A Sombra do Vento escrita por Lady G


Capítulo 8
Capítulo 7 - Família


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores e leitoras!

Tudo bom? Finalmente com mais um capítulo para vocês! Vai abordar assuntos sérios, apresentará mais personagens e um, que em especial, fará parte da trama! Confiram!



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Em passos largos, Hinata entrava no hall principal do Hospital das Clinicas de Konoha até chega ao corredor da UTI. Lá estava Temari, que se prontificou de estar ao lado da jovem Hyuuga mesmo com muito trabalho a ser feito. Portanto, solicitou uma equipe especial para averiguar todo o local e contou com alguns policiais indicados por Shikamaru para cuidar de todos os detalhes. Shikamaru havia perdido o suspeito encapuzado de vista, já que, ao chegar ao lado externo do edifício, tinha um carro esperando pelo mesmo que entrou sem ao menos olhar para trás.

Voltando a Temari, que estava sem seu casaco de frio, - devido estar coberto por vômito, mexia constantemente sua perna enquanto aguardava os médicos fazerem a limpeza estomacal em Hanabi. Seu pai, senhor Hiashi Hyuuga, estava ao lado de Hinata. Ao chegar, a médica deu abraço em Temari, - um abraço que levou alguns segundos para se desfazer.

— Detetive, sou Hiashi Hyuuga, como está Hanabi? – Hiashi fora extremamente educado, mesmo com seriedade em sua voz. Seus olhos eram exatamente iguais como de suas filhas, este tipo incomum deixa a detetive curiosa e até mesmo receosa de olhá-los por tanto tempo. Pareciam que eles poderiam ler sua alma. – Por favor, diga que ela está bem!

Seu cabelo castanho era longo como os de suas filhas, mas, no momento estavam presos a um rabo de cavalo. Suas vestes eram um tanto comum para sua patente. Um dos homens mais importantes na administração do País do Fogo e conseqüentemente rico.  

— Senhor Hyuuga, estão no momento fazendo uma “limpeza” completa no estômago de Hanabi, para retirar quaisquer substancias tóxicas em seu organismo. Isso também ajudará no laudo pericial. Assim, confirmamos que tipo de droga ela usou. – Temari procurou ser cuidadosa com as palavras. Ambos os familiares não tinha idéia do uso repentino de drogas da Hyuuga mais nova.

— Soube que você a salvou. – finalmente, Hinata pôde conter seu nervosismo conseguir conversar normalmente.

— Eu a fiz vomitar a tempo...

— Como esta garota foi parar naquele lugar? – Temari não sabia ao certo se Hiashi estava perguntando ou apenas indignado. – Hinata, onde está sua mãe?

— Ela está viajando papai... Ela... Não poderá vir...

— Como eu havia imaginado! Aquela mulher é tão egoísta!

— Senhor Hyuuga? – chamou Temari.

— Sim?

— Eu tenho permissão para falar com sua filha Hanabi quando acordar? É de extrema importância... Após seu depoimento, vou tomar as providencias para investigar a casa noturna. Eles estão completamente trabalhando de maneirar irregular.

— Ah! Claro detetive, mas será em minha presencia, certo?

— Como manda a Lei, senhor. 

O celular de Temari toca, era Shikamaru. A loira pediu licença para a família e depois de andar alguns passos, atendeu: - Encontrou algo?

Nada. Andei vários metros e realmente... O cara desapareceu.

— Como está a amiga de Hanabi? – Temari não conseguia esconder o descontentamento, todavia, precisava de mais pistas.

Bem, ela deu retrato falado do homem que conversou e vendeu A Sonhadora. Hanabi acordou?

Não... Estamos aguardando.

Temari?

— Sim?

Você salvou uma criança hoje. Não se culpe se o suspeito, Sasori ou quem for, tenha sumido.

— Quero o dono, sócios, seguranças... Quem for à delegacia para interrogar... Vou fechar as portas daquele lugar imundo! – Temari teve que conter sua voz, mas estava realmente irritada e chateada.

