A Sombra do Vento escrita por Lady G


Capítulo 13
Capítulo 12 – O talk show


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo.

Hoje postando mais cedo e ainda, tentei melhorar minha escrita!

Estou na empolgação, porque acabei de ler um livro da Agatha Christie - A casa torta! (recomendo)

Bom, boa leitura! E tirei suas próprias conclusões.



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O caos estava estabelecido no local. AkiBar levaria algumas semanas – ou meses – para se reerguer.

Cerca de cinco viaturas da polícia espelhadas na rua e em cima da calçada, pessoas sendo interrogadas e a presença de muitos curiosos querendo saber o que havia acontecido, além de claro, da imprensa. A vítima, no caso Temari, acabara de ser levada por uma ambulância e Gaara ignorou os oficiais para ir com a irmã mais velha ao hospital.

Dentro do bar, Kakashi cumprimentava com desgosto o rival... quer dizer, o companheiro de profissão Yamato. Um sujeito sem muitas expressões positivas e com profundas olheiras. Mas numa coisa ele era bom: em perguntar.

— O que aconteceu aqui? – perguntou analisando o local.

— Uma das vitimas é Temari, uma investigadora de polícia do meu departamento. Infelizmente, ela fora mais uma vitima do “Maníaco do Mugen”, como estamos chamando.

— Que decadência... um homem como você! Olhe só, eu quero depoimento de todos os presentes aqui! – Kakashi fez uma careta de reprovação. – Isso inclui você, meu amigo.

— Imaginei que diria isso, mesmo sabendo que eu não sou obrigado. Mas, farei mesmo assim, para apaziguar seu ego.

— Sempre muito cortês. No entanto... – olhou novamente para o nada e em seguida encarou Hatake – Eu gostaria de questionar a todos envolvidos com Temari observando suas reações e respostas. Eu sei que ela é uma mulher dedutiva e atenciosa em cada detalhe... Podemos esperar até ela melhorar, talvez... Amanhã?

— Duvido muito que os médicos a liberem, todavia, entendo seu ponto de vista. – admitiu.

— A pergunta é... – Yamato olhava em volta para rostos agonizados e depois para Shikamaru, que conversava com pessoas no local – Porque Temari desta vez?

— Acho que esta série de crimes pode finalmente chegar ao fim... Mas, de uma maneira negativa... Meu amigo Yamato.

No outro canto do estabelecimento, Choji estava cabisbaixo debruçado em seu balcão. Falou tudo o que sabia para um policial que o interrogou. Mais cedo ou mais tarde, notícias falarão sobre o caso e possivelmente, destruirá a boa imagem do bar, pensou ele. Como uma forma de companheirismo, Nara deu alguns tapinhas nos ombros do amigo de infância dizendo que tudo ficará bem.

— Você não precisa se preocupar.

— Como pode dizer isso? Você é um dos principais suspeitos... - Shikamaru o encarou e depois deu de ombros com um sorriso.

— Eu realmente não ligo – não mesmo – apenas quero terminar o que tenho que fazer aqui para ver como ela está...

Choji o olhou com malícia.

— Sei...

— A atual situação da Temari é culpa minha... Mas... – o ex-policial olhou para alguns rostos aflitos – O culpado está aqui... Ou esteve... Um dos integrantes da mini gangue de Hidan.

— Resolveu mesmo enfrentá-lo?

— Assumir meu fardo e levá-lo para a prisão... ou... para a morte...

— Levar quem para morte?

Shikamaru fitou o policial de olheiras profundas, Yamato, e já imaginava que boa coisa dali não sairia.

O policial tinha aproximadamente a mesma idade de Kakashi e sua fama de ser questionador era um dos motivos de pessoas evitarem falar além do que o necessário com ele.

— Capitão Yamato, que prazer em vê-lo... – disse Shikamaru, com tom zombeteiro em sua voz.

— Ora, ora... Vejo que o cervo resolveu voltar para seu habitat natural. Perdeu o medo de ser um policial de verdade?

Shikamaru deu um risinho.

