A Sombra do Vento escrita por Lady G


Capítulo 12
Capítulo 11 - A Vítima Favorita


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey! Olhem quem voltou!
Meus amores, me perdoem pela enorme demora! Aconteceram tantas e tantas coisas.
Mas, está aqui, um super capítulo - e quase decisivo - para vocês!
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/728126/chapter/12

Temari segurava seu smartphone lendo e relendo a mensagem que havia recebido de Shikamaru sobre a possível próxima vítima. Estava na frente do edifício no qual Nara morava e apertou o interfone para que o mesmo pudesse abrir o portão. Sua arma, calibre .22, estava presa em seu coldre e escondida pelo casaco grosso que usava.

Sabaku no Temari estava determinada a arrancar toda a verdade, nem que fosse a força.

Shikamaru abriu a porta do apartamento um pouco sonolento. Aparentemente tinha passado a noite fora e estava com marcas roxas no rosto, na altura da maça do rosto do lado direito, como se estivesse enfrentado alguém aparamente mais forte. O coração de Temari estava acelerado e quase não conseguia conter a raiva que emanava de seu coração. Um assassino? Um mentiroso? Quem era Shikamaru Nara?

Quando o mesmo deu as costas para fechar a porta e verificar se alguém havia seguindo-a e virou-se para a detetive e foi surpreendido com o cano da arma apontado para ele.

— Hã? Está tudo bem? Parece que não dormiu esta noite também... – comentou em tom zombeteiro, entretanto, Temari não expressava nada além de raiva e uma forte concentração no que estava fazendo.

— Quem é você? – cada palavra foi dita em dois segundos de diferença, enfatizando o valor significativo de cada uma.

— Que tipo de pergunta é essa?

— Só me responde! – Temari se aproximou mais e virou arma para a direção do ombro dele, se fosse para feri-lo, seria numa região não vital.

Shikamaru estava com os cotovelos próximos ao corpo e os braços levantando em forma de rendimento ou proteção e então, entendeu, baixo os braços e confiando plenamente que Temari não atiraria.

— Então você descobriu... E pelo visto seu irmão caçula não veio para Konoha apenas visitá-la. – disse Shikamaru olhando por cima dos ombros. – Pode entrar se quiser, Sabaku no Gaara.

— Como sabia do Gaara?

— Bom, uma mulher tão inteligente com você saberia que não se pode confiar inteiramente num estranho como eu. E claramente minha rixa com Hidan acabou provocando dúvidas... Sem perceber, eu quis que você descobrisse sobre meu passado. Assim, de alguma forma, confiaria plenamente em mim.

— Confiar é uma palavra que não se encaixa no momento – Temari ainda mantinha firmemente a postura e logo após, Gaara entrava no apartamento pela varanda. Shikamaru franziu o cenho tentando entender o porquê.

— Dei a volta para saber se havia mais câmeras e escutas. No corredor tem pelo menos umas quinze escutas e cinco câmeras, é um cara bem cauteloso. E gosto de escalar coisas. Sim, sou esquisito.

— Não me admira que você seja um dos mais importantes homens do mundo tecnológico. Você e a sua metodologia fazem com o que muitos o venerem.

— Tecnologia e redes de computadores são como areias do deserto para mim, senhor Nara.

— Estou tentando entender esta analogia...

— Chega! – Temari atirou na porta irritada. Shikamaru fez uma careta de desgosto, porem nada mais, além disso. – Me responda!

— Não vou ficar bravo pela porta, porque entendo perfeitamente o que sente. Senhorita Temari, tudo está sendo parte do meu plano. Quem você acha que deu a ideia da sua vinda para Konoha? Sim, eu falei com Hatake sobre suas habilidades dedutivas e era tudo o que eu precisava. Percebi que sozinho eu não conseguiria... Não depois de tudo o que aconteceu...

— Está dizendo que estou aqui por sua causa? – aos poucos, Temari ia baixando a guarda, deixando a arma pontada para o chão.

— Sim... – respondeu calmamente. – Eu precisava de alguém com uma percepção diferente. Alguém de fora, porém confiável. Hidan é meu carma. Mas... Sozinho não eu consigo mais...

— No relatório está claro que a morte Asuma Sarutobi tinha correlação com você, quem quer que tenha feito a documentação não teria mentido.

