A Sombra do Vento escrita por Lady G


Capítulo 5
Capítulo 4 – Como resolver um caso com Shikamaru Nara


Notas iniciais do capítulo

Olá! Não preciso nem dizer o quanto estou feliz! Sério! A cada dia que passa vejo mais visualizações na fanfic e isso significa muito para mim!

No capítulo a seguir, será basicamente composto por diálogos. Mas, deixei de uma maneira dinamica para não cansar! Boa leitura!



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Yvone, - a gêmea certa.

A gêmea do bem.

Estava sentada no sofá recém comprado de Temari. O estofado de três lugares era de camurça cor areia e o tamanho é suficientemente grande para alguém dormir. O sofá de dois lugares estava Temari enquanto Shikamaru preferia ficar em pé xeretando as coisas da detetive. Temari sabia que poderia ser sua ultima chance de resolver o caso sem mais voltas e revelações desnecessárias.

— Pode começar a explicar. – Temari parecia fisicamente cansada, mas, por dentro, estava tão nervosa e ansiosa para isso acabar e que tudo que Yvone falasse fosse mesmo que tudo fosse verdade.

— A historia é longa... – Temari apenas arqueou a sobrancelha. Yvone prosseguiu mesmo assim – Minha irmã, Yrana, sempre foi assim: ambiciosa. Não éramos pobres, mas ela queria sempre ter mais. Na cabeça dela, eu era a gêmea favorita. Shuji sempre parecia estar ao lado dela, como aqueles irmãos mais velhos bajuladores. Acho que não estão exatamente querendo saber nosso passado... Desculpem... Estou um pouco nervosa e atordoada. Estava sendo drogada nesses dois dias.

— Drogada? – questionou Shikamaru sem olhar para a ruiva.

Um leque gigantesco em uma das paredes da sala parecia ser mais interessante. O leque tinha pelo menos um metro e meio de altura e uns dois metros de largura. Era branco com três círculos lilases um do lado do outro.

— Quando soube da morte do meu ex-marido, vim o mais rápido que podia. Entretanto, minha irmã ligou para mim, para que eu pudesse passar em casa primeiro e me deparo com os meus irmãos muito nervosos. Eles começaram a fingir estarem emocionados e pergunto como aconteceu e quando. Contaram sobre o “suicídio” e logo depois, começaram a me questionar sobre herança. – um gravador de áudio recordava toda a conversa para provar inocência de Yvone e culpar os irmãos maquiavélicos dela.

“Eu dizia que não sabia de nada, mas, estavam muito exaltados... Yrana perguntava sobre o dinheiro que Stan havia me dado”. – Yvone cruzou os braços.

Estava esfriando e ela só usava uma calça de moletom e camiseta. O tênis era uma das poucas coisas que a mantinha quente. Shikamaru tirou sua própria jaqueta, - que sofrera tanto de frio antes, e colocou em volta da viúva. Ela sorriu fracamente.

Temari o fitou como se não acreditasse nesse lado gentleman do jornalista curioso.

— Eu repetia que não sabia de nada... – continuou Yvone lutando contra a vontade de chorar. – “Vaca mentirosa” ela dizia para mim. Obviamente eu sabia. Eu... Fui forçada fugir para a casa de uns amigos meus no País da Água. Se quiser eu anoto o numero deles. – Temari estendeu seu bloco de notas e caneta para a ruiva anotar. Logo em seguida devolveu e a detetive apenas checou se era um numero valido.

— Como assim foi forçada? – a loira estava convencida da historia, entretanto, saber a fundo mais sobre a versão de alguém vitimado é sempre essencial.

— Saí escondida de casa – continuou Yvone - provavelmente ela percebeu que furtei um dos meus carros. Minha irmã saiu com outro sedan assim que vocês saíram. Para não ser percebida, ela foi pelo outro caminho.

— Você estava lá quando fomos interrogá-la? – Temari questionou.

— Sim... Eu estava um pouco grogue e quando acordei, estava em dos quartos, trancada. foi aí que derrubei o copo de água que estava em cima de um dos criados-mudo Eu estava totalmente desnorteada. – ambos lembraram-se de quando ouviram o barulho de vidro quebrando-se. - Minha irmã injetou aquela “droga da verdade em mim”. Assim que cheguei hoje de manhã.

— Espera. – Shikamaru agora a olhava diretamente nos olhos. – Você estava aqui desde cedo?

— Sim. Yrana, logo após saber que eu tinha herdado a fortuna, mais as ações da fábrica, me drogou novamente, mas desta vez com calmantes e me trancou no quarto, se passando por mim. Ela sempre faz isso. – Yvone olhou para o chão de madeira um pouco mais triste. - Infelizmente é tudo o que sei. Não sei bem se foram eles, mas... Tudo levar a ser que sim... – Yvone parecia chorar a qualquer momento. – Eu realmente amava Stan... Era um bom homem.