— Ah... Capitão Yamato... Quem fala demais, dá bom dia a cavalo. É o que dizem.

— Você vai me falar tudo o que sabe amanhã, todos os presentes aqui irão dar depoimento na delegacia! – seu tom era um pouco mais sério, mas ainda mantinha um sorriso confiante em seus lábios.

— Porque precisaremos da Temari sã o suficiente para deduzir a verdade e a mentira de quem o fala. Acredita que ela esteja boa o suficiente para isto?

— Shikamaru... Temari é uma mulher extremamente forte.

— Parece saber mais dela do que qualquer um de nós... – Shikamaru parecia um pouco desconfiado.

— Eu trabalhei alguns anos para o País do Vento e a família Sabaku é simplesmente inacreditável... Enfim! Aguardo ver esse rostinho lindo na delegacia para depor.

— Mal posso esperar... – falou entredentes.

 

Estava escuro quando Temari abriu os olhos, levou um tempo para entender onde estava e o que tinha acontecido. Havia uma lâmpada piscando constantemente, deixando a loira um pouco nervosa. Lembrava claramente cenas de suspenses em filmes de terror. A boca estava seca, os lábios da mulher pareciam estar rachados e ela sentia uma enorme vontade de tomar água. Tentou falar, mas nenhum som saía. Até ver uma silhueta próxima da mesinha com uma jarra de copo para tomar água. Acreditando ser seu irmão mais novo, Temari aponta para a jarra, para que Gaara o pegasse.

— Claro... minha princesa...

A voz era completamente diferente de seu irmão, além de claro, ser um pouco rouca e ser a pessoa que ela menos queria ver naquele momento de fraqueza. O arqui-inimigo de Shikamaru, Hidan.

— O que... O que... – ela não conseguia procurar palavras para perguntar. Apenas muita tontura e sem forças para se levantar.

— Aqui... Aqui... Eu cuidarei de você...

— Você não é real... – disse finalmente, percebendo que poderia ser obra do Mugen.

— Oras... Será mesmo? – antes de responder, Hidan – ou uma ilusão – se aproximou de Temari a tocando no rosto – Você é tão perfeita... E em breve, me dará o que preciso: a cabeça de Shikamaru num prato!

Na visão infernal, Hidan segura em um dos braços esticados uma bandeja de metal e ao abrir a tampa, havia a cabeça do ex-policial decapitada.

Logo em seguida, Temari novamente abre os olhos e tem a visão de um teto branco com alguns feixes de luz que passavam pelas cortinas de persiana também branca. Tudo não passava de um pesadelo – ou até mesmo ilusão. Estava ofegante e soava muito.

A sua esquerda, seu braço estava espetado pela seringa com soro e a sua direita, uma poltrona de um lugar na cor azul clara. Pelo o que percebeu, estava no Hospital das Clínicas de Konoha, o HCK. Um lugar onde pacientes dificilmente falava-se mal do atendimento. Ela podia ouvir uma espécie de discussão do lado de fora. As vozes logo foram reconhecidas, Gaara e Kankurou decidiam se sua irmã ficava ou voltava para casa.

— Você foi um irresponsável inconsequente! – vociferou o irmão mais velho – Ela poderia ter morrido!

— Eu sei... Mas... Shikamaru tinha um plano...

— Aquele verme não sabe de nada! Papai está quase tendo um ataque por causa disso! Sabe o que é fazer uma viagem tão às pressas?

Antes de deixar Gaara responder, Kankurou se adianta:

— Não!

— Mas papai não está aqui não mesmo? Ele não se importa!

— Oras! Não fale uma merda dessa! Ele está ocupado!

Uma enfermeira chamou a atenção dos dois por estarem gritando no hospital. Era bem cedo, aproximadamente noves horas da manhã, então, ambos os irmãos resolveram discutir um pouco mais baixo.

