eu já estou de saco cheio desse moleque.
— Eu não entendo porque você não dá uma chance pra ele. – Comentei como quem não quer nada. – Ele realmente parece gostar de você. – Olhei pra ela e parei de andar. – Eu nunca o vi com menina nenhuma.
— Ele já ficou com uma ou outra, mas não muitas e nada muito serio. – ela voltou a andar e eu a segui.
— Porque ele gosta de você! – Afirmei.
— Sim. – Ela balançou a cabeça em sinal de negação. – Quer dizer, não. – Ela parecia frustrada. – Eu não sei.
Chegamos à biblioteca e sentamos em uma mesa mais no fundo, me sentei de frente a Kate.
— Porque você não dá uma chance e descobre? – Comentei.
— Por causa dos rumores... – Ela sussurrou sem graça.
— Você acredita em rumores?
— Ok! – Ela se deu por vencida. – Você vai descobrir de qualquer jeito.
— Descobrir o que? – Levantei a sobrancelha.
— Eu acho... – Ela começou. – Quer dizer, dizem por ai que o Malfoy faz parte do grupo dos comensais... – Eu congelei.
— Do o que? – Gritei.
— SHHH... – Ela olhou pros lados. – Os comensais são um grupo de alunos aqui na escola, da Sonserina pra ser exata, que tortura e maltrata nascidos trouxas e mestiços.
— Como assim? – Olhei pros lados vendo se ninguém estava ouvindo nossa conversa. – O diretor Dippet não sabe disso?
— Claro que não Hermione. Ninguém tem prova. – Ela sussurrou baixo. – Quem foi torturado não vai falar.
— Entendo. – Comentei meio cabisbaixa. – Porque acha que o Malfoy está nesse grupo? – Não que eu duvide muito que ele esteja afinal ele é um Malfoy.
— Como não estaria? – Ela virou a cabeça e observou as pessoas na mesa ao lado. – Todos os amigos deles tiveram os nomes vazados.
— Serio? – Fingi estar surpresa. – E quem é o líder? – Eu precisava ouvi-la dizer o seu nome.
— Ninguém sabe! – Ela abriu o livro. – Mas te digo uma coisa seja quem for essa pessoa é psicopata.
— Não sei não, tudo isso está mal contado. – Menti. – Parece bobeira. – Abri meu livro de porções. – Acho que você devia dar uma chance pra ele ou um dia irá se arrepender profundamente. – E virei minha atenção ao livro e a tarefa.
Depois do que se pareciam horas eu havia terminado o trabalho, fiz quatro pergaminhos, dois a mais do que o necessário.
— Terminou? – Perguntou Kate quando comecei a juntar o meu material e a organizar os livros pra devolver.
— Sim, por quê? – Olhei para o trabalho dela. – Você está na primeira pagina?
— Sim! – Ele me olhou desesperada. – Me ajuda.
— Claro. – Olhei a hora. – Mas pode ser amanhã?
— Amanhã tem o passeio pra Hogsmead.
— Domingo?
— Combinado. – Ela começou a juntar as coisas delas.
— Estou morrendo de fome. – Kate comentou quando saímos da biblioteca. – Vamos pro salão principal?
— Na verdade eu estava pensando em ir pro salão comunal. – Menti. – a gente se vê depois?
— Claro, ate mais. – Ela sorriu e foi embora. E eu fui em direção ao meu lugar favorito, a torre de astronomia.
Ao chegar lá, conjurei uma manta, me sentei no chão e peguei um livro que eu havia trazido da biblioteca para ler.

*
Já devia estar muito tarde quando decidir voltar pro dormitório, eu provavelmente teria que ser cuidadosa pra não ser pega por monitores ou professores. Fiz a coberta desaparecer e sai porta a fora. Caminhei sem fazer barulho e observando com cuidado pra não ser pega. Consegui chegar ao primeiro andar sem ver nenhum monitor, e quando estava a caminho das masmorras ouvi passos a frente de mim e entrei na primeira porta que vi. Pra minha surpresa era um armário de vassouras e eu não era a única pessoa lá dentro.
— Ai, você pisou no meu pé! – Ouvi uma voz aveludada e masculina sussurrando baixinho.
— Desculpa. – Sussurrei.
— Posso saber o que estava fazendo a esta hora? – Ele seja quem for perguntou.
— Aproveitando à calma e a vista do meu lugar preferido aqui. – Sorri mesmo sabendo que ele não podia me ver. – E você?
