Perdidos Em Nova Iorque escrita por Ginnyweas


Capítulo 12
Cidade de estrelas


Notas iniciais do capítulo

Hey, angels! ❤️
Olha só, a autora aqui já começou a dar mancada e ficar semana sem atualizar né? Mas semana passada realmente não tinha condições eu estava enlouquecida de tanta coisa pra fazer! Mas, graças ao feriado de hoje, tô mais tranquila e vim aqui atualizar.
Esse capítulo vai pra minha beta que me levou pra assistir esse filme (Pagou as pipoquinhas como sempre! haha) e assim que ele terminou eu sabia que tinha que atrelar ele a alguma coisa por aqui, temos histórias realmente parecidas...
Enfim, vamos ao capítulo.
Desculpem-me os erros ortográficos.
Boa leitura :)
*Ps: temos spoilers de La la land nesse capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/728111/chapter/12

Hermione e Rony estavam procurando um bom lugar para se sentarem nas cadeiras do cinema. Hermione faria uma crítica sobre um filme em lançamento e dessa vez não pensara duas vezes antes de convidar o ruivo para acompanhá-la, afinal, sabia o quanto ele amava cinema, e também era uma ótima companhia para tal passeio.

Os dois foram se sentar no fundo do cinema, na última fileira, era uma regra que eles acabaram estabelecendo sem perceberem: o melhor lugar para assistir a uma sessão é a última fileira. E eles acabavam por obedecê-la sempre, e mesmo depois de um bom tempo sem irem ao cinema juntos eles involuntariamente seguiram o protocolo sem que nenhum dois precisasse se lembrar.

— Melhor lugar sempre! — Rony dissera após eles terem se sentado nas cadeiras centrais da última fileira.

— Com certeza! Estou ansiosa pro filme.

— Eu também, estão apostando alto nele. Boatos de que será digno de um Oscar.

— É o que veremos. A sala está cheia, né?

— Não muito, afinal ninguém veio aqui pro fundo. Os americanos não sabem como se deve assistir a um filme no cinema?

— Pare de falar mal dos americanos num país onde você está rodeado deles.

— Não estou falando mal deles... — ele disse e recebeu um olhar duro dela — Ainda.

— Então nem se dê o trabalho de começar!

— Acho que vou comprar pipoca! Guarde meu lugar, está bem?

— Ok, mas vá logo!

Rony se levantara e saíra em direção à lanchonete, pelo fato das luzes do cinema estarem sempre apagadas ele acabou por tropeçar nos degraus da escada, ato que não passou despercebido por Hermione que sufocou uma risada para não incomodar os outros espectadores.

Passaram-se longos minutos e nada de Rony voltar, ela pegou seu bloquinho de anotações, preparando-se para anotar os pontos altos e baixos do filme que assistiria. Então os trailers começaram, o cinema havia ficado escuro por completo e pouco tempo depois a figura do ruivo surgiu atrás de dois enormes baldes de pipocas e dois enormes copos de refrigerante... Lá vinha o Ronald exagerado Weasley!

— Cuidado! — Hermione dissera ao vê-lo quase derrubando a comida das mãos.

— Me ajuda aqui!

— Shiu! — ela sussurrou indo ajudá-lo e os dois passarem a falar baixo — Pra quê tudo isso, Ronald?

— O filme tem mais de duas horas, vamos ficar com fome. Fora que antes de uma hora eu já terei acabado com tudo isso aqui!

— Shiu! — ela disse de novo.

— Tudo bem, tudo bem, estou em silêncio!

O filme iniciou-se, era um musical. Cheio de sonhos e romance, um verdadeiro espetáculo. Hermione quase não fizera anotações na coluna de pontos baixos sobre o filme, ao contrário da coluna de pontos altos que estava repleta de itens.

Durante o filme Rony realmente tinha acabado com seu balde de pipocas, e ela acabou por dividir o dela com ele. Ou melhor, entregá-lo a ele, pois o ruivo ainda era o morto de fome que ela conhecia.

Quando o filme acabou Hermione chorava silenciosamente, emocionada com o desfecho da trama. Ela tinha amado o filme! Rony não ficara muito atrás, mas não derramaria lágrimas por filme nenhum. Os dois saíram do cinema e caminhavam lado a lado na rua enquanto faziam seus comentários sobre ele, Hermione acreditava que debater com alguém sobre os eventos que cobria a ajudava e muito em sua dissertação. E Rony com todo seu carisma era uma ótima pessoa para o fazê-lo, ultimamente suas matérias estavam ganhando um bom destaque no jornal e ela acreditava que era a companhia e os debates com ruivo o motivo daquilo.

— Com certeza vai concorrer ao Oscar, o filme é um espetáculo! Não tenho tanta certeza se vai ganhar ou não, mas concorrer vai sim. — ele disse.

— Foi incrível mesmo.

— Vamos comer alguma coisa?

— O quê?

— O que você acha? — ele perguntou risonho e ela balançou a cabeça.

— Nada disso, estou de dieta.

— Ah, Mione! — ele resmungou, dizendo lentamente cada sílaba proferida por ele.

— Não vou comer hambúrguer.

— Por que não? Pra que está fazendo dieta?

— Tenho que entrar no meu vestido daqui a alguns meses.

— Que vestido?

— De noiva, é claro.

— Ah. — ele pareceu ligeiramente desapontado — Você terá uns bons meses pela frente para recuperar, ou melhor, perder peso. Não acredito que vai negar isso pra mim!

