Minha vida depois de você... escrita por andreane17


Capítulo 4
Capítulo 2 - POV. Bella


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, aí está a versão da Bella do encontro, espero que estejam gostando. Obrigada pelas visualizações e divirtam-se.. :)



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 Eu estava hiper nervosa, roendo as unhas e não conseguia parar com a minha cadeira quieta no lugar, esse era um tic que eu tinha quando estava nervosa, começar a empurrar a cadeira pra frente e pra trás, já estava até com os braços doloridos. Como eu fui ter essa louca ideia de aceitar me encontrar com o Edward, eu sou uma inválida, minha vida não tem sido nada fácil desde aquele infeliz acidente, desde então se tornou cada vez mais complicada, eu tive que aprender a usar uma cadeira de rodas, me adaptar a me mover dentro da minha própria casa, aprender a tomar banho sentada, aprender a subir na cama. Porém, no começo eu só tinha minha irmã para me ajudar a me adaptar a todas essas coisas, foi uma época complicada para nós duas, eu fiquei depressiva após ficar paraplégica, não queria fazer mais nada, só desejava morrer para acabar logo com essa agonia, não tinha mais meus pais que há algum tempo tinham morrido em um acidente de carro. Pelo visto era um karma na nossa família, acidentes de carro. Antes do acidente dos meus pais eu era uma bailarina, passava horas e horas no estúdio de ballet mais conceituado de São Paulo, fazia várias apresentações e era a principal bailarina da equipe, estava me preparando para ser convidada para fazer parte da principal escola de ballet do Brasil e quem sabe um dia fazer parte da principal escola de ballet do mundo, minha instrutora sempre me dizia que eu tinha chances de realizar meu sonho e ser uma bailarina mundialmente conhecida, porém, quando meus pais morreram, tive que sair do ballet, era em tempo integral, eu tinha 18 anos e tive que ser a responsável pela casa, pelas despesas e pela minha irmã que até então tinha só 16 anos, para isso consegui um emprego e tentava conciliar com as aulas de ballet a noite. Mas dois anos depois, veio o meu acidente e meu sonho desmoronou, nada disso poderia acontecer, eu estava no limbo, no fundo do poço, já não encontrava forças para seguir após minha vida e sonhos terem sido destruídos, nem minha maior paixão, o ballet que eu não poderia fazer nunca mais. E agora era a vez da minha irmã que tinha apenas 18 anos ter que sair para trabalhar e conseguir sustentar a casa, enquanto morria de preocupação por mim. Eu percebi que estava sendo uma ingrata, somente quando minha irmã adoeceu, era tanto stress, tanta responsabilidade em cima dela, tanta preocupação tanto com nosso sustento, como com minha saúde que ela acabou ficando super mal e eu temi perder a última pessoa que eu tinha na vida, era o momento de estarmos juntas, como quando eu tive que ter as responsabilidades sozinhas, ela sempre me apoiou do jeito que podia e agora eu teria que ser forte por nós. Nesse momento eu decidi encontrar o resto de força que eu tinha para dar a volta por cima e tentar aceitar minha condição e me tornar uma pessoa melhor, afinal de contas, existiam muitas pessoas em situações muito piores que a minha, e minha irmã não merecia estar sofrendo assim por minha causa.

Desse dia em diante nos tornamos ainda mais unidas, eu me esforcei para aprender o que fosse necessário para melhorar um pouco minha mobilidade e adaptação e fui atrás de um emprego. Porém, não foi nada fácil, nessa minha busca passei por várias humilhações, pessoas preconceituosas e seus olhares de desdém, locais sem acessibilidade para cadeirantes, sem rampas e com muitos degraus, tive que engolir meu orgulho várias vezes nesses lugares e no transporte público caótico e despreparado, ouvi várias pessoas cochichando pelas minhas costas, entrevistadores que só por seus olhares me diziam eu era uma incapaz, sem nem sequer me darem a oportunidade de provar o contrário.  E nessa fase a ajuda da minha irmã também foi fundamental, ela se esforçou ao máximo para que eu conseguisse trabalhar no pub que ela já trabalhava, após muitas súplicas ao chefe dela, ele finalmente aceitou me contratar e até então eu faço o máximo possível para ser uma boa funcionária e merecer essa oportunidade. Continuava ainda perdida em pensamentos quando Alice chamou minha atenção.

— Nossa, será que você pode parar com isso pelo amor de deus, já estou ficando louca aqui. - Disse Alice que estava sentada no sofá vendo um programa de tv qualquer.

— Ai Ali eu estou nervosa, me deixa. - Disse emburrada.