— Eu estava a caminho de ir ao meu lugar favorito... – Ele se remexeu provavelmente incomodado com o pouco espaço. – Mas fui interrompido pelo Professor Slughorn fazendo ronda.
— Os passos que eu ouvi deviam ser dele. – Comentei.
— Sim. – Ele concordou.
— Apertado aqui em. – Me mexi sem graça.
— Demais. – Ele comentou. – Mas afinal isso como o nome já diz é um armário de vassouras é para ser apenas para vassouras e não pessoas.
— Sim. – Concordei. – Posso saber onde é o seu lugar favorito? – Tentei puxar conversa.
— Pode. – Ele riu. – Mas primeiro qual é o seu nome?
— Hermione e o seu? – O ouvi gargalhar. – O que houve?
— Sou eu, Hermione. – Ele riu. – Tom.
— O que? – Gritei e senti ele tampar minha boca com uma das mãos.
— Shhh... – Ele sussurrou baixinho em meu ouvido e eu fiquei arrepiada com a aproximação. – Fala baixo o Professor pode estar por perto ainda.
— Desculpa. – Sussurrei quando ele tirou a mão da minha boca.
Foi então que eu consegui vê-lo, meus olhos se acostumaram ao escuro e eu pude ver a pele branca de porcelana dele e a boca e o quão perto ele estava de mim.
— Já que estamos aqui. – Ele sorriu torto e eu pude ver a covinha do lado direito do rosto dele. – Você não respondeu minha pergunta.
— E nem você a minha. – Sussurrei sem conseguir tirar os olhos da boca dele, argh, se controla Hermione.
— Mas eu perguntei a mais de uma semana e você so me respondeu um talvez, eu preciso de mais que um simples talvez.
— Não posso ir com você. – Sussurrei sem graça e com medo. – Já tenho planos com a Kate.
— Abraxas pode sair com ela ao invés de você. – Ele contrapôs.
— Não acho que ela ira concordar. – Resmunguei.
— Ela não tem que concordar. – Ele me olhou serio. – Eu estou perguntando pra você Hermione. – Tinha alguma coisa no jeito como falava meio nome que fazia meus joelhos quererem ceder.
— Ok Tom. – Me dei por vencida. – Eu saio com você pra Hogsmead.
— Ótimo. – Ele sorriu vitorioso. – Vou adorar mostrar o povoado pra você.
— Obrigada. – Respondi a contra gosto. – Tenho certeza que vou adorar o lugar. – Menti.
— Também tenho.
— E então... – Puxei assunto depois de um silencio desconfortável. – Qual é o seu lugar favorito aqui?
Ele sorriu, eu me arrepiei toda e senti um frio no pé da barriga.
— A torre de astronomia. – Como assim? – E o seu?
— O mesmo... – Sussurrei surpresa.
— Serio? – Ele se calou e fechou a cara. – Acho que o Professor já se foi, se me der licença, vou me retirar. – E sem mais nem menos saiu do armário sem explicação alguma e se foi.
Fiquei tentando entender o que acabara de acontecer e não consegui chegar à conclusão alguma, ele não fazia sentido. Em um momento estava rindo e se abrindo e no estante seguinte estava frio e distante, deve ser a parte dele que é Voldemort, a parte escura dele, a parte que tortura alunos como eu. E de algum modo esse pensamento me fez estremecer por inteira.
Sai do armário e fui em direção às masmorras, o dia havia sido longo e eu precisava descansar.

*
Quando acordei não sabia que comportamento esperar dele, mas nada do que eu imaginei me preparou para o que aconteceu. Levantei antes das meninas fiz minha rotina higiênica matinal. Coloquei um moletom e calças jeans e fui tentar acordar a Kate.
— Acorda! – Ela resmungou algo inaudível. – Levanta Kate.
— Não quero! – Ela murmurou.
— Não me faça acordar você à força... – recebi outro murmuro em resposta. – Você que pediu. – Peguei minha varinha e apontei na direção de Kate. – Aguamenti. – Agua jorrou da ponta da varinha e ensopou Kate que acordou assustada. – Eu te avisei.
— Mas que droga. – Ela gritou.
— Vou te esperar lá em baixo. – Sai do quarto ignorando o olhar mortífero que ela me lançou.
Fui ate o salão comunal me sentei em um sofá qualquer para esperar por Kate. Depois do que pareciam horas, a bela adormecida me deu o ar da sua graça.