Ok. Vou desligar agora... Hey... Se cuide, está bem?

— Está bem... Igualmente...

Cerca de duas horas depois, um médico havia dado permissão para os familiares entrarem. Hanabi estava muito pálida e recebia através de soro, proteínas e vitaminas para se recompor. Ela tinha cerca de quinze para dezesseis anos, então, estava passando por umas das fases mais complicadas do ser humano. Quando seu corpo está mudando e também, quando define sua personalidade.

— Papai... Hina...

— Estamos aqui querida... – Hiashi acariciava uma das mãos da jovem.

— Senhorita Hyuuga, sou Detetive Temari. Eu que estava com você no local. – Temari estava do outro lado da cama. – Acha que tem condições de me falar o que aconteceu?

Hanabi fez que “sim” com cabeça. Os efeitos da anestesia estavam passando, portanto ela tinha um pouco forças para falar.

— Eu... Eu... – Hanabi olhava sem graça para o pai e para irmã. Talvez, não tivesse coragem para dizer o real motivo de usar algo tão forte. A jovem olhou para Temari e depois para a família.

— Acredito que Hanabi não queira falar... Com vocês. Podemos falar a sós e depois ela contará tudo o que me falou? Prometo. – garantiu.

Hiashi encarou Temari e depois Hanabi: - É assim que se sente?

— Sim... Por favor...

Hiashi respirou fundo e fez um aceno com a cabeça para Hinata em direção a porta. - O que for melhor para você, Hanabi.

Ao esperar a Hiashi e Hinata Hyuuga sair, Temari se aproximou e sentou-se num pedaço vago da cama onde estava Hanabi. A jovem parecia envergonhada e receosa de contar como chegou naquela situação.

— Sabe, Hanabi, eu já tive a sua idade. É um saco... Eu sei.

— Está dizendo o que todos os adultos dizem... – retrucou com a voz baixa. Segurava a borda do lençol. – Vocês nunca entendem...

— Oras! Não generalize também. – a loira fingiu estar descontente. – Eu realmente te entendo. – Como entrou na casa noturna?

— Eles simplesmente deixaram entrar... Eles me reconheceram...

— Eles quem?

— Os seguranças e dois caras que estavam na portaria.

— Hanabi, por que comprou aquilo sabendo que faz mal?

— Minha família não iria se importar. Hinata e Neji são os favoritos do clã... Eu... Eu... – a morena começou a chorar. – Eu só atrapalho.

Temari viu a mesma sensação de inferioridade que Gaara uma vez teve. Ela sabia que teria que falar com mais calma e fazer que tudo ali conversado não seria um agravante da situação.

— Eu já me vi neste tipo de situação. Olhe só, vou contar a minha historia... Jovem Hyuuga. – a policial sentiu-se uma anciã depois de ter dito isso. – Você sabe quem eu sou e quem é a minha família?

— Só sei que é de Suna e seu pai é um homem importante...

— De fato. Eu e meus irmãos somos herdeiros de Rasa. Em Suna, o prefeito é quase também um presidente. Já que por mais gigante que seja o deserto, as cidades-estados de lá são pequenas. Comparada a Konoha, Suna é um ovo. As pessoas de lá vivem nos cobrando para não “desapontar” meu pai. Kankurou tinha sua idade quando teve uma crise de pânico e fugiu de casa.

— O que houve?

— Bom. Eu fui forte por mim mesma e pelos meus irmãos. Encontrei Kankurou na pior das situações e consegui trazer meu irmão de volta. E então, ele finalmente se abriu comigo e com meu pai. Porque ele sabia que tem a família dele ao lado dele.

— Acha que meu pai e minha irmã vão entender?

— Vão sim. Tenho certeza. Hoje em dia, sou uma mulher forte, determinada e consigo vencer os caras maus, porque minha família me apoiou. – e sorriu para Hanabi, que retribui. - O que você gosta de fazer?

— Não sei bem... Mas gosto de lutar! Um estilo de arte marcial que tem em nosso clã. Adoro fazer isso. – Hanabi parecia estar com o humor revigorado.