— Nervosa, ah tá, ontem quando estava comendo o bonitão com os olhos eu não te vi nervosa. - Debochou de mim enquanto começava a zapear os canais.

— Cala a boca Ali, não piora mais minha situação. - Reclamei mais nervosa ainda.

— Ei calma ai sua boba, só estou brincando com você, relaxa, ele parece um cara legal. Tenta se soltar e curtir um pouco hoje a noite, aja normalmente, é só um encontro lembra, ninguém aqui está marcando a data do casamento. - Riu com essa última parte.

— Rá Rá muito engraçada você, eu sei que não é nada disso, mas como eu posso fingir que sou normal perto de um homem tão lindo como esse, meu deus que loucura eu fiz aceitando esse tal encontro, já sei, vou ligar avisando que estou doente e não vou trabalhar hoje e vou dar um bolo nele pra ele desistir. - Disse desesperada tentando arranjar uma saída para essa loucura.

Alice se levantou do sofá e se abaixou em minha frente.

— Escuta bem o que eu vou te dizer, primeiro que você É NORMAL, você só tem suas limitações, mas isso não te faz diferente de ninguém, com todos os direitos que os outros, inclusive o direito de se divertir com um cara gato que nem o Edward. Segundo, vou ficar de olho em vocês enquanto trabalho e caso as coisas saiam do controle eu te ajudo combinado? - Disse de forma carinhosa, me acalmando.

— Sim, supondo que eu vá neste encontro e que ocorra tudo “bem” que eu finja ser “normal”, você realmente acha que o Edward vai querer qualquer coisa que seja, se ele perceber que eu sou uma inútil paraplégica? Acorda Alice.

— Nossa, Bella, eu não acredito que estou escutando isso, você é bonita, inteligente, independente, trabalha, está na hora de você aceitar quem você é.

— Quem eu sou não, quem eu fui obrigada a me tornar, se não fosse aquele maldito dia, minha vida hoje seria outra. Você sabe tudo que eu perdi depois do acidente. A dança que era minha vida, minha arte, meu mundo, se foi. Você sabe como isso é frustrante? Ver que tudo que você tinha se perdeu por causa do infeliz, irresponsável e desgraçado que causou o acidente? - Disse com lágrimas nos olhos

— Não Bella, eu não sei como é nada disso, o que eu sei é que você merece ser tão feliz como qualquer outra pessoa, para de ficar pensando no que você perdeu e veja aquilo que você pode ganhar. Por favor, vai nesse encontro. Por mim. Já te disse que ficarei de olho e te ajudarei se precisar.

— Tudo bem, eu vou, o que eu faria sem você hein. - Disse a abraçando com carinho e enxugando minhas lágrimas. Minha irmã era a pessoa mais especial que eu tinha na vida, sem ela eu não seria ninguém.

 Olhei para o relógio e percebi que já era hora de me arrumar para o trabalho, coloquei meu uniforme e sem muito entusiasmo abri o guarda roupa para escolher a minha melhor roupa.   Como se eu de fato tivesse uma “melhor” roupa, entretanto meu estilo é bem eclético, são várias opções de calça jeans e blusinhas. Que beleza!

 Separei a minha “melhor” blusinha e calça jeans, uma sapatilha e pronto, roupa perfeita para um primeiro encontro em um pub. Quando para meu pesadelo Alice entra em meu quarto

— Bells, sabe a Rose aquela minha amiga do cursinho, então ela terminou com o namorado, só por causa.... Que merda é essa em cima da sua cama? Não me diga que você vai se encontrar com o Edward com isso?

— Vou, por quê? Perguntei cinicamente.

— Não, você é inacreditável Bella, de verdade. Disse ela um pouco revoltada com minha despreocupação. - Com essa roupa, nem se você andasse, você conseguiria chamar a atenção de alguém, imagina a do Edward, que pelo jeito tem o gosto 10 mil vezes melhor que o seu, vem, bora lá no meu quarto, vamos experimentar umas roupinhas.- Sim, minha irmã tem um humor negro.

Não sei por que, mas algo me dizia que ter a Alice como minha personal style não ia ser nada bom.

 Entramos no quarto, e enquanto eu procurava uma posição para estacionar a cadeira, Alice retirava uma porção de roupas do guarda-roupas, confesso que ela tinha bom gosto, mas não tenho ânimo de colocar nada que chame muita atenção, principalmente para minhas pernas.