— Vamos? – Kate surgiu do meu lado.
— Finalmente. – Me levantei. – Estou faminta. – Sai do salão comunal e fui acompanhada por Kate.
— Nem me fale. – Kate foi na frente como se guiasse o caminho.
— O que vamos fazer em Hogsmead? – Indaguei fingindo estar curiosa.
— Sempre esqueço que você é nova aqui. – Kate desviou de um casal que se pegava no meio do caminho. – Hogsmead é um povoado inteiramente bruxo e fica perto daqui. – Ela me esperou, pois fiquei pra trás. – O visitamos a partir do terceiro ano.
— Entendi. – Menti. – Mas o que vamos fazer lá?
— Geralmente eu vou a dedos de mel ou o três vassouras. – ela riu sem graça. – Não tem muito o que fazer por lá, mas é melhor que ficar aqui dentro.
— Ok. – Concordei.
Chegamos ao salão principal e ele já estava lá.
— Vejo que eles estão aqui logo pela manhã. – Kate resmungou azeda enquanto olhava para Tom e o Malfoy.
Caminhamos ate o meio da mesa e eu me sentei de frente a Kate e em um lugar que eu conseguia vê-lo, como se tivesse sentido o meu olhar ele virou de repente e me olhou, mas ele estava diferente, seu olhar era frio e calculista e o seu semblante estava serio e vazio, e assim com a mesma rapidez que ele me olhou ele desviou o olhar e não olhou mais.
— Acho que perdi o apetite... – Comentei.
— Você devia comer – Kate me olhou feio.
— Por quê?
— Por acaso você tem problemas alimentares? – Kate me encarou seria e eu ri. – Você comeu tão pouco desde que chegou aqui.
— Eu sei. – Comentei sem graça. – Me desculpa. – Olhei sincera pra ela. – Não queria te preocupar. Só esta sendo difícil me ajustar. – Menti, mas nem tanto. – Sinto falta dos meus amigos e do meu pai...
— Ah... – Kate ficou sem graça. – Me desculpa, eu esqueci... – Eu a cortei.
— Esta tudo bem Kate... – Eu sorri tristemente. – Serio, na boa mesmo, vou ate comer um pouco. – Ela sorriu meio chateada em resposta.
Comi um pouco para acalmar a Kate e depois esperei ela terminar de comer.
— Vamos? – Kate me acordou pra vida. – Quero te mostrar o lugar todo.
— Eu temo que isso seja impossível Strider. – Ouvi a voz dele atrás de mim e me virei para encara-lo ele sorria friamente. – A Srta. Granger concordou em ir comigo.
Fudeo.
— Claro que não, ela vai comigo. – Kate pegou minha mão e me puxou com força pra fora do salão.- Que abusado. – Ela xingou ele.
— Foi mal. – Sussurrei.
— Ah culpa não é sua. – Ela se acalmou. – Vem vamos esperar pelas carruagens lá fora.
Eu vi quando elas chegaram, eu vi o testrálio a puxando. Eu podia velos por causa de Sirius, mas menti quando conheci Tom. Não queria que um estranho qualquer soubesse que eu podia vê-los.
— Vamos logo Mione. – Kate me chamou pelo apelido e na mesma hora senti falta dos meninos.
Eu a segui e sentei na carruagem ao lado dela e esperamos mais gente subir. Logo em seguida Tom subiu acompanhado do Malfoy. Kate fechou a cara.
Essa vai ser uma longa viagem. A carruagem começou a andar no mesmo instante.
— Para! – Kate gritou com a carruagem, mal sabe ela que o testrálio simplesmente a ignorou.
— Calma meu amor – Malfoy piscou pra ela.
— Eu não sou seu amor! – Kate disse azeda.
— Kate... – A chamei e ela me olhou. – Lembre-se do que eu te disse ontem.
— Mione... - Eu a interrompi.
— Você que sabe. – Comentei e virei pra olhar para os meninos.
— O que acham de irmos nós quatro juntos pra Hogsmead? – Tom fechou a cara e ficou serio.
— Sim... – Malfoy abriu um sorriso de orelha a orelha e Kate me deu um olhar mortífero pela segunda vez naquele mesmo dia.
— Não acho essa uma boa ideia. – Kate respondeu brava.
— Por que não? – Olhei pra ela.
— Porque eu já tenho o dia todo planejado. – Ela me olhou sinicamente. – Os meninos não vão gostar de nos seguir de um lado para o outro.