— Então o faça sempre! Certo? – Hanabi assentiu com a cabeça. – Hanabi, vou te fazer duas perguntas: como era o homem que te vendeu e qual foi a sensação que teve depois ter ingerido?

— Oh... – Hanabi encarou o lençol por um momento, para puxar as lembranças distorcidas. – Ele era ruivo, cabelos vermelhos e olhos gentis. Ele deve ter ouvido minha conversa com Moegi sobre minha casa e veio conversar. Falando que meus sonhos poderiam tornar realidade... – engoliu em seco. - E a sensação... Era... Era como se eu estivesse num sonho. Mas, estava tudo confuso. Eu via luzes fortes na minha direção e outrora via minha família completa. Todos dizendo que agora iria ficar tudo bem... Que iria passar. Então... Acordei no hospital com um tubo na garganta.

Temari não respondeu. Levantou-se da cama e afagou os cabelos de Hanabi.

— Eu vou fazer esse homem pagar por tudo o que te causou. Eu prometo!

— Obrigada... Detetive Temari, você é muito gentil.

— E, por favor, conte a sua família sobre o que aconteceu e o que acontece na sua vida. Eles precisam saber para te ajudar. Faça coisas que gosta e estude muito. Me promete isso?

— Sim...

Temari saiu do quarto e chamou pelos Hyuuga. Prometendo que pegaria os responsáveis por toda aquela bagunça e que ouvissem a historia de Hanabi. A detetive estava mais determinada do que antes para impedir que A Sonhadora retorne a tirar vidas inocentes. Aos poucos ia entendendo o que motivava estes ataques individuais. Pegou um taxi e foi novamente para Genjutsu Way, onde ainda tinha viaturas e policiais. Lá estava Shikamaru conversando com um rapaz extremamente pálido.

— Caramba! Você precisa de um café. – Shikamaru olhava uma Temari cansada e irritada.  

— Preciso matar um.

— Detetive Temari, aqui um retrato falado. – o estranho pálido esticava a sua frente um papel com o mais parecido com o rosto de Sasori desenhado. A precisão do desenho fez Temari arquear a sobrancelha. O rapaz que parecia ter a mesma idade de Shikamaru tinha cabelos e olhos bem pretos, além de sua pele pálida, quase cinza. Usava um vestuário composto por quase tudo preto: moletom e calça preta. Ele sempre esboçava um sorriso um tanto forçado.

— Você é? – pegou o desenho para analisar os traços.

— Sai, sou artista. Mas, também faço retrato falado para as vitimas e testemunhas. Fui chamado pelo Shikamaru. Se não fosse um caso extremo, com certeza eu não teria vindo já que são...

— Enfim... Obrigada Sai. – interrompeu Temari. – Seu desenho bate com a pessoa que eu já desconfiava. Iremos providenciar divulgação em todos os lugares possíveis.

— De nada... Eu acho...

— Liga não Sai, ela é meio rude assim. Mas, seu coração é mole. – brincou Shikamaru.

— Estou cansada e com um problema sério para resolver. Se vai ficar fazendo piadas, pode parar!

— Ok, ok. Desculpa.

— Mulheres sérias e com respostas ríspidas tendem a ser mais inseguras e solitárias. Foi o que li num livro... – comentou Sai, ainda na roda de conversa. – Você deveria procurar ajuda.

— Olha aqui seu... – Temari ia para cima de Sai, entretanto Shikamaru puxou levemente o braço de Temari e a levou para o outro canto. Estavam em frente à casa noturna. O artista deu de ombros e despediu-se da dupla.

— O que foi? – bufou.

— Venha, vamos conversar. – Temari dobrou o desenho guardando-o em sua bolsa, e depois cruzou os braços e começou a tremer. – Quer minha blusa?

— Não. – mentiu.

— É serio eu não me importo.

— Já disse que não...

Mesmo assim, o jornalista preguiçoso tirou seu casaco para colocar por cima dos ombros de Temari.

— Obrigada. – murmurou.