 Depois de muitos “sim”, “não” e “jamais”, ela pegou um vestido preto, básico, tomara que caia, e ao meu ver um pouco curto, e enfiou em mim, relutei, falei que não queria, mas ela como sempre não me ouviu e ainda me deu um tapa na mão quando tentei tirar.

— Para Bells, só experimenta, não custa, deixa de ser chata.

— Ta bom.- Falei bufando.

 Coloquei o vestido, arrumei no meu corpo e olhei no espelho. Tomei um susto, nem me lembro a ultima vez que eu me vi tão sexy com uma roupa. Este vestido se encaixou perfeitamente em mim, se ajustou em minhas curvas e favoreceu aquilo que eu tenho de melhor. Alice pirava de felicidade, ainda mais quando viu minha cara de surpresa e satisfação que eu tentei, mas não consegui disfarçar.

 Ela foi até a sapateira, pegou um Peep Toe preto e colocou nos meus pés, enquanto eu me admirava no espelho ela amarrou meu cabelo em um lindo rabo de cavalo e fez uma bela maquiagem. Quando ela saiu da minha frente e me olhei novamente no espelho, vi ali uma mulher que não aparecia há muito tempo. Olhei para minha irmã com os olhos marejados e percebi que ela estava enxugando o rosto com a manga da blusa.

— Obrigada Ali, você é a melhor irmã do mundo. - Disse emocionada.

— Ainda bem, porque sou a única que você tem Bells. - Ela me respondeu em um tom de brincadeira. -  E para de chororô, vai borrar a maquiagem.

 Tirei o vestido e coloquei o uniforme novamente, afinal o trabalho vem primeiro. Coloquei o vestido e o sapato na mochila e fomos para o pub.

 As horas se passaram, e enfim terminou o meu turno, Alice me acompanhou até o banheiro para que eu pudesse me arrumar, já que faltava só meia hora pro Edward chegar e eu teria que já estar pronta esperando ele na mesa para que não desconfiasse de nada.

— Bells, você tem certeza que não quer contar logo de cara pra ele que você é cadeirante para não ter nenhum tipo de mal entendido? - perguntou Alice me olhando preocupada.

— Tenho Ali, até porque vai ser só um encontro, ele só está curioso comigo, logo vai ver que não tenho nada de interessante e vai desistir, então pra quê eu vou falar pra ele que ando numa cadeira de rodas? - Disse fingindo não dar importância.

— Sei. Se você diz, eu não vou mais discutir. E já sabe, eu vou estar de olho qualquer coisa eu interfiro ta bom? - Disse Alice terminando de retocar minha maquiagem.

— Tá ótimo, por favor se você ver que ele está passando dos limites ou que eu estou desconfortável você pode interferir. - Disse um pouco mais confiante. Tudo daria certo, seria uma noite fora da minha rotina e eu iria aproveitar para relaxar, afinal depois de hoje com certeza ele pularia para sua próxima conquista, homens como Edward não se interessam por pessoas tão sem graça como eu.

 Alice me acompanhou até o salão do pub e eu sentei em uma mesa afastada encostada na parede e pedi para que Alice levasse minha cadeira de rodas até os fundos para que Edward não visse. Agora só me restava acalmar as borboletas enlouquecidas no meu estômago.

 Passaram-se 10 minutos e chegou Edward. Não me cansava de admirar sua beleza. Peguei o copo de cerveja e tomei um gole tentando acalmar meu nervosismo. Quando se aproximou pude notar que parou meio de boca aberta e disse:

— Meu deus como está linda. - Mas percebi que era como se tivesse falado com ele mesmo, que não era para eu ouvir, então resolvi provocá-lo um pouco.

— Obrigada pelo elogio, vejo que você é pontual. - Disse aparentando a maior calma possível e tomei outro gole de cerveja, mas no fundo estava uma pilha de nervos.

— Essa é uma das minha qualidades… - Disse se aproximando para me cumprimetar com um beijo no rosto, se ele percebeu que eu nem fiz menção de levantar, não disse nada. - A propósito, vc esta muito bonita. - continuou.

— Você já disse isso…- respondi envergonhada. - Você também não está nada mal. - Disse um pouco tímida.

Se sentou na cadeira que estava na minha frente e pediu uma cerveja para o garçom.  

— Você trabalha há muito tempo aqui Bella? - Perguntou tentando puxar assunto, já que ficamos em um silêncio desconfortável.

— Há mais ou menos 1 ano e até que é legal. E você faz o quê?