— Eu topo qualquer coisa. – Malfoy se intrometeu.
— Ninguém te perguntou nada. – Kate gritou e eu me virei para olhar para Tom que estava quieto demais e ainda estava com o semblante serio.
— Algum problema tom? – Indaguei ignorando a discussão entre Kate e Malfoy.
— Achei que íamos juntos para Hogsmead. – Ele comentou friamente.
— E não é isso que estamos fazendo? – dei risada de leve, mas ele continuou serio.
— Sim, Hermione. – Ele falou meu nome friamente. – Mas isso não foi o que eu planejei para hoje.
— Eu imagino que não. – Comentei me sentindo meio culpada. – Mas eu já tinha planos com a Kate e você sabia disso.
— Sim... – Ele ficou pensativo. – Que tal fazermos assim, você sai com a Kate agora e as quatro a gente se encontra no três vassouras e você passa o resto da tarde comigo?
— Combinado. – Sorri pra ele e me virei para Kate que ainda discutia com o Malfoy.
— Kate? – A chamei.
— Sua doninha albina! – Kate gritou.
—Kate? – A chamei novamente.
— O que? – Ela gritou e depois caiu em si. – Me desculpa.
— Tudo bem. – Sorri pra ela. – Acho que que chegamos.
Kate desceu primeiro, depois o Malfoy e Tom. Na minha vez Tom ofereceu a mão para me ajudar a descer, sua mão se encaixou perfeitamente a minha e eu senti como se uma corrente elétrica passa-se por nós dois. Soltei minha mão da dele com presa.
— Vamos Kate? – Ela concordou com a cabeça. – Te vejo as quatro Tom.
— Ta combinado. – Ele sorriu, mas era um tipo de sorriso calculado.
— Ate mais. – Sorri e fiz um tchau pro Malfoy que me respondeu com uma piscadela.
— Como assim você o vê as quatro? – Kate me puxou e entrelaçou o braço ao meu me guiando pelo povoado.
— Era isso ou ele ia andar com a gente o tempo todo e o Malfoy também.
— Argh... Nem me fale o nome desse garoto. – Kate disse estressada.
— Desculpa.
— Isso não é culpa sua. – Kate me puxou em direção a dedos de mel. – Onde você vai encontrar com ele?
— No três vassouras.
— Ok... Vem comigo. – E me puxou pra dentro da loja.
Kate era uma amiga divertida de se ter, era carinhosa e alegre, diferente de estar com os meninos e só, Kate sempre tinha mais gente com ela, ela era badalada e fazia amizade com qualquer um e acima de tudo era uma das pessoas mais simpáticas que já conheci. Esse até então havia sido um dos melhores dias que eu tive desde que cheguei aqui.
— Já são quase quatro horas tenho que ir. – Murmurei meio chateada por ter que deixar Kate, mas ao mesmo tempo sentindo um frio no pé da barriga por saber que eu ia vê-lo.
— Ok. – Kate concordou meio a contra gosto. – Vou te levar até lá.
Caminhamos sem pressa em direção ao três vassouras.
— Porque você não gosta do Tom?
— Pra começar ele que não gosta de mim e eu não tenho nada contra ele. – Kate fez uma careta e depois ficou seria. – Tirando que ele assim como o Malfoy anda com os comensais que os nomes vazaram.
— Lá vem você com essa bobagem. – Menti. – Você só quer uma desculpa para não dar uma chance pro Malfoy, isso sim.
— Claro que não. – Kate resmungou.
— Então dá uma chance pra ele. –Eu parei de andar e a encarei. – Ele realmente parece gostar de você.
— Pronto. – Kate sorriu provavelmente querendo mudar de assunto. – Aqui é o três vassouras, você está entregue.
— Te vejo no jantar?
— Claro. - Ela piscou e saiu andando pelo mesmo caminho que viemos.
Entrei a procura dele e o encontrei sentado em uma mesa no fundo junto com o Malfoy. Me aproximei e o peguei no meio de um riso, ele aparentemente estava com o humor melhor do que mais cedo.
— Tom? – Cheguei perto da mesa.
— Onde está a Strider? – Malfoy perguntou.
— Ela já se foi.
— Vou ver se consigo alcança-la – Ele se levantou e se foi deixando o lugar a frente de Tom vago.
Tom indicou o lugar vago pra eu me sentar.