Aproveitando aquele tempo em que estava sozinha e mais , Temari começou a analisar toda aquela situação. Primeiramente, o porquê de ela estar viva ainda e ser a vitima principal daquela noite ou até mesmo daquele caso específico. A pessoa que está planejando a distribuição da droga tem alguém próximo trabalhando com Temari e Shikamaru, o que aumenta a porcentagem de ser alguém de dentro da delegacia. Cerca de oitenta e cinco por cento.

Temari analisou também, que por mais suicida que fosse o plano de Shikamaru, era a única saída e faria a mesma coisa mesmo se ele não tivesse pedido para fazer. Era uma chance em um milhão, uma festa onde estavam jovens policiais, muitos de famílias ricas ou importantes da maior cidade dos cinco países em quesito população, mas... Não em riquezas.

Suna era uma cidade com posse de uma das maiores mineradoras do mundo, cujo qual o seu pai, Rasa, havia encontrado. O prefeito – e consideravelmente visto como o próximo presidente do País - encontrou uma mina de ouro, em uma caverna no ao Sul do Deserto. Fazendo a família Kazegake, como eram conhecidos, como a família mais rica do país e a segunda do mundo, perdendo apenas para os Uchiha.

Temari, Gaara e Kankurou eram então, herdeiros diretos da fortuna da cidade de Suna e dois deles estavam em Konoha. O grupo que está atacando os jovens, como ela pensou, não quer o dinheiro deles necessariamente e sim, um grande valor localizado num lugar só. Eles eram tão iscas quanto ela fora na noite anterior.

Ainda um pouco tonta, Temari começou a arrancar seringa, soro e tudo o que estava em seu caminho, logo, o monitor cardíaco começa a emitir o zunido alertando que possivelmente o que estava vivo, não estava mais. Logo após o aviso emergencial acionar, dois médicos entraram correndo dentro do quarto e viram à loira se apoiando na cama se arrumando. A cena se não fosse trágica, seria cômica: ela estava segurando a camisola de hospital, que aberta atrás, para que ninguém a pudesse a ver nua. Além dos médicos, os dois irmãos entraram preocupados e ao ver a cena, não sabia se riam ou se a ajudavam a se erguer.

— Senhorita Sabaku, pedimos a gentileza de voltar para cama... – um dos médicos, provavelmente aprendiz, pedia gentilmente.

— Nem ferrando! Eu descobri algo, preciso ir imediatamente para a delegacia. Gaara, minhas roupas!

— Mas não sabemos as reações que o Mugen pode dar ao seu corpo, sendo a única sobrevivente desse...

— Doutor...? – interrompeu Temari induzindo o médico mais velho da sala a dizer o nome.

— Nataniel...

— Isso Nataniel. Eu sou uma paciente que não tem paciência para perder tempo aqui. Estou bem, viva! Agora eu vou indo.

— Deduziu algo? – agora foi Gaara perguntando, enquanto entregava uma mochila com roupas limpas da mulher.

— Sempre deduzo.

Pouco tempo depois de Temari se vestir, e os médicos terem desistido contragosto de tentar convencer a paciente, um sujeito vestindo um pesado casaco preto para em frente ao quarto chamando por ela. A policial logo o reconheceu, capitão Yamato. Um sujeito no mínimo curioso.

— Por pouco o senhor não me pega seminua... – disse Temari num humor revigorado. Apesar das visões de outrora.

— Que maravilha ter a oportunidade de vê-los novamente, Irmãos da Areia.

— Só vim por exigência de meu pai... O senhor queria que nós três acompanhássemos o interrogatório? – Kankurou estava realmente mal-humorado.

— Sim... Entretanto, somente se senhorita Temari estivesse condições físicas e... – e fitou a figura feminina um pouco fragilizada à sua frente – Psicológicas para continuar.

— Estou bem... – “mesmo visto o que não queria ter visto”.

— Bom... Vamos todos à delegacia.

 

Cerca de dez pessoas iriam depor. Alguns dos convidados foram dispensados, pois segundo análise de Yamato, não seriam necessários. Mesmo não tão a par quanto Shikamaru e Temari, Yamato era um homem muito inteligente, capaz de transformar depoimentos em excelentes “talk shows”.