 Então ele começou a me contar sobre seu trabalho, eu falei sobre o meu, falamos sobre nossos gostos musicais e hobbies, eu disse que gostava muito de música e livros e ele me disse que já teve uma banda. Imagino ele tocando, deve ser realmente sexy.  Eu estava adorando nossa conversa, ele parecia ser uma pessoa sensível, educada e boa, mas pude sentir um fundo de amargura e arrependimento nos seus olhos quando me disse da época de sua vida em que ele não levava nada a sério. Resolvi continuar puxando assunto sobre os instrumentos que ele tocava, e acabei descobrindo que ele tocava guitarra e violão.. Humm, deve ficar ainda mais maravilhoso tocando esses instrumentos, pensei animada já desatando a dizer que sempre quis aprender a tocar também. Ele, é claro, se ofereceu pra tocar pra mim e para me ensinar a tocar. Eu estava adorando conhecê-lo melhor e ter sua companhia, estava bem relaxada tomando minha cerveja ocasionalmente enquanto tínhamos uma conversa animada.

 Porém logo o assunto se transformou em festas e baladas, nessa hora fiquei um pouco incomodada já que eu não posso ir a festas, não posso mais dançar. Tentei minimizar o assunto levando na brincadeira o que ele estava dizendo sobre eu fazer sucesso nas baladas.

 Ele me olhava animado como se também tivesse gostando de conversar comigo, e foi se aproximando mais com sua cadeira, já estávamos bem próximos quando a banda começou a tocar uma música romântica dos anos 80 que eu amava, fechei meus olhos desfrutando da melodia envolvente.

 Foi quando senti seus lábios nos meus. Me assustei e tentei me afastar, mas meu corpo traidor não queria isso e acabei me entregando ao beijo, e que beijo mais maravilhoso, nunca tinha sido beijada assim, com tanto carinho e intensidade. Estava envolvida em tantas sensações maravilhosas que quando senti algo gelado caindo em cima de nós, tomei um susto e saí do transe que sua proximidade tinha me causado. Olhei ao redor atordoada e percebi o que tinha acontecido. Alice tinha tropeçado e derrubado cerveja em nós. O pior é que ela é tão desastrada que não sei se foi de propósito ou não.

Vi que Edward tinha levantado assustado com a situação e olhando em choque para sua roupa toda molhada, não aguentei e desatei a rir. Ao ver que eu ria muito, Edward acabou se juntando a mim, se sentou novamente e ficamos os dois idiotas rindo juntos da situação.

— Ali, o que foi isso? Um dia o Carlos ainda vai te despedir por ser tão desastrada. - Eu disse balançando a cabeça.

— Desculpa Bells, eu tropecei. - Disse como se fosse uma coisa corriqueira em sua vida, e realmente era, porém eu também percebi um brilho divertido em seus olhos. Ela não se arrependia nem um pouco de ter atrapalhado nosso momento, essa diabinha.

— Edward, essa é a Alice, minha irmã. Alice, esse é o Edward, um amigo. - Disse essa última parte meio tímida por não saber exatamente como apresentá-lo, e também porque nunca tinha apresentado nenhum rapaz para minha irmã.

— Muito prazer Alice. - Disse Edward esticando a mão em cumprimento.

— Prazer é meu, mas nossa Bells, se com um amigo você fica toda se agarrando desse jeito imagina se fosse um namorado. - Disse Alice olhando com uma cara mAliciosa em minha direção, ah, mas ela ia me pagar.

— Ali!!!! Para com isso. - Disse com um sorriso, mas com certeza eu estava com o rosto todo vermelho de vergonha.

— É mesmo Bella, então quer dizer que você sai dando uns beijões em todos os seus amigos por aí é? - Disse Edward entrando na brincadeira de Alice. Era só o que me faltava, dois contra um.

— Para você também Edward, e Alice vai trabalhar antes que o Carlos venha aqui ver o que está acontecendo. - Disse ainda mais sem graça despachando a minha irmã.

— Ta bom, ta bom, já vou indo, credo não se pode nem comentar mais uma coisa inocente nessa vida. - Saiu Alice resmungando pelo caminho. Abusada. Pensa que não sei que ela fez de propósito para ser apresentada e ainda por cima se divertir às nossas custas.

— Adorei sua irmã Bella, ela parece bem divertida. - Disse Edward sorrindo pra mim, meu deus, ele fica ainda mais lindo quando sorri.

— Ela é doida isso sim. - Eu disse rindo.

— Bom, eu realmente adorei nossa noite Bella. - Disse ele com um sorriso nesses lábios que agora eu sei serem deliciosos.

— Eu também, mas acho que é melhor você ir andando porque você está todo molhado, é melhor ir antes que pegue uma pneumonia. - Disse rápido tentando despachar ele o mais rápido possível para que não percebesse nada estranho em mim.