— Aqui estou... – Não sei por que, mas eu estava super nervosa com a ideia de passar algumas horas com ele.
— Eu achei que poderíamos ir para algum lugar mais tranquilo para conversar. – Como se eu fosse burra de ficar sozinha com ele.
— Mas aqui está bom, eu acabei de chegar. – Tentei arranjar uma desculpa esfarrapada pra ficar.
— Você terá muito tempo para conhecer aqui... – Ele se levantou e ficou parado de pé ao meu lado esperando eu me levantar.
— Tudo bem então. – Engoli em seco com medo da ideia de nós dois juntos sem ninguém por perto.
Eu e o acompanhei para fora do três vassouras em silencio, quando já estávamos fora ele começou a andar na direção de onde seria a casa dos gritos na minha época, e que hoje ainda não fora abandonada.
— Onde estamos indo? – Indaguei.
— Para um lugar mais calmo que aqui. – Ele sorriu de bom humor parecendo outra pessoa que hoje de manhã. – Vem. – Ele me puxou pra perto e eu enlacei meu braço no dele. Eu conseguia sentir o calor que o corpo dele emanava, cada passo que ele dava meu braço encostava-se a ele e eu sentia novamente aquela corrente elétrica, e isso me deixava nervosa, e com um frio no pé da barriga. Por fim chegamos a um lugar totalmente vazio e com um banco que ficava perto da colina onde dava pra apreciar a vista de Hogwarts.
— Que lindo. – Murmurei encantada.
— Sabia que você ia gostar. – Ele sentou no banco e eu me sentei ao lado dele. – Venho aqui desde o terceiro ano. Ninguém sabe sobre esse lugar. – Ele olhou pra mim e eu vi um brilho diferente passar em seus olhos. – Você é a primeira pessoa que eu trago aqui. – Ele voltou a olhar pra vista e eu agradeci porque senti o sangue na minha bochecha sinal de que eu devia estar toda vermelha.
— Serio? – Olhei pra vista para evitar olhar pra ele.
— Sim. – Ele olhou pra mim e sorriu e eu não consegui evitar olhar pra ele e sorrir em resposta. – Eu gostaria da saber mais sobre você.
— O que mais? – Indaguei. – Você já sabe sobre minha vida.
— Sobre tudo. – Ele me olhou intensamente. – Quero saber como seus pais eram, ate que cor é sua favorita.
— Minha mãe é a pessoa mais engraçada que eu já conheci. – Sorri com a lembrança. – Quer dizer ela era. – Fingi ficar triste.
— Me desculpe. Não foi minha intenção te chatear.
— Não é culpa sua. – Sorri tristemente. – Meu pai ficou perdido depois que ela morreu. - Olhei pra vista. – Ele não sabia muito como me criar, ele tentou da melhor maneira que pode.
— Você cresceu no mundo bruxo? – Ele provavelmente estava me cogitando pra ser comensal, só pode.
— Não. – Olhei pra ele – Ele falou que minha mãe iria querer que eu conhecesse o mundo dela. – Ele fez uma careta, mas tentou disfarçar. – Cresci na parte trouxa da cidade e me orgulho muito disso.
— Entendo. – Ele sorriu sinicamente. – Você ainda não me disse sua cor favorita.
— Sempre muda, nesse momento é azul. – Sorri.
— Alguma razão por trás dessa cor? – Porque é a cor dos seus olhos.
— Não. – Olhei pra ele. – Me conte mais sobre você.
— Não tenho muito que contar. – Ele se remexeu meio inquieto, acho que não esperava ser o centro da atenção da conversa. – Sou órfão, minha mãe morreu logo que nasci e tudo que sei do meu pai é que eu tenho o nome dele e que ele era trouxa. – Nossa nunca imaginei que a vida dele fosse assim.
— Mas aqui você tem algo. – Comentei. – Você tem amigos, é monitor chefe.
— Sim. – Ele olhou pro lado e depois voltou a olhar pra mim. – Mas chega de falar de mim.
— Chega nada. – Eu puxei sua mão pra ele não se levantar. – Quero saber mais sobre você.
— Vamos fazer assim, eu pergunto algo e você responde sinceramente. – Ele sorriu. – E depois você me pergunta algo.
— Combinado. – Sorri. – Quem começa?
— Pode ser você. – Ele olhou pra mim com alguma coisa a mais no olhar mais não conseguir identificar o que era.
— Sua cor favorita e o porquê ser ela? – Sorri.