Temari, Gaara e Kankurou aguardavam do lado de fora do interrogatório. Yamato estava de costas para os irmãos, dando-lhes oportunidade de olhar para cada suspeito direto nos olhos. Temari estava um pouco ansiosa. Não imaginava quem iria depor – pois foi mantido em sigilo. Ela estava ainda com problemas para manter-se ereta, então seus irmãos deram os braços para ela abraçar um de cada lado.

O primeiro: Choji Akimichi, dono do bar e restaurante AkiBar.

— Olá Sr. Akimichi, tudo bem?

— Está realmente perguntando isso? Claro que não! Meu pobre bar...

Yamato estava apoiando-se na mesa, e empurrara um copo descartável de café para o gorducho á sua frente.

— Aceita?

— Não...

— Bom, não vou demorar com você... Vou direto ao ponto: quem você acredita que tenha feito isso?

— Algum lunático, talvez? Fiquei sabendo de Sasori, ele é um velho conhecido da polícia e um traficante perigoso – Choji parecia um pouco mais calmo.

Yamato mudou sua posição na cadeira e fixou seu olhar assustador em Chouji, que ficara desconfortável.

— O senhor é um grande amigo de Shikamaru Nara, certo?

— Sim... sim... A gente se conhece desde pequenos. Mas o que isso tem a ver?

— Então sabe que ele já foi envolvido com a polícia diretamente e motivou a morte de Asuma e posteriormente, quase morte do pai... Certo? Além do fato de ter permitido ele colocar câmeras extras... Que eventualmente falharam...

— Eu não sei onde quer chegar... – Chouji não sabia totalmente da vida pessoal e profissional de Shikamaru, que presava pela segurança do amigo.

— Em nenhum lugar – e sorriu para Chouji – Voltando ao incidente de ontem, viu algo de anormal?

— Não... Estavam todos muito felizes e estávamos em amigos. A maioria daqui se conhecem há anos.

Yamato tomou o gole de café e olhou no relógio.

— Nós nunca sabemos das pessoas totalmente, Senhor Akimichi, as pessoas são perigosas.  Principalmente as que estão sempre sorrindo...

Do lado de fora, os três irmãos observavam a conversa atentamente e Temari sabia, Chouji era inocente. Seu comportamento era de alguém inseguro e com medo do que pensam. Mesmo que seja um rapaz sério ao cuidar de seu estabelecimento.

— Sujeito esquisito... – comentou Gaara, bocejando. O ruivo não havia dormido a noite, não que seria algo novo pra ele, no entanto, estava observando sua irmã o tempo todo.

— Gaara... – chamou Temari sem tirar os olhos dos dois dentro na sala – Você em algum momento saiu de perto de mim no quarto do hospital?

— Não que eu saiba... Por que?

— Nada – mentiu.

— Aconteceu algo? – Kankurou a encarou preocupado – Sabe que pode nos dizer qualquer coisa.

— Nada... não foi nada.

Ambos os irmãos se entreolharam e prefiram não insistir. Retornaram a observar a entrevista. Chouji Akimichi foi dispensado, e uma nova convidada fora apresentada em seu “talk show”: Sakura Haruno, a médica legista.

— Capitão Yamato, que pena nos encontrar sob estas circunstências.

— Sakura... Eu digo o mesmo. E ficaria muito mais chateado se você fosse culpada de envenenar uma colega de trabalho.

— Sempre direto... – a rosada se se encostou à cadeira e cruzou os braços.

— Se não me engano, você é conhecedora de várias ervas medicinais não é mesmo? Talvez conhecesse uma específica capaz de trazer alucinações e convulsões numa pessoa. – não era exatamente como Yamato estivesse a culpando, no entanto, queria colocar palavras em sua boca.

— Entendo o que quer propor, mas eu não faria isso.

— Por que não?

— Além de cuidar de corpos sem vida, sou médica acima de tudo. Não está em minha índole e ética profissional tirar vidas ou envenená-las – Sakura parecia completamente irritada.