— Mas não é mentira... No entanto, obviamente não foi um ato direto.

— Então...? – indagou Gaara que analisava o apartamento sem sequer olhar para Shikamaru.

— Espero que tenha um tempinho para a minha história, irmãos do Deserto. Porque é meio longa.

— Eu não tenho pressa e você Temari?

— Apenas conte...

— Bom... – Shikamaru andou alguns passos até a cozinha e puxou uma banqueta alta para sentar-se e também, aproveitou para pegar uma xicara de café. – Se quiserem sentar, fiquem a vontade. Temari ficou em pé enquanto Gaara sentava-se no parapeito da varanda. Ficando um pouco mais distante, mas ainda ouvindo com atenção. – Tudo começou há pelo menos três anos atrás, quando eu era um aspirante de policial. Meu pai sempre incentivava a fazer uma atividade que ajudasse pessoas com meu intelecto. Eu não era muito fã de ataques diretos, sempre fui muito de pensar estratégias antes.

“Foi então que eu decidi ser policial estrategista, assim eu poderia salvar vidas de todos os lados: vítimas, policiais e até mesmo de bandidos, para serem corretamente julgados pela justiça. O problema era quanto mais eu entrava nesse ramo, mais inimigos eu ia fazendo. Até que um grande inimigo surgiu, como nos quadrinhos... Hidan.”

— O que me surpreende é que um traficante de drogas, assediador sexual e formador de quadrilha esteja solto. – comentou Gaara com tom de ironia.

— Bom Kakuzu, seu cãozinho de guarda é também um poderoso advogado. Que além de ter boas “defesas”, também compra todo mundo. Assim fica fácil para qualquer bandido. E, tudo piorou quando Hiruzen Sarutobi morreu, antigo prefeito e pai do meu falecido mentor. Um doente mental conseguiu ocupar seu lugar, Danzou, e ele facilitou muito a entrada de corruptos para cá.

“Quando me dei conta, grande parte da minha equipe havia me abandonado, sido presa ou morta por algum motivo. Mas a minha ambição e desejo de justiça era muito maior que isso. Mesmo amigos mais fiéis como Choji ou Naruto falando para eu parar, era evidente que não faria isso.”

— A morte de Asuma foi resultado da sua imprudência. – Temari não expressava nenhum sinal de compaixão. – Porque agora age como se nada tivesse acontecido? Porque não prende Hidan?

— Porque ele tem certo “controle” sobre mim. Resolvi voltar a fazer justiça usando a imprensa, entretanto, qualquer coisa que não seja relacionado ao Hidan ou ao seu grupo. Na época, nada sobre Hidan havia sido divulgado, já que ele tem influência sobre todos... Menos...

— Seu pai. – completou Temari. Gaara só observava.

— Bom... Olhem só como ele está atualmente...

— Você não passa de um covarde! – vociferou Temari dando as costas. – Vamos Gaara, estou perdendo meu tempo aqui, enquanto vitimas poderão estar em perigo.

— Não se formos mais rápidos. – comentou Shikamaru após tomar um gole de café.

— Parece que você já tem um plano. – Gaara, sem pedir, foi pegar uma xicara de café e adoçando com três colheres de xá de açúcar.

— Não acha que isso vai ficar muito doce não? – indagou Shikamaru, com um pouco de nojo.

— Coisas doces me ajudam a pensar.

— Vocês estão me tirando do sério... – murmurou Temari, fechando a porta que tinha acabado de abrir e voltando a encarar Shikamaru. – Eu ainda não confio em você, no entanto, desde ontem queria falar comigo sobre as vítimas.

— Bom, hoje, na festa de aniversário da Ino, tenho certeza que a próxima vítima estará lá. Não sei ao certo se ela será fatal ou não, todavia, é bom estarmos todos lá para acompanhar.

— O que te faz ter certeza e quem é esta pessoa?

— Entendo sua desconfiança Temari, mas será necessário confiar em mim mais uma vez. – a loira fez-se uma careta de desgosto. – Outro fator que me incomoda, é de aleatoriedade dos envolvidos. Pessoas que não são interligadas e que são muito ricas não me parecem motivos honestos para os crimes. Sai recentemente revelou que o Sasori do clube em que estávamos não é o mesmo do desenho. Isto é, uma pessoa de passou por Sasori. Acreditamos ser uma mulher.

