Destiny escrita por Ckyll


Capítulo 4
Reuniões de família nunca terminam bem


Notas iniciais do capítulo

Hey amores

Boa leitura

Nova fic: https://fanfiction.com.br/historia/729330/The_Heart_Wants_What_It_Wants/

Nos vemos nas notas finais.



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Os deuses se reuniram naquela noite.

Embora a maioria não soubesse o motivo para que fossem chamados, ou melhor dizendo: convocados, ao salão dos tronos. Era ali que acontecia o conselho olimpiano, onde os deuses decidiam sobre guerras, mortais, semideuses, conflitos ou simplesmente lavavam a roupa suja. Quando se vive com uma família divina por éons é de se esperar que tenham muita munição na troca de acusações, mesmo que sejam absurdas, em sua maioria.

Os que ali se encontravam cochichavam qual seria o problema dessa vez, a chegada de Hades, que só era bem-vindo no Olimpo durante o solstício de inverno, e Perséfone causou ainda mais especulações, mas todos foram calados com a chegada dos soberanos do Olimpo. Zeus caminhou junto a esposa, mas sem toca-la, como vinha fazendo desde a guerra contra os gigantes. Talvez fosse porque a relação entre eles ruiu depois da forma como o rei dos céus tratou na acrópole, Hera mantinha-se ao lado dele, fiel a seus votos e deveres, mas indiferente a qualquer amor que ali existira.

O olhar severo da rainha passou pelos deuses, e os cochichos cessaram por alguns instantes, faltavam apenas dois para que pudesse começar. Então as portas da sala dos tronos foram abertas novamente, e a deusa da sabedoria entrou. Atena caminhou em direção ao pai, de forma decidida e com postura de uma guerreira, embora lhe faltasse a lança e o escudo a energia que emanava da deusa era tão intimidante quanto.

― Eu não aceito isso. ― declarou a deusa em alto e bom som, internamente satisfeita por seu tom ter saído tão firme quanto sua convicção. Depois de deixar Hera em seu jardim, e de ter superado o choque daquela situação, decidiu não ficar calada. Não cairia sem lutar. Ela não queria e não ia casar com aquele... aquele...

― Eu disse que ela ia dar um chilique. ― a voz do deus dos mares se fez ouvir, enquanto ele se colocava ao lado da inimiga diante de Zeus. Ainda não estava convencido de que o irmão estava fazendo mesmo aquilo, esperava que a qualquer momento a equipe da TV Hefesto saísse com suas câmeras e aquilo não passasse de uma pegadinha...

Bom, não custa ter esperança, não é?

Atena encarou o deus por alguns instantes e rugiu, como uma leoa, antes de se atirar sobre ele e leva-lo ao chão. Os deuses permaneceram em seus tronos, estáticos com a atitude inesperada da filha de Zeus.

― Isso tudo é culpa sua! ― gritou enquanto esmurrava o peito do senhor dos mares. ― Patife! Seja lá o que tenha feito para obrigar Zeus a fazer isso...

― Espere aí. Eu obriguei? Seu quem veio com essa loucura, não é culpa minha. ― ele retrucou, tomando os pulsos dela entre suas mãos e parando a sessão de socos que ela lhe dava. ― Quieta Atena!

― Se pensa que irá conseguir o que deseja, não tem ideia de como está enganado. Eu nunca vou aceitar isso. NUNCA!

― Alguém tire essa louca de cima de mim! ― o deus dos mares gritou, tentando segurar a loira que se sacudia tentando livrar seus pulsos das mãos dele. Só então Apolo se mexeu, caminhando até os dois e tomando Atena pela cintura, afastando-a do deus enquanto esperneava e gritava.

― É culpa sua, Poseidon! Culpa sua!

― Na verdade, Poseidon é quem menos tem culpa nessa história. ― Hades interrompeu o ataque de histeria da sobrinha, embora gostasse de ver o irmão apanhando de uma garota, se Zeus não botava ordem na casa, ele o fazia.

Aquilo fez Atena parar, e Poseidon aproveitou o momento para levantar e agir como se nada tivesse acontecido, mas não sem antes lançar um olhar furioso a sobrinha.

― O que quer dizer com isso? ― a loira questionou, finalmente sob controle, livrou-se do aperto do meio-irmão.

― Por que não explica a ela, ou a todos aqui, Zeus.

Todos no salão se voltaram para o senhor dos céus, que pela primeira vez parecia querer afundar em seu trono e desaparecer, ele lançou um olhar de desespero para Hera, mas ela lhe correspondeu com indiferença, fazendo seu coração afundar um pouco. Por fim indicou que todos tomassem seus lugares, assim tinham mais organização, e os dois encrenqueiros não ficavam ao alcance um do outro.

― Como sabem, tempos atrás Gaia lançou a profecia de que meu filho com Métis viria a me destronar, mas a filha apenas me daria orgulho. ― seu olhar se voltou para Atena, e a deusa não pode evitar sorrir timidamente. Do outro lado do salão, Poseidon rolou os olhos com aquela cena. ― Atena nasceu, mas seu irmão permaneceu dentro de mim, adormecido por éons. Recentemente ele despertou, e começou seu plano para me derrubar, se apossando de meu corpo e controlando-me como uma marionete, tal coisa teve resultados desastrosos que vocês conhecem bem.