— Vamos falar com o Delegado Hatake. Seus irmãos serão intimados a depor na delegacia. – Temari levantou-se com seu digníssimo ar de autoridade. - Vou levá-la a delegacia conosco, tudo bem? – Yvone assentiu, entretanto começou a chorar.

Minutos depois, já na delegacia, após relatar tudo o que juntou de maneira resumida para o Delegado Hatake & Cia, Temari já tinha um mandato de prisão preventiva em mãos e uma equipe para ir atrás de Shuji. Temari iria acompanhada de um policial em busca de Yrana quando Shikamaru a puxou pelo braço.

— Hey!

— Vem no meu carro. – ele parecia ofendido com a decisão da detetive. Que estava sem entender.

— Você não é policial! – e puxou o braço para se livrar da mão firme de Shikamaru.

— Esse caso é meu também, bom... Eu irei contá-lo. E eu te ajudei! Nada mais justo!

— E se você se ferir? Não vou cuidar de ninguém!

— Não vou me ferir, obrigado por se preocupar. – e deu um sorriso de canto de boca.

— Tanto faz. Vamos logo! – Temari pareceu um pouco constrangida. Pois alguns oficiais olhavam para a dupla com malicia no olhar.

— Você não resiste ao meu carro, eu sei...

Temari não respondeu. Estava envergonhada demais para falar qualquer coisa no momento. Já eram um pouco mais de nove da noite quando e já estava resolvendo o primeiro caso dela na cidade. Quando chegaram à casa de Yvone, Yrana estava saindo da garagem com muita pressa.

Teve a fuga interrompida após dar uma freada brusca ao ser fechada por duas viaturas que acompanharam Temari que estava com o ânimo revigorado. A policial linha dura deu voz de prisão para Yrana que parecia realmente o lado negro das gêmeas. Um olhar mais sádico, egoísta e com muita, muita raiva.

— Eu tenho... Direito... A um advogado! – resmungou enquanto estava sendo algemada.

— Que não seja seu irmão, porque ele também será preso. – Yrana surpreendeu-se com o que ouviu. Temari a pressionou no carro para prender a algema um pouco mais apertada nos pulsos da ruiva. – Isso é por tentar me fazer de idiota. Leve-a na viatura, vou ver se tiveram sorte com o Shuji.

— Adora algemas apertadas então? Olha não tem nem vinte quatro horas que nos conhecemos e você me aparece com esse lado...

— Cala boca seu pervertido! Vamos logo ver se... –

O rádio de uma das viaturas chiou e depois uma voz começou a relatar que prenderam o outro suspeito. Que tentava fugir com o carro, mas também havia sido cercado.

— Temari, posso te pedir um favor? – a gentileza repentina nas palavras do jornalista chamou a atenção da detetive.

— Que é?

— Posso interrogá-los? – parecia um filho pedindo para passear no parquinho para a mãe. – Eu sei como são as coisas. O que pode e não pode perguntar.

— Sei... – Temari pensou... E pensou de novo. Mas, decidiu deixar. – Se falar alguma merda, mando prender você também.

— Prometido.

Na delegacia. Naquela mesma sala de interrogatório clara. Estava a “irmã maléfica”. Temari e Shikamaru estavam lado a lado e em pé. Temari havia colocado os relatórios em cima da mesa e a foto do corpo de Stanislau Yervant. Yrana olhou para as fotos e suas feições provavam que ela não tinha visto o corpo antes dele ter sido devidamente limpo por Sakura. Ela queria vomitar.

Do lado de fora, estavam Kakashi, Yvone e Ino acompanhando. Shuji estava sendo monitorado numa cela.

Shikamaru se sentou de forma desleixada. Com um dos braços por cima das costas da outra cadeira e começou a analisar a sala a sua volta. Temari iria interferir quando o moreno de cabelos cumpridos finalmente falou:

— Como é sentir-se numa sala tão clara assim? Não está te dando náuseas não? Porque em mim está. – Yrana e Temari não estavam entendendo nada. Do lado de fora, Ino abriu um sorriso satisfeita, sabia que aquilo era só o começo de uma divertida sessão de perguntas. Shikamaru continuou. – Sabe... – se ajeitou e começou a olhar fixamente para os olhos azuis de Yrana. – Você é bem diferente da sua irmã. Ela é mais legal.

— Se uma assassina faz o seu tipo... – a voz de sarcasmo de Yrana fez Shikamaru adorar ainda mais aquele momento. Entrou no jogo.