— Bom... Conseguimos falar com o proprietário e conversamos com vários funcionários. Todos eles afirmaram que aqui, o consumo de drogas vai além de bebidas alcoólicas e que não tem nenhuma fiscalização séria. O proprietário vai depois na delegacia acompanhado de seu advogado somente.

— E eles estão na delegacia?

— Não, que talvez irão após o almoço, pois teria que resolver com o advogado primeiro – Temari resmungou alguns palavrões e então, deixou o moreno terminar. - E para melhorar nossas chances, encontramos drogas por TODO o lugar. – Shikamaru levou os dedos indicadores à boca, fazendo um assovio. Possivelmente chamando alguém que vira passar próximo a eles. – Quero que conheça dois importantes componentes da nossa delegacia.

Temari começou a espirrar.

— Ah! Outra com alergia a pelos! Akamaru é limpinho viu! – mais um rosto familiar no ciclo social de Shikamaru. O rapaz estava acompanhado de um cachorro enorme. A policial não conseguia distinguir a raça do animal.

— Temari quero que conheça Kiba Inuzuka e Akamaru. Eles encontraram diversas drogas com clientes e funcionários. E em pontos estratégicos na área VIP.

— Prazer em conhecê-la Detetive. Mas, Akamaru fez tudo sozinho. – Kiba era moreno e seus olhos eram pretos. Entretanto, seus olhos estreitos faziam sua pupila escura parecer muito fina. Quase animalesca. Em seu rosto, duas marcas em cada bochecha lembrando a forma de triangulo ao contrário.

— Deve estar estranhando isso né? – apontou Kiba.

— Ele faz isso toda vez que se trata de um caso sério. É tipo aquelas maquiagens de guerra do exército. Cada doido com sua mania. – Shikamaru deu de ombros. Ele inclinou um pouco para tentar ler as feições de Temari que olhava para o edifício.

— Bom, detetive, todas as drogas localizadas foram encontradas e recolhidas. Estão na Narcóticos para serem inspecionadas. Caso virmos algo estranho, entro em contato.

— Obrigada Kiba. – espirrou novamente. – E desculpa pelos espirros... Nada contra cães ou animais.

Shikamaru e Temari despediram-se de Kiba e claro, do seu cão farejador Akamaru. A policial queria sair correndo desse País em que estava e ir direto para os irmãos. Saber como estão e o que estão fazendo. Gaara se ocupava o dia inteiro na internet e Kankurou passava horas enfrentam contrabandistas, traficantes e a pequena máfia que tinha em Suna.

Shikamaru sugeriu que ela descansasse e que mais tarde se viriam, já que eram quase cinco e meia da manhã e estava aproximadamente vinte e quatro horas acordada. Desta vez, ela cedeu. Sabia que seu corpo pedia por banho e descanso. Nara deu carona para Temari, - que por sua vez estava extremamente quieta. A mesma agradeceu e sem mais palavras saiu do carro e entrou pela porta da casa, praticamente se arrastando.

Com o casaco em mãos e com o carro ainda parado em sua porta. Shikamaru podia sentir o cheio do perfume dela que havia impregnado em sua roupa. Ele colocou o casaco em cima do banco e com um suspiro demorado, deu partida e também foi para a sua casa.

***

Shikamaru levava uma bandeja com dois cafés em copos plásticos que pegara de uma cafeteria para a delegacia. Eram oito horas da manhã e lá já estava Temari em sua mesa, com sua bagunça organizada. Agora, sua equipe estava um pouco maior. Ao redor de sua mesa estavam: Sakura, Hinata (um pouco mais calma), Ino e recentemente Sai. Que havia ficado curioso com o caso. Algo que ele não costuma ser.

— Shikamaru! Chegou na hora! – disse Sakura. – Olha trouxe café!

— Que por acaso não é para você. – estendeu a bandeja para Temari. – Café forte e doce para rabugenta.

— Eu não pedi... Mas... Aceito. – bocejou quando se encostou em sua cadeira e começou a beber o liquido quente. Sakura fez uma careta de criança levada para Shikamaru.

