Minha vida depois de você... escrita por andreane17


Capítulo 42
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Olááá..voltei, nem demorei dessa vez hein hehe.. Agora vamos descobrir o que aconteceu com a Esme... Boa Leitura



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Estava no meio da reunião com alguns empresários quando meu celular tocou mostrando o nome de Bella, estranhei, pois ela nunca me ligava no meio de uma reunião, devia ser algo importante.

— Com licença senhores, preciso atender essa ligação. - disse e me levantei indo até a porta e atendendo ao telefone.

— Oi meu amor, o que houve? - Perguntei preocupado.

— Edward, pelo amor de deus, é a sua mãe. - disse ela desesperada do outro lado da linha.

— Bella, o que aconteceu com a minha mãe? - disse assustado levantando a voz.

— Ela desmaiou no banheiro Edward, ela estava sangrando muito pelo nariz, eu não sei o que aconteceu, acabamos de chamar a ambulância, mas ainda não chegou e seu pai também não está aqui, ela está muito mal Edward. - disse ela com uma voz embargada pelo choro.

— Eu to indo praí agora mesmo Bella, caso a ambulância chegue antes, diga para eles levarem ela para o Sírio Libanês, foi lá que ela foi tratada antes. - disse tenso, já correndo de volta para a sala.

— Ok, vem logo! - disse e desligou.

— Senhores, mil perdões, preciso ir socorrer minha mãe que está muito mal, desculpem a falta de profissionalismo, mas é realmente urgente. - disse ofegante enquanto juntava os documentos e o notebook.

— Imagina Edward, sem problemas, podemos continuar isso outra hora, a saúde da família em primeiro lugar, vá tranquilo.- o Senhor Jenks me disse e eu agradeci já saindo da sala como um furacão.

 Meu deus, o que será que aconteceu com minha mãe, por favor meu deus, que não seja nada grave, eu sei que temos nossas diferenças, que muitas vezes eu tive raiva dela, mas por favor, faça com que nada de mau aconteça.

 Fui o caminho todo até a empresa rezando silenciosamente, quando cheguei vi que uma ambulância estava parada na porta, e que já vinham trazendo minha mãe em uma maca, estacionei o carro de qualquer jeito e fui em direção a eles, no caminho encontrei com meu pai correndo também nessa direção.

— Meu deus, o que aconteceu com ela? - chegou ele próximo a ambulância desesperado.

— Senhor, ela passou mal no banheiro e desmaiou, seu nariz estava sangrando muito. - disse Bella que vinha atrás dos paramédicos.

— Com licença senhores, precisamos de espaço para trabalhar. - disse um dos paramédicos parando em frente da ambulância e se posicionando para colocar minha mãe lá dentro.

— Eu vou junto com ela. - disse meu pai assim que a posicionaram na traseira da ambulância.

 A ambulância saiu a toda velocidade com as sirenes ligadas em direção ao hospital, eu só pude ficar olhando embasbacado nessa direção, sem saber o que fazer, estava em choque, de novo minha mãe no hospital.

— Vamos Edward, vamos até o hospital. - disse Bella chegando do meu lado e apertando minha mão.

 Saí do transe em que me encontrava.

— Sim, vamos lá. - disse enfim recuperando o controle.

 Seguimos em um silêncio desconfortável até o hospital, não sabia o que me esperava quando chegasse lá, a imagem da minha mãe em uma maca, toca ensanguentada e desacordada não saia da minha cabeça.

 Subi até o andar em que ela estava e encontrei meu pai andando de um lado para o outro, trocamos olhares, mas não falamos nada, nos faltavam palavras no momento. Uns minutos depois ele se virou para Bella e perguntou.

— Menina, me diga direito o que aconteceu. - disse ele em tom autoritário, ainda que seus olhos mostrassem todo o medo que ele sentia.

— Eu entrei no banheiro do financeiro e encontrei a Dona Esme lá, ela estava tentando limpar o nariz que sangrava, perguntei se estava tudo bem e ela disse que sim, porém o sangue não parava de sair e do nada, ela foi ficando pálida até que caiu desmaiada na minha frente. Eu gritei por ajuda e o pessoal veio correndo ver o que estava acontecendo e nós chamamos a ambulância, então eu não sei exatamente o que aconteceu com ela.

 Meu pai passou a mão pelos cabelos em frustração e angústia. Continuou andando de um lado para o outro, enquanto eu fui me sentar em uma das cadeiras da sala de espera, com Bella em minha frente sempre segurando minha mão para me passar calma. Pareceu-nos uma eternidade, mas enfim algum médico apareceu para nos informar.

— Família da senhora Esme Cullen? - perguntou nos olhando e nós só assentimos.

— Por favor, me acompanhem. - disse e se virou para seguirmos até sua sala.