— Adoro as sádicas. Principalmente quando mentem. Sabe me dizer onde está a sua irmã? Vai que ela faz um papel da boazinha também.

— Eu não tenho idéia.

— Yrana você sabe que eu sei quem é você... Não sabe?

— Ela é dissimulada. – murmurou Yvone do lado de fora.

— Fique tranqüila, Shikamaru adora esses jogos. – disse Kakashi. Olhando para Yrana. – Ele é do tipo que deixa o inimigo “ganhar” até certo ponto. Por isso acredito que ele daria um excelente policial. – Yvone continuou acompanhando a conversação. Mas, pensando no quanto sua irmã estava tão diferente. Havia enlouquecido? Talvez.

— Eu sou a Yvone. Yrana está louca. Querendo tirar proveito disso. Do meu dinheiro. – Yrana achava que esse jogo de “troca de rostos” iria afeta-lo.

— O que é isso? – tirou do bolso uma das evidencias encontradas no criado mudo da cama de Yrana. Um pequeno vidro sem rotulo, mas com liquido dentro. A droga da verdade. – Remédio?

— Sim. Sou alérgica a comprimidos. – mentiu. Tentando disfarçar o desespero.

— Hm. Então... Preciso injetar em você. Para não ficar dodói. Não é mesmo? – Yrana começou a respirar com uma freqüência maior. Claramente estava com medo. Shikamaru tirou do outro bolso um kit de seringa fechado numa caixinha de acrílico.

— Shikamaru o que você...? – Temari logo entendeu. Ela também sabia que Yrana estava tentando se safar. Entretanto, a gêmea do mau estava caindo perfeitamente na conversa de Shikamaru.

— O que pensa que está fazendo? Eu não preciso disso. – a ruiva tentava puxar os braços. Os pulsos estavam presos com algema e esta, estava presa a uma corrente fixada na mesa.

— Me fale por bem. Ou me fale por mal. Dizem que seringa na mão dói mais. – o moreno mudou a posição da seringa e parecia que segurava uma adaga. Pronta para fincar na mão desprotegida.

— Você é louco! Me deixe sair. Sou inocente! Me tirem daqui. – ela viu que Shikamaru falava sério. – Eu conto! EU CONTO!

— Hm. Não tem jeito! – Yrana sentiu uma sensação de algo furando sua mão, mas não machucou muito. Shikamaru começou a rir. – Esqueci de falar que isso era apenas um grafite de lapiseira? Poxa. Foi mal.

— Seu...

— Bom, se quiser eu pego uma agulha de verdade...

— Não fui eu que matou... Mas... Eu que droguei Stan. A idéia não era matá-lo. Nunca foi. Pelo menos não minha.

— Olha Temari... Temos uma confissão acontecendo aqui. A gêmea sádica resolveu parar de graça e falar logo?

— Isso vai diminuir minha pena?

— Sim. – Shikamaru voltou a sentar-se descontraidamente na mesa... – Prossiga.

— Como vou saber que está falando a verdade? – Yrana procurou por Temari, na segurança de ela pelo menos, estar falando a verdade.

— Será um jogo de confiança. – respondeu Temari se aproximando. – Conte o que aconteceu. E veremos se dá para acreditar. Nisso, iremos providenciar um tempo menor na cadeia.

— Nem vai precisar falar muito, tudo isso é previsível. – analisou Shikamaru ainda observando o comportamento da ruiva. - Depois de ter se passado por Yvone, Stan sabia que não pararia até conseguir o dinheiro.  – Yrana expressava vários sentimentos em seu rosto, mas o principal era a raiva.

Aos poucos ia se recuando na cadeira.

— Não iria drogar Yvone pelo resto da vida, iria? – Foi Temari que questionou, chegando um pouco mais perto. – Como iria viver com o nome de sua irmã?

— Alegando demência. – respondeu sem um pingo de ressentimento.

— Com milhões no bolso, que medico diria não para fazer um atestado falso? – Shikamaru se arrumou e ficou com os braços em cima da mesa. Conseguindo encarar Yrana nos olhos, mesmo que a mesma evitava olhá-lo. – Iria comprar o primeiro imbecil que visse. Com Yvone fora do caminho você pegaria o dinheiro e desapareceria.

— A idéia não foi só minha! – exclamou. – Shuji foi o ultimo a estar com Stan. Eu juro que não queria matá-lo! – ela deu bateu os punhos na mesa. – Eu quero um advogado! AGORA! – Temari fitou Shikamaru.

Já tinha o que precisavam.