Ino às vezes lançava olhares para Sai, - que não entendia o porquê de Ino estar fazendo aquilo. Quando Temari colocou o copo em cima da mesa, Hinata segurou suas mãos e começou a agradecer por ter salvado a vida de sua irmãzinha.

— Não precisa agradecer Dra. Hyuuga, estava fazendo meu trabalho.

— Não! Você preferiu salvar minha irmã a pegar o suspeito que estava bem na sua frente. Eu serei imensamente grata a você. – Temari ficou sem graça, então, Hinata a soltou sorrindo. – Os laudos dos corpos e o exame de corpo de delito em minha irmã confirmaram a mesma substancia. É aquele fungo.

— Mas... Por que a Hanabi? – questionou Temari, quase que para si mesma.

— Bom, sou novo nesse caso, mas tomei a liberdade de fazer algumas observações. – disse Sai, todos o olhavam. – Não estou muito a par da situação, entretanto pelo o que vi, este cara ou a associação para qual ele está trabalhando está a procura de pessoas ricas.

— O homem morto no apartamento não era rico. – retrucou Sakura.

— Mas Ryan e Hanabi são de famílias ricas. São jovens pressionados e angustiados. Qualquer coisa seria gatilho para algo bom ou ruim. – Temari comentou após tomar outro gole de café. – O que acha disso Shikamaru?  

— Sai tem razão. A próxima vitima será evidentemente um jovem rico e com alguma tristeza que será ouvida ou instigada por Sasori.

— Sasori é manipulador e acido com as palavras. Ele sabe o que fazer com as pessoas. É como se todos fossem suas marionetes e ele tem os fios certos para usar. – Temari encarou novamente o retrato desenhado de Sai.

— Eu preciso ir, tenho um paciente agora. Vitima de seqüestro relâmpago. Enfim... Vejo vocês mais tarde. E... Sai? – rapaz a encarou. – Vai à minha festa? Será na quarta.

— Ah... Você realmente me quer em sua festa? Achei que estava sendo educada.

— Nossa! – Sakura levou uma das mãos á testa. – Você é péssimo com as pessoas.

— Eu fico a maior parte do meu tempo fazendo quadros, contato social é umas das coisas que mais evito. – retrucou.

— Sim ou não? – insistiu Ino, se aproximando dele. Shikamaru arqueou a sobrancelha.

— Sim... Eu irei...

— Obrigada! – e despediu-se dos demais indo para sua sala.

— Nunca entenderei mulheres...

— Eu também Sai. Eu também. – Shikamaru concordou com o amigo pálido e depois encarou Temari. - Afinal, o que Sasori fez a você?

— Bom... De maneira mais direta, ele fabricava e vendia drogas para meu irmão, Kankurou. – todos ficaram pasmos. – Sim... Kankurou era usuário. E pior, antes de saber disso... Sasori foi meu... Bom...

— Não me diga que...? – Sakura já havia entendido, mas queria só confirmar.

— Sim, meu namorado. – confirmou olhando para cada deixando por ultimo Shikamaru. Que ficara com a boca aberta. – Eu era uma ingênua jovem de dezesseis anos. Muita coisa estava acontecendo... Enfim... Era isso.

— Nossa... Que coincidência ridícula! – Sai foi o primeiro a se manifestar. – É igual o fato de Ino ser ex do Shikamaru!

— Sai! – Hinata havia o repreendido, mesmo com seu tom de voz não ter elevado tanto.

— Você e a Ino? – Temari havia levantado da cadeira. – Interessante. – algo naquela revelação havia mexido com ela.

— Como no seu caso, foi há muito tempo. – alegou o jornalista, colocando as mãos no bolso. – Depois desse capitulo de novela, qual conclusão ganhamos? Acha que ele está se vingando dos Irmãos da Areia?

— Não... Não é pessoal. - então lembrou de algo que quase estava esquecendo. - E os depoimentos dos funcionários sobre as drogas?

— Agora está com a galera da Narcóticos, já que não houve homicídio direto. Todavia, Kiba me manterá informado.