— Sabia que Temari é herdará uma fortuna avaliada em três bilhões?

Yamato estava blefando.

— Não... Todavia eu sei que sua família é muito rica. Mas...

— Mas...?

— Parece que dinheiro e Temari não combinam. Nesses meses que nos conhecemos, ela sempre se mostrou uma pessoa acima do dinheiro. Uma mulher forte e vencendo quaisquer tipos de preconceito. Principalmente machismo. Somos muito parecidas – nisso ela olha para espelho e depois para o policial – Eu tenho admiração por ela.

Temari sorriu. No entanto, seu receio por estar diante de uma traidora fez seu sorriso se dissipar e retornar a seriedade.

— Pareceram palavras bem sinceras de sua parte. No entanto... Devo pedir que me diga com sinceridade outra informação...

— O que senhor desejar...

— Sabe do histórico de Shikamaru Nara?

— Como assim? – ela arrumou sua postura, colocando suas mãos sobre a mesa.

— Shikamaru Nara não é apenas um jornalista, na verdade, isto foi algo inventado para que ele ainda pudesse trabalhar como policial aqui, como fora há alguns anos.

Sakura piscou algumas vezes.

— Policial? O Nara? Filho da p...

— Senhorita Haruno, olhe só o linguajar – censurou Yamato, enquanto escrevia em um relatório.

— Eu realmente não sabia. Para mim, ele sempre fora um jornalista muito enxerido, mas jamais que seria um policial de fato – respondeu sinceramente e continuou – Ele é muito mais inteligente do que pensei.

— Ele nunca escondeu inteiramente o fato de ser policial, entretanto, não era conveniente para sua segurança, já que existe um inimigo poderoso que o tem na palma da mão. Sabia disso?

— Acabei de descobrir que ele é policial... Como saberia disso?

— Bom... Acredito que a próxima testemunha irá me dizer muito mais sobre isso. Não acha?

— É Ino, não é?

Yamato sorriu.

— Sim. É Senhorita Yamanaka.

 

Temari começou a ter dificuldades de concentração. Sua vista começou a embaçar e seu corpo ficou pesado, a ponto dela pender para o lado. Kankurou, que estava do seu lado direito a segurou, perguntando se a mesma ainda queria ficar em pé. Temari, teimosa, disse que ficaria bem, e que estaria firme até a última pessoa ser entrevistada. Logo, ela já imaginava que tipo de perguntas ele faria para Yamanaka. Ela precisava estar ali.

Após ter dispensado Haruno, Yamato aguardava pela chegada da próxima testemunha e possível suspeita. Uma mulher que entendia de mentes e as estudava todos os dias. Ino Yamanaka, a psicóloga forense.

— Capitão Yamato – cumprimentou com um pouco de seriedade.

— Que aniversário para se ter, não é mesmo?

— O “melhor” de todos – e revirou os olhos.

— Você está na minha lista das pessoas mais suspeitas, sabia?

— Não tenho ideia do o porquê. Estou com sono, com raiva, meu aniversário foi destruído por um lunático, pode, por favor, ser um pouco mais especifico?

— Quer eu seja específico? – deu um leve sorriso – Acredito que você queira tirar Sabaku no Temari do seu caminho. Um jogo de iscas e vítimas para o grand finale.

— Eu não acredito que ouvi isso.

— Porque não? Vamos ver... Temari, uma linda detetive, mais uma loira de olhos verdes na delegacia, consegue conquistar os olhares de todos. Um crime passional, vejamos – Nem Temari acreditaria na ousadia do investigador, mas, crimes passionais são muito comuns em qualquer lugar – E logo, Shikamaru Nara, um cara afastado da polícia resolve se envolver novamente graças a ela. Algo que você não conseguiu.

— Você é desprezível – disse Yamanaka, extremamente irritada – Mas continue com essa analogia ridícula.