Uma dupla de policiais adentrou na sala e levou Yrana para fora da sala. Yrana deu de encontro com Yvone. A gêmea boa não falou nada. Apenas desviou o olhar e cerrou os punhos ao começar a chorar. A gêmea má foi levada em silencio para a cela provisória enquanto Shuji era levado para o interrogatório. Estava relutante, alegando inocência e que não era culpa dele. Após ser preso á mesa, sua respiração alegava nervosismo e ansiedade. Ele, como advogado, sabia mais do que ninguém que a escolha das palavras era extremamente importante.

Mas, o oponente dele, era Shikamaru.

— Que historia, hein? Qual será o desfecho dessa novela? – ele abriu um sorriso para Temari. – Quer dar as honras?

— Shuji. Por que simplesmente não assume o crime?

— Porque não fui eu.

— E quem mais seria? Já chega! Yrana já revelou tudo! Até sobre o uso do cabo USB! – Shikamaru usou a velha tática de “colocar palavras na minha boca”.

— Ela não disse isso. Sei que não. Conheço sua laia. – Shuji tinha o mesmo olhar agressivo de Yrana.

— Um cabo USB exatamente igual ao seu, no pescoço da vitima. Você tem motivos de sobra para ódio. Vamos ver: Stan deu todo o dinheiro para a irmã boazinha. Era só manipulá-la, certo? Entretanto, a ambição é tanta, que me faz duvidar se você realmente estudou Direito ou comprou o certificado.

Shuji rosnou baixo.

— Nas mãos de Yrana, seria mais rápido. Alegando insanidade por meios legais, você teria direito a herança, já que seria irmão mais velho. – completou Temari chegando mais perto. – Ele estava drogado. Desnorteado. Por que matou?

— Eu não MATEI! – repetiu. – Quero meu advogado!

— Não adianta pedir. Vocês são suspeitos e praticamente estão assumindo a culpa. – Shikamaru parou de falar por um tempo.

De repente ficou tudo em silêncio. Yvone chorava silenciosamente ao se dar conta que ambos os irmãos mataram por dinheiro. Até que Shuji se deu por vencido e revelou:

— Eu trabalhei para ele. Tirei de tantas confusões por parte da empresa...

— Bom... – Shikamaru se ajeitou na cadeira. – Foi motivo o suficiente de pegar alguém que não teria como se defender. O enfocou por que corda era conveniente ali no seu carro. E pronto, temos um corpo.

— Yrana queria que eu o levasse no hospital alegando estar drogado. Eu estava com tanta raiva! Eu... Eu...

— Matou. – disse Temari por fim. Shuji não respondeu, apenas assentiu positivamente.

Shuji foi levado para cela também. Ao passar pelo mesmo caminho onde estavam Kakashi, Ino e Yvone, a mesma andou a passos largos e deu um tapa na cara. “A partir de hoje, nem você e nem Yrana são meus irmãos...”, disse finalmente chorando. Ino a levou para seu consultório logo após a cena.

— Não sabia que era tão manipulador. – observou Temari, juntando os papeis em cima de mesa.

— Nem eu.

Kakashi, - vendo claramente a expressões cansadas de Temari, pedira para que ela entregasse somente no outro dia o relatório final do caso. Agradeceu pela ajuda e com todo o orgulho do mundo, disse: “Apenas em um dia, conseguiram resolver um assassinato! Parabéns jovens!”.

— Devo assumir que você foi de grande ajuda. – Temari e Shikamaru caminhavam na calçada do lado de fora da delegacia. Estava já bem escurecido e o vento frio chicoteava os cabelos, - agora soltos, de Sabaku no Temari. A loira engoliu o orgulho ao assumir que Shikamaru tinha feito um trabalho. – Espero não te ver novamente.

— E você é uma policial... Diferente.

— Diferente como?

— Não sei explicar. Mas... Continue assim... – Temari deu um sorriso em agradecimento. – Bom... Se quiser uma carona...

— É vou querer sim...

Esse certamente era só o começo de uma improvável parceria. Nos dias seguintes, de vez em quando, Shikamaru aparecia para provocar Temari. Ela sempre resolvia casos ou no mesmo dia, ou no máximo em três dias. Sempre sozinha. Sempre dedicada.

Era de manhã um sábado que esforçava-se para fazer calor, - tinha acabado de acordar praticamente, quando Temari recebeu uma ligação do DPH sobre uma morte estranha. Um jovem teve convulsões e morreu numa festa noturna, a testemunha informou que não foi por acaso. Temari agradeceu a ligação e suspirou.

— E o dia só está começando...


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Notas finais do capítulo

Calma! Não acabou! Essa fanfic será de longe a mais longa que escrevi. Pois, desenvolverei mais afundo os personagens principais (e alguns secundários). Sem contar que possivelmente teremos aí um grande vilão!
AGUARDEM!



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