Os deuses se mexeram inquietos, mas o silêncio tomou o salão, todos sabiam do despertar do outro filho, e do que isso tinha causado. Usando Zeus como uma marionete ele tinha atacado os semideuses e deuses mais próximos ao senhor dos céus. Apolo tinha retirado o maldito parasita de dentro do senhor dos céus, com a ajuda de outros deuses, porém não esperavam que ele estivesse forte o suficiente para fugir.

E foi o que ele fez.

― Por certo tempo não tivemos qualquer notícia ou sinal dele, porém recentemente descobrimos que ele está formando alianças com meus inimigos, numa tentativa de me destruir. ― a firmeza na voz do deus não revelava o quão preocupado estava com aquilo.  De forma quase imperceptível aos outros, a mão de Hera tomou a dele, como um apoio silencioso que nunca lhe faltava. Zeus retribuiu o gesto, entrelaçando seus dedos aos dela antes de continuar. ― Hades está aqui para contar sobre isso.

Foi a vez dos deuses se voltarem para o senhor dos mortos, que ao lado de Perséfone, encarou a todos com aquela assustadora tranquilidade. A rainha dos mortos olhava de forma desconfiada para o pai, como se temesse que ele se tornasse aquele... ser novamente, tinha presenciado um ataque dele bem de perto.

― Fui procurado pelas benevolentes e informado de uma agitação no tártaro, elas ouviram que quem se aliasse a “ele” contra Zeus teria grande recompensa. Aparentemente o rejeitado está buscando ajuda para uma ofensiva direta.

Os murmúrios cresceram ao redor, Atena encarou o pai, quem os via sabia que eles estavam conversando, mesmo sem palavras. Ele sabia que a filha iria querer detalhes... e que ela não estava nada feliz por estar sabendo apenas naquele momento.

― Certo, ele está reunindo um bando de fracassados que já perderam para nós, por que deveríamos nos preocupar? ― Ares questionou, fazendo boa parte dos deuses rolarem os olhos.

― Primeiro, não se deve subestimar um inimigo, Ares. E segundo, trouxe alguém que quer lhes contar algo. ―  O senhor dos mortos gesticulou para as portas, e ao se abrirem revelaram uma figura conhecida pelos deuses. Conhecida e temida.

Estige.

A ninfa era pequena, mas exalava uma aura poderosa, e caminhava confiante em direção ao Deus dos deuses. Quando os deuses lutaram contra os titãs, Estige tinha ficado ao lado de Zeus, por isso fora recompensada com uma fonte de águas mágicas que desaguava no tártaro. Seu poder por meio de suas águas era inquestionável, mas sua presença ali era perturbara. Estige nunca abandonava o mundo inferior. Nunca.

― Meu senhor. ― ela fez uma referência ao rei, virando-se então para Hera e repetindo o gesto, para só então começar a falar. ― Hades achou que minha presença aqui seria necessária para lhe explicar o que ocorre nas águas de meu rio, graças a vosso filho.

― O que está acontecendo? ― Zeus perguntou, embora não tivesse certeza se quisesse de fato as respostas. Sua mão apertou ainda mais a de Hera, mas a deusa não se abalou, permanecendo com o semblante sereno.

― O rejeitado se escondeu no tártaro, e está usando as almas que correm em minhas águas. Ele está se alimentando do Estige, fazendo do rio sua fonte de energia, tornando-se assim, mais poderoso a cada dia.

― Não pode impedi-lo de continuar a usar vosso rio? ― Ártemis questionou.

― Infelizmente não, minha senhora. Estou diretamente ligada ao rio, quanto mais ele rouba minhas almas e se alimenta da magia de minhas águas, mais enfraqueço. Tentei ir até o tártaro para averiguar o que estava havendo, mas ele... Di immortales, se não fosse por Perséfone não sei o que aconteceria comigo.

A deusa da primavera mantinha uma expressão preocupada, mas dessa vez direcionada a ninfa. Os deuses ainda tentavam entender como aquilo estava acontecendo, mas as marcas de garras nos ombros da ninfa... esperavam que fossem as benevolentes a fazerem aquilo enquanto a resgatavam, e não aquele deus rejeitado.

― Nos poucos momentos em que estive la, ouvi ele dizer que voltaria ao Olimpo, não apenas para derrotar Zeus, não ainda. Voltaria para buscar alguém.

― Buscar quem? ― O questionamento saiu num uníssono, mas o senhor dos céus sabia quem o filho rejeitado desejava.

― Atena.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que atrasei a postagem!
É que esses dias fiquei no hospital. Não, eu não estou doente. Estou acompanhando minha tia e fico la o dia inteiro, quando chego tô só o pó. Como não consigo escrever pelo celular, sério tenho um probleminha serio com digitar no celular, tive que escrever esse cap aos poucos... aí hoje consegui concluir.
Enfim, eu espero que gostem. Poderiam ler a nova fic? É MUTO importante pra mim.
Nos vemos nos comentários?
Beijos, Ckyll



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