Temari encarou Gaara e depois Shikamaru: - Como assim “não é o mesmo”? Conheço Sasori muito bem.

— Suas emoções estavam confusas. Estava alcoolizada e havia acabado de salvar a vida de uma garota e além do fato de estar acordada por mais de vinte e quatro horas. – Shikamaru pegou um cigarro e colocou na boca, enquanto acendia pode ver a expressão de reprovação da detetive. – Estou errado?

— Não... – assentiu envergonhada - E bom... Eu tive um encontro com Sasori recentemente, antes de me beijar e me desacordar, foi revelado por ele que a droga estava em sua forma liquida. Pronta para estar em qualquer lugar...

— Desculpa... Eu parei no “antes de me beijar”. - Shikamaru tinha ficado incomodado com tal revelação.

— Isso não é algo importante, a informação dele que é. E outra, o beijo não significou nada.

— Ah... Claro, a ponto de você não me dizer que seu ex, um traficante que mata criancinhas passou na sua casa e te beijou. – Gaara apenas observava a discussão recém-iniciada. E claramente não iria interferir porque estava divertido demais para isso.

— Minha vida pessoal não tem nada a ver com isso, só queria compartilhar o que Sasori havia me dito. – Temari achou estranha a reação do jornalista, no entanto, também achou interessante o ciúme repentino. - Sua vida estava em risco e confirmou o fato de ter mais pessoas envolvidas. – Continuou a explicar. - Ele realmente só fabricava as drogas, mas as ordens sempre vinham por um celular.  

— Então minha intuição não está errada. Por favor, Temari, aceite ir comigo ao aniversário de Ino. Gaara – agora havia virado a cabeça para direita, onde o rapaz estava encostado na pia, tomando praticamente todo o café. - Precisarei que instale câmeras estratégicas no bar de meu amigo, o deixarei ciente disso, portanto, mais tarde posso contar com suas habilidades?

— Bom... Por mais que você tenha escondido essas informações de minha irmã, eu entendo sua preocupação. Apesar de ser um fracote medroso e um terrível policial. Ok, eu instalo.

— Vou até fingir que falou essas coisas.

— Não muda o fato que você escondeu essas coisas de mim, alias todo mundo! Se matinha isso a sete chaves, porque deixou tão simples de ser descoberto? Não faz sentido! Hidan poderia mandar matar a sua família a qualquer momento. Ele está envolvido nisso, não tenho dúvidas...

— Entendo sua preocupação... – Shikamaru apagou o que restou do cigarro e jogou no lixo. – Mas, encaro essa situação como minha própria redenção... Vale o risco. E se Hidan está envolvido nisso, eu não tenho duvidas, apenas preciso saber como.

— Salvar inocentes está acima dos meus sentimentos por você, e além do mais, seu plano pode dar certo. Seja lá o que estiver planejando. Vamos Gaara...

— Obrigado... Parceira... – Shikamaru deu um sorriso leviano, enquanto os irmãos da Areia saiam pela porta. – Acredito que seja a minha última missão... Asuma, me ajude onde quer que esteja. – murmurou para si mesmo, enquanto tirava do bolso o isqueiro que pertencia ao seu mentor falecido.

Horas depois da revelação, havia muito que se perguntar para Shikamaru Nara. Temari terminava de se arrumar para o encontro entre supostos amigos e logo pensou em Sasori. Se ele havia morrido como dissera, ou se estaria mentindo. Mas, por que mentir? Por que ir até a sua casa e falar aquelas coisas por nada? E quem diabos era a vitima?

Muitas dúvidas estavam inundando sua mente, e com certeza não sairiam tão cedo. Gaara havia saído com seus aparatos tecnológicos para fazer as instalações necessárias. Enquanto isso, uma sensação estranha começava fazer Temari repensar a situação toda envolver seu irmão mais novo.

Resolveu vestir-se da maneira mais básica possível: uma camisa social preta com botões abertos na área do busto, calça jeans, bota de cano fino medindo cerca de cinco centímetros e espesso casaco preto. Deixou os cabelos soltos e maquiou-se com apenas batom vermelho e uma mascara para cílios. Estava quase na hora quando ouviu seu celular vibrar, era Shikamaru avisando que estava na frente de sua casa para busca-la.