— Só se você me acompanhar, afinal você também está toda molhada e pode ficar doente. - Disse meio preocupado

— Não Edward, não se preocupe, eu tenho roupas aqui no bar e posso me trocar, sem contar que vou ter que esperar o turno da Alice acabar para ir embora com ela, não se preocupe comigo. - Disse rapidamente, tentando fingir indiferença, como se não fosse nada demais para que ele não estranhasse.

— Você tem certeza Bella? Não me custa nada esperar por vocês. - Disse arqueando uma sobrancelha. - Droga, provavelmente ele percebeu que eu o estava dispensando.

— Não! Não precisa disso Edward, imagina, nós estamos acostumadas, todos os dias vamos embora juntas, você não tem que mudar sua rotina por nós. - Respondi meio nervosa tentando forçar um sorriso.

— Ok Bella, mas você pode me passar seu telefone para eu não ter que vir aqui todas as vezes que quiser falar com você? - Disse rindo.

— Ok, pode anotar. - Disse enquanto ditava os números para ele que os inseriu na agenda do celular.

— Prontinho, agora já posso entrar em contato com você sem ter que vir até seu local de trabalho te importunar. - Disse contente e dando um toque no meu número para que eu também salvasse o dele.

— Ok, sem problemas, já vou salvar o seu aqui também.- Concordei sorrindo.

— Obrigada Bella por essa ótima noite, sua companhia é realmente muito agradável.

 Se aproximou novamente e quando achei que fosse me dar um beijo no rosto, senti seu beijo nos meus lábios, a princípio foi só um roçar de lábios, mas ele aprofundou o beijo, e eu automaticamente correspondi, ele era maravilhoso, seu beijo era maravilhoso e eu gostaria muito de guardar esse momento na memória. Finalizou o beijo com alguns selinhos enquanto sorria me olhando nos olhos.

— Tchau então linda, nos falamos logo. - Disse e com um último selinho se levantou para pagar a conta e ir embora. E é claro, que não me impressionei quando percebi que ele pagou a minha conta também.

 Assim que ele saiu, enfim pude soltar a respiração que estava segurando. Nem acreditava que tudo tinha dado certo e ele não desconfiou de nada. Porém senti um aperto no peito, eu o estava enganando, nosso beijo foi maravilhoso, mas eu não poderia continuar com isso por mais tempo, ele merecia alguém melhor que eu.

— Ei, vamos parando com esses pensamentos tristes aí e vamos indo embora que estou cansada e você está toda molhada. - Chegou Alice do meu lado com minha cadeira de rodas, me tirando dos meus devaneios.

— E como você sabe que eu estou com pensamentos triste hein? - Perguntei curiosa.

— Ah, como se eu não te conhecesse né Bells.

— Vamos, também estou morta de cansada e molhada, graças a você, além do mais o dia foi muito tenso para mim hoje. - Disse enquanto me movia para a cadeira de rodas.

— Claro, até eu estaria cansada depois de beijar tanto aquele bonitão. Uf. - Disse rindo enquanto me empurrava para o carro.

— Para de palhaçada Ali, ainda estou nervosa.

— Não sei por que, deu tudo certo, ele foi um amor com você, e pelo visto você adorou o beijo do bonitão. Tanto que eu tive que dar uma ajudinha para apagar aquele fogo todo. Hahaha. - Continuou debochando de mim

— Meu deus garota, o que você não leva na brincadeira né sua palhaça. Mas confesso, eu amei mesmo o beijo do bonitão do Edward. Como não amaria? Ele é perfeito. - Disse suspirando como uma boba apaixonada.

 Fomos para casa e a única coisa que eu queria era tomar um banho e minha cama. Assim que estava pronta para dormir vi meu celular vibrando e sorri ao ver que a mensagem era do Edward. É claro que ele não poderia deixar de me provocar falando que estava com saudades da minha boca. Sendo bem sincera, eu também estava, passaria o resto da vida beijando aqueles lábios se fosse possível. Porém, tive que cortar sua empolgação por mensagens, ao mesmo tempo que eu queria que ele se mostrasse interessado por mim, e eu também demonstrei que gostei da noite e gostei de tudo que fizemos, ainda assim eu também tinha medo. FinAlizei a conversa ainda com um sorriso no rosto, porque apesar da minha droga de vida, esses momentos com ele foram os mais felizes em muito tempo. Dormi pensando nele e em seus beijos.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Bella escondendo do Edward que ela não pode andar, será que isso vai dar confusão???

beijoss e até a próxima.