— Fácil. – Ele olhou pra vista e falou. – Castanho, porque é a cor dos seus olhos.
Senti o sangue subir no meu rosto. Droga. Como posso dizer algo depois disso.
— Minha vez. – Ele olhou pra mim. – Qual a sua sobremesa favorita? – Ele indagou.
— Pudim. – Sorri tristemente pensando no pudim que minha mãe costumava fazer. – Minha vez. – Olhei para a vista de Hogwarts. – Quem é o seu melhor amigo?
— Abraxas. – Olhei pra ele e ele sorriu torto. – Sem sombra de duvida.
— Já desconfiava.
— Assim não vale. – Ele se revoltou. - Tem que ser perguntas que você não saiba a resposta.
— Você não disse essa regra antes.
Ele ia dizer alguma coisa, mas nesse momento o relógio de Hogwarts bateu avisando que era cinco e meia e estava na hora de voltarmos pra escola.
— Continuamos as perguntas outro dia?
— Claro. – Respondi e me levantei, ele se levantou logo em seguida. Seguimos em direção à estação de trem do povoado para pegar a carruagens. No caminho Tom me puxou pra perto e enlaçou meu braço no dele fazendo com que andássemos bem juntos. Conforme passava pelas pessoas eu podia jurar que elas estavam olhando e cochichando sobre nós. Caminhamos em um silencio confortável o caminho todo.

— Você se importa se voltar sozinha? – Ele indagou quando chegamos à carruagem. – Eu combinei de esperar por Abraxas aqui.
— Não me importo não. – É ate melhor eu ficar um pouco longe de você. – Até mais.
— Até. – Ele me ajudou a subir, fez um tchau e foi esperar pelo Malfoy.
Tinha mais duas pessoas na carruagem e logo que eu sentei ela começou a andar. Foi um silencio desconfortável a viagem toda. Mas eu pude usar o tempo pra pensar um pouco nos meus planos aqui. Eu precisava me aproximar dele, precisava saber o que ele sabe, mas mesmo assim está difícil me aproximar dele sem me sentir estranha e afetada por ele, sem sentir aquele frio no pé da barriga, meu deus Hermione, que merda você está pensando. Ele provavelmente só se aproximou de mim por eu ser diferente das outras meninas, por eu não me jogar aos seus pés, e nem ficar correndo atrás dele, eu fujo dele e minto pra ele, por isso ele se interessa, e nem deve ser interesse que ele tem por mim e mais uma curiosidade sobre o porquê eu ser tão diferente do resto das meninas daqui. Eu diferente delas tenho pessoas que estão dependendo de mim, elas depende de tudo dar certo aqui, eu preciso focar em que plano, em como eu devo me aproximar o suficiente para saber tudo que preciso saber e depois voltar pra minha época, onde ele não pode me afetar assim. Isso eu preciso bolar um plano pra me aproximar dele, o fazer pensar que essa aproximação é ideia dele. Preciso mesmo pensar num plano de longo prazo pra que tudo de certo. Me recuso a ficar dois anos aqui, nem que eu seja obrigada a fingir que concordo com a ideia dele sobre os nascidos trouxas. Credo. Nunca faria isso, fingir compactuar com os ideais dele. Meu deus, eu já estou desesperada e faz apenas duas semanas que estou aqui.
A carruagem chegou à escola atrapalhando minha linha de pensamentos.
Desci, caminhei devagar e ao passar pelas portas da escola eu trombei com uma garota e nós duas caímos de bunda no chão.
— Desculpa. – Me sentei e a olhei, ela me parecia conhecida. – Não vi por onde estava andando.
— Que isso – Ela falou e eu sabia que tinha ouvido aquela voz antes. – Eu estava distraída.
Eu a ajudei a catar os livros que derrubamos no chão e me levantei.
— Sou Hermione Granger. – Sorri e entreguei o seus livros.
— Minerva McGonagall. – Ela sorriu.
Mas é claro... Eu não sabia qual ano a professora havia estudado aqui. Coitada, estudar na mesma época de Voldemort.
— Prazer. – Olhei pros lados sem graça. – E novamente me desculpas.
— Sem sangue, sem crime. – Ela brincou, foi uma cena estranha de se ver.
—Hermione? – Ouvi alguém me chamando, me virei para a origem da voz e vi Kate se aproximar. – Minerva. – Ela falou muito educadamente.