Engoliu em seco, com um nó no estômago. Algo iria acontecer.

Trancou a casa e antes que Shikamaru saísse do carro para fazer qualquer coisa, ela já estava dando a volta e abrindo a porta do veiculo e se acomodando no assento da frente.

— Você está bem? – ele já sabia a resposta.

— Acabo de descobrir que meu possível parceiro é um policial afastado, envolvido num crime indiretamente e meu irmão mais novo pode ser uma das vítimas e está lá, exposto. Respondi sua pergunta? – Temari não o encarou ao responder, estava olhando para frente, no entanto, não via nada demais.

— Entendo... Eu não desejo que ninguém mais se fira. Veja que tudo o que fiz até agora envolvendo você e seus irmãos foi pensado. Esse caso só está seguindo a diante, porque vocês estão aqui. – ainda sem ligar o carro, mas com a chave pronta para dar ignição, Shikamaru olhou mais uma vez para Temari. - Que foi? – a loira estava o encarando agora.

— Porque está com o rosto machucado?

— Uns capangas do Hidan não pagou o que estava devendo...

— Então é isso que você faz? Um mero cobrador?

— Por aí... Dou recados, cobro pessoas, não faço trabalho “sujo”, porque aquele bastardo me quer “limpo” e poder entrar na delegacia livremente. Existe muito policial corrupto, você não tem noção.

— Por isso muitos te encaram?

— Sim...

Então, Nara liga o carro e segue dirigindo em uma curta viagem de trinta minutos até o bar de Choji. Quando Temari abriu a porta do carro para sair, Shikamaru a segurou pelo braço.

— Espere.

— O que foi agora?

— Obrigado, por confiar em mim... De novo...

— Vai ficar sentimental? Eu estou fazendo meu trabalho e se você estiver armando algo, eu saberei e te prenderei. Agora vamos.

— Que mulher problemática...

Ao saírem do carro estacionado em frente ao estabelecimento, foram recebidos por Gaara e Choji e disseram que as instalações foram realizadas com sucesso e que foram feitas sem ninguém saber.  Aos poucos, membros da delegacia iam chegando para a festa, incluindo a própria aniversariante que havia se atrasado. Temari, Gaara e Shikamaru foram receber Yamanaka.

— Oh! Vejam só vocês dois vieram! E quem é esse? Seu irmão Temari?

— Sim, este é meu irmão mais novo Gaara. Gaara esta é Ino minha colega de trabalho.

— Olá... – cumprimentou com um aceno, ele não era bom com pessoas socialmente.

— Er... Olá! Seja bem-vindo! – e deu sorriso. Ele apenas acenou novamente com a cabeça.

— Gaara é meio tímido... – Disse Temari para Ino. Shikamaru pensou “tímido uma ova”.

— Ah! Tudo bem, espero que se divirta!

— Ino, sabe dizer se o Naruto vem? – pergunta Shikamaru. Temari não imaginava que o suposto jornalista e policial era amigo de um investigador de polícia especializado em sequestros.

— Não... Parece que está em uma missão de resgate de reféns agora. –ao ver a entrada do bar, viu duas pessoas conhecidas por eles. - Oh! Sakura e Hinata chegaram!

E durante a noite foi tudo normal, Gaara, de uma das mesas do andar de cima, via com seu celular as imagens das câmeras instaladas e Temari, se alcoolizava com batidas, mesmo sabendo que estava em uma missão pessoal importante.

Pessoas iam e viam.

Parabenizando a jovem mulher Ino Yamanaka. Basicamente, quase todos da delegacia e amigos de Shikamaru estavam ali, incluindo Shizune e Kakashi. Pessoas que Temari não tinha mais ideia de poderia confiar ou não. E nada de vitimas, Sasori ou qualquer coisa do tipo. Estava sendo uma festa normal. Shikamaru então subiu no andar com copos de bebidas nas mãos, bebia uma delas. E ofereceu para Gaara, que recusou.

— Não bebo.

— Ok... E você, aceita? – ofereceu para Temari. Que olhou desconfiada.

— Não, obrigada.

— Ok, bebo os dois. – e o fez. A dose não era tão grande, portanto, ele bebeu em alguns minutos um dos copos para começar o outro. – Nada estranho?