— Pois pode acreditar!

— Então que não seja por mim, que seja pelo hambúrguer! — ele fez sua carinha manhosa que conseguia extorquir qualquer coisa dela. Até então aquela expressão nunca falhara, e não seria agora que falharia.

— Golpe baixo, Weasley! — ela disse dando um tapa no ombro dele — Só porque hambúrguer é nossa comida favorita!

— Sim, senhora!

Ele deixara aquilo escapar um pouco mais animado do que gostaria, mas não conseguiu conter a estranha animação que percorreu seu corpo ao vê-la se referir ao hambúrguer como "nossa" comida favorita. Por sorte, o que não faltava em Nova Iorque eram fast-foods, e ele a levou na rede favorita deles. Ele insistiu em pagar tudo e ela ficara resmungando, mas não teve jeito, ele não deixou que ela ao menos tirasse a carteira do bolso. Pegaram seus pedidos e foram se sentar.

— Não precisava pagar tudo!

— Já te disse várias vezes: você me dá a oportunidade de fazer coisas legais de graça e eu pago a comida, cada um faz a sua parte.

— A minha parte não gasta nada, eu recebo os convites de graça por causa do serviço.

— E daí? Sua parte é fornecer os convites, não importa se está gastando ou não. — ele disse e ela revirou os olhos.

— Já estou vendo que vou ficar uns bons dias comendo folhas depois disso aqui! — ela disse encarando seu enorme hambúrguer.

— Do jeito que você fala até parece que é gorda.

— Não posso engordar, Ron. Um quilinho a mais e eu ficarei ridícula no meu vestido.

— Você sabe que não fica ridícula de jeito nenhum.

— Obrigada. — ela corou.

 — E se ficar gordinha não tem problema nenhum. Beleza não se mede pelo número da roupa que veste.

— Tudo bem, agora estou me sentindo menos culpada por esse hambúrguer. Mas se ela reaparecer não custa nada colocá-la em você, não é? — ela disse roubando uma batata dele e ele protestou — Mas e aí, gostou do filme mesmo?

— Sim, foi um bom filme. Bom enredo, cenografia, figurinos... As atuações também foram incríveis, mas não gostei muito do final.

— Por que não?

— Achei meio chato.

— Chato?

— É... Quer dizer, pra que fazerem aquilo? Era um final alternativo por acaso? — ela riu da indignação dele.

— Ah, também fiquei chateada. Mas gostei.

— Por que raios eles não ficaram juntos? Estragaram toda a história do casal.

— Não acho que estragaram, acredito que foram bem realistas! — ela disse brincando com suas batatas, e ele percebeu que ela estava evitando encará-lo.

— Por quê?

— Os dois se amavam, mas sabiam que teriam que escolher entre os próprios sonhos ou ficarem juntos. E eles se amavam a ponto de apoiarem os sonhos um do outro.

— Como assim?

— Quando eles perceberam que se sentiriam incompletos se deixassem os sonhos de lados para ficarem juntos eles se deram esse beneficio, sabe? De deixar o outro partir em busca da felicidade...

— Não acha que isso é egoísmo? Ir ser feliz e deixar o outro pra trás?

— Não quando os dois estão de acordo. Não quando um apoia o outro, não quando os dois se amam. — agora ela o encarara e ele sustentou o olhar dela.

— É, mas foi desse jeito que ela acabou se casando com outro. — ele disse tentando ao máximo não deixar transparecer a pontada de raiva que sentiu.

— Foi desse jeito que ela percebeu que devia tentar ser feliz com outro alguém, pois não valia a pena se prender a alguém que a impediria de sonhar.

— Ele não a impedia de sonhar.

— Será mesmo? — agora era ela que lutava contra a raiva que começou a sentir.

— Bem, para alguém que dizia que iria amá-lo pra sempre ela estava muito feliz na vidinha com outro.

— Não seja idiota, ela nunca deixou de amá-lo. Nunca.

As palavras dela vieram carregadas com um brilho nos olhos, o tipo de brilho que ele nunca gostou de ver nos olhos dela: o brilho da mágoa.

Aquilo tinha soado tanto quanto uma confissão quanto como a defesa calorosa de uma personagem que Hermione gostava e por ela ser uma louca por histórias aquilo não era incomum. E os dois preferiram acreditar na segunda opção.

— Bem, eu gostei do filme no final das contas. — ele disse indo sugar seu refrigerante pelo canudo.

— É, eu também. — ela disse indo fazer o mesmo.

O resto do jantar dos dois ocorreu num clima um tanto pesado e desconfortável, mas eles tentaram contornar a situação como dois adultos. Porém foi difícil prosseguir como se nada tivesse acontecido quando suas mentes não conseguiam tirar a discussão ocorrida ainda a pouco de suas cabeças.

Os dois tinham certeza de que a crítica que Hermione faria para o filme com certeza seria uma das melhores feitas em toda a sua vida, afinal ela não escreveria apenas sobre um filme que tinha acabado de assistir. Ela escreveria sobre uma situação vivida pelos dois. Pela primeira vez ela não escreveria sobre os personagens de um filme, não quando na vida real Mia e Sebastian eram interpretados por ela e Ron.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mione e Rony são versões adaptadas de Mia e Sebastian, sim ou claro? Quem ainda não assistiu ao filme, assistam! Super recomendo!
Espero que tenham gostado!
Beijinhoooooos da tia Ginny pra vocês ❤️