— Bom casalsinho e Sai, eu e a Dra. Hinata vamos voltar, existem outros corpos esperando por nós... Até mais.

— Assim que tiver novidades, eu aviso. – disse Temari para Hinata.

— O mesmo para vocês.

Em pé, Temari recolhia sua bagunça de papeis enquanto tentava por algum momento esquecer o breve sentimento que teve ao lembrar-se de Sasori.

— Estou vendo que estou sobrando aqui. – disse Sai encarando Shikamaru e depois Temari. – Naruto iria adorar ver você se relacionando, Sr. Nara.

— Eu não estou não me relacionando... São apenas negócios. Ela resolve um caso e ganho uma super reportagem. Mais dinheiro para mim e uma sociedade mais segura para todos. – e sorriu. Temari não respondeu.

— Vou passar no Konoha Press, seria pedir muito uma carona?

— Vai ficar bem sem mim? – com tom zombeteiro, Shikamaru recebeu um olhar sério de Temari, que depois revirou os olhos abrindo um sorriso e dizendo “vou, agora saia”.

No carro Shikamaru ficou em silencio. Sai o fitou e depois, como o próprio jornalista faria, leu seus movimentos.

— Sua fascinação por loiras é no mínimo estranho.

— Por que você não cala a boca antes que eu te jogue do carro?

— Ok, ficarei quieto... Por enquanto.

Ao passar pela rua da frente, um carro vermelho de modelo Cadillac passa por eles com duas figuras das quais Shikamaru não imaginaria o porquê de estarem parando no estacionamento da Delegacia. Balançou a cabeça na tentativa de tirar da cabeça e imaginar o pior.

***

Temari estava quase saindo quando dois homens a abordaram. Um era alto, de pele morena e seus olhos eram bem escuros e a olhava com desdém. Usava terno e paletó, já o outro, tinha cabelo grisalhos penteados para trás, - mesmo não parecendo ser alguém de idade, anéis de ouro e jóias em seus dedos e vestia um espesso casaco de pele. Seus olhos tinham uma variação de azul escuro com roxo e seu sorriso era carismático.

— Detetive Temari? – sua voz era uma mistura de calmaria e firmeza. Um homem de negócios.

— Sim? – a loira estava desconfiada e segurava com firmeza suas fichas e anotações embaixo do braço.

— Tem um tempo para conversarmos? Posso ter informações que possam ajudar no caso dos homicídios por conta da droga. – segurava o recorte de jornal com o tema.

— Ok... E vocês são?

— Sou o Reverendo Hidan e este é meu assessor e conselheiro Kakuzu a disposição.

— Reverendo? – Temari arqueou a sobrancelha para Hidan.

— Sim, mas pode me chamar apenas de Hidan, querida. – e sorriu. Kakuzu mantinha-se quieto.

— Está bem... O que tem para mim? – a policial encostou-se na mesa, mas ainda abraçando fortemente seus arquivos.

— Antes de mais nada, a senhorita acredita em destino?

— Desculpa, mas, o que isso tem a ver?

— Oras! Porque Deus finalmente me deu uma missão de ajudar pessoas que realmente precisam de ajuda, e minha cara... Eu amo ajudar pessoas. – sorriu novamente para Temari.


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Notas finais do capítulo

Gente, falando sério. Sobre esse tipo de situação da Hanabi, eu só realmente queria mostrar o quanto é importante conversar com os pais e etc., e, claro, eu já havia pensando nisso muito antes desses recentes casos sobre Baleia Azul e 13 Porquês (série da Netflix), por isso eu não quis prolongar o caso dela para nao romantizar mais do que estava.
O foco é mostrar o que a droga da história faz e não mostrar coisas tristes e etc. Justificar o efeito da droga, que é totalmente baseada no Tsukuyomi Infinito (o jutsu que faz todos entrar num sono profundo e sonhar com aquilo que quer) e não coisas depressivas, ok? Ok.

Voltando a história, o que acharam do final deste capitulo? Acham que o Hidan seré inimigo ou amigo? Deixem nos comentários!



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