— Nada, as câmeras estão funcionando nos pontos solicitados, mas, nada de anormal. Só pessoas tendo contato social excessivo. Lugares como cozinha, banheiros e a frente do bar estão relativamente vazia. Abaixo de nós têm pelo menos umas cinco câmeras.

— Sua genialidade não tem fim. – concluiu Shikamaru.

— Para um cara que bebeu bastante, você está bem são. – observou Gaara.

— Me acostumei. – e deu um sorriso.

— Vou ao banheiro. Gaara, desliga esta câmera.

— Sim, senhora.

Temari então desceu as escadas olhando aos arredores para ver se algo estava errado. Nada. Antes de entrar na porta do banheiro feminino, uma pessoa veio ao seu encontro, era Shizune que abria a porta na direção da detetive e quase tropeça na mesma.

— Minhas sinceras desculpas! Acho que bebi demais...

— Tudo bem... O banheiro está utilizável, né?

— Sim, sim... – e deu um sorriso amarelo. - Eu só queria dizer que Shikamaru está doidinho por você...- ela estava bêbada.

— Oras, vejo que você bebeu demais. Que tal descansar, hein?

— Que nada! Estou ótima! Fui!

Temari balançou a cabeça reprovando a atitude da mulher, e então foi ao banheiro, e se viu no espelho por alguns momentos. Cansada, desejava ir embora o mais rápido possível. O banheiro tinha três cabines, uma longa pia de mármore branco e o espelho tão grande quanto a pia. Entrou na ultima cabine, abaixou a tampa do sanitário para apenas pensar e ficar longe do barulho.

Temari então recebeu uma mensagem de um número desconhecido, avisando que estava do lado de fora e que era para ser discreta. Era Sasori. Temari não tinha certeza se aquilo era real ou não, mas precisava descobrir. A vítima poderia estar ali e ele faria o próximo ato. Então, sem pensar de maneira lógica, resolver ir até o ponto de encontro. Claro, um beco onde ficavam as latas de lixo, entretanto, ela estava armada.

Enquanto isso, Gaara observava suas câmeras tremular um pouco e depois voltar ao normal. Aquilo não era bom sinal.

— Alguém mexeu nas câmeras – Alertou.

— Como assim?

— Estão congeladas! – então ambos se entreolharam e em uníssono disseram:

— TEMARI!

Do lado de fora, alguém se aproximava de Temari. O cabelo ruivo era igual ao de Sasori, mas, algo estava diferente. Antes de reagir a qualquer coisa, uma terceira pessoa estava ali e esta por sua vez neutralizou a policial injetando uma seringa em seu pescoço. Na seringa, havia a substância “Mugen” que fez a loira rapidamente ter espasmos de dor e toda a sua visão ficar turva. Ela havia sido enganada pelos seus sentimentos, mais uma vez. Em poucos segundos, ambos os estranhos desapareceram dentro de um carro e logo após, Gaara e Shikamaru chegam onde Temari estava gritando de dor. A ajoelhada no molhado, - pois havia começado a chover, ela começava a bater os punhos na própria cabeça.

— Faça parar! Faça parar!

— Gaara, chame por Sakura e Hinata, ambas são medicas! – os espasmos começaram a parar e Temari começou a ter convulsões.

— Não, não, não... Olhe para mim, tá bom? Tenta se controlar! Eu... Eu... Sinto muito.

Sakura e Hinata chegaram, - assim como vários convidados curiosos, e prontamente atenderam Temari. Hinata pediu que se afastassem e deitou Temari no chão e, pediu também o casaco de Shikamaru para levantar a cabeça da loira e assim o fez. Abriu a camisa da mulher e tirou os sapatos dela para ficar mais confortável e não se machucar. O ataque parou cerca de dois minutos depois e ela logo foi recuperando a consciência.

— Uma ambulância já está a caminho! – disse Sakura, medindo a pressão do pulso da policial.

— Era eu... Não era? – falou baixo, mas o suficiente para Shikamaru ouvir.

— Sim... Você era a vítima... E todos – Levantou-se e falou em bom tom - são suspeitos deste atentado, inclusive eu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, deixem comentários dizendo o que está achando, é super importante para mim!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Sombra do Vento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.