— Ah... Claro. A senhorita entende de mentes e... De plantas. Sua família tem uma floricultura há muitos anos, então... A senhorita entende de flores e fungos, certo?  - ele percebeu que Ino não responderia, então continuou – Então, você teria motivos passionais para tirar a rival do caminho. Teria os olhos de Shikamaru Nara para você novamente. Se quiser, tem direito á um advogado.

— Eu não preciso de um advogado e, vou ser bem clara – então ela redireciona seu olhar para o vidro espelhado, conseguindo acertar a visão de Temari – Eu jamais feriria Temari, independentemente do meu relacionamento com Nara. Ela é uma mulher incrível e sinto orgulho de tê-la na corporação – voltou a encarar o capitão com olheiras – Respondido?

— Certamente... Palavras convenientes. Vejo que vocês mulheres, se unem de maneiras inacreditáveis... Todavia, senhorita Yamanaka...

— Posso ir?

— Pode sim.

Ao sair, Yamanaka passou pelo trio de irmãos e fitou Temari. Abriu um suave sorriso para a policial em sua frente e depois desapareceu ao se direcionar á direita no corredor. Temari sentia que mesmo que as perguntas fossem poucas, Yamato só estava fazendo aqueles questionamentos, não apenas porque ele desconfiava de alguém exatamente, mas sim, para que a própria Temari visse como eles comportariam dadas as circunstâncias. Perguntas talvez sem nexo, mas que falava um pouco como cada um é.

— Isso vai demorar um pouco mais, estou fazendo poucas perguntas para ser um pouco mais rápido – disse Yamato para os três irmãos, direcionando-se para Temari – Acha que aguenta mais um pouco? Eu eliminei alguns nomes, não serão tão necessários assim.

— Imagino quem será o último.

— Claro que sim...

— Capitão Yamato – chamou Kankurou – O senhor acredita que finalizaremos esse caso até quando?

— Até domingo, assim espero – respondeu um pouco otimista – Kakashi também está fazendo seus questionamentos com outras pessoas.

— Pensei que ele seria interrogado.

— Ah! Não... Ele está fora de questão... Oh! Veja a próxima a depor chegou.

Yamato retornou á sala cumprimentando Shizune, a jovem assistente de Kakashi. Com um sorriso ameno, ela entrou na sala branca. Não parecia muito preocupada por estar lá, estava calma.

— Capitão Yamato, sabe que pode me perguntar qualquer coisa!

— Olhe... Não fale isso – arqueou a sobrancelha – Está bem tranquila pelo visto.

— Claro que sim, senhor. Eu não tenho o que temer. Na verdade... Temo sim! Pela saúde da Temari... Mugen é terrível.

— Bom, as testemunhas disseram que a viram com Temari minutos antes da confusão começar.

— Ah! Sim, sim... Eu fui ao banheiro, acabei tomando muita tequila.

— E logo após de sair do banheiro, chamou um táxi. Enquanto Temari se contorcia no chão...

— Mas não cheguei a sair do local, já que eu tinha esquecido minha bolsa no balcão. Eu só estava com o celular. Se quiser pode confiscar nas últimas chamadas e com o próprio taxista.

— Então a senhora tem um álibi.

— Pode dizer que sim. Kakashi me chamou imediatamente após tudo acontecer.

Houve uma pausa. Yamato então analisou a ficha de Shizune e retornou a fitá-la.

— Pelo o que vi aqui, fez faculdade de medicina, mas abandonou, porque?

— Não era a minha área... Mas, enfim... O que isso tem a ver?

— Absolutamente nada – sorriu – Apenas curiosidade.

 

Yamato dispensou Shizune, e em seguida houve uma pausa de uma hora antes dos novos depoimentos. Temari pediu para sentar-se, pois não estava se sentindo muito bem novamente. Logo, soube Yamato preferiu adiar novos depoimentos para o próximo dia. Deixando um sentimento de inquietude novamente. Sem contar que teria ficar mais um dia sem ter que ver Shikamaru, algo que a deixava um pouco aflita.


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Notas finais do capítulo

E aí!!! Quem você acham que será o traidor??? Deixem seus comentários!



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