— Doutor, o que minha esposa tem? Ela teve outro AVC? - perguntou meu pai nervoso.

— Não senhor, não foi um AVC, fizemos todos os exames possíveis para verificar o que poderia ter causado o sangramento e o desmaio, e infelizmente chegamos a uma única resposta. - disse ele com pesar na voz.

— E o que é doutor, pelo amor de Deus fala logo. - disse já descontrolado.

— Infelizmente a senhora Esme está com leucemia. - disse finalmente.

 Foi como se o tempo tivesse parado, o silêncio tomou conta da sala, nos olhávamos atônitos, não podia ser, minha mãe com leucemia, essa doença tão agressiva e quase sempre mortal, olhei para meu pai que tinha lágrimas escorrendo pelos seus olhos e para Bella que tinha colocado a mão na boca em choque, também com seus olhos marejados. Fiquei mudo, em choque, não sabia que reação ter.

— Eu sinto muito, não é fácil receber uma notícia como esta, mas vocês precisam ser fortes por ela, teremos muitos tratamentos pela frente enquanto não encontrarmos um doador compatível de medula, e vocês tem que passar força para ela nesse momento difícil. - disse o médico nos olhando.

— Doutor, há a possibilidade de alguém da família ser doador? - perguntou Bella ao meu lado enquanto apertava minha mão cada vez mais forte.

— Sim senhorita, todos da família podem fazer exames de compatibilidade, mas infelizmente a probabilidade é pequena, na maioria dos casos a família não tem a medula compatível, porém, iremos colocá-la na fila de transplante para que assim que localizado alguém compatível, ela consiga ser transplantada. - nos explicou o doutor.

— Eu posso ver minha esposa agora? - perguntou meu pai saindo do transe.

— Sim senhor, vou acompanhar vocês até lá. E amanhã mesmo já iremos começar com as sessões de quimioterapia, por isso é bom todo o apoio da família. - disse e se levantou.

— Obrigado doutor, quando podemos fazer os exames? - perguntei me recuperando um pouco, afinal tínhamos que ter esperança.

— Vocês podem verificar na recepção, mas creio que amanhã mesmo vocês já podem fazer o exame de sangue para verificar a compatibilidade. - finalizou e nos indicou onde era o quarto de minha mãe.

 Deixamos meu pai entrar primeiro sozinho, ele precisava desse tempo com ela.

— Bella, eu não acredito nisso. Leucemia! - disse me sentando e colocando a cabeça entre as mãos desesperado.

— Eu sei meu amor, eu sei, é terrível, mas temos que ter fé que logo aparecerá um doador compatível, ou até mesmo você ou seu pai. - disse ela acariciando meus cabelos.

— Eu sei, eu tenho fé, mas é tão terrível, essa doença é tão violenta, ela vai sofrer tanto Bella, e eu me sinto terrível pelas vezes que tive raiva dela e inconscientemente desejei que ela pagasse pelas coisas que fez, eu sou uma pessoa muito ruim. - disse com lágrimas nos olhos, minha consciência estava me matando, apesar de qualquer coisa eu jamais desejaria isso para a minha mãe, eu a amava.

— Shii.. Não fica assim Edward, infelizmente não está em nossas mãos controlar esse tipo de coisa, qualquer pessoa está suscetível a isso, não fique se martirizando desnecessariamente, agora você tem que ser forte por sua mãe. - disse Bella me abraçando e me deixando chorar em seu ombro.

 Mais alguns minutos se passaram e meu pai saiu do quarto com os olhos vermelhos e rosto sofrido, me levantei para entrar enquanto limpava meu rosto das lágrimas.

— Você quer entrar Bella? - perguntei

— Não Edward, acho melhor não, esse momento é só para a família, mas eu estarei aqui rezando por ela, vai lá ver sua mãe. - disse me passando força.

—Entrei no quarto e lá estava ela, parecia tão frágil e debilitada. Não consegui dizer uma só palavra, apenas me aproximei e a abracei. Ficamos ali em silêncio, abraçados, lágrimas escorriam pelos nossos olhos. Como é difícil ver quem você ama, assim, abalada desta forma, minha mãe, uma mulher sempre tão elegante e correta, até certo ponto, mas quem sou eu pra julgá-la; uma mãe carinhosa e amorosa, que sempre esteve ao meu lado; uma esposa sempre tão dedicada e fiel ao seu marido. Quem sou eu para condenar seus erros. Todos erram, principalmente as mães que erram com o intuito de acertar.

—Mãe, vai ficar tudo bem. - Mesmo com a voz embargada, tentei demonstrar todo o meu otimismo.

—Será meu filho? Leucemia nesta altura da vida? - Disse ela aos prantos.