— Katherine. – A professora, quer dizer a Minerva sibilou. – Se vocês me dão licença eu preciso ir. – e se foi.
— O que foi isso? – Olhei pra Kate.
— Ela não gosta de mim. – Kate fez uma careta. – E tudo isso porque de acordo com ela eu desperto o pior em Charlus. – Kate disse azeda.
— Charlus? – Indaguei.
— Sim. – Ela sorriu. – Ele é um dos meus melhores amigos. – Ela começou a andar e eu a acompanhei. – Nós passávamos mais tempo juntos, mas agora ele esta namorando. – Ela riu. – Você não os conheceu antes deles namoraram, mas eles não ficavam no mesmo lugar juntos nem pagando.
— Parece alguém que eu conheço. – Sussurrei.
— Mas mudando de assunto, como foi o seu encontro? – Kate me olhou maliciosamente.
— Não foi um encontro. – Dessa vez eu que fiz careta. – Foi apenas dois amigos conversando.
— Claro. – Kate me olhou com desdém. – Me engana que eu gosto.
—Estou falando serio. – Bati o pé com força.
— E eu também. – Kate parou de andar. – Você pode negar ou mentir, mas todo mundo viu o modo como vocês se olham.
— Que nada a ver. – Afinal ele era Voldemort, eu não olhava pra ele de uma força diferente assim como ele também não olhava pra mim, afinal porque alguém como ele iria querer eu, justo eu?
— Você é um caso perdido. – Ela levantou as mãos em sinal de rendição se virou e saiu andando apressadamente.
Sai correndo atrás dela.
— Você não dá uma chance se quer pro Malfoy e eu sou um caso perdido? – Soltei tudo de uma vez.
Kate bufou.
— Ok. – Ela parou de andar de novo. – Eu vou dar uma chance pro Malfoy se você pelo menos assumir que tem sentimentos pelo Riddle.
Fudeo. Eu vou ter que mentir de novo para ela pra sair dessa, mas afinal será mesmo que é mentira, que bobagem Hermione, nunca que você teria sentimentos pelo Riddle isso é um absurdo, ou não.
— To esperando. – Kate estralou os dedos me acordando pra vida.
— Ok Kate. – Levantei as mãos em sinal de rendição. – Ele mexe comigo de uma forma que ninguém nunca fez e toda vez que ele me sorri torto eu sinto um frio no pé da barriga e quando minha mão encosta na dele eu sinto como se eletricidade passasse entre nós. – Menti, quer dizer nem tanto, afinal quase tudo era verdade.
— Eu poderia saber de quem a senhoritas estão falando? – Ouvi a voz aveludada dele atrás de mim e eu paralisei no lugar.
— De você na verdade. – Kate me sorriu maliciosamente. – Vou deixar vocês sozinhos. – Ela fez um tchauzinho com a mão e se foi.
Ouvi seus passos atrás de mim se aproximando, me virei e vi que ele estava tão perto que eu precisava levantar a cabeça pra olhar nos olhos dele.
— Isso é verdade? – Riddle perguntou.
— Kate... Estava apenas... – Gaguejei e ele levantou a sobrancelha.
— Entendo. – Ele passou os dedos nos cabelos e sorriu. – Então você não sente nada por mim?
— Eu... Eu... – Gaguejei novamente.
Ele sorriu torto e se aproximou mais do que seja possível de mim, senti seus lábios encostar levemente em meu ouvido.
— Você pode consertar todos os meus lados errados. – Ele sussurrou e se afastou o suficiente pra me olhar nos olhos. – Se deixar que eu confunda todas as suas certezas?
Eu não sabia o que responder. Riddle me encarou serio e me puxou pra ele, passando as mãos na minha cintura e selando seus lábios nos meus.
No começo eu não correspondi, não consegui processar o que estava acontecendo, mas ele me puxou pra mais perto colando meu corpo ao teu, e eu não consegui mais resisti e correspondi o beijo. Apesar de me segurar com força o beijo dele era suave e calmo como se quisesse aproveitar o momento e fazê-lo durar. Depois de um bom tempo eu cai na real e o empurrei nos separando.
— Hermione. – Ele sussurrou e sua boca estava vermelha.
Virei e sai correndo deixando ele confuso e sozinho.


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Notas finais do capítulo

A frase que o Tom fala pra Hermione, eu vi no tumblr uma vez mas não sei quem é o(a) autor(a), deixo aqui os devidos creditos ♥



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