—Será só mais uma batalha que a senhora enfrentará. A senhora é forte. - Abracei-a mais forte ainda. - Eu te amo mãe.

Afastei-a dos meus braços, e comecei a secar suas lágrimas com a minha mão, meu pai entrou novamente logo em seguida e ali ficamos mais um tempo cheios de esperança e medo no coração. A enfermeira entrou na sala e pediu para ficar apenas um acompanhante, então me despedi da minha mãe e do meu pai e deixe-os.

Bella estava na sala de espera me aguardando, precisava muito do colo dela neste momento.

—Oi amor, e aí como ela está? - Disse ela preocupada

—Ai linda, ela está muito abatida, só chora, eu não sei o que fazer.

—Vai dar tudo certo, pense positivo, sua mãe é forte, vamos achar um doador de medula pra ela, inclusive já fui até a recepção e peguei todas as informações para fazer o exame de compatibilidade, senta aqui. - Disse ela apontando para a cadeira ao lado dela.

—Então, a forma mais rápida de conseguir um doador de medula óssea é na família, irmão tem a maior chance de ser doador. Sua mãe tem irmãos?

—Tem sim Bella, ela tem um irmão mais velho, o meu tio Eleazar. - Neste momento senti uma pontada de alívio, com certeza meu tio doaria a medula pra minha mãe.

—Você tem o telefone dele? liga pra ele Edward… mas espera aí. - Disse Bella revirando a papelada que estava em sua mão.

—O que Bella, o que você está procurando? - Perguntei impaciente.

—Tem aqui uma lista das pessoas que não pode doar. Seu tio tem uma dessas doenças aqui: HIV, hepatite B ou C, câncer, diabetes, DST… - Interrompi-a

—Diabetes, meu tio tem diabetes, ele toma insulina inclusive - Disse derrotado.

—Ai Edward, sendo assim temos que desconsiderar essa possibilidade. Mas a recepcionista falou que o nome dela já está no REDOME, que é o registro nacional de doadores de medula óssea. E o exame de compatibilidade dá pra fazer hoje, o hospital tem um hemocentro. Vamos lá?

—Vamos sim, vou chamar o meu pai pra ele ir fazer também, já volto.

Seguimos Bella até o hemocentro, parecia até que ela já conhecia o hospital, como já tinha pegado todas as informações então apenas a acompanhamos. Chegando ao hemocentro, a Bella tomou a frente de tudo, ficamos aguardando sentados enquanto ela conversava com a recepcionista sobre o exame. Alguns minutos depois a enfermeira chamou meu pai e assim que ele voltou ela me chamou também. Já preparado para ir embora a enfermeira chama o nome da Bella. Meu pai que estava se levantando da cadeira quase caiu ao ouvir o nome dela, e confesso que também me surpreendi.

—Bella, você também vai fazer o exame? - Perguntei espantado

—É claro Edward, ela é sua mãe e independente de qualquer coisa ela precisa de ajuda, se eu puder ajudá-la farei isso. - E se virou e seguiu para sala onde estava a enfermeira.

Olhei para o meu pai e ele estava atônito. Não me aguentei, sei que não é o momento mas precisava desabafar

—Imagino que isso tenha sido um tapa na sua cara né pai? - Perguntei orgulhoso da atitude da Bella.

—Edward, eu… eu… eu não sei o que dizer. - Respondeu ele meio atordoado.

—É melhor não dizer nada pai, apenas aprenda com as lições que a vida está lhe dando.

— Prontinho Edward, agora podemos ir embora. - Disse Bella se aproximando de mim, nem reparei a hora que ela saiu da sala.

—Esqueci de perguntar para a enfermeira quando sai o resultado. - Disse meu pai desviando o olhar.

—Não se preocupe Sr. Carlisle, eu perguntei, a enfermeira disse que no máximo três dias saberemos o resultado, se algum de nós for doador o hospital entrará em contato. Caso contrário, teremos que contar com a fé para que no banco de dados tenha algum doador. Inclusive eu conversei com a Alice Edward e ela está organizando uma força tarefa lá no pub para que a galera venha aqui fazer o exame também. Acredito que toda ajuda neste momento será bem vinda. E se o senhor Carlisle permitir assim que eu chegar à empresa eu organizo entre os funcionários também.

—Eu.. Eu agradeceria muito Bella. - Disse meu pai dando um sorriso cordial.

Meu pai voltou a ficar com minha mãe e eu e Bella fomos embora.


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Notas finais do capítulo

viiixiii que tenso hein.. leucemia.. e olha só quem ta tomando a frente de tudo!! Carlisle tendo que engolir o preconceito e arrogância.... é bom um choque de realidade de vez em quando né... enfim.. vamos aguardar o que espera o próximo capítulo...